Problema da insegurança hídrica no Pires ganha adesão nacional de deputada federal Célia Xakriabá

A comunidade do Pires ganhou uma aliada de peso. A Deputada Federal, Célia Xakriabá (Psol) marcou presença na manhã deste domingo (2) no território congonhense quando conheceu de perto a realidade vivenciada por mais de 2,5 moradores que ficaram por mais de 12 dias com água poluída por sedimentos minerais após os rompimentos de tubulação em acidentes das mineradoras CSN e Ferro+.

Ela conversou diretamente com os moradores e ouviu o drama da insegurança hídrica relato em diversos episódios e crime ambientais desde 2009 quando eles foram retirar o barro oriundo de uma obra da Namisa. Em seguida, ela fez uma caminhada até a Mina João Batista, uma das que abastece a comunidade, acompanhada por moradores.

A deputada esteve também conhecendo o conjunto arquitetônico da Basílica do Bom Jesus e os 12 Profetas de Aleijadinho de onde avistou a paisagem da Serra da Casa de Pedra e viu os bairros Residencial e Cristo Rei que estão abaixo da barragem da CSN.

Célia Célia Xakriabá deixou Congonhas comovida pela situação do Pires e se dispôs a levar a demanda a discussão no Congresso Nacional. “Congonhas é maior e o Pires são maiores que maiores que a mineração. Estamos aqui nesta escuta sensível dos moradores e que a cidade seja não só reconhecida como Patrimônio da Humanidade mas também como potência ambiental na defesa de sua diversidade hídrica e natural”, analisou.

Ela adiantou que levará ao Ministério Público para cobrar medidas reparatórias para as famílias que sofreram os danos ao longo de todos esses anos e Ação civil pública para coibir novos vazamentos e contaminações por rejeitos da mineração. “Também vamos requerer informações e cobrar medidas por parte da prefeitura de Congonhas. Nossa mandata vai acompanhar de perto o Pires em conjunto com outras parlamentares que estão acompanhando o caso, como por exemplo as Deputadas estaduais Beatriz Cerqueira e Bella Gonçalves”, disse Célia a nossa reportagem.

Outra visita

Na noite do dia 23, a Câmara de Congonhas, através das Comissão de Meio Ambiente, promoveu uma audiência pública para discutir a problemática da questão das nascentes e o abastecimento de água na localidade. Além de representantes da CSN, Ferro+, moradores, vereadores a deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT) marcou presença na reunião que lotou a quadra poliesportiva.

As mineradoras classificaram como infortúnio o rompimento das adutoras e se comprometeram a cerca e sinalizar a tubulação, mas moradores protestaram contra a situação e exigiram uma solução.

Audiência pública discute poluição de nascentes no Pires e qualidade da água para os mais de 2 moradores

Os mais de 2 mil moradores do Pires, em Congonhas, se mobilizam para resolver o problema de abastecimento e qualidade da água na comunidade. Há mais de uma década o bairro sofre com a insegurança hídrica e poluição das nascentes pela mineração que abastecem as residências. Hoje (23), a partir das 18:00 horas, na quadra escola na Escola Odorico Martinho da Silva, acontece audiência pública para discutir e propor uma solução definitiva para o problema que há mais de uma década aflige os moradores. Foram convidados representantes da CSN e Ferro + Mineração. Já a Câmara também aprovou a contratação de um engenheiro ambiental para a realização de um estudo técnico dos impactos sofridos nas nascentes do PIRES, causado pela exploração mineral.

Há menos de 20 dias, eles passaram pelo martírio quando as adutoras da CSN e Ferro + se romperam levando as casas água barrenta e carregada de minério. Acaso desejassem consumir água para alimentação ou higiene pessoal os moradores foram obrigados a comprar galões ao custo de mais de R$10,00. As mineradoras chegaram a oferta de caminhões pipa e ofereceram água potável, mas bem aquém da real necessidade de consumo dos moradores.

O Conselho de Meio Ambiente (CODEMA) se reuniu para discutir o grave problema do abastecimento de água no Pires na segunda feira (13) com a Comissão de Meio Ambiente da Câmara, o Movimento Atingidos pelas Barragens (MAB) e representantes da Associação de Bairro do Pires quando o Vereador Eduardo Matozinhos (PSDB) propôs, caso haja comprovação de contaminação, que as mineradoras abasteçam até a solução do problema a comunidade com água potável.

Em outra frente de atuação, a comunidade deflagrou uma campanha nas redes sociais para a preservação da Serra do Pires, rica em biodiversidade e patrimônio arqueológico. A COPASA também foi convidada, para a discussão. A estatal faz a manutenção no sistema até que o Município decida se irá iniciar a operação e faturamento. A Associação do Pires não quer a cobrança, com isto tem impasse que o Município tem que decidir.

O Ministério Público abriu procedimento para apurar a situação do abastecimento de água no Pires e rompimento das adutores.

Audiência discute problema de água no Pires que já dura mais de uma década; moradores são obrigados a comprar galões para consumo e limpar caixas d’água sujas de minério

Os mais de 2 mil moradores do Pires, em Congonhas, se mobilizam para resolver o problema de abastecimento e qualidade da água na comunidade. Há mais de uma década o bairro sofre com a insegurança hídrica e poluição das nascentes pela mineração que abastecem as residências. Na semana passada os moradores passaram pelo martírio quando as adutoras da CSN e Ferro + se romperam levando as casas água barrenta e carregada de minério. Acaso desejassem consumir água para alimentação ou higiene pessoal os moradores foram obrigados a comprar galões ao custo de mais de R$10,00. As mineradoras chegaram a oferta de caminhões pipa e ofereceram água potável, mas bem aquém da real necessidade de consumo dos moradores.

O Conselho de Meio Ambiente (CODEMA) se reuniu para discutir o grave problema do abastecimento de água no Pires na segunda feira (13) com a Comissão de Meio Ambiente da Câmara, o Movimento Atingidos pelas Barragens (MAB) e representantes da Associação de Bairro do Pires quando o Vereador Eduardo Matozinhos (PSDB) propôs, caso haja comprovação de contaminação, que as mineradoras abasteçam até a solução do problema a comunidade com água potável. A Associação de Bairro sugeriu uma audiência pública que será realizada no dia 23 de março, a partir das 18:00 horas, na Escola Odorico Martinho da Silva, no Bairro Pires com representantes da CSN e Ferro + Mineração para discutir os danos causados na comunidade. A Câmara também aprovou a contratação de um engenheiro ambiental para a realização de um estudo técnico dos impactos sofridos nas nascentes do PIRES, causado pela
exploração mineral.

Em outra frente de atuação, o comunidade deflagrou uma campanha nas redes sociais para a preservação da Serra do Pires, rica em biodiversidade e patrimônio arqueológico.

A COPASA também foi convidada, para a discussão. A estatal faz a manutenção no sistema até que o Município decida se irá iniciar a operação e faturamento. A Associação do Pires não quer a cobrança, com isto tem impasse que o Município tem que decidir.

Problema recorrente

O problema de falta de água e ou de mananciais contaminados vêm de mais de uma década e já foram alvo de inúmeras audiências locais e na Assembleia de Minas e até mesmo ações judiciais. Em 2010, cerca de 140 pessoas em um mutirão de limpeza da represa do bairro Pires, município de Congonhas. Os moradores ficaram sem água potável por diversas ocasiões devido a deslizamentos de terras na nascente de água que abastece a região. O problema teve início com a construção de uma estrada que ligará a Mina do Engenho à BR 040. A obra é da empresa Namisa (mineradora de ferro) e tem o objetivo de facilitar o acesso à área de mineração.

Mais impressionante que as fotos foi o desabafo de uma moradora do bairro Pires, que conclui após relatar a situação de contaminação das nascentes da área por minério: “estamos sendo tratados como um ser qualquer”.

Galões de água

Em 2010, o abastecimento de água no bairro foi comprometido desde que as nascentes do Boie Na Brasa e João Batista foram assoreadas devido a obras de uma mineradora. Por quase dois anos, os moradores receberam água de caminhões-pipa e galões de água mineral pagos pela mineradora que provocou o dano, graças a uma determinação do Ministério Público. Mas o abastecimento alternativo acabou e é preciso contar com a sorte para ter água cristalina saindo nas torneiras, o que nem sempre ocorre.

A Copasa concluiu o estudo para tratar a água, o que, obviamente, implicará pagamento de tarifa pelo serviço. Moradores, entretanto, rejeitam a ideia. O argumento deles é que a poeira é imensa e eles precisam lavar os passeios e as casas todos os dias. Dependendo da quantidade de poeira, até mais de uma vez ao dia. Pagar por isso, segundo o cálculo dos moradores, será caro demais.

Outro problema

Em 2019, a comunidade do Pires que chegou a ficar sem água após uma forte chuva que causou um extravasamento na barragem Josino, da mineradora Ferro +. O extravasamento é quando a água escoa por um dispositivo chamado “extravasor”, na barragem. Parte dos sedimentos de minério que estavam na barragem atingiu um canal que passa ao lado da BR-040, e a lama cobriu a estrada em um trecho.

Uma nascente, que era usada para o abastecimento de cerca de 2 mil pessoas, foi fechada. De acordo com a mineradora, esta nascente é a céu aberto e é frequentemente prejudicada pelas chuvas na região e seu fechamento não tem relação com o extravasamento da barragem. 

A mineradora apresentou um estudo de construção de uma poço artesiano e uma caixa d’água elevada para mitigar o problema de abastecimento de água.

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