Legado musical: história da banda Os Escaravelhos foi retratada em documentário

Pelos bailes da vida, Os Escaravelhos fizeram sucesso em Congonhas, entre a décadas de 60 e 80. O legado do grupo – que teve o cantor Wando como um de seus integrantes – foi relembrado no documentário “Os Escaravelhos – trajetória do conjunto musical congonhense”, produzido por Átila Caiafa e André Candreva. A produção foi exibida na noite dessa quinta-feira, 22, no Museu de Congonhas, dentro da programação da Semana Municipal de Valorização do Patrimônio, promovida pelas secretarias de Cultura e de Educação. Confira as próximas atrações aqui.

Membros remanescentes das duas fases da banda presentearam o público com canções marcantes daquela época. Estiveram presentes os músicos Nilo Sérgio de Souza Costa, José Fernandes de Barros (Zé Rolinha), Francisco de Assis Gonçalves, Roberto Carlos Machado (Careca), Magno dos Santos, Nilton Juventinho de Paula (Niltinho), Clóvis Miguel Modesto Ribeiro e Evaldo Kather. Outros integrantes são: Valter Vasconcelos (Neném da Didô), Antônio Liberato Barbosa Filho (Tonho), Clemente Maria de Oliveira, Gumercindo de Souza Costa Neto (Bitota), Pedro Plínio Sabará e Pedro Marra.

Em meio a efervescência do blues e do rock surge em Congonhas, em 1966, a banda Os Escaravelhos, cujo nome é uma tradução quase que fiel de The Beatles (Os Besouros). O repertório tinha influência não só desses gêneros musicais, que estavam em destaque na época, mas também mesclava jazz, bossa nova, jovem guarda e até música orquestrada. A primeira apresentação do grupo foi em 21 de dezembro de 1966, em um antigo hotel localizado na Praça Doutor Mário Rodrigues Pereira.

A primeira fase do conjunto (1966 a 1972) era formada por Nilo Sérgio, Evaldo Kather, Zé da Ieta, Carioca e Neném Dadidô. Em 1967, Os Escaravelhos ganhou mais um integrante, Wando, que, anos depois, incentivado por Nilo Amaro, do grupo Nilo Amaro e Seus Cantores de Ébano, saiu da cidade para alavancar sua carreira, tornando-se, assim, um dos cantores mais expressivos da música brasileira.

Entre os bailes da vida, a chegada da disco music, idas e vindas, Os Escaravelhos ganharam, ao longo de sua trajetória, novas formações e novas histórias. A segunda fase d’ Os Escaravelhos foi até o início do ano de 1980, quando se extinguiu definitivamente, deixando um grande legado musical em Congonhas.

Para o trompetista Evaldo Kather, foi uma recordação maravilhosa. “Houve um pouquinho de choque quando ouvi falar dos colegas que já se foram, porque moro fora e não sabia de alguns que faleceram. Mas ao mesmo tempo incorporou em mim aquela saudade. Esse momento aqui é único”, disse, contando que iniciou sua carreira musical na banda.

Em grande estilo Banda Nossa Senhora d’Ajuda comemora 50 anos e encanta público com sua vitalidade musical

A falta de uma banda própria para dar vida aos festejos do Alto Maranhão levou moradores daquele distrito, coordenados por pároco, padre João Egg, a criarem, em 3 de agosto de 1969, a Sociedade Musical Nossa Senhora da Ajuda. Ao completar 50 anos nesse domingo (4 de agosto de 2019), ela foi homenageada pela comunidade local  por outras cinco corporações, entre as quais estiveram a Banda Bom Jesus e a Banda Sinfônica da Secretaria de Educação, também de Congonhas. Após a Santa Missa das 8h, presidida pelo pároco, padre Eduardo Bastos, as bandas saíram pelas ruas da localidade, encantando a todos ao som de marchas e dobrados. Retornando ao espaço celebrativo da Igreja Nossa Senhora da Ajuda, todas participaram de um festival, interpretando músicas populares. A Prefeitura participou das comemorações e contribui, por meio da Secretaria de Cultura, para a preservação da Banda Bom Nossa Senhora d’Ajuda.

Durante o Festival, apresentaram-se a Corporação Musical Nossa Senhora da Conceição, de Jeceaba; União Santa Cecília, de São Brás do Suaçuí; e Sociedade Musical Santa Cecília, de Conselheiro Lafaiete, e as três bandas de Congonhas.

Além das bandas participantes, receberam homenagens os senhores Salvador Pedro Santana, o componente mais experiente da formação atual da banda, os ex-regentes Paulo Norberto dos Santos, José Nicodemos Machado, Rui dos Santos e o atual maestro, Robson Patrício Chaves. A organização do evento guardou uma homenagem também para o atual presidente, Rui Rodrigues, que além de medalha, ganhou presentes dos netos e se emocionou.

O aposentado Flaviano Trindade, que se divide entre Brasília e sua terra natal – o Alto Maranhão –, lembrou, durante o evento comemorativo, as circunstâncias e personagens que contribuíram para a criação da banda daquele Distrito de Congonhas. “Falar da Sociedade Nossa Senhora d’Ajuda é entrar no túnel do tempo e tentar resgatar os fatos e personagens que fizeram a história da música da nossa comunidade. Alguns músicos locais se reuniam para tocar em festas religiosas entre 1939 a 1961, com ajuda de outros de Conselheiro Lafaiete e Belo Horizonte. Entre eles estão Tristão da Silva Neto, João Tristão, Joaquim Machado, Adelino Machado, Rodolfo José Ferreira, Gumercindo José da Rocha, Aprígio José de Moura, José Vital, Bené da Sá Né, filho do Sr. Franklin Rodrigues de Paula, outro colaborador da banda e autor de várias músicas tocadas por bandas aqui da região, como “Vigário Correa”, “Redondo” e “Cristianismo”. Sr. Frankin era letrado, com conhecimento de línguas estrangeiras, matemática e música. A todos nossa gratidão, carinho e saudade. A necessidade de se instalar uma corporação foi surgindo ao se perceber que não tínhamos uma organização para atender às demandas. Houve muitos improvisos, mas que nem sempre, apesar das boas intenções, eram adequados à ocasião. A comunidade convidava bandas que nem sempre atendiam a gosto ou, muitas vezes, nem respondiam aos chamados. Até que, na manhã de 3 de agosto de 1969, o padre João Egg se reuniu com músicos da época, líderes da comunidade, entre outros, em um total de 100 pessoas, para constituírem a corporação Sociedade Musical Nossa Senhora da Ajuda. O primeiro presidente eleito foi Paulo Ilídio da Costa.  Muitos foram os personagens desta história, diretores, músicos profissionais e leigos, amigos, colaboradores, sócios, em uma luta constante para ouvir a banda tocar. Muitas celebrações religiosas, cívicas, pedagógicas foram embaladas por dobrados, valsas e hinos, enfim, pela inspiração adequada a cada momento. Que o ritmo da Sociedade Musical de Nossa Senhora da Ajuda possa continuar embalando os melhores momentos de nossas vidas, trazendo alegria e emoção com sua arte. Tudo o que é dado livremente vale à pena ter e conservar”, discursou.

Primeiros instrumentos da Banda Nossa Senhora. da Ajuda.

Participante da primeira formação da Sociedade Musical Nossa Senhora da Ajuda e presidente há três mandatos (há dez anos), Rui Rodrigues diz que os primeiros instrumentos foram conseguidos, em 1969, pelo padre João Egg, graças a doação feita pelo Seminário dos padres redentorista de Congonhas. Foi formado um grupo de sócios que reunia o valor suficiente para contratar o maestro, regência do maestro José Vidal Sobrinho, de Conselheiro Lafaiete. Este dava aulas de música na sacristia da Igreja de N. Sra. d’Ajuda e depois no salão da Igreja. Em outubro de 1971, durante a festa de Nossa Senhora do Rosário, a banda fez sua primeira apresentação, também sob a regência do maestro José Vidal Sobrinho. A partir de então, o Alto Maranhão não precisou mais depender das de fora.

Aquele Distrito possui seu calendário de celebrações, que toma boa parte do tempo de apresentações da Sociedade Musical Nossa Senhora da Ajuda. “Estamos na Pastoral do Dízimo, na Pastoral da Criança, no Corpus Christi, na Procissão de N. Sra. d’Ajuda, na Semana Santa, Procissão de Nossa Senhora Aparecida, que vem de Congonhas no 12 de Outubro, no Carnaval do Alto Maranhão e da sede do Município”, enumera.

Com relação à estratégia utilizada para sempre estar recebendo caras novas, Sr. Rui diz que vai até as criancinhas. “Fizemos parceria com a escola, a diretora abre as portas para nós, vamos lá com o maestro Robson, que consegue despertar o gosto musical nelas e elas vão aprendendo, até que viram músicos”.

Após a festa, Sr. Rui declarou: ”Este domingo foi um dia de grande alegria, agradeço muito a Deus e a cada pessoa que participou da nossa festa, contamos aqui com diversos voluntários, aos quais vou agradecer em nome da Adriana, filha do componente da banda, o Salvador Pedro Santana. Ela não parou nem antes, nem durante e nem depois do evento. Importante lembrar, reconhecer e agradecer à Prefeitura, que, durante o ano inteiro, contribui conosco, com a subvenção, através da Secretaria de Cultura”.

Presente à festa dos 50 anos da Sociedade Nossa Senhora da Ajuda, a secretária de Cultura da Prefeitura, Míriam Palhares, afirmou: “Nós, do poder público, temos de participar da preservação da memória e da cultura de nossa comunidade. Esta data dos 50 anos da Sociedade Musical Nossa Senhora da Ajuda é muito importante. Toda cidade que não tem sua corporação musical pode ser considerada morta. E Congonhas possui três bandas. Reunir todas elas no Alto Maranhão e outras da região convidadas foi maravilhoso, parabéns a comunidade deste Distrito tão rico culturalmente por ter uma banda que interpreta, adequadamente, os momentos emocionantes de seu povo”.

Banda Nossa Senhora d’Ajuda comemora 50 anos com encontro de corporações musicais

A tradição de bandas de música se mantém viva em Congonhas. E há muito o que comemorar: neste mês, a Banda Nossa Senhora d’Ajuda celebra seu aniversário de 50 anos! Para festejar este momento histórico, um grande encontro de músicos da cidade e região será realizado neste domingo, 4, a partir das 8h, no Alto Maranhão. O evento tem apoio da Secretaria Municipal de Cultura.

Ao todo, seis bandas de música se apresentarão no espaço celebrativo da Igreja Nossa Senhora d’Ajuda. A festa será abrilhantada por três grupos congonhenses: a Banda Nossa Senhora d’Ajuda, a Corporação Musical Bom Jesus e a Banda Sinfônica da Secretaria Municipal de Educação (SEMED). Corporações de Conselheiro Lafaiete, São Brás de Suaçuí e Jeceaba também estarão presentes.

Ao todo, seis bandas de música se apresentarão no espaço celebrativo da Igreja Nossa Senhora d’Ajuda/DIVULGAÇÃO

Antigamente, músicos de outras cidades se apresentavam durante as festas religiosas realizadas no Alto Maranhão. Até que, em 1969, o padre João Egg de Rezende deu início à corporação musical da comunidade. “Quando chegaram com os instrumentos, ficamos tão ansiosos, que cada um foi pegando um. Começamos a assoprar, sem saber nada. Ninguém tocava nem sabia música nenhuma. Depois, trouxeram um professor de música de Conselheiro Lafaiete, que chegava em um jipe”, conta com saudosismo o atual presidente da banda, Ruy Rodrigues de Paula, destacando que as aulas eram feitas na sacristia da Igreja Nossa Senhora d’Ajuda.

De lá para cá, a banda colecionou boas memórias e conquistou públicos não só de Congonhas, mas também de outras cidades do país. Além disso, marcou a vida daqueles que se dedicam à corporação desde o primeiro dia, como o músico Salvador Pedro de Santana. “Para mim foi uma beleza. Toda vida eu gostei de música. Eu tinha viola e violão. Depois que surgiu a banda, passei para lá e foi uma dificuldade, porque é outro instrumento. Estou lá até hoje”.

A tradição ultrapassa gerações, e a Banda Nossa Senhora d’Ajuda tem atraído jovens músicos. Além de promover intervenções culturais nas escolas do distrito para despertar o interesse nas crianças, a corporação oferece aulas de música em sua sede. Ao todo, são 30 músicos que se apresentam, e outros 20 que ainda estão em processo de aprendizagem. A parceria com a Prefeitura, por meio da Secretaria de Cultura, também ajuda a valorizar e a difundir a tradição.

Banda da região participa de concurso internacional de rock

A banda Expira em Segundos da cidade de Porto Firme está participando de um concurso internacional de música, o EDP Live Bands Brasil 2019. O ganhador vai tocar em um dos maiores festivais da Europa, o NOS Alive em Portugal.

Você poderá contribuir com seu voto e levar o som da Expira para o Velho Mundo. Para participar entre no link abaixo. É rápido e fácil.

 https://edplivebands.edp.com/brasil/banda/expira-em-segundos

Expira em Segundos compõe canções que falam de amor, politica, filosofia e fatos reais e que levanta a bandeira do bom e velho rock’n rol por onde passa. Ela tem singles gravados em parceria com a banda Scarcéus e com Tianastacia, além de tocar aqui na Noruega FM. Fonte: noruegafm.com

Veja o vídeo a seguir:


Baterista e vocalista piranguense da banda mineira “Audergang” levam na veia o swing do blues com raízes mineira

 João Vicente/Articulista

Luiz Cláudio- baterista e vocalista piranguense da banda mineira “Audergang” leva na veia o swing do blues com raízes mineira/Reprodução

Criada em 2007, idealizada pelo guitarrista Auder Júnior, a banda mineira AUDERGANG de BH tem se consolidado como uma das grandes expoentes do Blues no cenário nacional. Influenciada pelos movimentos musicais da década de 60 na capital mineira já no  em seu segundo álbum “ Blues for the Blues” , o grupo lança a música “On every comer” homenageando  essa geração  que levou a voz de Minas para além das Minas. O álbum Blues for the blues ficou entre os 12 melhores  trabalhos musicais em 2015 pelo site Shoutem Rock Brasil.

Em 2017 pelo programa da Secretaria de Estado de Cultura, “ Minas Música, a banda viaja para sua primeira turnê internacional em território português, no velho continente, apresentando os seus trabalhos nas cidades de Leira e Aveiro onde foram bem  recebidos pelo público que curtiram o blues brasileiro com raízes mineiras. Filho de músico, o piranguense Luis Claúdio ressaltou que ficou impressionado  como o público europeu tem um respeito e um carinho pelo músico brasileiro  e pela  música brasileira. Segundo Luis Cláudio, a banda Audergang tem se firmado como uma das  principais banda de blues não só em BH, mas em todo Brasil

Auder Júnior, guitarrista e voz, idealizador da Audergang/Reprodução

O novo trabalho do grupo foi lançado no ano passado, “ No time little troubles” com nove faixas com uma pegada de blues rock com muito swing. Na discografia  da Udergang estão EP “ Blues da Chuva (2014), os três CDs music, “ Is the only way”(2007), “ Soul to shuffe”(2011) e “Blues for the Blues”(2015) e o primeiro DVD, “ Blues Sessions” (2017) que inclusive foi lançado também em Portugal. A banda é formada pelo  Auder Júnior – guitarrista e voz, Brazza – contrabaixo, Osmar Souza – harmônica e o meu conterrâneo e amigo Luis Cláudio – baterista e vocalista. Vale ressaltar que esses músicos talentosos já dividiram o palco com grandes músicos do Blues e do Rock nacional e internacional, destacando o norte-americano de Nova Orleans, Jason Ricci, considerado uns dos melhores gaitistas do Blues da atualidade no Festival Rota do Blues de BH em 2018.

Auder Júnior com o gaitista norte-americano Jason Ricci/Reprodução

Cultura: prefeitura de Queluzito firma parceria com banda de música

O prefeito Celinho e representantes da banda de música de Queluzito/Reprodução

O Prefeito Célio Pereira de Souza, o Celinho, assinou esta semana, o termo de colaboração, uma parceria entre a Prefeitura Municipal de Queluzito e a Corporação Musical Santa Cecília, através de seu presidente Sebastião Astrogildo de Morais , maestro Christian Franco e o instrutor de música Flávio Luciano da Costa.

O objetivo de manter viva a tradição da centenária banda de música de nossa cidade, buscando a formação de novos músicos e incentivo a sua continuação e aprimoramento musical.

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