Governo quer cobrar “imposto do pecado” sobre carro, refrigerante, petróleo e minério

Para além de cigarros e bebidas alcoólicas, a proposta do governo de regulamentação da reforma tributária prevê a incidência do chamado “imposto do pecado” sobre carros, aeronaves, embarcações, bebidas açucaradas, petróleo, gás natural e minério de ferro.

Todos esses itens estão no rol de produtos que terão a incidência do futuro imposto seletivo, previsto na emenda constitucional da reforma promulgada no ano passado e voltado a desestimular o consumo de produtos considerados nocivos à saúde e ao meio ambiente.

A lista consta do primeiro projeto de lei complementar que regulamenta a reforma, entregue na quarta-feira (24) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O texto não traz as alíquotas do imposto seletivo, que serão definidas posteriormente por meio de lei ordinária.

Apesar da pressão de profissionais médicos e de recomendação do Ministério da Saúde, alimentos ultraprocessados ficaram de fora dos alvos do novo tributo.

A parte constitucional da reforma já estabelecia que operações com energia elétrica e com telecomunicações serão imunes ao imposto seletivo. Além disso, bens e serviços contemplados pela alíquota reduzida do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA) também ficarão livres do “imposto do pecado”, bem como serviços de transporte público coletivo de passageiros rodoviário e metroviário de caráter urbano, semiurbano e metropolitano.

No calendário da reforma, o imposto seletivo passa a vigorar a partir de 2027, em substituição ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que hoje cumpre a função extrafiscal de regulação do mercado.

Imposto seletivo sobre veículos, aeronaves e embarcações

Segundo o governo, a incidência do tributo sobre carros, aeronaves e embarcações justifica-se “por serem emissores de poluentes que causam danos ao meio ambiente e ao homem”. No caso dos veículos automotores, serão atingidos mais especificamente aqueles classificados como automóveis ou veículos comerciais leves.

Conforme o texto, a alíquota final do imposto seletivo, nessa categoria, vai variar, a partir de uma alíquota base, dependendo dos seguintes critérios:

  • potência do veículo;
  • eficiência energética;
  • desempenho estrutural e tecnologias assistivas à direção;
  • reciclabilidade de materiais;
  • pegada de carbono; e
  • densidade tecnológica.

Veículos classificados como “sustentáveis” serão poupados do “imposto do pecado”, tendo a alíquota do tributo zerada. Para isso, precisarão se enquadrar em determinados índices dos seguintes critérios:

  • emissão de dióxido de carbono;
  • reciclabilidade veicular;
  • realização de etapas fabris no Brasil; e
  • categoria do veículo.

O projeto prevê ainda isenção do imposto seletivo sobre carros vendidos a pessoas com deficiência ou a taxistas.

Imposto seletivo sobre produtos de fumo e bebidas alcoólicas

Entre os produtos fumígenos que terão o tributo entram, além do cigarro: charutos, cigarrilhas, cigarros artesanais, tabaco picado, fumo para cachimbos, tabaco para narguilé, entre outros.

A forma de incidência do imposto seletivo, pela proposta, será igual à já aplicada na produção de cigarros por meio do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), ou seja, uma combinação de alíquotas ad valorem (que varia com o valor do produto) e específica.

A tributação sugerida para bebidas alcoólicas seguiria o mesmo modelo, com uma alíquota específica por quantidade de álcool e uma alíquota ad valorem. O modelo é o defendido pela indústria cervejeira, em oposição a produtores de bebidas destiladas, como cachaça, gim e vodca, contrários à taxação gradativa.

O recolhimento, segundo o projeto, será feito uma única vez, na primeira comercialização da bebida pelo fabricante, exceto em situações como importação, arrematação em hasta pública (leilão de bens penhorados) e transferência não onerosa.

Imposto seletivo sobre bebidas açucaradas

Uma das categorias alvo do “imposto do pecado” que mais deve gerar polêmica é a de bebidas açucaradas, que inclui refrigerantes. A possibilidade de uma sobretaxação de alimentos e bebidas considerados prejudiciais à saúde é rejeitada por 90% dos brasileiros, mostrou pesquisa encomendada pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia).

O mesmo levantamento mostrou que 86% dos entrevistados são contra aumento de impostos sobre alimentos e bebidas de forma geral e que 85% defendem a redução da atual carga tributária sobre os produtos.

O governo justifica a decisão alegando haver “consistentes evidências de que o consumo de bebidas açucaradas prejudica a saúde e aumenta as chances de obesidade e diabetes em diversos estudos realizados pela Organização Mundial da Saúde [OMS]”.

Ainda segundo a justificativa do projeto de lei complementar, a tributação foi considerada pela OMS como um dos principais instrumentos para conter a demanda deste tipo de produto. Segundo a entidade, 83 países membros já tributam bebidas açucaradas, especialmente refrigerantes.

A proposta é que a tributação ocorra na primeira venda do fabricante, na importação ou no arremate em hasta pública.

Imposto seletivo sobre extração de ferro, petróleo e gás natural

A incidência do imposto seletivo sobre a extração de minério de ferro, petróleo e gás natural ocorreria na primeira comercialização pela empresa extrativista, incluindo os casos em que o minério tenha como finalidade a exportação. Há ainda a hipótese de incidência na transferência não onerosa de bem mineral extraído ou produzido.

Nas situações em que as empresas utilizem o minério extraído em sua própria cadeia produtiva, o fato gerador foi definido como o consumo do bem mineral, cuja base de cálculo será definida por um preço de referência. O projeto prevê a redução a zero da alíquota para o gás natural que seja usado como insumo em processo industrial.

Antes mesmo de o governo apresentar a proposta de produtos a serem sobretaxados com o imposto seletivo, os setores de mineração e de petróleo e gás já se manifestavam contra a inclusão dos produtos na lista.

Isso porque minério de ferro e petróleo são dois dos principais produtos de exportação do país, que envolvem investimentos pesados em exploração e produção, e a sobretaxação poderia ser um desestímulo para o setor. Além disso, o aumento da tributação tende a chegar, por exemplo, ao preço de combustíveis na bomba para o consumidor final.

FONTE GAZETA DO POVO

Governo vai tributar bebidas por teor alcoólico; ‘imposto do pecado’ será maior na vodca que na cerveja

O governo vai tributar bebidas porvolume e teor alcoólico, com as alíquotas do “imposto do pecado” que serão maior sobre a vodca do que sobre a cerveja, por exemplo.

As alíquotas serão definidas até 2026, com entrada em vigor a partir de 2027. As informação foram dadas pelo Ministério da Fazenda, nesta quinta-feira (25), durante uma coletiva de imprensa que durou mais de sete horas.

Chamado de “imposto do pecado”, o imposto seletivo vai servir para desestimular o consumo de produtos que sejam prejudiciais à saúde e ao meio ambiente (leia mais abaixo).

Segundo a proposta de regulamentação enviada ao Congresso Nacional, as bebidas alcoólicas serão tributadas por dois impostos, cujas alíquotas ainda serão definidas:

  • alíquota percentual por volume;
  • alíquota específica sobre o teor alcoólico.

Ou seja, um litro de vodca com um teor alcoólico de 50% será mais tributado do que um litro cerveja com teor alcoólico de 5%. Isso por conta do teor de álcool na bebida, ainda que as duas tenham o mesmo volume.

“Se eu tomo 1 litro de cerveja e 100 ml de whisky, eu estou tomando a mesma quantidade de álcool. E essa tributação dessa quantidade é uma só. O valor de qual vai ser a alíquota vai ser definido na lei ordinária”, disse o secretário extraordinário para a reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy.

Contudo, segundo o auditor fiscal da Receita Pablo Moreira, a carga tributária não deve aumentar com a reforma.

Ou seja, as bebidas tributadas pelos impostos atuais teriam uma redução com as alíquotas uniformes previstas pela reforma tributária. O “imposto do pecado” elevaria esses tributos para igualar à carga tributária atual.

Segundo Moreira, hoje, esses produtos já pagam alíquota de ICMS e PIS/Cofins acima da média. Por isso, a carga tributária não deve aumentar.

O “imposto do pecado” será cobrado sobre cigarros, bebidas alcoólicas, sobre bebidas açucaradas, veículos poluentes e sobre a extração de minério de ferro, de petróleo e de gás natural.

FONTE G1

Reforma tributária: cerveja vence 1ª disputa contra cachaça e deverá pagar menos imposto

“Briga do álcool” movimentou Brasília nas últimas semanas, com campanha dos fabricantes de bebidas por um tratamento menos duro na aplicação do novo Imposto Seletivo

O texto de regulamentação da reforma tributária, entregue pelo governo ao Congresso Nacional nesta quarta-feira (24), prevê que as empresas de cerveja seguirão pagando menos imposto que o setor de destilados.

A “briga do álcool” movimentou Brasília nas últimas semanas, com campanha dos fabricantes de bebidas por um tratamento menos duro na aplicação do novo Imposto Seletivo, o “imposto do pecado”, que afetará produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.

De acordo com o artigo 260 do projeto de lei complementar enviado pelo governo, “como o efeito negativo de álcool está relacionado à quantidade de álcool consumida, propõe-se um modelo semelhante ao utilizado para os produtos do fumo, pelo qual a tributação se dará através de uma alíquota específica (por quantidade de álcool)”.

Como a CNN mostrou, as cervejarias travaram uma disputa com o setor de destilados desde a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária no ano passado.

Enquanto as cervejarias tentavam passar a mensagem de que a cerveja, por ter menor teor alcoólico, seria menos prejudicial à saúde, a Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD) lançou a campanha “Álcool é Álcool”. O intuito era mostrar que doses de diversas bebidas – 350 ml de cerveja, 150 ml de vinha e 40 ml de destilado – teriam igual valor alcóolico: 14 gramas.

No fim das contas, o texto entregue ao Congresso trouxe uma incidência do Imposto Seletivo conforme a quantidade de teor alcóolico por litro de bebida.

Fontes relataram à reportagem que, no Ministério da Fazenda, chegou-se a cogitar a cobrança igual entre os setores, mas os argumentos das cervejarias prevaleceram.

Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), o setor movimenta mais de R$ 200 bilhões por ano.

O projeto entregue nesta quarta-feira justifica a decisão afirmando que “o consumo de bebidas alcoólicas representa grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo”.

Ainda de acordo com o texto, a incidência do Imposto Seletivo se dará “na primeira comercialização das bebidas pelo fabricante”, e que “essa abordagem facilita a administração do tributo, já que a cadeia econômica do setor é conhecida por possuir uma estrutura concentrada nos fabricantes, mas muito fragmentada nas fases de distribuição e varejo”.

Procurados, a Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD) e o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja ainda não se manifestaram oficialmente sobre as previsões de alíquota no projeto de regulamentação da reforma tributária.

 

FONTE CNN BRASIL

Reforma tributária prevê arroz e feijão sem impostos e bebidas e cigarros mais caros, entenda

Reforma tributária prevê arroz e feijão sem impostos e bebidas e cigarros mais caros, entenda

O projeto de regulamentação da reforma tributária, apresentado ao Congresso na última quarta-feira (24) traz mudanças significativas na tributação de alimentos. A proposta inclui uma nova cesta básica, isentando totalmente 18 categorias de produtos essenciais, como arroz, feijão e farinha, dos novos impostos decorrentes da reforma.

Além disso, o texto prevê uma alíquota especial, com desconto de 60%, para outras 14 categorias, priorizando itens como carne bovina e pescados. A seleção dos itens levou em consideração critérios como diversidade regional e cultural da alimentação do país, além de garantir uma dieta saudável e nutritiva, especialmente para a população de baixa renda.

Segundo o Ministério da Fazenda, a escolha dos alimentos baseou-se em um indicador que avalia o peso de cada item no orçamento das famílias de baixa renda em comparação com as demais. Essa medida visa atender às necessidades dos grupos mais vulneráveis.

Os produtos da nova cesta básica nacional serão totalmente desonerados do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), cobrado por estados e municípios, e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de competência federal.

Em compensação, o governo pretende criar um imposto específico para itens que vão na contramão, e que sejam nocivos à saúde como bebidas alcoólicas, cigarros, refrigerantes. Além disso, produtos prejudiciais à natureza também terão tributação diferenciada, como veículos poluidores e minerais extraídos. Apesar das discussões sobre os já comprovados prejuízos à saúde, os alimentos ultraprocessados, como biscoitos, salgadinhos e outros, ficaram de fora do chamado ‘imposto do pecado’.

O projeto agora segue para tramitação na Câmara dos Deputados, onde poderá sofrer modificações, como inclusão ou exclusão de itens da cesta básica. O governo estima que o projeto seja aprovado ainda neste primeiro semestre.

Veja a lista de alimentos que constam na cesta básica

  • Arroz
  • Leite fluido pasteurizado ou industrializado, na forma de ultrapasteurizado, leite em pó, integral, semidesnatado ou desnatado; e fórmulas infantis definidas por previsão legal específica
  • Manteiga
  • Margarina
  • Feijões
  • Raízes e tubérculos
  • Cocos
  • Café
  • Óleo de soja
  • Farinha de mandioca
  • Farinha, grumos e sêmolas, de milho e grãos esmagados ou em flocos, de milho
  • Farinha de trigo
  • Açúcar
  • Massas alimentícias
  • Pão do tipo comum (contendo apenas farinha de cereais, fermento biológico, água e sal)
  • Ovos Produtos hortícolas (exceto cogumelos e trufas)
  • Frutas frescas ou refrigeradas e frutas congeladas sem adição de açúcar ou de outros edulcorantes

Alimentos que terão redução de 60% das alíquotas do IBS e CBS:

  • Carnes bovina, suína, ovina, caprina e de aves e produtos de origem animal (exceto foies gras)
  • Peixes e carnes de peixes (exceto salmonídeos, atuns; bacalhaus, hadoque, saithe e ovas e outros subprodutos)
  • Crustáceos (exceto lagostas e lagostim) e moluscos
  • Leite fermentado, bebidas e compostos lácteos
  • Queijos tipo mozarela, minas, prato, queijo de coalho, ricota, requeijão, queijo provolone, queijo parmesão, queijo fresco não maturado e queijo do reino
  • Mel natural
  • Mate
  • Farinha, grumos e sêmolas, de cerais, grãos esmagados ou em flocos, de cereais, e amido de milho
  • Tapioca
  • Óleos vegetais e óleo de canola
  • Massas alimentícias
  • Sal de mesa iodado
  • Sucos naturais de fruta ou de produtos hortícolas sem adição de açúcar ou de outros edulcorantes e sem conservantes
  • Polpas de frutas sem adição de açúcar ou de outros edulcorantes e sem conservantes
FONTE ITATIAIA

Sério desenvolve primeiro refrigerante de pitaya do país

Bebida em lata será vendida durante a feira que exalta a produção e o potencial turístico. Evento ocorre de 7 a 10 de março

Sem açúcar e sem glúten, com pitada de uva. Essa é a composição do refrigerante de pitaya em lata criado por grupo de produtores de Sério com apoio da Unisinos.

O produto será lançado e vendido durante a feira que exalta o potencial da fruta. Após um ano de testes, a associação dos produtores com apoio do governo municipal obteve o registro no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Conforme o prefeito Moisés de Freitas, esse é o primeiro refrigerante de pitaya produzido em escala comercial no país. Durante a feira será vendido por R$ 8. Além do refri em lata, outros produtos com pitaya serão comercializados: pão, bolo, chopp e fruta in natura.

FONTE GRUPO A HORA

Coca-Cola lança nova bebida inspirada no universo K-Pop: conheça a K-Wave

Uma experiência que aproxima os fãs de K-Pop de seus ídolos, celebrando a música e a cultura que tanto amam.

Finalmente, o momento que muitos esperavam chegou: o Brasil agora tem o prazer de receber a mais nova integrante da família Coca-Cola Creations, a K-Wave. Essa novidade chega logo após a introdução dos sabores Happy Tears e Spiced, mostrando que a Coca-Cola não para de inovar. Mas o que torna a K-Wave tão especial?

Celebração em lata

A K-Wave não é apenas mais uma bebida no mercado. Ela é uma homenagem aos fãs ardorosos de K-Pop, conhecidos como stans, e à sua dedicação sem limites aos ídolos desse gênero musical.

O lançamento não só oferece um sabor único em edição limitada, mas também abre portas para novas experiências, tanto no universo digital quanto no real, permitindo aos fãs uma proximidade inédita com seus ídolos.

Um sabor que toca o coração

Imagina abrir uma lata de Coca-Cola e sentir toda a emoção do primeiro show de K-Pop que você assistiu. É essa a sensação que a K-Wave promete entregar. A cada gole, você é transportado para um mundo onde o refrescante sabor da Coca-Cola se mistura com um toque frutado, inspirado na energia contagiante do K-Pop.

Palavras da Coca-Cola

Claudia Navarro, Vice-presidente de Marketing da Coca-Cola na América Latina, compartilhou a empolgação da empresa em homenagear os fãs de K-Pop. Ela mencionou que, além do novo sabor, a K-Wave inclui experiências únicas que combinam o mundo digital e o real, como um MV (videoclipe musical) que pode ser personalizado pelos fãs por meio de inteligência artificial.

E tem mais: a bebida também celebra uma parceria com a JYP Entertainment, trazendo colaborações exclusivas com três grupos populares de K-Pop.

Onde encontrar e quanto custa

Quer experimentar essa novidade? A Coca-Cola K-Wave está disponível no Rappi e no Daki por R$ 3,70, em latas de 310 ml. Para não perder nada sobre essa e outras novidades, fique de olho no perfil oficial da Coca-Cola no Instagram.

FONTE CAPITALIST

Vários lotes de bebida MUITO conhecida pelos brasileiros são recolhidos pela Anvisa! Entenda

Medida foi tomada devido à suspeita de que pequenos fragmentos de vidro possam estar presentes nas garrafas.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um comunicado a respeito da retirada de circulação de um extenso lote composto por 2,2 milhões de garrafas da Sidra Cereser com sabor de maçã. Além disso, determinou a imediata suspensão da comercialização e distribuição dessa bebida. A medida foi tomada devido à suspeita de que pequenos fragmentos de vidro possam estar presentes nas garrafas, o que, se ingerido, pode representar riscos à saúde.

De acordo com as informações divulgadas pela Anvisa, a empresa CRS Brands Indústria de Comércio, responsável pela marca Cereser, iniciou voluntariamente o processo de recolhimento dessas garrafas em 25 de setembro e comunicou prontamente a agência reguladora sobre o ocorrido.

A agência ressaltou que cerca de 0,2% dos lotes afetados podem ter sido afetados por questões nos recipientes durante o procedimento de enchimento, resultando na possível migração de pequenos fragmentos de vidro para o interior das garrafas.

Riscos

A presença de pequenos fragmentos de vidro em garrafas de bebida representa um sério risco à saúde dos consumidores. Alguns dos principais riscos associados a essa situação incluem:

  1. Risco de lesões físicas: Os fragmentos de vidro podem causar cortes e ferimentos na boca, garganta, esôfago, estômago e outros órgãos internos caso sejam ingeridos junto com a bebida. Essas lesões podem variar de leves a graves e exigir atendimento médico imediato.
  2. Risco de contaminação: Os fragmentos de vidro também podem contaminar a bebida, tornando-a imprópria para consumo. A ingestão de vidro pode causar danos aos órgãos internos e resultar em complicações de saúde.
  3. Risco de asfixia: Em alguns casos, os fragmentos de vidro podem ser pequenos o suficiente para serem aspirados, o que pode levar a problemas respiratórios e até mesmo asfixia.
  4. Risco de danos à saúde gastrointestinal: A ingestão de vidro pode causar irritação e danos ao trato gastrointestinal, incluindo o estômago e os intestinos, o que pode resultar em desconforto, dor abdominal e problemas digestivos.

Portanto, a identificação e retirada imediata de produtos que possam conter fragmentos de vidro são essenciais para evitar danos à saúde dos consumidores. É por isso que as autoridades de saúde e reguladoras, como a Anvisa, tomam medidas rigorosas quando há suspeita de contaminação por vidro em produtos alimentícios, incluindo bebidas.

Recomendações da ANVISA

A Anvisa forneceu diretrizes aos consumidores que adquiriram produtos dos lotes afetados. Estes lotes, que totalizam 28 no conjunto, foram produzidos entre 22 de julho de 2023 e 2 de setembro de 2023. Todas as garrafas em questão são de vidro verde e possuem um volume de 660 ml.

Os consumidores que compraram produtos de qualquer um dos lotes afetados são orientados a entrar em contato com a empresa CRS Brands Indústria de Comércio por meio do número de telefone 0800 702 2517 ou através do endereço de e-mail recallsidra@crsbrands.com.br para obter informações sobre como proceder com a devolução ou substituição das garrafas.

Lotes afetados

Para identificar o lote da garrafa, basta verificar na parte superior da embalagem, onde o lote está impresso em cor preta sobre o lacre dourado, conforme informado pela empresa.

Aqui está a lista dos lotes afetados:

  • L22 203 742 07
  • L22 203 743 07
  • L22 228 751 07
  • L22 228 752 07
  • L22 229 752 07
  • L22 229 753 07
  • L22 230 753 07
  • L22 230 754 07
  • L22 231 754 07
  • L22 231 755 07
  • L22 235 756 07
  • L22 236 756 07
  • L22 236 757 07
  • L22 237 757 07
  • L22 237 758 07
  • L22 237 759 07
  • L22 238 759 07
  • L22 238 760 07
  • L22 241 760 07
  • L22 241 761 07
  • L22 242 761 07
  • L22 242 762 07
  • L22 243 762 07
  • L22 243 763 07
  • L22 244 763 07
  • L22 244 764 07
  • L22 245 764 07
  • L22 245 765 07

A CRS Brands Indústria de Comércio expressou suas desculpas pelo ocorrido e reiterou seu compromisso com a qualidade e a segurança de seus produtos. A empresa ressaltou que o recolhimento voluntário está sendo realizado para assegurar a retirada imediata e eficaz do produto do mercado, com o objetivo de proteger os consumidores.

Qual o papel da Anvisa na fiscalização de bebidas?

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desempenha um papel fundamental na fiscalização de bebidas e alimentos no Brasil. A agência é responsável por regular e monitorar a segurança e a qualidade desses produtos, garantindo que atendam aos padrões sanitários estabelecidos para proteger a saúde dos consumidores.

O papel da Anvisa na fiscalização de bebidas inclui:

  1. Regulamentação: A Anvisa estabelece normas e regulamentos técnicos que definem os requisitos de qualidade e segurança para bebidas, incluindo critérios como composição, rotulagem, higiene e embalagem. Isso garante que as bebidas comercializadas estejam em conformidade com padrões sanitários e de segurança alimentar.
  2. Monitoramento e inspeção: A Anvisa realiza inspeções em instalações de fabricação e distribuição de bebidas para verificar o cumprimento das normas sanitárias. Isso envolve a verificação das condições de higiene, o controle de qualidade e a conformidade com os regulamentos.
  3. Avaliação de riscos: A agência avalia os riscos à saúde associados ao consumo de bebidas, como a presença de substâncias nocivas, adulterantes ou contaminação microbiológica. Com base nessa avaliação, a Anvisa pode tomar medidas para proteger os consumidores, como o recolhimento de produtos defeituosos ou a emissão de alertas sanitários.
  4. Comunicação e educação: A Anvisa desempenha um papel importante na comunicação com os consumidores, fornecendo informações sobre os riscos associados ao consumo de bebidas e orientações sobre práticas seguras de consumo.

Em resumo, a Anvisa desempenha um papel crucial na proteção da saúde pública, garantindo que as bebidas comercializadas no Brasil estejam em conformidade com padrões sanitários rigorosos e não representem riscos à saúde dos consumidores.

FONTE BRASIL 123

Vários lotes de bebida MUITO conhecida pelos brasileiros são recolhidos pela Anvisa! Entenda

Medida foi tomada devido à suspeita de que pequenos fragmentos de vidro possam estar presentes nas garrafas.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um comunicado a respeito da retirada de circulação de um extenso lote composto por 2,2 milhões de garrafas da Sidra Cereser com sabor de maçã. Além disso, determinou a imediata suspensão da comercialização e distribuição dessa bebida. A medida foi tomada devido à suspeita de que pequenos fragmentos de vidro possam estar presentes nas garrafas, o que, se ingerido, pode representar riscos à saúde.

De acordo com as informações divulgadas pela Anvisa, a empresa CRS Brands Indústria de Comércio, responsável pela marca Cereser, iniciou voluntariamente o processo de recolhimento dessas garrafas em 25 de setembro e comunicou prontamente a agência reguladora sobre o ocorrido.

A agência ressaltou que cerca de 0,2% dos lotes afetados podem ter sido afetados por questões nos recipientes durante o procedimento de enchimento, resultando na possível migração de pequenos fragmentos de vidro para o interior das garrafas.

Riscos

A presença de pequenos fragmentos de vidro em garrafas de bebida representa um sério risco à saúde dos consumidores. Alguns dos principais riscos associados a essa situação incluem:

  1. Risco de lesões físicas: Os fragmentos de vidro podem causar cortes e ferimentos na boca, garganta, esôfago, estômago e outros órgãos internos caso sejam ingeridos junto com a bebida. Essas lesões podem variar de leves a graves e exigir atendimento médico imediato.
  2. Risco de contaminação: Os fragmentos de vidro também podem contaminar a bebida, tornando-a imprópria para consumo. A ingestão de vidro pode causar danos aos órgãos internos e resultar em complicações de saúde.
  3. Risco de asfixia: Em alguns casos, os fragmentos de vidro podem ser pequenos o suficiente para serem aspirados, o que pode levar a problemas respiratórios e até mesmo asfixia.
  4. Risco de danos à saúde gastrointestinal: A ingestão de vidro pode causar irritação e danos ao trato gastrointestinal, incluindo o estômago e os intestinos, o que pode resultar em desconforto, dor abdominal e problemas digestivos.

Portanto, a identificação e retirada imediata de produtos que possam conter fragmentos de vidro são essenciais para evitar danos à saúde dos consumidores. É por isso que as autoridades de saúde e reguladoras, como a Anvisa, tomam medidas rigorosas quando há suspeita de contaminação por vidro em produtos alimentícios, incluindo bebidas.

Recomendações da ANVISA

A Anvisa forneceu diretrizes aos consumidores que adquiriram produtos dos lotes afetados. Estes lotes, que totalizam 28 no conjunto, foram produzidos entre 22 de julho de 2023 e 2 de setembro de 2023. Todas as garrafas em questão são de vidro verde e possuem um volume de 660 ml.

Os consumidores que compraram produtos de qualquer um dos lotes afetados são orientados a entrar em contato com a empresa CRS Brands Indústria de Comércio por meio do número de telefone 0800 702 2517 ou através do endereço de e-mail recallsidra@crsbrands.com.br para obter informações sobre como proceder com a devolução ou substituição das garrafas.

Lotes afetados

Para identificar o lote da garrafa, basta verificar na parte superior da embalagem, onde o lote está impresso em cor preta sobre o lacre dourado, conforme informado pela empresa.

Aqui está a lista dos lotes afetados:

  • L22 203 742 07
  • L22 203 743 07
  • L22 228 751 07
  • L22 228 752 07
  • L22 229 752 07
  • L22 229 753 07
  • L22 230 753 07
  • L22 230 754 07
  • L22 231 754 07
  • L22 231 755 07
  • L22 235 756 07
  • L22 236 756 07
  • L22 236 757 07
  • L22 237 757 07
  • L22 237 758 07
  • L22 237 759 07
  • L22 238 759 07
  • L22 238 760 07
  • L22 241 760 07
  • L22 241 761 07
  • L22 242 761 07
  • L22 242 762 07
  • L22 243 762 07
  • L22 243 763 07
  • L22 244 763 07
  • L22 244 764 07
  • L22 245 764 07
  • L22 245 765 07

A CRS Brands Indústria de Comércio expressou suas desculpas pelo ocorrido e reiterou seu compromisso com a qualidade e a segurança de seus produtos. A empresa ressaltou que o recolhimento voluntário está sendo realizado para assegurar a retirada imediata e eficaz do produto do mercado, com o objetivo de proteger os consumidores.

Qual o papel da Anvisa na fiscalização de bebidas?

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desempenha um papel fundamental na fiscalização de bebidas e alimentos no Brasil. A agência é responsável por regular e monitorar a segurança e a qualidade desses produtos, garantindo que atendam aos padrões sanitários estabelecidos para proteger a saúde dos consumidores.

O papel da Anvisa na fiscalização de bebidas inclui:

  1. Regulamentação: A Anvisa estabelece normas e regulamentos técnicos que definem os requisitos de qualidade e segurança para bebidas, incluindo critérios como composição, rotulagem, higiene e embalagem. Isso garante que as bebidas comercializadas estejam em conformidade com padrões sanitários e de segurança alimentar.
  2. Monitoramento e inspeção: A Anvisa realiza inspeções em instalações de fabricação e distribuição de bebidas para verificar o cumprimento das normas sanitárias. Isso envolve a verificação das condições de higiene, o controle de qualidade e a conformidade com os regulamentos.
  3. Avaliação de riscos: A agência avalia os riscos à saúde associados ao consumo de bebidas, como a presença de substâncias nocivas, adulterantes ou contaminação microbiológica. Com base nessa avaliação, a Anvisa pode tomar medidas para proteger os consumidores, como o recolhimento de produtos defeituosos ou a emissão de alertas sanitários.
  4. Comunicação e educação: A Anvisa desempenha um papel importante na comunicação com os consumidores, fornecendo informações sobre os riscos associados ao consumo de bebidas e orientações sobre práticas seguras de consumo.

Em resumo, a Anvisa desempenha um papel crucial na proteção da saúde pública, garantindo que as bebidas comercializadas no Brasil estejam em conformidade com padrões sanitários rigorosos e não representem riscos à saúde dos consumidores.

FONTE BRASIL 123

‘Pinga ni mim’: Saiba qual a melhor cachaça de Minas Gerais e mais sobre a bebida

Malvada, água-benta, birita, branquinha, caninha, dengosa, engasga-gato, canjebrina, caninha, pinga… Bebida símbolo de Minas gerais, a cachaça ganha diferentes nomes de acordo com a região e com o nível de empolgação quem a consome.

Seja pura, misturada em drinks, na culinária, seja branca ou descansada em tonéis de madeira, a cachaça ocupou espaços. Dos mais simples aos mais sofisticados.

O mercado que gira em torno da cachaça vem crescendo cada vez mais, tanto ancorado na paixão nacional, quanto no potencial de expansão do comércio da bebida.

Desde os modos de fazer, características e receitas de drinks, até a participação da bebida na economia e os impactos do consumo no corpo, conheça tudo sobre a cachaça neste guia preparado pelo BHAZ.

Onde surgiu a cachaça?

A bebida que traz à roda causos cheios de imaginação, também carrega fantasia e mais de uma história possível para sua origem.

Segundo o Instituto Brasileiro da Cachaça, historiadores reúnem três versões mais fortes sobre o local e o contexto da primeira destilação da bebida no Brasil. Há uma única certeza: a bebida nasceu no litoral do país entre 1516 e 1532.

A Ilha de Itamaracá, no Pernambuco; Porto Seguro, na Bahia, e São Vicente, no litoral de São Paulo, disputam o posto de marco zero da cachaça no Brasil.

Como surgiu a cachaça?

Outra teoria controversa gira em torno da origem: foi ideia trazida pelos portugueses ou foi uma grande sacada dos escravos nos engenhos?

A teoria dos portugueses diz que eles estavam acostumados a tomar uma bebida destilada feita do bagaço da casca de uva. Logo, teriam tido a ideia de fazer o mesmo processo com o caldo da cana-de-açúcar, resultando na primeira cachaça no Brasil.

Uma outra versão indica que a bebida nasceu do olhar apurado e observador dos escravos que trabalhavam nos engenhos. Ao ferverem a garapa durante a produção de açúcar, uma espuma tinha que ser retirada de tempos em tempos.

O resíduo era descartado cochos dos animais e misturado à ração. Os escravos teriam notado certa diferença no comportamento do gado, que parecia mais disposto quando se alimentava da mistura.

Foi então que teriam decidido experimentar o líquido formado pela espuma e incluído nas poucas opções de consumo de que dispunham.

Segundo essa teoria, não demorou para os portugueses se apropriarem de mais essa riqueza.

Como a cachaça se tornou símbolo de Minas Gerais?

Com a descoberta do ouro na região que viria a se transformar em Minas Gerais, bandeirantes de todas as partes chegaram a nossas terras. Os exploradores se alojavam aos pés de montanhas próximas à mineração e se aqueciam com a bebida nas noites frias.

A produção passou a crescer nas terras mineiras, transformando o estado em símbolo da cachaça no país.

Diferença entre cachaça, pinga e aguardente

Para além de diferenças nomeações pelas regiões brasileiras, uma dúvida comum entre consumidores é a diferenciação entre cachaça e pinga. E a aguardente, onde entra nessa história?

Segundo Cléber Santiago, presidente da Apacs (Associação dos Produtores Artesanais de Cachaça de Salinas), a principal diferença está na graduação alcoólica.

“Pela legislação, a cachaça tem o teor alcoólico de 38% a 48%. Aguardente, de 38% a 54%. Então, as cachaças também se enquadram como aguardentes”, explica. 

Apesar da popularidade do termo “pinga”, que muitas vezes se refere à cachaça, Cléber defende uma separação.

“Na verdade, nem poderíamos igualar cachaça e pinga. Os produtores preferem que chamemos apenas de cachaça mesmo”, conta Santiago. 

Produção de cachaça na cidade mineira de Salinas (Arquivo pessoal/Cléber Santiago)

Qual a forma correta de tomar cachaça?

Segundo Cléber, as formas de tomar cachaça variam entre os consumidores. “Vai do gosto de cada pessoa. Tem gente que enche o copo de cachaça e vira, e outras pessoas bebem de maneira mais correta, a meu ver, que é a degustação”. Esse modo consiste em tomar um pouco do líquido, deixá-lo na boca, misturar com a saliva e só depois, engolir. 

Há também a opção de fazer drinks e coquetéis com o aguardente de cana-de-açúcar. Caipirinha, raspadinha alcoólica, batida de paçoca e bombeirinho são alguns exemplos.

Diferença entre cachaça branca e amarela

Majoritariamente, existem duas cores mais conhecidas de cachaça: a branca e a amarela. Mas além desses aspectos, o que difere uma da outra?

“A cachaça branca é a ideal para fazer drinks, como a caipirinha. Ela não fica em barris de madeira após a produção, e sim, é armazenada na dorna de inox. Já para beber pura, a maioria das pessoas prefere a cachaça amarela, com mais sabor e cheiro da madeira do barril. A coloração da bebida fica mais amarelada ou avermelhada, a depender da madeira”.

Para envelhecer a cachaça, os seguintes tipos de madeira são os mais comuns: amburana, carvalho, jequitibá e imbuia.

Além da coloração, a madeira vai influenciar em aspectos sensoriais da cachaça, como o aroma. Dependendo do local e tempo de armazenamento, a bebida ganhará sabor mais frutado, adocicado, acastanhado ou floral.

Cachaças brancas e amarelas agradam diversos públicos (Valter Campanato/Agência Brasil)

Qual a melhor cachaça?

De acordo com o produtor, existem cachaças para todos os gostos. Como a bebida é versátil, fica difícil classificar tipos entre “melhor” ou “pior”.

De qualquer forma, existem cachaças produzidas artesanal e industrialmente, a compra e preferência ficam a cargo do consumidor. 

“Dá para usar [as madeiras] carvalho, amburana, bálsamo, ou deixar a bebida branca, mais forte, mais fraca… a cachaça é um produto muito amplo que cai bem em quase todos os drinks, principalmente a caipirinha. Por exemplo, a cachaça consegue substituir a vodka em drinks e até mesmo amaciar carnes”, diz Cléber. 

V Ranking da Cúpula da Cachaça 2022

O grupo Cúpula da Cachaça reúne profissionais de diferentes formações, mas com um grande elo em comum: a especialização em cachaça. Em 2014, 2016, 2018, 2020 e 2022, a iniciativa elegeu as melhores cachaças do Brasil no Ranking Cúpula da Cachaça.

concurso, que reúne todas as cachaças legalizadas do país, tem o objetivo de ser o mais abrangente do Brasil e é distribuído em três fases: voto popular, seleção dos especialistas e cúpula da cachaça.

Confira as três melhores cachaças de cada categoria no mais recente ranking da Cúpula da Cachaça, de 2022:

Categoria Brancas

1ª – Da Quinta Prata: nota 84,43
2ª – Pindorama Prata: nota 81,86
3ª – Tiê Prata: nota 81,14

Categoria Armazenada/Envelhecida

1ª – Anísio Santiago/Havana: nota 84,08
2ª – Estância Moretti 4 Madeiras: nota 83,4
3ª – Baobá Ouro: nota 80,73

Categoria Premium/Extra Premium

1ª – Pardin Porto: nota 80,67
2ª – Vechio Albano Extra Premium: nota 77,75
3ª – Middas Reserva dos Proprietários: nota 77,03

Algumas bebidas expostas na Cachaça Trade Fair de 2018, em São Paulo (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Mercado em expansão

Entre janeiro e novembro de 2022, Minas Gerais subiu do 5º para o 3º lugar em exportação de cachaça no Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo e Pernambuco.

O estado mineiro responde por 11,2% do valor exportado pelo Brasil. Os dados foram levantados pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac).

“A cachaça está tomando um rumo muito grande no mercado e na cultura do brasileiro. Ainda há aquele preconceito, mas isso está mudando”, afirma Cléber Santago.

Além de presidente da Apacs, Cléber é administrador da Cachaça Havana, uma das marcas mais tradicionais de Salinas (MG) e de todo o Brasil. De coloração amarela, a bebida é envelhecida com a ação da madeira do tipo bálsamo.  

Em 2022, aconteceu a 31ª edição da Expocachaça em BH; tradicional feira é a maior referência do setor no Brasil (Andreza Miranda/BHAZ)

O produtor celebra o crescimento das marcas e da fiscalização. “Isso faz com que as pessoas legalizem as empresas, registrem as marcas, os artefatos de produção. Temos esperança que o mercado dê um salto bom para recompensar um imposto muito alto no produto, por ser uma bebida alcoólica”. 

O avô de Cléber, Anísio Santiago (1912-2002), fundou a Havana no início da década de 1940. O produtor foi pioneiro na formalização da produção e do comércio de cachaça.

“Meu avô sempre falava que queria transformar a cachaça em uma bebida especial, como o whisky, algo que todos tinham orgulho em beber. E ele conseguiu: a Havana é reconhecida como Patrimônio Imaterial e Cultural de Salinas. “, orgulha-se Cléber.

A Cachaça Havana foi reconhecida como patrimônio (Arquivo pessoal/Cléber Santiago)

Como fazer cachaça

Na conversa com o BHAZ, Santiago detalhou o processo de produção artesanal da Cachaça Havana. O profissional ressaltou que a madeira tem um papel importante na feitura de cachaças, afetando a coloração e o sabor da bebida.

“Normalmente, a maneira de produção das cachaças é a mesma, passando por lavagem, moagem, fermentação e destilação. O que difere as cachaças é a madeira. O bálsamo deixa uma coloração amarela, a amburana proporciona um gosto mais amargo, já o carvalho deixa a bebida mais avermelhada”, afirma.

A matéria prima da cachaça é a cana-de-açúcar. “Temos um selo orgânico, e observamos o produto desde o plantio até o envelhecimento. Após o corte da cana, fazemos uma lavagem para deixá-la bem limpinha. Depois, passa na moagem, no filtro decantador, onde algumas impurezas decantam”, inicia. 

Cana-de-açúcar é a matéria prima da cachaça (Arquivo pessoal/Cléber Santiago)

Posteriormente, o líquido vai para o tanque. “Lá, fazemos a mistura do caldo. Normalmente, esse caldo fica com mais de 20% de doce, o chamado brix da cana. Mas ela só pode ir para a fermentação com 15% de doce. Então, vamos colocando água e medindo, até o teor de doce atingir essa porcentagem”, pontua Santiago. 

A próxima etapa é a fermentação, um processo vivo no qual as leveduras tiram o doce que tem no caldo e transformam-no em álcool. “Depois dela, fazemos a destilação desse caldo, que se tornou um vinho. Nessa parte, separamos a cachaça do vinho”. Agora, é utilizado o equipamento conhecido como alambique.

Etapa de fermentação (Arquivo pessoal/Cléber Santiago)

Cléber explica que a atuação do alambique se assemelha a uma tampa de panela. “Acendemos o fogo embaixo e a tampa fica úmida, molhada. Esse vapor quente, com a água fria que cai em cima do capelo, condensa e se transforma em cachaça. Depois de destilada, ela vai para o armazenamento”, conta. 

A cachaça pode ser armazenada em dornas de inox e barris de madeira, e até ser vendida antes mesmo de envelhecer. “Tudo depende do que eu vou querer lá na frente, inclusive a graduação alcoólica”, diz Santiago. No caso, a cachaça Havana possui coloração amarela e é envelhecida com a ação do bálsamo.  

Mecanismo do alambique tem atuação crucial na produção da cachaça (Arquivo pessoal/Cléber Santiago)

Beber cachaça faz mal?

BHAZ também conversou com a médica angiologista Joana Kalil, que explicou os efeitos da bebida no corpo. Segundo a profissional da saúde, podem até existir benefícios, mas, para isso, o consumo consciente deve prevalecer.

“Muito se fala mundialmente sobre a ingestão prejudicial de bebida alcóolica ao nosso organismo. Com a cachaça, isso não é diferente. Contudo, alguns estudos apontam que a cachaça, sobretudo a envelhecida, possui algumas ações. Há propriedades vasodilatadoras, função antioxidante e anticoagulante, elevando o ‘colesterol bom’. Nesses casos, a gente pode ter um pequeno benefício do seu uso consciente”, inicia.

Porém, é preciso tomar cuidado com essas características da bebida. “Vale ressaltar que o consumo não deve ser encorajado para que as pessoas abusem do destilado. Caso bebido em quantidades mais moderadas ou elevadas, o líquido pode provocar um prejuízo importante ao nosso organismo”, alerta Joana.

“É muito importante complementar que não podemos definir a cachaça como algum tipo de tratamento ou prevenção de infarto ou trombose”, afirma a médica.

A ideia é corroborada pelo produtor Cléber Santiago: “O grande problema é o vício, quando as pessoas acabam bebendo muito. Tem pessoas que começam bebendo pouco, e vão aumentando. Isso é perigoso”, completa. 

O que a cachaça faz com o fígado?

Então, quais os possíveis efeitos da bebida no fígado? “O uso da cachaça de forma moderada ou elevada a longo prazo pode trazer riscos e danos muito importantes ao órgão”, apresenta Joana Kalil. Confira os possíveis malefícios que esse consumo pode causar no fígado, de acordo com a angiologista:

  • Inflamação generalizada, prejudicando todas as funções do fígado
  • Esteatose hepática, um acúmulo de gordura que pode se desenvolver para uma hepatite alcóolica
  • Cirrose hepática, em último caso. Esse já é um quadro irreversível, onde o paciente pode apresentar diversas alterações do organismo, secundárias à cirrose. Muitas vezes, ele precisa ser encaminhado para a fila do transplante de fígado.

Quantas doses de cachaça posso tomar por dia?

Com isso, é comum surgir uma dúvida entre os amantes da bebida: será que tem uma quantidade segura para o consumo? “De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a dose máxima e consciente do uso de cachaça deve ser de 25 a 30 gramas por dia, ou seja, uma a duas doses”, informa Joana. Ela também lembra que o usuário também está em risco de evoluir para as alterações hepáticas citadas.

“O consumo excessivo de bebida alcóolica, não somente da cachaça, é prejudicial para o organismo como um todo. Vamos fazer o uso com consciência, preservando nossa saúde corporal”, finaliza a médica.

Como fazer caipirinha

Aprenda uma forma simples de fazer caipirinha, uma das bebidas mais conhecidas (e queridas) do Brasil.

Ingredientes

  • 1 dose de cachaça branca (60 ml)
  • 1 limão (de preferência, do tipo Taiti)
  • 2 colheres de sopa rasas de açúcar
  • Gelo até encher o copo

Modo de fazer

  • Após lavar e secar o limão, corte as extremidades da fruta. Corte o limão na metade e retire os “meios”, a parte branca. Depois, fatie-o em gomos.
  • Insira os pedaços de limão e as duas colheres de açúcar dentro de um copo, e macere suavemente com um pequeno pilão. Tente não fazer isso de forma muito forte, para não amargar.
  • Complete o copo com os cubos de gelo, adicione a cachaça e sirva!
Caipirinha é uma bebida clássica que leva cachaça (Beatriz Kalil Othero/BHAZ)

Como fazer quentão com gengibre e cachaça

Confira abaixo uma receita fácil e rápida de quentão, bebida em que a cachaça é a base. De acordo com as quantidades abaixo, a receita rende 10 porções. No total, o preparo demora cerca de 20 minutos.

Ingredientes

  • 900 ml de cachaça
  • 10 fatias de gengibre
  • 1 ½ xícara de chá de água
  • 1 ½ xícara de chá de açúcar
  • 1 laranja cortada em rodelas
  • 1 maçã sem casca, picada
  • 2 limões cortados em rodelas
  • 10 cravos-da-índia
  • 2 canelas em pau

Modo de fazer

  • Utilizando uma panela de tamanho grande, derreta o açúcar em fogo médio. Dica: despeje-o aos poucos;
  • Quando ele se tornar um caramelo, coloque a água e mexa até os “gomos” de açúcar derreterem;
  • Despeje o resto dos ingredientes na panela – gengibre, cachaça, laranja, maçã, limão, cravo e canela. Tome cuidado para mexer de maneira amena, sem amassar as frutas;
  • Coloque a tampa na panela e deixe a mistura cozinhando até ferver;
  • Desligue o fogo e sirva!

FONTE BHAZ

Homem foi ameaçado enquanto bebia

Um homem foi ameaçado pelo autor com uma faca, na cidade de Nazareno, perto de São João del-Rei (MG), enquanto estava sentado no passeio fazendo uso de bebida alcoólica.
O autor chegou ao local embriagado e após uma discussão, o ameaçou e em seguida foi embora.

FONTE POP NEWS

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