Com mais de 30 quedas d’água, paisagens deslumbrantes e passeios imperdíveis, região mineira é uma boa opção de passeio em contato com a natureza. O destino também ganhou fama internacional pela produção de um queijo premiado mundialmente
A região do Parque Nacional da Serra da Canastra é um verdadeiro santuário ecológico localizado no Sudoeste de Minas Gerais, abrangendo uma área de aproximadamente 200 mil hectares. Suas paisagens deslumbrantes incluem campos rupestres, cerrado, matas ciliares e imponentes cachoeiras, como a famosa Casca d’Anta, onde o Rio São Francisco se precipita em uma queda d’água espetacular. A região que abrange as cidades de São Roque de Minas, Delfinópolis, Sacramento, São João Batista do Glória e Capitólio é destino de natureza exuberante.
Além da beleza natural única, a Serra da Canastra é reconhecida pela produção do premiado Queijo Canastra. Elaborado artesanalmente por produtores locais, esse queijo de sabor marcante e textura aveludada conquistou diversos prêmios internacionais, tornando-se um ícone da gastronomia brasileira. A região se destaca não apenas pela sua beleza estonteante, mas também pela autenticidade de suas tradições e pela paixão dos produtores locais em manter viva a arte secular da produção do queijo mineiro.
Explorar o Parque Nacional é uma experiência enriquecedora que combina natureza exuberante, culinária tradicional e preservação ambiental. A região da Canastra abriga uma rica diversidade de fauna e flora, com espécies endêmicas e ameaçadas de extinção, como o lobo-guará e a onça-pintada. Os visitantes têm a oportunidade de realizar trilhas, observação de aves, banhos de cachoeira e vivenciar a cultura local. Para desbravar os atrativos do parque, há diversas trilhas, desde as mais leves até algumas que exigem maior condicionamento físico. Entre as cachoeiras, estima-se que são cerca de 30 catalogadas, algumas têm acesso liberado, outras disponíveis somente para contemplação. Listamos sete quedas d’águas imperdíveis para se conhecer em um roteiro pela Serra da Canastra.
Paraíso das cachoeiras
Cachoeira Casca d’Anta
Com 186 metros de altura, a Casca d’Anta é a mais famosa da região e está listada entre as maiores quedas livres do Brasil. Para admirá-la, é possível fazer dois roteiros: o primeiro, pela parte baixa do parque, tem uma trilha de cerca de um quilômetro até seu poço. De lá, é possível observar bem de perto toda a abundância da queda formada pelas águas do Rio São Francisco; já a rota da parte alta oferece vista para o cânion por onde o rio desce a serra, além de um mirante de onde é possível avistar parte da queda principal e algumas piscinas naturais.
Cachoeira do Capão Forro
O conjunto fica a cerca de cinco quilômetros de São Roque de Minas e abrange cinco cachoeiras e piscinas naturais. A do Mato, considerada a mais bonita, tem acesso a partir de uma caminhada de vinte minutos.
Poço das Orquídeas
A área pertencente à Cooperativa Agropecuária de São Roque de Minas é também conhecida como Lagoa dos Patos, uma referência a uma pequena lagoa que teria secado. Seu nome faz referência à maior atração da imensa fazenda de quase 560 hectares: uma piscina natural arredondada, com praia de cascalho, pequena cachoeira e muitas árvores com orquídeas.
Cachoeira do Fundão
Outra queda d’água bastante procurada no Canastra é a Cachoeira do Fundão. Ela fica a 25 quilômetros da portaria de São João Batista da Canastra e a 53 km da portaria de São Roque de Minas. A parte baixa da cachoeira fica no distrito de São João Batista, a 10 km do distrito. A dificuldade de acesso à cachoeira, devido às estradas ruins e às trilhas, contribui para a sua preservação. O acesso pode ser feito de veículo 4×4 e uma caminhada de cerca de 4 quilômetros de ida e volta, ou por bicicleta/caminhada. O percurso é bastante exigente fisicamente, com trechos íngremes, elevações e descidas consideráveis. A rota passa por rios e córregos, até chegar à cachoeira.
Cachoeira da Parida
De um pequeno cânion incrustado nas rochas, brotam duas quedas d´água que formam um grande poço de águas profundas e cristalinas. As águas da Cachoeira da Parida serpenteiam pelas pedras dando origem a uma segunda piscina, também profunda e de águas verdes, chamada de “Poço do Macaco”. A Parida está localizada na região da Serra da Canastra, na fazenda do senhor Manoel Peres, entre os municípios de Sacramento, Tapira e São Roque de Minas.
RPPN do Cerradão
A Cachoeira do Cerradão fica em uma reserva particular do Patrimônio Natural localizada a cerca de dez quilômetros de São Roque de Minas. Com uma queda de 200 metros de altura dividida em três lances, a formação tem poços profundos bons para banho.
Cachoeira dos Rolinhos
Considerada a cachoeira mais alta do Parque Nacional, com 300 metros, a queda cai em forma de cascata formando poços de até 50 metros de extensão. Para admirá-la, há um mirante com acesso fácil via trilha.
Onde ficar
O Hotel Chapadão da Canastra é a opção ideal para curtir um roteiro completo na região. Unindo o rural e o urbano, com estrutura de hotel e aconchego de pousada, o empreendimento ocupa um terreno de cinco mil metros quadrados onde mais da metade é composta de exuberantes jardins que chamam a atenção de seus visitantes. Localizado à margem do Rio do Peixe, é possível encontrar ainda, pequenos animais silvestres e diversas espécies de pássaros. São 24 apartamentos com uma área de 25 metros quadrados, com banheiro completo, com frigobar, TV LED 32’, além de varandas com vistas da exuberante serra e do bosque que margeia a propriedade. Para o lazer o hotel oferece: piscina adulto e infantil, hidromassagem aquecida e barzinho, além de salão de jogos e loja de artesanatos, lavanderia. Para conhecer melhor a região, o Chapadão da Canastra disponibiliza veículos 4X4 para passeios nos melhores e mais procurados roteiros da Serra da Canastra.
Quem visita a Serra da Canastra se encanta com os cenários típicos de cerrado com campos rupestres, vegetação de Mata Atlântica e, principalmente, pelo queijo premiado que é produzido na região há mais de 200 anos. O tradicional Queijo da Canastra – conhecido por ter uma casca amarela por fora e por ser macio e saboroso por dentro–, é tão famoso que o seu modo de produção é reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio cultural imaterial brasileiro, desde 2008.
Pelo segundo ano consecutivo, o Queijo Minas Artesanal (QMA) produzido na região da Serra da Canastra figurou, em 2023, entre os 50 melhores do mundo no ranking do site americano Taste Atlas, plataforma colaborativa cujos usuários contribuem para a construção do conteúdo, com comentários, imagens e notas. A iguaria mineira, que em meados de 2022 chegou a liderar a lista, conquistou no ano passado o 12º lugar, à frente de exemplares famosos internacionalmente, como o italiano Mozzarella e o suíço Gruyère.
Atualmente, podem ser comercializados como QMA da Canastra os queijos elaborados em oito municípios: Bambuí, Delfinópolis, Medeiros, Piumhi, São João Batista do Glória, São Roque de Minas, Tapiraí e Vargem Bonita, que cumprem o Caderno de Normas da Indicação Geográfica. As localidades são reconhecidas como produtoras desse tipo de queijo, a partir de estudos e levantamento histórico realizados pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG).
De acordo com o diretor de Agroindústria e Cooperativismo da Seapa, Ranier Chaves Figueiredo, a valorização do QMA é sempre motivo de comemoração. “Para o mineiro, o queijo sempre foi mais que um alimento, é um patrimônio de valor inestimável. A evolução histórica recente do produto é fantástica, fazendo com que ele conquiste cada vez mais consumidores e mercados. A prova é a presença de destaque, novamente, do Queijo Minas Artesanal no Taste Atlas. Para nós, isso é razão de muito orgulho”, disse Figueiredo.
Fama no exterior
Em 2019, produtores de queijo de Minas Gerais comemoram a conquista das 50 medalhas no 4º concurso ‘Mondial du Fromage et des Produits Laitiers’, realizado na cidade de Tours, na França. Foram 952 inscritos de 15 diferentes países. Os queijeiros mineiros levaram desde medalhas de bronze até o super ouro, maior condecoração da disputa. O Oscar dos queijos é realizado de dois em dois anos.
Avanços para a cadeia produtiva
E desde 2019, três novas regiões foram caracterizadas como produtoras de QMA: Serras de Ibitipoca, Diamantina e Entre Serras da Piedade ao Caraça. Além delas, três foram reconhecidas como produtoras de outros tipos de queijo artesanal: Alagoa, Mantiqueira e Jequitinhonha. Hoje, 15 regiões são caracterizadas como produtoras dos vários tipos de queijos artesanais mineiros.
História
Dizem os antigos que o queijo veio de Portugal e que foram os tropeiros que levavam para a região mineira em suas travessias. Antigamente, nossos avós faziam queijo só para o sustento da família. Aos poucos o queijo começou a ser vendido em outros vilarejos perto daqui. Para não amassar, o queijo só podia viajar com mais de 30 dias de cura, quando já estava mais firme e amarelado. O Queijo da Canastra mantém uma tradição de mais de 200 anos. E os produtores seguem as mesmas normas de antigamente e boas práticas exigidas para a produção de queijo artesanal para garantir um produto de alta qualidade.
Você já pensou em morar ou investir em Capitólio (MG)? Conheça a história desse local e descubra as suas principais belezas naturais!
A cidade de Capitólio, situada no estado de Minas Gerais (MG), é um verdadeiro oásis para os amantes da natureza. Esse é um destino ímpar para todos aqueles que buscam uma experiência única de turismo ecológico no Brasil.
Dotado de uma geografia singular, Capitólio recebe o apelido carinhoso de “mar de Minas”. Afinal, ele apresenta uma diversidade impressionante de belezas naturais, como as águas cristalinas e os impressionantes cânions.
Que tal conhecer as belezas naturais de Capitólio? Continue a leitura e descubra a história dessa cidade e suas principais atrações!
Onde fica o Capitólio?
Capitólio está localizada no sudoeste do estado mineiro e abrange uma área de 521,802 km², fazendo divisa com os municípios de São João Batista do Glória, São Roque de Minas, Piumhi, Guapé e Alpinópolis. Além disso, a sua população é estimada em 10.380 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A cidade se destaca como um dos principais destinos turísticos de Minas Gerais. Sua popularidade cresceu substancialmente devido às famosas cachoeiras e rios de águas cristalinas que a região oferece.
No entanto, a atração principal é o famoso Cânion de Furnas. Ele é caracterizado pelas suas paredes de pedra parcialmente submersas pelas águas do Lago de Furnas, que é formado pela represa da Usina Hidrelétrica de Furnas, resultando em uma paisagem única e deslumbrante.
Qual é a história desse lugar?
Você descobriu dados sobre Capitólio, sendo interessante também conhecer a história dessa cidade. Ela começa no Ciclo do Ouro, por volta de 1800. Nessa época, houve o esgotamento das jazidas de ouro e de diamantes na região, o que levou à migração da população urbana para a agropecuária.
O local foi inicialmente explorado por portugueses. Os imigrantes fundaram fazendas prósperas devido à abundância de cursos d’água, fauna e flora.
Já em 1830, os irmãos João Francisco, Manoel Francisco e Antônio Francisco se mudaram para a região, formando um povoado que se tornou conhecido como Arraial dos Franciscos ou dos Cabeças. Você pode reparar que no brasão de armas da cidade, os três Franciscos são homenageados devido à importância deles para a área.
A prosperidade nas terras atraiu mais famílias e levou ao rápido desenvolvimento do território. Na época, foram doados terreno e recursos para a construção de uma capela, erguida entre 1895 e 1900 em homenagem a São Sebastião, o padroeiro da cidade.
A partir desse momento, a localidade passou a ser chamada de Arraial de São Sebastião dos Franciscos. Então, em 1948, o Governador Milton Campos sancionou a Lei Estadual 336, criando o município de Capitólio.
Vale destacar que a construção da Usina Hidrelétrica de Furnas desempenhou um papel fundamental na história da cidade. Dessa maneira, a Represa de Furnas transformou a paisagem, abrindo oportunidades econômicas na agricultura, transporte, turismo e outras atividades.
Quais são as belezas naturais de Capitólio (MG)?
Ao entender a história de Capitólio, é possível imaginar como as belezas naturais da cidade se formaram, certo? Agora, é o momento de descobrir quais são as principais atrações da cidade que atrai tantos turistas.
Confira, a seguir!
Trilha do Sol
A Trilha do Sol é uma atração imperdível para os amantes da natureza e aventureiros. Afinal, ela é conhecida por proporcionar uma experiência imersiva na exuberante vegetação da área, permitindo que os visitantes entrem em contato direto com o ambiente.
Ao longo da Trilha do Sol, é possível desfrutar de belas paisagens, atravessar riachos e se maravilhar com a rica biodiversidade que caracteriza a região. Além disso, a variedade de flora e fauna torna essa caminhada uma experiência única.
Uma das recompensas mais gratificantes no final da trilha é a vista panorâmica de Capitólio e do majestoso Lago de Furnas. Nesse cenário, a visão é espetacular e oferece a oportunidade perfeita para tirar fotos incríveis e apreciar a beleza natural da região.
No entanto, para aproveitar ao máximo a Trilha do Sol, é importante estar preparado. Os visitantes devem usar roupas e calçados adequados para caminhadas, levar água, protetor solar e repelente de insetos.
Cachoeira Lagoa Azul
A Cachoeira Lagoa Azul tem esse nome devido à incrível coloração azul-turquesa das águas que fluem dela, criando um cenário mágico. Ela é acessível por uma trilha leve, tornando-a adequada para visitantes de todas as idades.
Vale reforçar que a Cachoeira Lagoa Azul é bonita durante todo o ano, mas atinge sua máxima beleza durante a estação chuvosa. Isso porque as suas águas estão mais volumosas, proporcionando um cenário ainda mais impressionante.
Além de apreciar a cachoeira, os visitantes podem desfrutar de momentos relaxantes nas proximidades, nadar nas águas cristalinas e até mesmo fazer piqueniques. Entretanto, preservar o ambiente é fundamental, portanto, quem passa pelo local é incentivado a recolher o lixo e evitar qualquer ação que possa prejudicar a natureza.
Canyon Cascata Eco Parque
O Canyon Cascata Eco Parque é conhecido por proporcionar uma combinação emocionante de aventura e belezas naturais. A localidade é cercada por cânions imponentes, grandes formações rochosas e vegetação intensa.
Dessa forma, os visitantes podem explorar os cânions, praticar rapel e seguir trilhas em um cenário incrível. Além das atividades de aventura, o parque abriga belas cachoeiras e piscinas naturais, nas quais é possível relaxar, nadar e aproveitar a natureza.
O Canyon Cascata Eco Parque costuma estar aberto o ano todo, mas a experiência pode variar de acordo com a estação. Durante a época chuvosa, as cachoeiras e os cânions atingem seu auge de esplendor, oferecendo uma vista diferenciada.
Por fim, é importante saber que guias especializados frequentemente acompanham os visitantes para garantir uma experiência segura e enriquecedora.
Mirante dos Canyons
O Mirante dos Canyons oferece vistas panorâmicas incríveis dos cânions e do Lago de Furnas. Assim, esse é um local privilegiado que proporciona uma perspectiva única das paisagens impressionantes que caracterizam a região.
Ao seu redor, existem imponentes formações rochosas, águas cristalinas e vegetação nativa. Dessa maneira, fotógrafos e amantes da natureza frequentemente escolhem o mirante como destino para capturar a beleza cênica da região.
O acesso ao Mirante dos Canyons costuma ser fácil, o que o permite receber visitantes de todas as idades. Por isso, ele é uma parada popular para aqueles que desejam admirar a vista sem a necessidade de realizar atividades físicas intensas.
Uma experiência particularmente memorável é observar o pôr do sol no local. Afinal, à medida que o sol se põe sobre o cenário pitoresco, o céu se transforma em uma explosão de cores, proporcionando um espetáculo visual inesquecível.
Para manter a beleza natural da área e garantir uma visita segura, siga as orientações fornecidas e respeite as regras do local, combinado?
Complexo Ecológico Cachoeira da Capivara
O complexo ecológico é outro ponto que oferece uma variedade de experiências memoráveis. Nele, a grande atração é a Cachoeira da Capivara, que é uma queda que deságua em uma piscina natural, proporcionando um lugar perfeito para se refrescar.
Além disso, os visitantes têm a oportunidade de explorar trilhas na mata, nas quais podem observar a vida selvagem e desfrutar de momentos de tranquilidade. Já para os aventureiros, o local oferece atividades interessantes, como rapel, tirolesa e escaladas em formações rochosas.
Ademais, o Complexo Ecológico Cachoeira da Capivara disponibiliza uma infraestrutura que inclui áreas para piqueniques, banheiros e locais para descanso. Desse modo, ele garante um ambiente confortável para passar o dia.
Cachoeira Fecho da Serra
A Cachoeira Fecho da Serra é apreciada por suas belezas naturais e seu ambiente sereno. Situada em meio a uma paisagem tranquila, cercada por vegetação e formações rochosas características da região, ela é um refúgio para aqueles que buscam escapar da agitação da vida urbana.
O acesso à Cachoeira Fecho da Serra é geralmente fácil, com trilhas curtas ou caminhadas leves. Portanto, os visitantes de idades variadas podem desfrutar da vista das águas cristalinas que fluem sobre as rochas e que criam um cenário que cativa os sentidos.
Na base da cachoeira, geralmente se forma uma piscina natural, convidando os turistas a nadar e se refrescar. Logo, esse é o local perfeito para relaxar e desfrutar das águas refrescantes, em meio a um ambiente natural intocado.
Como em todas as atrações naturais de Capitólio, é essencial que os visitantes respeitem o ambiente e sigam as diretrizes locais para preservar a beleza natural da região.
Orla da Prainha
A orla da Prainha é um dos destinos mais encantadores à beira do Lago de Furnas. Por suas características, ela oferece uma experiência única para os visitantes que desejam desfrutar das águas calmas e cristalinas do lago.
A Prainha, uma praia artificial, é conhecida por suas areias claras, criando o ambiente perfeito para nadar e aproveitar o sol. Dessa forma, além das atividades aquáticas, ela oferece uma variedade de comodidades para os visitantes, como áreas para piqueniques, churrasqueiras, quadras esportivas e parquinhos.
Ao redor da orla, é possível encontrar uma seleção de restaurantes e bares que servem pratos da culinária local. Assim, o local é perfeito para fazer uma refeição com vista para o lago, tornando a experiência gastronômica ainda mais especial.
Para os entusiastas dos esportes aquáticos, a orla da Prainha é o lugar ideal para se aventurar em atividades como stand-up paddle, caiaque e jet ski. Nesse caso, muitos visitantes optam por alugar equipamentos e explorar o lago de maneira divertida.
Vale destacar que a paisagem ao redor da orla chama a atenção, com colinas cobertas de vegetação e o lago se estendendo até onde a vista alcança. Ademais, o local é famoso pelo pôr do sol que pinta o céu com cores vibrantes sobre o Lago de Furnas.
Dessa maneira, a orla da Prainha é um lugar adequado para famílias, grupos de amigos e todos que buscam um dia de lazer à beira do lago.
Como é a gastronomia desse lugar?
Ao descobrir as principais belezas naturais de Capitólio (MG), é possível surgir o interesse pela gastronomia local, não é mesmo? Afinal, conhecer as comidas da região é uma forma de entender melhor a sua cultura.
Na prática, a gastronomia de Capitólio é uma celebração dos sabores autênticos da culinária mineira, com um toque nativo especial. Para começar, as trutas frescas são uma das estrelas, podendo ser preparadas de diversas maneiras, desde grelhadas a fritas — e sempre acompanhadas por molhos saborosos.
Outros peixes de água doce, como tilápia e pacu, têm presença marcante nos cardápios e são frequentemente cozidos na brasa. Além disso, eles costumam ser servidos com arroz, feijão-tropeiro e couve, oferecendo uma experiência gastronômica típica da região.
Para quem não conhece, o feijão-tropeiro, uma tradicional especialidade mineira, é uma escolha clássica. Feito com feijão, farinha de mandioca, linguiça, ovos e temperos, ele é um acompanhamento que aguça o paladar.
O frango caipira é outra iguaria da culinária mineira que os visitantes não devem perder a oportunidade de provar. Com temperos tradicionais e cozido lentamente, esse prato oferece um sabor rico e autêntico.
Os queijos também têm um lugar especial nas mesas de Capitólio, como o queijo minas fresco e o queijo Canastra. Eles são opções que combinam perfeitamente com a culinária local.
Na hora da sobremesa, o doce de leite merece destaque, podendo ser apreciado puro, com queijo ou como parte de pratos doces. Mas vale ressaltar que a região ainda oferece uma rica seleção de bebidas, incluindo a famosa cachaça — considerada um destilado típico do Brasil.
Então os visitantes podem degustá-la pura ou experimentar coquetéis locais, como a pinga com mel. Por fim, não deixe de explorar as barracas de comida de rua, nas quais é possível encontrar petiscos como pastéis, acarajés, tapiocas e churros.
Conclusão
Capitólio (MG) oferece um equilíbrio perfeito entre aventura e tranquilidade, natureza e cultura, tornando-se um destino que satisfaz os mais variados gostos. Por isso, ao visitar essa cidade, os viajantes têm a oportunidade de vivenciar o meio ambiente e a hospitalidade da região. Como você viu, Capitólio é um local que pode ser interessante tanto para morar quanto para investir.
Governo mineiro ajusta plano de parceria com o país caribenho para promover juntos os dois destinos internacionalmente
O mar verde-turquesa do Caribe está mais próximo de Minas. Desde a semana passada, Curaçao, a mais europeia ilha caribenha, recebe turistas brasileiros embarcando do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins. E esta ponte entre dois destinos já é fruto de parceria e intercâmbio turístico: será o momento de destacar o que os dois têm em comum: belas paisagens, patrimônios tombados, rica gastronomia e cultura diversa.
Um plano de ações que visam à promoção de Minas Gerais e de Curaçao de forma bilateral foi apresentado às autoridades do governo da ilha caribenha, na última quinta-feira (29), pelo governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo. De acordo com o secretário Leônidas Oliveira, o objetivo dessa iniciativa é realizar uma parceria mútua, capaz de internacionalizar os destinos turísticos para os públicos de ambos os países.
“Dois países antagônicos, um possui mar azul, é obviamente do Caribe e outro, um verde intenso e cachoeiras. Deslumbrantes. A Ilha do Caribe não possui água doce, mas possui um mar muito lindo. E ambos possuem coisas em comuns, que é uma identidade negra, africana, na sua origem, também indígena. E com forte relações com a Europa. E também uma gastronomia muito rica. Então, a proposta é cooperar na promoção dos dois destinos. Cooperar aprendendo um com o outro sobre a criação de destinos turísticos fortes na coquetelaria,no intercâmbio de artistas e da arte. É o acordo firmado e, que eu creio, que pode contribuir imensamente pra desenvolver Minas Gerais como um destino eminentemente turístico, assim como Curaçao já é. Gerando emprego e renda pra nossa população que é o objeto comum entre os dois países”, conclui Leônidas Oliveira.
De acordo com o planejamento, as ações já devem começar no segundo semestre, e abrangem segmentos como a gastronomia, a coquetelaria, o marketing turístico e a cultura. Os trabalhos serão realizados a partir da parceria entre Secult, Curaçao Tourist Board, Sebrae, Azul Linhas Aéreas, Horeca e Curaçao Hospitality & Tourism Association (Chata).
O Ministro do Desenvolvimento Econômico de Curaçao, Ruisandro Cjintjie, durante a reunião realizada na capital Willemstad, recebeu com entusiasmo as propostas a serem desenvolvidas a curto e médio prazos. “O Brasil é um país continental, e o voo direto conectando Minas com Curaçao é uma porta para que mais destinos conheçam a potencialidade turística mineira e que nossa ilha seja um hub para os viajantes que pensam em ir para outros destinos e continentes. Estamos muito abertos a receber investimentos de empresas que olhem para Curaçao, mas mirem a região caribenha como um todo, pois somos 3 milhões de habitantes”, afirmou o Ministro do Desenvolvimento Econômico.
Cjintjie, inclusive, esteve em Belo Horizonte na semana passada e já havia se encontrado com autoridades do governo mineiro para abrir cenários de oportunidades bilaterais em diversos segmentos, especialmente o turismo e a cultura.
Uma das propostas é que venha para esse evento uma equipe de Curaçao composta por bartenders reconhecidos internacionalmente e um grupo da imprensa local para registrar e conhecer diversos pontos de Minas e incentivar a visita de turistas oriundos da ilha.
Também foram acordadas uma uma viagem de trabalho a Curaçao com profissionais da imprensa mineiros; realização em Curaçao de um festival da cozinha mineira, café e cachaça; uma exposição sobre os patrimônios históricos da humanidade de Minas em Willemstad e outra similar curaçauense no Circuito Liberdade, em Belo Horizonte. Além disso, contatos nas áreas de patrimônio, cultura, turismo e artes serão estabelecidos para impulsionar as relações entre Curaçao e Minas Gerais.
Espalhado no sopé de dois picos da Serra do Espinhaço — o Pico da Lapinha (1.686 metros de altitude) e o Pico do Breu, 1.687 metros de altura —, o vilarejo da Lapinha da Serra, Distrito de Santana do Riacho — município localizado na região da Serra do Cipó —, é um recanto que guarda indescritíveis belezas naturais. A pequena localidade, que abriga em torno de 500 moradores, transforma-se em um importante destino, principalmente para os turistas que apreciam a paz e o descanso e também as excelentes opções para atividades ligadas ao ecoturismo e ao turismo de aventura.
É difícil descrever, em uma matéria como esta, a indescritível viagem (literalmente, em todos os sentidos) que é passar um tempo explorando os vários encantos da Lapinha da Serra, um rincão meticulosamente esculpido pela natureza em um privilegiado ponto do relevo ondulado da Serra do Espinhaço.
Distrito do Município de Santana do Riacho, na região da Serra do Cipó, localizado a 123 km do Belo Horizonte, o vilarejo está encravado nos contrafortes de dois picos, o Pico da Lapinha (com 1.686 metros de altitude) e o Pico do Breu, com um metro a mais: 1.687 metros de altura. Para adornar ainda mais a beleza da geografia do lugar, um lago artificial contorna os limites da vila — que também é parte integrante da Área de Preservação Ambiental do Morro da Pedreira. A represa foi construída na década de 1950, por uma empresa chamada Companhia Industrial de Belo Horizonte. O objetivo era a geração de energia por parte da Usina Coronel Américo Teixeira.
A paisagem de causar deslumbramento e de fazer vibrar os apaixonados pelas belezas naturais, além de inspirar profundamente as mais incríveis composições para aqueles que amam fazer fotografias e trabalham nesse ofício, reserva muitas possibilidades pelos lindos caminhos — seja qual for a luz ou a época do ano; seja no frio, seja no calor, seja mesmo debaixo de chuva.
Legado histórico
Também é preciso informar que a Lapinha da Serra, embora tão pequeno lugarejo, guarda um importante legado histórico ligado à mineração de diamantes e preciosas tradições culturais. A origem da região remonta aos bandeirantes, desbravadores do caminho dos diamantes, que ergueram uma capela em Santana do Riacho, no ano de 1759. Já no século XIX, passou a ser trilha dos tropeiros, responsáveis por fazer a ligação entre os núcleos populacionais por meio do comércio de gêneros alimentícios e de primeira necessidade. Conta-se que a localidade, então chamada de Lapinha de Belém, foi fundada, no início do século XX, por três famílias. Por essa razão, os nativos são, até os dias de hoje, parentes próximos, pois aconteceram muitos casamentos entre primos. Há muitas décadas sobrevivendo da agricultura familiar e da pecuária de pequena escala, o vilarejo — que atualmente abriga não mais que 500 moradores — vislumbra na atividade turística uma nova realidade.
E, por falar nos nativos moradores, as tradições culturais deles são refletidas principalmente em festas religiosas, como a do padroeiro, São Sebastião — realizada entre os dias 19 e 23 de janeiro —, e no incrível Batuque — dança originária de dois países africanos, Angola e Congo.
Na Lapinha, o Batuque acontece quando os negros, posicionados em círculo, executam passos “sapateados” em ritmo marcado com palmas e instrumentos de percussão (atabaques). O Batuque, portanto, consiste numa roda formada pelos dançadores, indo para o meio um preto ou uma preta que, depois de executar vários passos, vai dar uma “embigada”, a que chamam “semba”, na pessoa que escolhe. Esta, então, a escolhida, vai para o meio do círculo, substituindo a outra. Porém, lá há também o Batuque dos brancos, quando são incluídos na dança o pandeiro e a viola. Geralmente, o Batuque acontece todas as semanas.
Cenários paradisíacos
Mas, voltando ao acervo esculpido ao longo de milhões de anos pela natureza, a Lapinha da Serra ainda tem como atrativos lindas cachoeiras, poços, rios, grutas e sítios arqueológicos. São lugares que são alcançados por meio de trilhas que cruzam cenários paradisíacos, onde reinam os valiosos campos rupestres. Trata-se de uma “forma úni¬ca de vegetação, tanto pela diversidade de espécies como pela maneira como essas se distribuem, com as plantas crescendo sobre pedra, em solo pedregoso ou arenoso”, como informa o Departamento de Botânica da Universidade de São Paulo (USP).
Para se ter uma ideia da importância dessa vegetação, os campos rupestres não chegam a 1% do território brasileiro, “mas abrigam cerca de um terço da biodiversidade vegetal do país”, como atesta um artigo publicado pelo Departamento de Ciências Biológicas da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Eles situam-se, em geral, em altitudes superiores a 900 metros. Localizam-se, em sua maior extensão, na cadeia do Espinhaço em Minas Gerais”. Muitas das espécies são endêmicas, ou seja, só existem naquele local. Campos rupestres
Portanto, desbravar as trilhas que levam às cachoeiras, às nascentes e aos poços — além de se encantar com a grandiosidade do desenho da natureza que esculpiu o maciço do Espinhaço — é também ir ao encontro de uma vegetação que por si só é um admirável atrativo. Pra começar, durante todo o ano, os campos estão floridos e podem-se admirar orquídeas de todos os tipos e tamanhos, muitas margaridas, diferentes bromélias e cactos, os incríveis liquens coloridos que envolvem grandes pedras e árvores de bom porte, como ipês e quaresmeiras. Há ainda as fantásticas canelas-de-ema-gigantes, cuja base do tronco pode chegar a 1 metro de circunferência, e a planta pode atingir até 6 metros de altura. As sempre-vivas também são numerosas e fascinam pelas flores secas que nunca perdem a cor nem murcham.
No meio de tanta beleza verde, indiscutíveis tesouros botânicos, sobrevoam pássaros de diferentes espécies, como pica-paus, beija-flores, sabiás, tucanos e os raros pintassilgos e azulões. É possível ainda se deparar com aves como as codornas e perdizes, sem contar os majestosos gaviões. É preciso destacar que duas espécies de pássaro são endêmicas: o passarinho conhecido como cipó canesteros e o beija-flor-de-gravata-verde. Ambos despertam curiosidade e são pesquisados por ornitólogos brasileiros e estrangeiros, além dos praticantes do birdwatching — os observadores de pássaros, que os registram por meio de fotografia e filmagem.
Da fauna, com sorte, é possível se deparar com mamíferos como macacos, capivaras, tamanduás-mirim, lontras e até bichos raros como veado, jaguatirica e lobo-guará, ou apenas visualizá-los de longe.
Desbravar as trilhas
Após contextualizar as informações básicas do que é esse encantador lugar chamado Lapinha da Serra e também descrever fundamentais características da geografia local, os próximos capítulos desta reportagem se voltam especificamente para descrever os atrativos que podem ser alcançados pelas diferentes trilhas que lá existem. Afinal, o objetivo aqui é desvelar um recanto de uma preciosidade tão grande que é capaz de agregar as melhores possibilidades no que se refere a modalidades como o ecoturismo e o turismo de aventura. E mais: a Lapinha da Serra precisa ser preservada em toda a plenitude natural, inclusive até servindo de modelo para uma experiência bem-sucedida de um lugar que pratica o turismo sustentável.
Não é por acaso que lá existem algumas regras essenciais para orientar o turista: é proibido acampar, exceto em áreas autorizadas para camping; fazer churrascos nas cachoeiras, rios e lagos; utilizar-se de barco a motor; som alto nos automóveis; estacionar próximo à lagoa e à cachoeira; a velocidade máxima permitida é de 20 km/h; e pede-se não andar pela vila usando trajes de banho. É permitido nadar, barco a remo, caiaques e praticar pesca esportiva com vara, para fisgar peixes como traíra, tilápia ou bagre.
Lagos
Para explorar todas as belezas da Lapinha, vale muito a pena aventurar-se por todas as trilhas disponíveis. A começar pela grande represa, que é formada por dois lagos. Resultado de uma obra de engenharia, a estrutura colabora com um colorido estonteante para a paisagem. Os lagos são separados pelos paredões das serras que desenham os picos da Lapinha e do Breu. Um canal de água que passa entre eles separa os dois lagos. O primeiro lago fica muito próximo ao vilarejo, a poucos passos da Praça Central. Na margem dele, além das casas dos moradores, existem pousadas, chalés e casas que são alugadas para temporada. Existem alguns pontos onde é possível entrar na água e se refrescar com tranquilidade.
Já o outro lago fica um pouco mais distante, mas, como é mais isolado, com poucas construções no entorno, revela um cenário quase que intocado de grande beleza. Para chegar lá, é preciso caminhar em direção a um lugar chamado Capão Fundo, que fica na direção oposta à saída da Lapinha. São dois caminhos: pode-se seguir a estrada ou pegar uma trilha. Uma vez próximo, algumas trilhas levam à margem da grande lagoa, onde se formam algumas aprazíveis praias. Outras duas ótimas opções para explorar a lagoas: alugar barcos a remo ou caiaques.
Há ainda uma excelente possibilidade para apreciar de uma incrível maneira esse estonteante lugar: subir o Pico da Lapinha — com a companhia de guias especializados, aconselha-se —, de onde se tem uma simplesmente indescritível vista panorâmica da região.
Longas caminhadas
A caminhada é longa e até certo ponto árdua. Mas, para quem é apaixonado pelas diferentes possibilidades de belezas naturais que só uma região quase que intocada pode oferecer, vale muito a pena trilhar os 11 quilômetros até chegar à espetacular Cachoeira do Bicame. O trajeto desvela praticamente todas as paisagens e a riqueza da biodiversidade da Serra do Espinhaço. É emocionante o impacto de visualizar a queda d’água e o grande poço formado pelo Bicame. A foto que ilustra esta reportagem é plenamente capaz de traduzir a grandiosidade da linda cachoeira. Ela é formada pelo Rio de Pedras e integra a Reserva Natural do Patrimônio Natural (RPPN) Brumas do Espinhaço. O nome Bicame é devido à construção de um desvio feito para modificar o trajeto natural do leito do rio, uma forma de explorar diamantes no local, o que ocorria até meados do século passado. O desvio fica ao lado da cachoeira e pode ser visitado.
Outra boa caminhada é em direção à Cachoeira do Lajeado, essa, mais fácil, mas também exige certo esforço para percorrer 6 quilômetros nas trilhas que serpenteiam entre as serras, os braços do lago e o Rio Mata Capim. As quase duas horas são surpreendentes pela beleza proporcionada pela vista das serras e pelos riachos com águas cristalinas que aparecem pelo caminho. No final do trajeto, surge o Paredão do Lajeado e, logo abaixo, um grande poço de águas claras, delicioso para banhos.
Devido às chuvas, em algumas épocas do ano, o Paredão do Lajeado se transforma numa impressionante cachoeira.
Trilhas próximas
Das trilhas mais próximas, um relaxante passeio é ir em direção ao Poço do Boqueirão. De águas escuras, porém límpidas, o poço de imediato convida para um belo mergulho. Muito próximo a ele, no meio da trilha, ainda há outro local onde a combinação águas e rocha forma uma incrível ducha natural. E, um pouco mais adiante, tem o Poço Verde, de águas incrivelmente claras. Como o acesso é fácil e a trilha muito tranquila de ser percorrida, é um passeio propício a pessoas de todas as idades.
Outra atração nas proximidades da vila é a Cachoeira do Rapel, esculpida no Paredão da Serra do Breu. Como o nome indica, os 30 metros de queda d’água atraem os esportistas de aventura para a prática do rapel. Já a Cachoeira do Paraíso, também no Paredão da Serra, convida à contemplação e a instantes de sossego. Como é lugar de captação das águas para o consumo dos moradores do vilarejo, não são permitidos os banhos. Todavia, é uma ótima opção apreciar as três quedas em sequência, cercada por matas ciliares. E o mais incrível: além dos jardins naturais que florescem embelezando o caminho, é emocionante a vista panorâmica de todo o complexo dos lagos. Outro detalhe da cachoeira, que também é conhecida como “Paradise”, é o enorme volume de água que ganha na época das chuvas. É uma visão impressionante e encantadora.
E, por falar em mata, outra dádiva da natureza é a Cachoeira da Conversa, formada pelo riacho de mesmo nome, que é emoldurado por uma densa mata ciliar. A cachoeira se espalha em 40 metros de queda. Uma curiosidade a respeito do nome do local: conta-se que, quando há conversas na margem, elas são perfeitamente ouvidas ao longe, riacho abaixo.
Poço do Soberbo
Um atrativo que mistura uma extraordinária beleza natural com estórias, “causos” e lendas é o Poço do Soberbo. Pra começar, a caminhada até lá é de alto grau de dificuldade, o que, evidentemente, exige muita disposição e preparo físico. Porém, é extremamente compensador chegar ao maior poço de toda a região da Serra do Cipó, o qual mede cerca de 30 metros de diâmetro e tem 18 metros de profundidade. O Soberbo formou-se em um profundo vale, circundado por grandes escarpas, onde se encontram as águas do Ribeirão Soberbo, do Rio das Pedras e do Córrego Fundo. Para encantar ainda mais a visão, o poço parece ser alimentado por uma forte queda d’água. E um pouco mais a frente, o Rio das Pedras serpenteia em meio a um cânion.
Das estórias e lendas, conta-se que, no início da década de 1960, ingleses ou norte-americanos (não se sabe ao certo), começaram a explorar diamantes no Poço do Soberbo. O trabalho exigia o desvio dos cursos d’água para que fosse possível secar o poço, pois as pedras de diamante, muito mais pesadas que as demais, estariam nos lugares mais fundos. Ocorre que, no ano de 1963, uma grande cheia destruiu o que havia sido construído, levando o dique de desvio, e, assim, a exploração ficou inviabilizada.
Porém, moradores mais antigos dizem que a aparição todas as noites de misteriosas e fortes luzes espantou os estrangeiros. O fato é que ficaram ruínas, equipamentos e maquinários utilizados na atividade garimpeira.
Outro “causo” famoso na região garante que, certa feita, um garimpeiro encontrou uma grande pedra de diamante em uma das margens do Soberbo. Ele teria gritado que, com essa “pedra na mão, nem Deus pode comigo”. Foi então que a pedra escapuliu das mãos dele e caiu na água. Ele imediatamente mergulhou atrás, mas nunca voltou das profundezas do Poço do Soberbo.
Sítio Arqueológico
Localizado na margem oposta dos lagos do vilarejo, o Sítio Arqueológico da Lapinha da Serra fica encravado no sopé do Pico do Breu. Para chegar lá, é preciso atravessar um dos lagos por meio de barcos conduzidos pelos moradores. O sítio é composto, no solo, por sete camadas estratigráficas, sendo que cada uma delas possui uma idade cronológica diferente. Tais camadas revelam vestígios de diferentes civilizações que lá viveram há mais de 10.000 anos. Existem, por exemplo, carvão produzido por fogueiras, esqueletos humanos e de diferentes animais, instrumentos utilizados para a sobrevivência, além das pinturas rupestres. Uma constatação científica muito importante revela que as pinturas rupestres não foram realizadas por meio de extratos vegetais. Elas foram desenhadas a partir de óxidos e hidróxidos de manganês e ferro — elementos presentes na região da Serra do Cipó. Os tons de cores das pinturas rupestres — como creme, amarelo, mostarda, laranja, rosa, vermelho, vinho, marrom e preto — foram obtidos por meio do uso de outros pigmentos, como os presentes nos fragmentos de ninho de cupim e nos fragmentos de grafita. O Sítio Arqueológico trata-se, portanto, de mais um encantador, além de muito impressionante, atrativo desse memorável lugar chamado Lapinha da Serra.
Da Lapinha da Serra à Cachoeirado Tabuleiro
A travessia Lapinha-Tabuleiro é consagrada pelos montanhistas e pelos praticantes de ‘trekking’ como uma das mais incríveis do país.
A travessia Lapinha-Tabuleiro é consagrada pelos montanhistas e pelos praticantes de trekking como uma das mais incríveis do país. Tanto é verdade que ela é também classificada como uma travessia clássica, cuja fama já se espalhou pelo Brasil e alcançou o exterior. Por esse trajeto, ao longo de mais de um século, passaram os tropeiros que transportavam mercadorias como alho e cebola, os principais produtos da região da Lapinha da Serra que eram entregues no Mercado Municipal de Conceição do Mato Dentro.
A trilha inicia-se na Lapinha e, é claro, termina na fantástica Cachoeira do Tabuleiro, que possui 273 metros de queda — a mais alta de Minas Gerais e a terceira mais alta do Brasil. As distâncias podem variar de 28 a 40 quilômetros, dependendo da rota escolhida. É até redundante descrever a simplesmente indescritível paisagem do caminho, que reúne todas as belezas enumeradas nesta reportagem. Embora seja classificado como “difícil”, muitos consideram o trekking como de grau médio de dificuldade.
Dentre as opções de rota, existe uma chamada de “tradicional”, que segue para contornar os picos da Lapinha e do Breu. Nessa, são poucos os trechos de subidas muito íngremes. A outra opção seria a rota “alternativa”: nessa, é preciso subir até o Pico da Lapinha — também conhecido como Cruzeiro, em razão de uma cruz existente no topo. O ganho dessa trilha é a estupenda vista, como mostra a foto que ilustra esta reportagem. A diferença entre as rotas está apenas no começo do trajeto, partindo da vila. No restante do percurso, o caminho é o mesmo.
Para a primeira parada, o local chamado de Prainha do Rio Parauninha é uma ótima opção para acampar. O lugar é uma área plana, que lembra um gramado, e a água está bem próxima, na pequena praia logo adiante. A outra possibilidade já conhecida é passar a noite no camping da casa da dona Ana Benta, 1 quilômetro após a primeira opção.
Para a seguinte pernoite, a dica costumeira é a casa da dona Maria e do seu Zé. É permitido acampar na área do entorno, que oferece água limpa de uma torneira externa e do riacho que corre nas proximidades. Há ainda as ofertas de banho com chuveiro frio, no quintal, ou quente, dentro da residência. O casal ainda pode servir almoço e jantar, porém sob encomenda.
A gloriosa parte final da travessia é a Cachoeira do Tabuleiro. É possível chegar para conhecer as partes alta e baixa da cachoeira, localizada no Parque Estadual da Serra do Intendente. Na parte superior, além dos poços maravilhosos e das pequenas quedas d’água para banhos, é um espetáculo visualizar a cachoeira por cima ao nos debruçarmos sobre um precipício de cerca de 300 metros de altura.
Na parte baixa, além do visual inesquecível do mirante, localizado a poucos metros da portaria do parque, agora é possível descer uma longa escadaria inaugurada recentemente. Em um percurso de aproximadamente 2,5 quilômetros — no meio do caminho, há bancos e mirantes, para um providencial descanso —, os degraus levam às proximidades do gigantesco poço de cerca de 50 metros de diâmetro, cuja profundidade chega a 20 metros. Para chegar às águas, é preciso atravessar algumas grandes pedras. No mais, é ter cuidado e aproveitar a estonteante beleza de um recanto natural de uma inebriante beleza.
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