Cacau Show compra Grupo Playcenter e tem planos de abrir novo parque temático em SP

Valor da transação não foi revelado. No no ano passado, o Grupo Playcenter faturou cerca de R$ 100 milhões com seu parque de diversão Playcenter Family e a rede Playland. Negócio está em análise pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

A marca de chocolates Cacau Show anunciou nesta terça-feira (20) a compra de todas as marcas e ativos do Grupo Playcenter, pioneiro no setor de parques de diversão no Brasil.

O valor da transação não foi revelado. No ano passado, o Playcenter faturou cerca de R$ 100 milhões com seu parque de diversão Playcenter Family e a rede Playland.

Segundo a Cacau Show, a operação de compra e venda dos ativos do Playcenter está em análise pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e até a aprovação formal do órgão regulador, as estruturas continuam independentes.

Alexandre Costa, fundador da Cacau Show, e Marcelo Gutglas, fundador do GRupo Playcenter, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (20). — Foto: PEGN

Apesar do compasso de espera que pode durar mais de 30 dias, Alexandre Costa, fundador e CEO da Cacau Show, disse que há planos da nova dona da marca em abrir um novo parque temático outdoor do Playcenter que marcou gerações de crianças e adolescentes de São Paulo, nos anos 90 e 2000.

“É natural que o negócio cresça e evolua”, disse Costa. “Vivemos para, juntos, tocar a vida das pessoas, compartilhando momentos especiais. Estamos ansiosos para integrar o Grupo Playcenter a família Cacau Show, oferecendo ainda mais valor aos nossos clientes. Durante os nossos primeiros 35 anos de história, o Cacau e o chocolate sempre estiveram presentes em nossa marca e, agora [e nos próximos anos], chegou o momento de enfatizarmos ainda mais o nosso Show, que agora vai além do nosso produto”, completou.

O fundador da Cacau Show também afirmou que a negociação das empresas aconteceu pela “compra da experiência” e que a conclusão do negócio vai ajudá-lo a realizar “o sonho grande da empresa”.

Os profissionais das duas companhias afirmaram que a possível construção desse novo parque temático deve ter inspiração em grandes empresas internacionais do ramo do entretenimento. Porém, não há confirmação sobre a possível localização do novo empreendimento.

Em 2017, o fundador do Playcenter, Marcelo Gutglas, revelou ao g1 que tinha planos que o novo parque fosse aberto na cidade de Olímpia, no interior do estado. Mas nenhuma pista foi dada pelos novos donos sobre a cidade que abrigará a nova atração.

História de sucesso

Turbo Drop, uma espécie de elevador que despenca repentinamente, foi atração do Playcenter em SP — Foto: Caio Kenji/G1
Turbo Drop, uma espécie de elevador que despenca repentinamente, foi atração do Playcenter em SP — Foto: Caio Kenji/G1

O complexo PlayCenter, que ficava na Zona Oeste de SP, fez história ao longo de décadas, com brinquedos como Splash, Boomerang, Barco Viking, Cataclisma, Turbo Drop, La Bamba, além de eventos como as “Noites do Terror”, durante o período de Halloween.

O parque fechou as portas em 2012, por problemas financeiros. Atualmente, a experiência que o Grupo Playcenter tem mais próxima do antigo parque é, justamente, o Playcenter Family, dentro do shopping Aricanduva, na Zona Leste.

Segundo Marcelo Gutglas, fundador do Playcenter, uma nova unidade desse parque será aberta em São Bernardo do Campo em 2024, além de sete novas unidades do Playland.

Durante a coletiva de imprensa desta terça (20), na unidade da Playland do Shopping Eldorado, Alexandre Costa não descartou a ideia de abrir um novo parque temático, semelhante ao que funcionou por décadas na capital paulista.

Xtreme, brinquedo que ficou no lugar do Boomerang no antigo Playcenter em SP — Foto: Divulgação/Playcenter

Outras tentativas

Na entrevista coletiva, Gutglas disse que a Cacau Show já tentou adquirir no passado recente dois dos maiores parques temáticos do Brasil: o Beto Carrero World e o Hopi Hari, que também foi cofundado por ele.

Inclusive, a Cacau Show inaugurou no fim de 2023 uma montanha-russa de R$ 3 milhões na fábrica da empresa em Itapevi (SP), que recebe cerca de 7 mil pessoas por dia, durante os finais de semana, segundo o executivo.

Montanha-russa na loja da Cacau Show da fábrica de Itapevi, na Grande SP, instalada em outubro de 2023. — Foto: Divulgação

Por ora, as lojas atuais do Grupo Playcenter passam a oferecer no seu cardápio os produtos da Cacau Show. Os parques também devem ganhar elementos que remetam à marca de chocolates, além de personagens que remetem aos produtos dos novos donos.

Tobogã aquático, uma das atrações mais disputadas pelos visitantes do Playcenter em SP, nos anos 90 e 2000. — Foto: Caio Kenji/G1

Chocolates Pan

Em outubro de 2023, a Cacau Show também arrematou a antiga fábrica da Chocolates Pan, localizada no bairro de Santa Paula, área nobre de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, pelo valor de R$ 71 milhões.

A Chocolates Pan era conhecida por fabricar os “cigarrinhos de chocolate” famosos nos anos 60,70 e 80, além dos lápis de chocolate, que fizeram igual sucesso no período.

Antiga Fábrica da Chocolates Pan no bairro de Santa Paula, em São Caetano do Sul, Grande SP. — Foto: Divulgação

A aquisição foi feita pela empresa CSH Administração de Bens Intangíveis Ltda, braço de investimentos do Grupo Cacau Show, que pagou pelo espaço de 10.432 m² um valor 33% superior ao preço inicial estipulado pela Justiça para a realização do leilão.

Atualmente, a Cacau Show conta com mais de 4.000 lojas nos principais shoppings, avenidas e ruas comerciais de todo o Brasil.

FONTE G1

Cacau Show compra fábrica de chocolate popular e que marcou a infância de uma geração

Pouco mais de dois meses depois da Nestlé anunciar a compra da Kopenhagen em uma transação bilionária, um novo negócio movimentou o mercado do segmento de chocolate. Isso porque a Cacau Show adquiriu a histórica instalação da Chocolates Pan, localizada no bairro de Santa Paula, em São Caetano do Sul, na região metropolitana de São Paulo.

O negócio foi oficializado no último dia 19 pela Cacau Show, que fez a aquisição pelo montante de R$ 71 milhões. A Cacau Show arrematou a compra em leilão. Amada por muitos brasileiros e responsável por marcar uma geração, a Chocolates Pan fez sucesso nas décadas 1960 a 1980. Era ela que vendia icônicos “cigarrinhos de chocolate”. Na década de 1990, porém, os cigarrinhos entraram na mira do Ministério da Saúde e da crescente conscientização sobre os danos causados pelo tabagismo.

Além dos “cigarros de chocolate”, a Pan Chocolates ainda inovou no mercado com outros produtos, como lápis e moedas, também, é claro, feitas de chocolate.

A transação foi realizada pela CSH Administração de Bens Intangíveis Ltda. Trata-se de um braço de investimentos do Grupo Cacau Show – assim, foi desembolsado um valor 33% superior ao preço inicial estabelecido pela Justiça para a realização do leilão, pelos 10.432 m² do espaço.

Embora a aquisição tenha ocorrido durante o leilão em 15 de setembro, apenas no dia 19 deste mês a Justiça de São Paulo ratificou oficialmente o resultado do certame. Dessa forma, a Cacau Show adquiriu todos os itens leiloados. Isso inclui, então, a área do terreno onde a fábrica estava localizada, assim como os equipamentos e máquinas do estabelecimento.

Com informações de O Globo.

FONTE GMC ONLINE

Cacau Show compra fábrica de chocolate popular e que marcou a infância de uma geração

Pouco mais de dois meses depois da Nestlé anunciar a compra da Kopenhagen em uma transação bilionária, um novo negócio movimentou o mercado do segmento de chocolate. Isso porque a Cacau Show adquiriu a histórica instalação da Chocolates Pan, localizada no bairro de Santa Paula, em São Caetano do Sul, na região metropolitana de São Paulo.

O negócio foi oficializado no último dia 19 pela Cacau Show, que fez a aquisição pelo montante de R$ 71 milhões. A Cacau Show arrematou a compra em leilão. Amada por muitos brasileiros e responsável por marcar uma geração, a Chocolates Pan fez sucesso nas décadas 1960 a 1980. Era ela que vendia icônicos “cigarrinhos de chocolate”. Na década de 1990, porém, os cigarrinhos entraram na mira do Ministério da Saúde e da crescente conscientização sobre os danos causados pelo tabagismo.

Além dos “cigarros de chocolate”, a Pan Chocolates ainda inovou no mercado com outros produtos, como lápis e moedas, também, é claro, feitas de chocolate.

A transação foi realizada pela CSH Administração de Bens Intangíveis Ltda. Trata-se de um braço de investimentos do Grupo Cacau Show – assim, foi desembolsado um valor 33% superior ao preço inicial estabelecido pela Justiça para a realização do leilão, pelos 10.432 m² do espaço.

Embora a aquisição tenha ocorrido durante o leilão em 15 de setembro, apenas no dia 19 deste mês a Justiça de São Paulo ratificou oficialmente o resultado do certame. Dessa forma, a Cacau Show adquiriu todos os itens leiloados. Isso inclui, então, a área do terreno onde a fábrica estava localizada, assim como os equipamentos e máquinas do estabelecimento.

Com informações de O Globo.

FONTE GMC ONLINE

Fábrica da Chocolates Pan em São Caetano, no ABC Paulista, é vendida para Cacau Show por R$ 71 milhões durante leilão

Leilão da antiga fábrica da Chocolates Pan foi realizado em setembro e homologado pela Justiça nesta quinta-feira (19). Compra foi feita com acréscimo de 33% do valor inicial estipulado.

A antiga fábrica da Chocolates Pan, localizada no bairro de Santa Paula, área nobre de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, foi arrematada oficialmente nesta quinta-feira (19) pela empresa de chocolates Cacau Show, pelo valor de R$ 71 milhões.

A Chocolates Pan era conhecida por fabricar os “cigarrinhos de chocolate” famosos nos anos 60,70 e 80, além dos lápis de chocolate, que fizeram igual sucesso no período (veja mais abaixo).

A aquisição foi feita pela empresa CSH Administração de Bens Intangíveis Ltda, braço de investimentos do Grupo Cacau Show, que pagou pelo espaço de 10.432 m² um valor 33% superior ao preço inicial estipulado pela Justiça para a realização do leilão.

A compra tinha sido feita no leilão realizado em 15 de setembro, mas só nesta quinta (19) a Justiça de São Paulo homologou o resultado do certame.

Antiga Fábrica da Chocolates Pan no bairro de Santa Paula, em São Caetano do Sul, Grande SP. — Foto: Divulgação
Antiga Fábrica da Chocolates Pan no bairro de Santa Paula, em São Caetano do Sul, Grande SP. — Foto: Divulgação

A Cacau Show arrematou todos os itens leiloados, comprando a área do imóvel onde ficava a fábrica, bem como os equipamentos e as máquinas do local.

Para o leiloeiro oficial da fábrica, Erick Telles, a decisão da Justiça é muito importante, porque define o valor que será recebido para os pagamentos dos credores e demonstra a efetividade das medidas adotadas dentro do processo, que, segundo ele, caminha com bastante agilidade.

“Outra boa notícia é que os bens arrematados, que antes estavam parados, agora voltam a ser utilizados gerando valor não só para o arrematante do leilão, bem como para toda a sociedade, que vai se beneficiar direta e indiretamente com geração de riqueza, recolhimento de novos impostos e uma destinação útil do imóvel”, disse.

Parte interna da antiga Fábrica da Chocolates Pan no bairro de Santa Paula, em São Caetano do Sul, Grande SP. — Foto: Reprodução
Parte interna da antiga Fábrica da Chocolates Pan no bairro de Santa Paula, em São Caetano do Sul, Grande SP. — Foto: Reprodução

Falência decretada

Segundo o leiloeira, a Cacau Show vai receber o imóvel livre de qualquer débito. O valor da venda tem como objetivo pagar os credores e dar uma destinação útil ao imóvel para a sociedade, uma vez que a empresa Chocolates Pan teve a falência decretada pela Justiça no final de fevereiro deste ano.

A companhia havia apresentado o pedido de autofalência dentro do processo de recuperação judicial pelo qual passava desde 2020.

Houve uma convolação no caso na Justiça, que é o termo para a transformação de um processo de recuperação judicial em falência.

Chocolates Pan fabrica o 'chocolápis' — Foto: Arquivo pessoal
Chocolates Pan fabrica o ‘chocolápis’ — Foto: Arquivo pessoal

A decisão é do juiz Marcello do Amaral Perino, da 1ª Vara Regional de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem de São Paulo.

“Reconhecida como devedora contumaz dos tributos e sem a sua inscrição regularizada, não há como considerar como possível a continuidade das atividades da recuperanda”, escreveu o juiz.

“Nesta toada, de se relembrar que há mais de 20 (vinte) anos a recuperanda não recolhe regularmente seus impostos estaduais, conduta que se mostra contumaz e desleal para com seus concorrentes”, disse, em outro trecho.

A empresa tinha 85 anos e quatro filiais. Em outubro de 2016, foi comprada pelo Grupo Brasil Participações.

A administradora judicial tinha afirmado nos autos que havia a necessidade da decretação da falência.

Antiga Fábrica da Chocolates Pan no bairro de Santa Paula, em São Caetano do Sul, Grande SP. — Foto: Divulgação
Antiga Fábrica da Chocolates Pan no bairro de Santa Paula, em São Caetano do Sul, Grande SP. — Foto: Divulgação

Em nota, anteriormente, a Procuradoria Geral do Estado, responsável pelos débitos inscritos em dívida ativa da empresa, disse que a Pan tem mais de R$ 126 milhões em débitos inscritos.

“Deste montante, R$ 125 milhões são débitos declarados de ICMS, aqueles previamente reconhecidos pela própria contribuinte. Não há pedido formal de parcelamento ou transação dos débitos no âmbito da PGE”, completou na nota.

Até a decretação de falência, o quadro de funcionários era de 52 pessoas. A empresa afirmou que o faturamento sofreu queda com a reestruturação de 2017 e que, durante a pandemia de Covid-19, houve uma redução ainda maior.

Os débitos tributários deverão ser pagos com parte do maquinário e imóveis avaliados em cerca de R$ 182 milhões.

Tradição

Chocolates Pan — Foto: Reprodução/Instagram
Chocolates Pan — Foto: Reprodução/Instagram

Entre os produtos mais tradicionais da companhia, estão, além do cigarrinho, o “chocolápis” (lápis de chocolate) e as moedas, também de chocolate.

A companhia foi fundada em 12 de dezembro de 1935, quando os primeiros produtos fabricados foram o Cigarrinho de Chocolate e a Bala Paulistinha — inspirada na Revolução Constitucionalista de 1932 —, além de barras de chocolate em formato quadrado.

A Pan foi aberta pelos engenheiros Aldo Aliberti e Oswaldo Falchero, na Rua Maranhão, na cidade de São Caetano do Sul, no ABC Paulista.

Em 1941, um concurso foi promovido com um álbum com figuras astronáuticas. As pessoas encontravam as figurinhas nas balas paulistinhas para colar nos álbuns. Para quem completasse alguma página ou até o álbum inteiro eram dados diversos prêmios. A promoção durou dois anos.

Os produtos mais vendidos atualmente, segundo a empresa, são o pão de mel, que foi lançado em 1945, granulado para doces, moedas de chocolate ao leite, bombons e bala de goma.

Em outubro de 2016, aos 81 anos, a Pan mudou de donos. O negócio familiar de doces foi adquirido pelo Grupo Brasil Participações.

FONTE G1

Fábrica da Chocolates Pan em São Caetano, no ABC Paulista, é vendida para Cacau Show por R$ 71 milhões durante leilão

Leilão da antiga fábrica da Chocolates Pan foi realizado em setembro e homologado pela Justiça nesta quinta-feira (19). Compra foi feita com acréscimo de 33% do valor inicial estipulado.

A antiga fábrica da Chocolates Pan, localizada no bairro de Santa Paula, área nobre de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, foi arrematada oficialmente nesta quinta-feira (19) pela empresa de chocolates Cacau Show, pelo valor de R$ 71 milhões.

A Chocolates Pan era conhecida por fabricar os “cigarrinhos de chocolate” famosos nos anos 60,70 e 80, além dos lápis de chocolate, que fizeram igual sucesso no período (veja mais abaixo).

A aquisição foi feita pela empresa CSH Administração de Bens Intangíveis Ltda, braço de investimentos do Grupo Cacau Show, que pagou pelo espaço de 10.432 m² um valor 33% superior ao preço inicial estipulado pela Justiça para a realização do leilão.

A compra tinha sido feita no leilão realizado em 15 de setembro, mas só nesta quinta (19) a Justiça de São Paulo homologou o resultado do certame.

Antiga Fábrica da Chocolates Pan no bairro de Santa Paula, em São Caetano do Sul, Grande SP. — Foto: Divulgação
Antiga Fábrica da Chocolates Pan no bairro de Santa Paula, em São Caetano do Sul, Grande SP. — Foto: Divulgação

A Cacau Show arrematou todos os itens leiloados, comprando a área do imóvel onde ficava a fábrica, bem como os equipamentos e as máquinas do local.

Para o leiloeiro oficial da fábrica, Erick Telles, a decisão da Justiça é muito importante, porque define o valor que será recebido para os pagamentos dos credores e demonstra a efetividade das medidas adotadas dentro do processo, que, segundo ele, caminha com bastante agilidade.

“Outra boa notícia é que os bens arrematados, que antes estavam parados, agora voltam a ser utilizados gerando valor não só para o arrematante do leilão, bem como para toda a sociedade, que vai se beneficiar direta e indiretamente com geração de riqueza, recolhimento de novos impostos e uma destinação útil do imóvel”, disse.

Parte interna da antiga Fábrica da Chocolates Pan no bairro de Santa Paula, em São Caetano do Sul, Grande SP. — Foto: Reprodução
Parte interna da antiga Fábrica da Chocolates Pan no bairro de Santa Paula, em São Caetano do Sul, Grande SP. — Foto: Reprodução

Falência decretada

Segundo o leiloeira, a Cacau Show vai receber o imóvel livre de qualquer débito. O valor da venda tem como objetivo pagar os credores e dar uma destinação útil ao imóvel para a sociedade, uma vez que a empresa Chocolates Pan teve a falência decretada pela Justiça no final de fevereiro deste ano.

A companhia havia apresentado o pedido de autofalência dentro do processo de recuperação judicial pelo qual passava desde 2020.

Houve uma convolação no caso na Justiça, que é o termo para a transformação de um processo de recuperação judicial em falência.

Chocolates Pan fabrica o 'chocolápis' — Foto: Arquivo pessoal
Chocolates Pan fabrica o ‘chocolápis’ — Foto: Arquivo pessoal

A decisão é do juiz Marcello do Amaral Perino, da 1ª Vara Regional de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem de São Paulo.

“Reconhecida como devedora contumaz dos tributos e sem a sua inscrição regularizada, não há como considerar como possível a continuidade das atividades da recuperanda”, escreveu o juiz.

“Nesta toada, de se relembrar que há mais de 20 (vinte) anos a recuperanda não recolhe regularmente seus impostos estaduais, conduta que se mostra contumaz e desleal para com seus concorrentes”, disse, em outro trecho.

A empresa tinha 85 anos e quatro filiais. Em outubro de 2016, foi comprada pelo Grupo Brasil Participações.

A administradora judicial tinha afirmado nos autos que havia a necessidade da decretação da falência.

Antiga Fábrica da Chocolates Pan no bairro de Santa Paula, em São Caetano do Sul, Grande SP. — Foto: Divulgação
Antiga Fábrica da Chocolates Pan no bairro de Santa Paula, em São Caetano do Sul, Grande SP. — Foto: Divulgação

Em nota, anteriormente, a Procuradoria Geral do Estado, responsável pelos débitos inscritos em dívida ativa da empresa, disse que a Pan tem mais de R$ 126 milhões em débitos inscritos.

“Deste montante, R$ 125 milhões são débitos declarados de ICMS, aqueles previamente reconhecidos pela própria contribuinte. Não há pedido formal de parcelamento ou transação dos débitos no âmbito da PGE”, completou na nota.

Até a decretação de falência, o quadro de funcionários era de 52 pessoas. A empresa afirmou que o faturamento sofreu queda com a reestruturação de 2017 e que, durante a pandemia de Covid-19, houve uma redução ainda maior.

Os débitos tributários deverão ser pagos com parte do maquinário e imóveis avaliados em cerca de R$ 182 milhões.

Tradição

Chocolates Pan — Foto: Reprodução/Instagram
Chocolates Pan — Foto: Reprodução/Instagram

Entre os produtos mais tradicionais da companhia, estão, além do cigarrinho, o “chocolápis” (lápis de chocolate) e as moedas, também de chocolate.

A companhia foi fundada em 12 de dezembro de 1935, quando os primeiros produtos fabricados foram o Cigarrinho de Chocolate e a Bala Paulistinha — inspirada na Revolução Constitucionalista de 1932 —, além de barras de chocolate em formato quadrado.

A Pan foi aberta pelos engenheiros Aldo Aliberti e Oswaldo Falchero, na Rua Maranhão, na cidade de São Caetano do Sul, no ABC Paulista.

Em 1941, um concurso foi promovido com um álbum com figuras astronáuticas. As pessoas encontravam as figurinhas nas balas paulistinhas para colar nos álbuns. Para quem completasse alguma página ou até o álbum inteiro eram dados diversos prêmios. A promoção durou dois anos.

Os produtos mais vendidos atualmente, segundo a empresa, são o pão de mel, que foi lançado em 1945, granulado para doces, moedas de chocolate ao leite, bombons e bala de goma.

Em outubro de 2016, aos 81 anos, a Pan mudou de donos. O negócio familiar de doces foi adquirido pelo Grupo Brasil Participações.

FONTE G1

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