RISCO DA MINERAÇÃO: Projeto que pretende escoar 15 mil toneladas de minério por dia preocupa moradores de povoado de mais de 300 anos em MG

Audiência que debaterá proposta será realizada nesta sexta (19/04), às 19h, em Itabirito. Denúncia diz que empresa prevê que carretas carregadas com minério passarão 900 vezes por dia próximo ao povoado.

Moradores do povoado de São Gonçalo do Bação, localizado em Itabirito, na Região Central de Minas Gerais, estão preocupados com a proposta de criação de um empreendimento ligado à mineração que pode afetar a vida da comunidade. Segundo Estudo de Impacto Ambiental do empreendimento, a empresa prevê escoar 15 mil toneladas de minério diariamente, em carretas que passarão 900 vezes por dia próximo à vila, o que poderá danificar vias de trânsito, acarretar poluição sonora e contaminação da saúde, tirando a tranquilidade da população.

Mauro Antônio de Souza é morador do povoado e diz que esta proposta o preocupa: “Existem no entorno muitas casas, residências e sítios que serão impactados por este terminal de minério. Poeira, lama, barulho, tráfego intenso de carretas. Serão 900 carretas por dia. Isso é muita coisa. O próprio estudo apresentado pela empresa registra que há ótima qualidade do ar na nossa região. Se é ótima, para quê piorar? E isso fatalmente vai influenciar na saúde de todos nós que moramos aqui. E também de um turista. Que tipo de turista vai querer conhecer um local que tem um terminal de minério?”

Uma audiência pública que será realizada nesta sexta-feira (19/04), às 19h, vai debater o projeto do Terminal de Minério, que foi apresentado pela empresa Bação Logística e que consiste em um espaço para armazenamento e escoamento de minério, que chegará por carretas pesadas e será escoado por trem. O evento será realizado no Gamel Espaço de Eventos (Avenida Doutor Queiroz Junior no 3395, Usina Esperança, Itabirito).

A audiência faz parte do processo legal de licenciamento ambiental do empreendimento.

Até o momento, a Secretaria do Estado do Meio Ambiente não concedeu a Licença Ambiental solicitada pelo empreendedor para implementar o projeto.

Irregularidades

Desde 2014 existem planos para a criação de um Terminal de Minério neste distrito, há menos de um quilômetro dos povoados São Gonçalo do Bação e Mangue Seco. A partir de então, foram realizadas diferentes tentativas de obtenção da licença ambiental por parte da empresa Bação Logística para instalação e operação do empreendimento, em 2018, 2019 e em janeiro de 2023.

No entanto, algumas dessas tentativas têm ocorrido de forma irregular ou impositiva, segundo denúncias de moradores. Eles apontam irregularidades no projeto, como a descaracterização do empreendimento, supressão vegetal não autorizada e captação irregular de água. Essas irregularidades foram reconhecidas pela Prefeitura Municipal e pelo Ministério Público em 2018.

Além disso, habitantes do povoado relatam que a empresa instalou um escritório no local em 2023 e vem interferindo constantemente no cotidiano da população por meio da geração de conflitos e fragmentações das relações sociais existentes.

Elias Costa de Rezende, um dos diretores da Associação Comunitária de São Gonçalo do Bação, está preocupado com os impactos do empreendimento, como o possível desvio do tráfego de carretas das rodovias BR-356 e BR-040 para a região. “Estou a 450 metros deste terminal. Então tudo o que construí nesses 20 anos, voltado para atividades turísticas, em função da beleza da região, da qualidade de vida, do patrimônio, da história, nós vamos perder. Não sou só eu. Estamos falando também da população que nasceu aqui e que vai ter seu modo de vida completamente destruído. A empresa fala que [com o empreendimento] a fauna, alguns animais serão afugentados. Mas e a população? E os moradores, os vizinhos? É um custo social muito grande para todos, um prejuízo enorme para a população e lucro para poucos”.

Segundo informações do Instituto Gestão Verde, responsável pelo Estudo de Impacto Ambiental do empreendimento, o projeto “será composto por uma portaria dotada de seis balanças, sendo quatro rodoviárias e duas ferroviárias, um pátio de estocagem de cargas e área de manobras (…). Além disso, o empreendimento contará com instalação de uma oficina, um ponto de abastecimento aéreo e estrutura administrativa (escritório, sanitário, refeitório)”. O local servirá para armazenamento de minério de ferro em uma única pilha com capacidade de armazenar 250 mil toneladas do material.

Histórico

São Gonçalo do Bação é um povoado de cerca de 300 anos que possui aproximadamente 600 habitantes. Situado no município de Itabirito, Minas Gerais, o local tem significativo valor histórico, cultural e ambiental. A comunidade de Bação promove diversas manifestações culturais, como festividades religiosas e diferentes ações voltadas para o artesanato local e para atividades de lazer associadas às cachoeiras e trilhas existentes.

Além disso, há grupos sociais articulados, como é o caso do grupo Memória de Agulha, existente há 16 anos, do Grupo de Teatro de São Gonçalo do Bação, atuante há quase 30 anos, e da Associação Comunitária de São Gonçalo do Bação, fundada há 36 anos.

Apesar de ter sido inicialmente ocupada em função da busca por ouro de aluvião no interior mineiro no século XVIII, após o fim do ciclo do ouro, São Gonçalo do Bação teve a sua consolidação associada à realização de outras atividades socioeconômicas para além do contexto extrativista. Destaca-se assim, a formação de entrepostos e comércios na localidade, associadas à conexão com as antigas capitais Ouro Preto e Rio de Janeiro por meio de ferrovias. O arrefecimento da atividade minerária contribuiu, assim, para a predominância do caráter rural do povoado, bem como para o estabelecimento dos modos de vida direcionados para os aspectos culturais e ambientais locais.

Fonte imagens:

  1. Mapa TFB. Fonte: Instituto Gestão Verde, 2023 (Estudo de Impacto Ambiental: Terminal Ferroviário de Bação, p. 31)
  2. Igreja. Fonte: Maria Laura de Vilhena, 2024.
  3. Folia Igreja. Fonte: Maria Laura de Vilhena, 2024.
  4. Festival de inverno. Fonte: Maria Laura de Vilhena, 2023.
  5. Grupo de Teatro São Gonçalo do Bação. Fonte: Maria Laura de Vilhena, 2023.
  6. Folia de Reis Igreja. Fonte: Maria Laura de Vilhena, 2024.
  7. Igreja 2. Fonte: Maria Laura de Vilhena, 2023.

Cônsul da Itália em BH visita exposição e participa de obliteração de selo alusivo ao centenário de José Campomizzi Filho

Em visita ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Cônsul da Itália em Belo Horizonte, Nicoletta Gomiero prestigiou a exposição José Campomizzi Filho: um centenário de história e participou da obliteração do selo alusivo à data. A exposição temporária, no Memorial do MPMG, traz aos visitantes a história pessoal e profissional de Campomizzi (1923-1987), membro do Ministério Público, destacando sua trajetória funcional e sua carreira na Instituição. A mostra conta com documentos, fotos e objetos que destacam importantes momentos nas atividades de promotor de Justiça, historiador, jornalista e crítico literário.

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Com a obliteração, que consiste em marcar o selo com o carimbo personalizado, correspondências postadas em agências dos Correios receberam, durante um mês, o carimbo com a marca do centenário de José Campomizzi Filho. Após esse período o carimbo foi enviado para o Museu dos Correios em Brasília. Nesta sexta-feira foi feita uma obliteração simbólica, já que o selo já havia recebido o carimbo dos Correios em setembro deste ano.

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Nicoletta Gomiero, que está em Belo Horizonte desde fevereiro deste ano, disse que “a iniciativa do Ministério Público é muito importante para a Itália e para o Consulado, pois representa o início da celebração pelos 150 anos da imigração italiana para o Brasil, que vai acontecer o ano que vem. É um momento muito importante de valorização da imigração”, afirma.

Sobre o centenário de José Campomizzi Filho, a diplomata destaca que “a figura dele representa essa iniciativa italiana, já que ele tinha uma personalidade muito forte. É um personagem que representa na totalidade essa amizade e as ligações entre a Itália e o Brasil, tanto na época dele quanto agora”, destaca Nicoletta.

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Para o procurador de Justiça Jacson Rafael Campomizzi, filho do homenageado, “o evento é realmente importante à medida que celebra uma geração, que era composta por homens muito cultos. Nesse momento, com a presença do Consulado da Itália aqui, o motivo é exatamente esse, propagar a cultura do Ministério de Minas Gerais, a história e a nossa memória. De outro lado, trazer também as possibilidades, aberturas e o interesse do Consulado em divulgar a cultura italiana especificamente com o Ministério Público”, ressalta.

Em relação a homenagem feita ao pai, Jacson Campomizzi disse que ficou muito sensibilizado. “O filho traz memórias muito afetivas, de uma vida inteira, especialmente por seguir a carreira dele. Vejo aqui os escritos, processos e a beca. Há uma identificação. É muito importante para mim. Porém, é preciso destacar que a ideia de fazer a exposição foi exatamente para trazer uma geração inteira, despersonalizar, para que os valores dessa geração e de toda a Instituição fossem expostos”, afirma Jacson.

Presenças
Participaram da visita da diplomata Nicoletta Gomiero ao MPMG: corregedor-geral Marco Antônio Lopes de Almeida; diretora do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf), Élida de Freitas Rezende; secretária-geral Cláudia Ferreira Pacheco de Freitas; corregedor-geral adjunto Mauro Flávio Ferreira Brandão; coordenador pedagógico do Ceaf, Pablo Gran Cristoforo; procurador de Justiça Luiz Antônio Sasdelli Prudente, promotores de Justiça Carlos Alberto da Silveira Isoldi Filho, Igor Peixoto (representando o procurador de Justiça e coordenador da SAI Eduardo Machado), Marco Antônio Borges, Rodrigo Iennaco de Moraes, desembargador Roberto Soares de Vasconcellos Paes; advogado Paulo Pacheco de Medeiros Neto; e Moisés Mota da Silva, do Instituto Geográfico de Minas Gerais.

Galeria de imagens (fotos: Eric Bezerra/MPMG)

FONTE MPMG

Cônsul da Itália em BH visita exposição e participa de obliteração de selo alusivo ao centenário de José Campomizzi Filho

Em visita ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Cônsul da Itália em Belo Horizonte, Nicoletta Gomiero prestigiou a exposição José Campomizzi Filho: um centenário de história e participou da obliteração do selo alusivo à data. A exposição temporária, no Memorial do MPMG, traz aos visitantes a história pessoal e profissional de Campomizzi (1923-1987), membro do Ministério Público, destacando sua trajetória funcional e sua carreira na Instituição. A mostra conta com documentos, fotos e objetos que destacam importantes momentos nas atividades de promotor de Justiça, historiador, jornalista e crítico literário.

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Com a obliteração, que consiste em marcar o selo com o carimbo personalizado, correspondências postadas em agências dos Correios receberam, durante um mês, o carimbo com a marca do centenário de José Campomizzi Filho. Após esse período o carimbo foi enviado para o Museu dos Correios em Brasília. Nesta sexta-feira foi feita uma obliteração simbólica, já que o selo já havia recebido o carimbo dos Correios em setembro deste ano.

NOTICIA04_visita_consulesa_italiaEric_Bezerra_IMG_8386.jpg

Nicoletta Gomiero, que está em Belo Horizonte desde fevereiro deste ano, disse que “a iniciativa do Ministério Público é muito importante para a Itália e para o Consulado, pois representa o início da celebração pelos 150 anos da imigração italiana para o Brasil, que vai acontecer o ano que vem. É um momento muito importante de valorização da imigração”, afirma.

Sobre o centenário de José Campomizzi Filho, a diplomata destaca que “a figura dele representa essa iniciativa italiana, já que ele tinha uma personalidade muito forte. É um personagem que representa na totalidade essa amizade e as ligações entre a Itália e o Brasil, tanto na época dele quanto agora”, destaca Nicoletta.

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Para o procurador de Justiça Jacson Rafael Campomizzi, filho do homenageado, “o evento é realmente importante à medida que celebra uma geração, que era composta por homens muito cultos. Nesse momento, com a presença do Consulado da Itália aqui, o motivo é exatamente esse, propagar a cultura do Ministério de Minas Gerais, a história e a nossa memória. De outro lado, trazer também as possibilidades, aberturas e o interesse do Consulado em divulgar a cultura italiana especificamente com o Ministério Público”, ressalta.

Em relação a homenagem feita ao pai, Jacson Campomizzi disse que ficou muito sensibilizado. “O filho traz memórias muito afetivas, de uma vida inteira, especialmente por seguir a carreira dele. Vejo aqui os escritos, processos e a beca. Há uma identificação. É muito importante para mim. Porém, é preciso destacar que a ideia de fazer a exposição foi exatamente para trazer uma geração inteira, despersonalizar, para que os valores dessa geração e de toda a Instituição fossem expostos”, afirma Jacson.

Presenças
Participaram da visita da diplomata Nicoletta Gomiero ao MPMG: corregedor-geral Marco Antônio Lopes de Almeida; diretora do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf), Élida de Freitas Rezende; secretária-geral Cláudia Ferreira Pacheco de Freitas; corregedor-geral adjunto Mauro Flávio Ferreira Brandão; coordenador pedagógico do Ceaf, Pablo Gran Cristoforo; procurador de Justiça Luiz Antônio Sasdelli Prudente, promotores de Justiça Carlos Alberto da Silveira Isoldi Filho, Igor Peixoto (representando o procurador de Justiça e coordenador da SAI Eduardo Machado), Marco Antônio Borges, Rodrigo Iennaco de Moraes, desembargador Roberto Soares de Vasconcellos Paes; advogado Paulo Pacheco de Medeiros Neto; e Moisés Mota da Silva, do Instituto Geográfico de Minas Gerais.

Galeria de imagens (fotos: Eric Bezerra/MPMG)

FONTE MPMG

Coreto charmoso completa seu centenário e evidencia sua beleza em praça histórica de Piranga (MG)

Os coretos são equipamentos urbanos presentes em todo o mundo, sua popularização na cultura ocidental ocorreu na Europa em meados do século  XVIII. Personificação da cultura e do lazer, ainda hoje são utilizados em festividades locais, criando um ambiente de dança e apreciação musical. Presente nas praças públicas brasileiras do final do século XIX e início do século XX, os coretos contam parte da história urbana nacional, pois foram considerados objetos símbolo de modernidade e desenvolvimento urbano. (Projeto “Coreto de Minas”- PUC-MG.).

Por João Vicente

O Coreto é uma construção que ainda observamos nas cidades interioranas que conseguiram preservar esse elemento urbanístico que teve grande importância até o fim da década de 1960. Ele guarda o romantismo do tempo em que as praças eram o ponto central dos eventos da sociedade. Sua arquitetura básica é composta de planta circular, elevado em alvenaria e com cobertura.
Alguns estudiosos apontam que o Coreto nasceu na China e foi trazido para a Europa na época das Cruzadas. Outros sugerem que ele surgiu com os movimentos liberais europeus, no século XIX, como forma de democratização de espaços para oradores e apresentações musicais, onde a população pobre poderia assisti-los, por isso o formato redondo. E isso foi um grande passo na sociedade que até então vivia excluída das atividades artísticas restritas aos grandes salões, palácios e óperas, como também para a política em si, pois vários pensadores ou líderes poderiam expor suas ideias aos menos favorecidos e assim surgir movimentos locais. Esse espaço democrático se espalhou por toda a Europa e, em vários países, tinha significados distintos: na Itália coretto significava local de vendas de tabaco, bebidas e jornais; na Inglaterra bandstand, na França kiosque a musique e na Espanha quiosco de musica significava local de apresentação de bandas musicais.

No Brasil


Com o início das instalações dos povoados e das vilas, o centro era, em sua maioria, composto por uma capela com um espaço aberto em frente, que hoje denominamos de praça. Nesse espaço, chamados “Largo da Praça” eram construídos chafarizes, para o abastecimento de água que predominaram até o fim do século XIX. Quando as praças começaram a receber o paisagismo, o coreto surgiu como elemento decorativo e tornou-se popular, com a função de entretenimento para a população e também um espaço para discursos políticos e transmissão de notícias importantes. A expressão bagunçar o coreto significa que a(s) pessoa(s) atrapalhou algum acontecimento importante da cidade. Na década de 1940, a popularização do rádio e suas radionovelas, fizeram com que as pessoas ficassem mais em suas casas à noite e, uma década depois, com a chegada da televisão, o coreto foi relegado ao segundo plano, principalmente nas cidades médias. Muitos coretos foram demolidos, ou “abafados” nas praças dos grandes centros urbanos, porém nas cidades interioranas eles ainda são destaque na paisagem urbana e funcionam como antigamente.

3 coretos, sendo o primeiro de Uberlândia, segundo de Lençóis- Bahia e o terceiro de Cons. Lafaiete

Um breve relato da história do Coreto de Piranga

Piso do coreto de Piranga com o nome do administrador da época, Cel. Amantino Maciel e o ano da inauguração, 1923.

Em 1922, o governo brasileiro incentivou as administrações municipais a construir coretos e praças como marco histórico para comemorar o centenário da Independência do Brasil nos largos das Matrizes que passaram no ano 1922 a chamar, “Praça da Liberdade”. Piranga em 1924 tinha como administrador, o Cel. Amantino Maciel, que na época passava por um processo de recuperação sanitária proveniente dos estragos que a gripe espanhola (1918-1919) havia causado a população e se estruturava com obras de urbanização, como calçamento e a construção do novo Fórum de estilo neoclássico. Com o advento do centenário da Independência, o prefeito Cel. Amantino Maciel também aderiu ao movimento e construiu o coreto no antigo largo da Matriz Nossa Senhora da Conceição. Um fato misterioso aconteceu na época o que fez atrasar a inauguração do coreto. O arquiteto alemão, Franz Joseph Bolt, responsável pela obra tanto do Fórum, quanto do coreto foi encontrado morto em novembro de 1922 e substituto pelo mestre Rafhael Giulliano que terminou a obra, inaugurada em 7 de setembro em 1923.

Antigo Fórum de Piranga, estilo neoclássico. Na ultima administração era a sede da Prefeitura, hoje abriga departamentos municipais e que futuramente pode virar o Museu da cidade.

Com a construção do coreto e da praça, o antigo largo da Matriz transformou em espaços de lazer e cultura na cidade. A praça e o coreto  passou a ter um papel cultural importante na vida citadina dos  moradores de Piranga com a realização de  manifestações culturais, políticas e de lazer, principalmente depois das missas com a chegada da luz elétrica. O coreto é um dos patrimônio mais valioso    da  população piranguense, pois ele representa uma memória viva de gerações a gerações que curtiram o coreto como  um espaço de namoricos,de brincadeiras de crianças,de abrigo dos foliões nos velhos carnavais, pelos comícios políticos e pelas corporações musicais.Como eu morei na praça, lembro de tudo isso que citei sobre a praça e o coreto na década de 60 e 70. A atual Pça Cel. Amantino Maciel, onde fica o coreto, recebeu esse nome em 1960( lei 218 de 28.12)sancionada pelo prefeito Zuzu.

Coreto na década de 40 e a lei que mudou o nome da Praça em 1960  

Vale destacar que arquitetura do coreto de Piranga difere da maioria dos coretos construídos em |Minas Gerais e no Brasil. Enquanto os coretos são circulares, o de Piranga tem estilo oriental com charola templária octogonal e na sua laje uma lira harpa simbolizando que aquele espaço é um espaço da musica e de manifestações  culturais  local.

Teto do coreto com a chalota templaria

Apesar da importância cultural que o coreto de Piranga tem para seus moradores nenhuma atividade oficial foi programada para comemorar o Centenário do coreto, inaugurado em 1923, juntamente com o prédio do Fórum de estilo neoclássico. Vale ressaltar que o símbolo da atual administração municipal é o próprio coreto.

Logo da Administração Municipal

Mais informações sobre a história do coreto de Piranga, visite o Arquivo do Conhecimento Claudio Manoel da Costa que fica na antiga rua do Estudo no interior do  Escritório de Contabilidade Gomes, o mais antigo escritório contábil da região, onde você encontrará um livro escrito pelo diretor do ACCMC, Marco de Nilo que conta com mais detalhes a história de um dos coretos mais bonitos do Brasil.

Livro:Viajando pela História – autor Marco de Nilo

Fonte: Arquivo do Conhecimento Claudio Manoel da Costa-Piranga-Adpatação texto Renata Weber-Site Cultura&Cidadania)

Foto capa: Guara Drone

Coreto charmoso completa seu centenário e evidencia sua beleza em praça histórica de Piranga (MG)

Os coretos são equipamentos urbanos presentes em todo o mundo, sua popularização na cultura ocidental ocorreu na Europa em meados do século  XVIII. Personificação da cultura e do lazer, ainda hoje são utilizados em festividades locais, criando um ambiente de dança e apreciação musical. Presente nas praças públicas brasileiras do final do século XIX e início do século XX, os coretos contam parte da história urbana nacional, pois foram considerados objetos símbolo de modernidade e desenvolvimento urbano. (Projeto “Coreto de Minas”- PUC-MG.).

Por João Vicente

O Coreto é uma construção que ainda observamos nas cidades interioranas que conseguiram preservar esse elemento urbanístico que teve grande importância até o fim da década de 1960. Ele guarda o romantismo do tempo em que as praças eram o ponto central dos eventos da sociedade. Sua arquitetura básica é composta de planta circular, elevado em alvenaria e com cobertura.
Alguns estudiosos apontam que o Coreto nasceu na China e foi trazido para a Europa na época das Cruzadas. Outros sugerem que ele surgiu com os movimentos liberais europeus, no século XIX, como forma de democratização de espaços para oradores e apresentações musicais, onde a população pobre poderia assisti-los, por isso o formato redondo. E isso foi um grande passo na sociedade que até então vivia excluída das atividades artísticas restritas aos grandes salões, palácios e óperas, como também para a política em si, pois vários pensadores ou líderes poderiam expor suas ideias aos menos favorecidos e assim surgir movimentos locais. Esse espaço democrático se espalhou por toda a Europa e, em vários países, tinha significados distintos: na Itália coretto significava local de vendas de tabaco, bebidas e jornais; na Inglaterra bandstand, na França kiosque a musique e na Espanha quiosco de musica significava local de apresentação de bandas musicais.

No Brasil


Com o início das instalações dos povoados e das vilas, o centro era, em sua maioria, composto por uma capela com um espaço aberto em frente, que hoje denominamos de praça. Nesse espaço, chamados “Largo da Praça” eram construídos chafarizes, para o abastecimento de água que predominaram até o fim do século XIX. Quando as praças começaram a receber o paisagismo, o coreto surgiu como elemento decorativo e tornou-se popular, com a função de entretenimento para a população e também um espaço para discursos políticos e transmissão de notícias importantes. A expressão bagunçar o coreto significa que a(s) pessoa(s) atrapalhou algum acontecimento importante da cidade. Na década de 1940, a popularização do rádio e suas radionovelas, fizeram com que as pessoas ficassem mais em suas casas à noite e, uma década depois, com a chegada da televisão, o coreto foi relegado ao segundo plano, principalmente nas cidades médias. Muitos coretos foram demolidos, ou “abafados” nas praças dos grandes centros urbanos, porém nas cidades interioranas eles ainda são destaque na paisagem urbana e funcionam como antigamente.

3 coretos, sendo o primeiro de Uberlândia, segundo de Lençóis- Bahia e o terceiro de Cons. Lafaiete

Um breve relato da história do Coreto de Piranga

Piso do coreto de Piranga com o nome do administrador da época, Cel. Amantino Maciel e o ano da inauguração, 1923.

Em 1922, o governo brasileiro incentivou as administrações municipais a construir coretos e praças como marco histórico para comemorar o centenário da Independência do Brasil nos largos das Matrizes que passaram no ano 1922 a chamar, “Praça da Liberdade”. Piranga em 1924 tinha como administrador, o Cel. Amantino Maciel, que na época passava por um processo de recuperação sanitária proveniente dos estragos que a gripe espanhola (1918-1919) havia causado a população e se estruturava com obras de urbanização, como calçamento e a construção do novo Fórum de estilo neoclássico. Com o advento do centenário da Independência, o prefeito Cel. Amantino Maciel também aderiu ao movimento e construiu o coreto no antigo largo da Matriz Nossa Senhora da Conceição. Um fato misterioso aconteceu na época o que fez atrasar a inauguração do coreto. O arquiteto alemão, Franz Joseph Bolt, responsável pela obra tanto do Fórum, quanto do coreto foi encontrado morto em novembro de 1922 e substituto pelo mestre Rafhael Giulliano que terminou a obra, inaugurada em 7 de setembro em 1923.

Antigo Fórum de Piranga, estilo neoclássico. Na ultima administração era a sede da Prefeitura, hoje abriga departamentos municipais e que futuramente pode virar o Museu da cidade.

Com a construção do coreto e da praça, o antigo largo da Matriz transformou em espaços de lazer e cultura na cidade. A praça e o coreto  passou a ter um papel cultural importante na vida citadina dos  moradores de Piranga com a realização de  manifestações culturais, políticas e de lazer, principalmente depois das missas com a chegada da luz elétrica. O coreto é um dos patrimônio mais valioso    da  população piranguense, pois ele representa uma memória viva de gerações a gerações que curtiram o coreto como  um espaço de namoricos,de brincadeiras de crianças,de abrigo dos foliões nos velhos carnavais, pelos comícios políticos e pelas corporações musicais.Como eu morei na praça, lembro de tudo isso que citei sobre a praça e o coreto na década de 60 e 70. A atual Pça Cel. Amantino Maciel, onde fica o coreto, recebeu esse nome em 1960( lei 218 de 28.12)sancionada pelo prefeito Zuzu.

Coreto na década de 40 e a lei que mudou o nome da Praça em 1960  

Vale destacar que arquitetura do coreto de Piranga difere da maioria dos coretos construídos em |Minas Gerais e no Brasil. Enquanto os coretos são circulares, o de Piranga tem estilo oriental com charola templária octogonal e na sua laje uma lira harpa simbolizando que aquele espaço é um espaço da musica e de manifestações  culturais  local.

Teto do coreto com a chalota templaria

Apesar da importância cultural que o coreto de Piranga tem para seus moradores nenhuma atividade oficial foi programada para comemorar o Centenário do coreto, inaugurado em 1923, juntamente com o prédio do Fórum de estilo neoclássico. Vale ressaltar que o símbolo da atual administração municipal é o próprio coreto.

Logo da Administração Municipal

Mais informações sobre a história do coreto de Piranga, visite o Arquivo do Conhecimento Claudio Manoel da Costa que fica na antiga rua do Estudo no interior do  Escritório de Contabilidade Gomes, o mais antigo escritório contábil da região, onde você encontrará um livro escrito pelo diretor do ACCMC, Marco de Nilo que conta com mais detalhes a história de um dos coretos mais bonitos do Brasil.

Livro:Viajando pela História – autor Marco de Nilo

Fonte: Arquivo do Conhecimento Claudio Manoel da Costa-Piranga-Adpatação texto Renata Weber-Site Cultura&Cidadania)

Foto capa: Guara Drone

Itabirito, 100 anos: Elba Ramalho, Frejat, Fábio Jr., entrega da praça e desfile; VEJA PROGRAMAÇÃO

Festividades irão ocorrer entre os dias 6 e 10 de setembro.

A Prefeitura Municipal de Itabirito divulgou, nesta segunda-feira, no site oficial, a programação especial preparada em comemoração aos 100 anos do município.

A festividade será entre os dias 6 e 10 de setembro. Haverá entrega da Praça do Centenário, desfile cívico e a tradicional Festa do Pastel do Angu (com Frejat, Elba Ramalho e Fábio Jr).  

Nesta quarta-feira, dia 6 de setembro, a partir das 10h, a Prefeitura realizará a entrega oficial da Praça do Centenário à população de Itabirito.

A seguir, acontecerá o lançamento do programa Colhendo Memórias, que apresentará depoimentos de pessoas sobre memórias individuais que compõem a memória do município, além de animações sobre a história de todos os prefeitos de Itabirito – que ficará disponível durante todo o mês de setembro. 

QUARTA-FEIRA, dia 6 de setembro 

20h – Aline Calixto, na Praça do Centenário 

QUINTA-FEIRA, dia 7 de setembro 

A partir das 8h – Ato e desfile cívico (da Av. Queiroz Júnior ao Complexo Turístico da Estação) 

16h – Abertura da urna imortal, na Praça do Centenário 

Festa do Pastel de Angu 

A partir de sexta-feira, dia 8 de setembro, a tradicional Festa do Pastel de Angu será destaque na programação. O festival será na Praça da Estação. Até domingo, dia 10, o evento vai receber nomes como Elba Ramalho, Fábio Júnior e Frejat, além de artistas locais. 

SEXTA-FEIRA, dia 8 de setembro 

19h – Forró News 

21h15 – Elba Ramalho 

23h45 – Fervilhou 

SÁBADO, dia 9 de setembro 

15h – Arte e Samba 

16h20 – Edu Santos 

17h40 – Chappa 

19h – Alisson e Denilson 

21h – Fábio Júnior 

23h30 – Sakasamba 

DOMINGO, dia 10 de setembro 

15h – Frevo Novo 

16h20 – Sílvia Neiva 

17h40 – Nando e Vandin 

19h – Quadrado Carbono 

21h – Premiação e encerramento 

21h30 – Frejat  

FONTE RADAR GERAL

Itabirito, 100 anos: Elba Ramalho, Frejat, Fábio Jr., entrega da praça e desfile; VEJA PROGRAMAÇÃO

Festividades irão ocorrer entre os dias 6 e 10 de setembro.

A Prefeitura Municipal de Itabirito divulgou, nesta segunda-feira, no site oficial, a programação especial preparada em comemoração aos 100 anos do município.

A festividade será entre os dias 6 e 10 de setembro. Haverá entrega da Praça do Centenário, desfile cívico e a tradicional Festa do Pastel do Angu (com Frejat, Elba Ramalho e Fábio Jr).  

Nesta quarta-feira, dia 6 de setembro, a partir das 10h, a Prefeitura realizará a entrega oficial da Praça do Centenário à população de Itabirito.

A seguir, acontecerá o lançamento do programa Colhendo Memórias, que apresentará depoimentos de pessoas sobre memórias individuais que compõem a memória do município, além de animações sobre a história de todos os prefeitos de Itabirito – que ficará disponível durante todo o mês de setembro. 

QUARTA-FEIRA, dia 6 de setembro 

20h – Aline Calixto, na Praça do Centenário 

QUINTA-FEIRA, dia 7 de setembro 

A partir das 8h – Ato e desfile cívico (da Av. Queiroz Júnior ao Complexo Turístico da Estação) 

16h – Abertura da urna imortal, na Praça do Centenário 

Festa do Pastel de Angu 

A partir de sexta-feira, dia 8 de setembro, a tradicional Festa do Pastel de Angu será destaque na programação. O festival será na Praça da Estação. Até domingo, dia 10, o evento vai receber nomes como Elba Ramalho, Fábio Júnior e Frejat, além de artistas locais. 

SEXTA-FEIRA, dia 8 de setembro 

19h – Forró News 

21h15 – Elba Ramalho 

23h45 – Fervilhou 

SÁBADO, dia 9 de setembro 

15h – Arte e Samba 

16h20 – Edu Santos 

17h40 – Chappa 

19h – Alisson e Denilson 

21h – Fábio Júnior 

23h30 – Sakasamba 

DOMINGO, dia 10 de setembro 

15h – Frevo Novo 

16h20 – Sílvia Neiva 

17h40 – Nando e Vandin 

19h – Quadrado Carbono 

21h – Premiação e encerramento 

21h30 – Frejat  

FONTE RADAR GERAL

Escritores lançam livro em homenagem ao centenário do Ribeiro da Silva Futebol Clube

Nesta quinta-feira, dia 31, a partir das 19 horas no Auditório Nossa Senhora das Brotas, em Entre Rios de Minas, acontece o lançamento do livro “Ribeiro da Silva: 100 anos de amor e paixão”. O projeto foi idealizado pelos jornalistas João Marcos Elyark e Eduardo Maia, e contou com a colaboração das jornalistas Júlia Resende e Larissa Rodrigues. O lançamento faz parte das celebrações do centenário do clube, ocorrido no último dia 13 de julho.

“O Ribeiro da Silva é um dos clubes amadores mais antigos de nosso estado. Resgatar as histórias do clube foi também uma forma de resgatar a história de nossa cidade e nosso povo. Espero que tenhamos conseguido contribuir com isto um pouco e que o público, principalmente os ribeirenses, gostem do resultado final”, comentou João Marcos Elyark.

O livro é fruto de anos de pesquisa, e faz um recorte temporal e cronológico, contando desde a fundação do clube em 1.923 até os dias atuais. O projeto faz parte do edital de chamada pública “11/2022 – valorização do patrimônio cultural”, da Prefeitura Municipal de Entre Rios de Minas, e conta ainda com patrocínio do Sicoob Credicampo. Após o lançamento, os livros serão vendidos pelo preço simbólico de R$20,00 e você pode adquirir através das redes sociais @ribeirodasilvafc ou pelo telefone (31) 99677-1734.

Sobre os autores:
João Marcos Elyark, autor, é graduado em comunicação pela Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ) e mestre em linguística pela UFSJ. É autor do livro “Patrimônio Histórico de Entre Rios de Minas: tombado e registrado” (2021).

Eduardo Maia, co-autor, é graduado em comunicação pela Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ) e mestre em comunicação e poder pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Escritores lançam livro em homenagem ao centenário do Ribeiro da Silva Futebol Clube

Nesta quinta-feira, dia 31, a partir das 19 horas no Auditório Nossa Senhora das Brotas, em Entre Rios de Minas, acontece o lançamento do livro “Ribeiro da Silva: 100 anos de amor e paixão”. O projeto foi idealizado pelos jornalistas João Marcos Elyark e Eduardo Maia, e contou com a colaboração das jornalistas Júlia Resende e Larissa Rodrigues. O lançamento faz parte das celebrações do centenário do clube, ocorrido no último dia 13 de julho.

“O Ribeiro da Silva é um dos clubes amadores mais antigos de nosso estado. Resgatar as histórias do clube foi também uma forma de resgatar a história de nossa cidade e nosso povo. Espero que tenhamos conseguido contribuir com isto um pouco e que o público, principalmente os ribeirenses, gostem do resultado final”, comentou João Marcos Elyark.

O livro é fruto de anos de pesquisa, e faz um recorte temporal e cronológico, contando desde a fundação do clube em 1.923 até os dias atuais. O projeto faz parte do edital de chamada pública “11/2022 – valorização do patrimônio cultural”, da Prefeitura Municipal de Entre Rios de Minas, e conta ainda com patrocínio do Sicoob Credicampo. Após o lançamento, os livros serão vendidos pelo preço simbólico de R$20,00 e você pode adquirir através das redes sociais @ribeirodasilvafc ou pelo telefone (31) 99677-1734.

Sobre os autores:
João Marcos Elyark, autor, é graduado em comunicação pela Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ) e mestre em linguística pela UFSJ. É autor do livro “Patrimônio Histórico de Entre Rios de Minas: tombado e registrado” (2021).

Eduardo Maia, co-autor, é graduado em comunicação pela Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ) e mestre em comunicação e poder pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

AMALPA prestigiou o evento em comemoração ao Centenário da Independência em cidade da região

A AMALPA prestigiou no dia 06/09 o evento realizado no Município de Casa Grande em comemoração ao Centenário da Independência. O presidente Cláudio Antônio de Souza foi representado pelo secretário executivo Claudionei Nunes Nascimento em um belo desfile cívico que contou com a participação do Tiro de Guerra, Escoteiros, Brigadistas profissionais, União Musical Nossa Senhora das Graças, alunos de escolas locais e profissionais da área da Saúde, Educação e Defesa Civil do município. Parabenizamos o prefeito Luiz Otávio pela realização do evento e ressaltamos a importância da valorização deste ato tão significativo de cidadania.

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