Mapa da Desigualdade tem Porto Alegre e Belo Horizonte no topo
A expectativa de vida em capitais brasileiras varia 15 anos, de 57 a 72 anos. A idade média ao morrer de moradores de Belo Horizonte ou Porto Alegre, por exemplo, gira em torno de 72 anos. No entanto, para quem mora em Boa Vista a idade média ao morrer é bem inferior, em torno de 57 anos.
Os dados constam do primeiro Mapa da Desigualdade entre as capitais brasileiras, lançado nesta terça-feira (26) pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS), na capital paulista. O trabalho, inédito, compara 40 indicadores das 26 capitais brasileiras em temas como educação, saúde, renda, habitação e saneamento. O estudo reforça a percepção da distância que separa as várias regiões e estados do país, demonstrando que o Brasil é mesmo um país desigual.
“Esse é um dado que às vezes fica mais escondido, mas que traduz muito a desigualdade. Essa diferença de 15 anos na idade média ao morrer [entre Belo Horizonte/Porto Alegre e Boa Vista], que é uma coisa que chama muito a atenção, traduz muito a desigualdade”, conta o coordenador geral do Instituto, Jorge Abrahão.
Em entrevista à Agência Brasil, Abrahão conta que os índices estão diretamente ligados aos investimentos em políticas públicas:
“As questões de saneamento, de habitação precária, de qualidade de saúde e educação, de mortalidade infantil, de violência, de homicídios contra jovens, em geral, são números muito ruins nessas cidades que tem uma idade média de morrer muito baixa. Portanto, para você conseguir aumentar esse número, significa que você teria que investir em questões centrais para a qualidade de vida das pessoas.”
Outro indicador analisado pela publicação e que reforça a desigualdade existente entre as capitais brasileiras apontou que 100% da população de São Paulo é atendida com esgotamento sanitário, enquanto em Porto Velho, apenas 5,8% da população tem esse acesso. Sobre esse dado, Abrahão faz ainda uma ressalva: embora os dados oficiais indiquem que 100% da população paulistana tem acesso a esgotamento sanitário, o índice não reflete totalmente a realidade.
“É verdade que em uma cidade como São Paulo há algumas áreas de ocupações irregulares, muitas delas que não têm essa questão resolvida. Mas isso acaba não aparecendo nesses dados oficiais”, explicou.
Fontes
O Mapa da Desigualdade entre as capitais é baseado no Mapa da Desigualdade de São Paulo, que é publicado há mais de 10 anos pela Rede Nossa São Paulo e pelo Instituto Cidades Sustentáveis.
As fontes dos dados são órgãos públicos oficiais como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).
Também foram utilizados dados de organizações não-governamentais em dois temas: emissões de CO2 per capita – com dados do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), do Observatório do Clima (OC) –; e desmatamento – com dados do MapBiomas.
Ranking
Mesmo sabendo que o dado oficial pode não refletir totalmente a realidade brasileira, ele continua demonstrando a grande desigualdade de condições entre os estados brasileiros. Isso é reforçado quando se analisa o desempenho de cada capital brasileira frente aos 40 indicadores.
Curitiba, por exemplo, é o destaque positivo, aparecendo na primeira posição do ranking das capitais, com 677 pontos, seguida por Florianópolis, Belo Horizonte, Palmas e São Paulo.
“Mesmo as cidades melhores colocadas [no ranking] trazem desafios”, destacou Abrahão. “Eu olharia com uma visão positiva esse resultado [de Curitiba], mas entendendo que ele encerra alguns desafios que Curitiba ainda não conseguiu resolver.”
Já na outra ponta do ranking está Porto Velho (RO), a capital com o pior desempenho, com 373 pontos. Além dela, aparecem no outro extremo da tabela as cidades de Recife (PE), Belém (PA), Manaus (AM) e Rio Branco (AC).
“Das seis cidades melhores colocadas na média dos indicadores, cinco são das regiões Sul e Sudeste. E das seis piores colocadas, quatro estão na Região Norte.”
Esse dado demonstra, segundo o coordenador do estudo, que o Brasil precisa de políticas públicas que valorizem as regiões onde a desigualdade é maior.
“O Brasil é muito eficiente em produzir políticas para gerar desigualdade. E é por isso que nós estamos nesse local, eu diria, vergonhoso de ser um dos dez países mais desiguais do mundo. Se a gente foi capaz de chegar nesse ponto, a gente é capaz de reverter isso com políticas que sejam proporcionadas com esse olhar”, afirmou Abrahão.
Ele salienta que essas desigualdades sociais estão intimamente ligadas à questão econômica: “sem a gente resolver as desigualdades, nós não vamos resolver a questão de produtividade no país, que está ligada com a questão econômica. Sem resolver a educação, nós não estamos resolvendo as questões de pobreza ou de eficiência. Sem reduzir os problemas de saneamento, nós vamos continuar com problemas graves de questões sanitárias e de doenças no país. E o caminho é esse: fazer investimentos desiguais para os locais mais desiguais”.
Jorge Abrahão lembra ainda que 2024 é um ano de eleições municipais e que a população deve estar atenta a esses indicadores ao escolher seus candidatos a prefeito e vereador.
“É importante que as cidades se enxerguem para que possam ver onde é que estão suas maiores fragilidades e, a partir daí, discutam esses problemas com os candidatos dos diferentes partidos para verificar como é que esses candidatos estão olhando para os principais problemas das cidades e só então fazerem suas escolhas.”
Existem alguns tipos de negócio que costumam se consolidar melhor em cidades pequenas, gerando lucro e oportunidades
Quando buscamos ideias de negócios para iniciar, muitas vezes não conseguimos identificar boas oportunidades, especialmente quando vivemos em cidades pequenas. Isso ocorre porque essas localidades têm suas peculiaridades, e o que funciona bem em cidades menores pode não ter o mesmo sucesso em grandes centros.
Se você vive distante de capitais e grandes centros urbanos, provavelmente já ouviu que negócios lucrativos são um mito e que apenas pessoas com recursos financeiros já estabelecidos na sua cidade conseguem fazer um negócio prosperar.
Embora essa seja uma percepção comum entre moradores de cidades pequenas, o que você precisa entender é que o desafio não está na impossibilidade de um novo negócio ser lucrativo em uma cidade pequena, mas sim na necessidade de oferecer bons produtos e serviços, além de prestar atenção na qualidade do atendimento e nas necessidades dos consumidores.
Percebemos que muitas vezes as pessoas abrem comércios em cidades pequenas pensando no que gostariam para si, quando, na verdade, não se deve abrir um negócio pensando apenas em si mesmo, mas sim na população em geral da sua cidade e no que eles apreciam ou criticam nos outros negócios existentes.
Lembre-se, começar nunca é fácil, mas é necessário ter estratégia. Não basta simplesmente abrir um negócio; é essencial saber fazer marketing, atender bem e, consequentemente, oferecer produtos e serviços de qualidade.
Para auxiliar no seu primeiro passo rumo à abertura de um novo negócio, vamos oferecer algumas ideias de negócios que tendem a ter mais sucesso em cidades pequenas, além de algumas dicas do que considerar ao abrir sua empresa.
Ideias de negócio lucrativas para cidade pequena
Vamos conhecer algumas ideias de negócio que costumam dar mais resultado em cidades pequenas, seja com relação a se estabelecer em sua cidade, assim como gerar lucro:
1. Mercadinhos locais
Em áreas residenciais afastadas dos grandes centros, um mercadinho se torna essencial. Ele oferece praticidade para compras rápidas ou de última hora. A chave é balancear preços competitivos com uma margem de lucro justa, considerando que o volume de compra menor pode elevar os custos. A localização e a análise da concorrência são cruciais para o sucesso.
2. Serviços de reparos e pequenas reformas
A demanda por serviços de manutenção residencial, como instalações elétricas e hidráulicas, pintura, entre outros, é constante. Um diferencial pode ser oferecer um serviço confiável e de qualidade em um mercado carente de profissionais qualificados. O profissionalismo e um bom atendimento podem transformar esse serviço numa referência local.
3. Salões de beleza e estéticas
Este setor mantém uma clientela fiel e a oportunidade de expandir serviços. Investir em técnicas modernas e tendências, como tratamentos estéticos avançados, pode colocar seu negócio à frente da concorrência. A personalização do atendimento e a diversificação dos serviços são estratégias chave para o crescimento.
4. Pet Shops
O amor pelos animais de estimação e a tendência de tratá-los como membros da família criam uma demanda sólida por produtos e serviços pet. Oferecer uma gama variada de produtos, além de serviços como banho e tosa, pode posicionar seu pet shop como um centro de cuidado animal completo. Parcerias estratégicas e promoções podem atrair e reter clientes.
5. Lojas de roupas
Oferecer uma seleção de vestuário que atenda às necessidades locais, desde moda casual a formal, pode fazer com que sua loja se destaque. Observar as preferências e tendências atuais do público-alvo é fundamental. Além disso, criar um ambiente de compra atraente e oferecer um atendimento personalizado pode fortalecer a fidelidade do cliente.
6. Lojas de calçados
Uma variedade de estilos, do casual ao sofisticado, pode atender às necessidades da comunidade local. Serviços adicionais, como ajustes e personalizações, podem ser um diferencial. A qualidade dos produtos e um bom conhecimento das tendências de moda são essenciais para capturar a atenção dos consumidores.
7. Manutenção de equipamentos domésticos
O serviço de reparo em domicílio para aparelhos como refrigeradores, fogões e máquinas de lavar é uma necessidade em qualquer lugar. Oferecer um serviço rápido, eficiente e de confiança pode garantir uma clientela constante.
8. Produção e venda de produtos caseiros
A culinária local, com itens como pães, bolos, geleias e conservas, pode encontrar um mercado receptivo, especialmente se oferecer produtos de qualidade com um toque caseiro. Estratégias como vendas online, participação em feiras locais e entrega a domicílio podem ampliar o alcance do seu negócio.
9. Comércio de materiais de construção e decoração
Investir em uma loja que oferece tudo para a casa, desde itens de construção até decoração, pode ser um acerto. Oferecer serviços complementares como consultoria para reformas e focar em produtos ecológicos pode diferenciar seu negócio no mercado local.
10. Produtos para jardinagem
Com o espaço e o apreço pela natureza típicos de cidades menores, um negócio focado em jardinagem pode florescer. Além de vender plantas e ferramentas, oferecer cursos e workshops pode criar uma comunidade de entusiastas do verde.
11. Loja especializada em produtos de esportes
A venda de equipamentos esportivos, roupas e suplementos pode atender a uma ampla gama de clientes. Promover eventos como torneios locais e aulas demonstrativas de diferentes esportes pode incrementar o engajamento com a marca e promover um estilo de vida saudável.
12. Loja de produtos usados
Uma loja de produtos usados, com foco na sustentabilidade, pode atrair consumidores conscientes. O controle de qualidade, autenticidade e a oferta de serviços como customização e restauração de itens usados podem elevar o padrão do brechó tradicional.
13. Boutique de presentes e souvenires
Uma loja que oferece uma variedade de opções de presentes, incluindo artesanato local e itens exclusivos, pode encontrar um nicho especial em cidades pequenas. Serviços adicionais como embalagens personalizadas e pedidos sob encomenda podem encantar os clientes.
14. Papelaria
Mesmo na era digital, há espaço para uma papelaria que ofereça desde materiais escolares até itens para hobbies criativos. Realizar workshops e cursos sobre temas como caligrafia artística e scrapbooking pode criar uma comunidade fiel.
15. Academia
Uma academia que ofereça não apenas musculação, mas também classes de ginástica, yoga, pilates, artes marciais e crossfit pode atender a uma ampla gama de interesses, promovendo saúde e bem-estar na comunidade.
16. Farmácia
Além de medicamentos, uma farmácia que disponibilize produtos de beleza e higiene pessoal pode se tornar essencial na comunidade. É importante analisar a concorrência e considerar a possibilidade de uma franquia, que traz reconhecimento da marca e suporte operacional.
17. Serviço de creche e educação infantil
Com a demanda por cuidados infantis, abrir uma creche pode ser uma excelente oportunidade. Oferecer um ambiente seguro, educativo e adaptado às necessidades das crianças pode preencher uma lacuna importante para famílias trabalhadoras.
18. Barbearia
Uma barbearia personalizada, com diversos itens de entretenimento como mesa de sinuca, uma geladeira com cerveja e outras bebidas, além de oferecer um espaço confortável e agradável para encontrar com os amigos é outro tipo de negócio que vem se consolidando em cidade pequena e tem tudo para dar certo.
19. Loja de acessórios e peças para veículos
Com o apego que muitos têm por seus carros e motos, uma loja que ofereça peças, acessórios customizados e sistemas de som pode prosperar. Oferecer também serviços de instalação e manutenção, além de promover encontros para entusiastas de veículos, pode agregar valor ao negócio.
20. Serviços de eletricista
A demanda por serviços elétricos é constante em qualquer lugar, incluindo instalações residenciais e empresariais, reparos e manutenção de eletrodomésticos. Atuar como eletricista pode ser vantajoso, seja de forma independente ou através de uma empresa de serviços. O investimento inicial é relativamente baixo, focando em formação técnica, ferramentas e equipamentos de segurança.
21. Oficina mecânica de automóveis
A mecânica de veículos é outro serviço sempre necessário, com a vantagem de ser menos suscetível a crises econômicas, pois veículos sempre precisarão de manutenção e reparos. Identificar uma localização com pouca ou nenhuma concorrência próxima pode garantir uma clientela regular. Apesar de requerer um investimento inicial em ferramentas e equipamentos especializados, a mecânica de automóveis pode se tornar uma fonte de renda estável e lucrativa.
O que você precisa saber para abrir uma empresa
Abrir um negócio em uma cidade pequena pode ser uma excelente oportunidade, mas requer uma análise cuidadosa para maximizar as chances de sucesso. Aqui estão alguns aspectos importantes a considerar:
Conheça seu público-alvo
Demografia e necessidades locais: Entenda a composição da população local (idade, renda, ocupações) e suas necessidades específicas. Isso pode ajudar a identificar lacunas no mercado que seu negócio pode preencher.
Preferências e comportamentos de consumo: Conheça os hábitos e preferências dos moradores. Em cidades pequenas, essas informações podem ser obtidas através de conversas diretas com a população ou observações no dia a dia.
Análise da concorrência
Concorrentes diretos e indiretos: Identifique outros negócios que ofereçam produtos ou serviços semelhantes aos seus. Considere também negócios que, embora não sejam diretamente concorrentes, possam satisfazer a mesma necessidade dos consumidores de outra forma.
Pontos fortes e fracos: Avalie o que os concorrentes fazem bem e onde há espaço para melhorias. Isso pode ajudar a posicionar seu negócio de forma única.
Legislação e regulamentações locais
Permissões e licenças: Informe-se sobre todas as permissões, licenças e regulamentações específicas da cidade que podem afetar seu negócio. Isso pode variar significativamente de uma localidade para outra.
Incentivos locais: Alguns municípios oferecem incentivos para novos negócios, como reduções fiscais ou auxílio no acesso a financiamentos.
Infraestrutura e localização
Acesso e visibilidade: A localização do seu negócio é crucial em cidades pequenas. Pense em acessibilidade, visibilidade e fluxo de pessoas.
Fornecedores e logística: Considere a proximidade e a facilidade de acesso a fornecedores essenciais. A logística de entrega de produtos também é um aspecto importante.
Plano de marketing
Estratégias de marketing local: Estratégias de boca a boca e marketing comunitário costumam ser eficazes em cidades pequenas. O envolvimento com a comunidade pode fortalecer a presença do seu negócio.
Presença online: Não subestime o poder das mídias sociais e de um website para alcançar clientes, mesmo em uma cidade pequena. A presença online pode expandir seu mercado para além das fronteiras da cidade.
Análise financeira
Custo inicial e capital de giro: Calcule o investimento inicial necessário e o capital de giro para manter o negócio operando até que se torne lucrativo.
Previsão de receitas e despesas: Faça uma estimativa realista de suas receitas e despesas. Considere cenários otimistas e pessimistas.
Plano de negócios
Desenvolva um plano de negócios detalhado, abordando todos os pontos acima e definindo claramente seus objetivos, estratégias e projeções financeiras. Isso servirá como um roteiro para o sucesso do seu negócio e pode ajudar na obtenção de financiamento.
Contagem, Ibirité, Ribeirão das Neves e outras cidades de Minas estão na lista
Belo Horizonte e outras 626 cidades de Minas Gerais podem ter chuva intensa, de até 50 mm, entre hoje e a manhã desta terça-feira (26). O alerta foi divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) nesta segunda-feira (25).
O alerta amarelo é emitido nos casos de “perigo potencial” ou “risco moderado”, ou seja, uma situação meteorológica que pode se tornar perigosa.
A inclusão no alerta amarelo significa que o município pode registrar chuvas com intensidade entre 20 e 30 milímetros por hora ou até 50 milímetros por dia, além de ventos de 40 a 60 km/h. O alerta amarelo também inclui baixo risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas.
Estão na lista do Inmet cidades da região Central Mineira, Zona da Mata, Vale do Rio Doce, Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Oeste, Sul, Sudoeste, Campo das Vertentes, Metropolitana de Belo Horizonte, Jequitinhonha, Noroeste e Norte de Minas.
Viajar está entre as melhores atividades humanas e fica ainda melhor quando se está hospedado em um lugar que oferece aconchego como casa de “vó”, bom papo antes do jantar e um aprendizado substancioso sobre onde se vai explorar. É assim no Solar dos Montes, que fica na pequena e histórica cidade de Santana dos Montes, em Minas Gerais. Em plena Estrada Real, no Caminho Novo, e no Roteiro das Fazendas do Ouro mineiras, o município fica a apenas 140 km de Belo Horizonte.
Uma serrinha de belas paisagens é responsável por levar o visitante até o centro histórico preservado, onde estão a igreja matriz de Santana – de 1749, que apresenta pinturas barrocas de Francisco Xavier Carneiro – e casarios de época. O maior deles é o hotel em questão, que está sempre de portas abertas e com aquela recepção que os mineiros oferecem como ninguém: uma xícara de café, chá se preferir, com sequilhos ou bolo caseiro. Isso se for no final da tarde. Se a chegada é perto do almoço, o cheiro da saborosa e caprichada comida mineira é a recepcionista.
O casarão do século XVIII impressiona por si só. Totalmente restaurado (foram anos e anos para deixá-lo pronto), ele é a alma do hotel, que pertence e é morada do casal de sociólogos Ana e José Maria Medina. Um adorno sem igual para a praça. Aconchegante, tem espaços para curtir o ócio, ler um livro, tomar um drink ou vinho.
Em épocas de frio, as noites contam com lareira acesa, de dia oferecem uma vista arborizada da área de lazer e dos chalés bem montados e confortáveis, construídos nos mesmos padrões da casa principal.Um lugar para ficar dias sem sair, só vivenciando o que tem a oferecer: monitoria para crianças, eventos culturais para adultos, que podem misturar a cultura mineira à argentina (nacionalidade do Medina), curtir um bom filme no Cine Solar, folhear os livros da rica biblioteca pessoal do casal.
Uma das responsáveis por fomentar o turismo local, Ana também desempenha o papel de guia para os que querem explorar a cidade. Explica com maestria os afrescos da igreja de Santana e apresenta aos visitantes o artesanato local, como as encantadoras peças feitas com capim Vertiver, por exemplo.
Toda essa experiência é oferecida aos associados da Afubesp com desconto de 10% em relação às tarifas vigentes. O Solar dos Montes trabalha com pensão completa, possui quartos com varanda e vista para o jardim, piscina, bar e WiFi gratuito. As reservas podem ser feitas pelo telefone (31) 3726-1319/3726-1314. Conheça mais no www.solardosmontes.com.br.
Moradores temem tragédia como a que aconteceu em Brumadinho
Interior de Minas Gerais. Canções de música clássica tocadas sem plateia. O eco das sirenes e a orientação de que se deve deixar as casas para trás, trancando portas e fechando janelas. O helicóptero em sobrevoo. A instrução de que é preciso ter calma nesse tipo de situação. A denominação “Zona de Autossalvamento”.
Parece um conto de realismo fantástico, mas se trata de uma simulação feita pela mineradora ArcelorMittal, sob a coordenação da Defesa Civil, no município de Itatiaiuçu, onde fica a Mina de Serra Azul. O objetivo do treinamento é orientar a população sobre como agir no caso de uma evacuação de emergência causada pelo eventual rompimento da barragem.
Por conta dos riscos envolvendo a barragem, que está em processo de descaracterização (retirada de todo o rejeito de seu interior), moradores das comunidades de Pinheiros, Samambaia, Curtume, Quintas do Itatiaia, Lagoa das Flores, Retiro Colonial, Capoeira de Dentro e Vieiras tiveram a rotina alterada. Das cerca de 13 mil pessoas que vivem no município, 2 mil podem ser consideradas atingidas pela barragem, que foi construída em 1987.
Uma das pessoas afetadas pelo empreendimento é Luzia Soares de Souza, mulher negra que integra, ao lado de outros 14 membros, a comissão que defende os direitos dos habitantes da região. Ela ainda tenta conseguir selar um acordo que repare as perdas que teve por causa da Mina de Serra Azul.
Em março de 2022, a Agência Nacional de Mineração (ANM) mudou a classificação da barragem, de 2 para 3, em uma escala que varia de 1 a 3. O nível 3 indica que a ruptura da estrutura é iminente ou já está ocorrendo, embora a ArcelorMittal negue a aplicação que a Mina de Serra Azul esteja nessas condições.
A situação das famílias se complicou cerca de três anos antes, em 8 de fevereiro de 2019, quando a ArcelorMittal começou a retirar moradores da comunidade de Pinheiros que se encontravam na chamada Zona de Autossalvamento (ZAS) da Mina de Serra Azul. A providência foi necessária em decorrência do acionamento do Plano de Ação de Emergência (PAEBM) da barragem da Mina Serra Azul, que teve seu nível de emergência elevado para 2. Naquela fase, 56 famílias mudaram de endereço e foram morar em casas alugadas pela empresa.
O que a ArcelorMittal se comprometeu a fazer para tentar barrar a lama de rejeito de minérios foi construir uma Estrutura de Contenção a Jusante (ECJ). A obra foi iniciada em 2022 e deve ser terminada somente em 2025. Até lá, moradores da região vivem com o temor de que aconteça um desastre como o rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, ocorrido na cidade de Brumadinho, também em Minas Gerais, no dia 25 de janeiro de 2019.
Quinze dias após o rompimento da barragem de Córrego do Feijão, 90 famílias de Pinheiros, Lagoa das Flores e Vieiras tiveram de ser retiradas de suas casas.
Em entrevista à Agência Brasil, Luzia Soares de Souza contou por que escolheu a localidade para criar a filha. Para ela, atendia ao critério de tranquilidade que buscava.
A barragem, no entanto, corroeu amizades e laços familiares. No caso de Luzia, o elo com seus irmãos foi cortado, pois eles, com receio de a barragem romper-se a qualquer hora, deixaram de visitá-la. O mesmo ocorreu com amigos que tinham pais idosos e que correriam risco se estivessem presentes no momento de uma eventual tragédia, pois, diante das dificuldades de locomoção, talvez não sobreviveriam. Várias pessoas com as quais Luzia convivia se mudaram para a capital mineira ou municípios como Betim e Contagem.
“A minha filha, que estava morando comigo, foi embora, com medo. E eu, no primeiro ato, fiquei meio perdida, porque a ficha demorou para cair. Quando caiu, eu iniciei o tratamento para depressão, comecei a me dar conta de que eu não comia direito, não dormia mais direto. Fiquei uns quatro meses fora de lá e voltei. Fechava os olhos e via a cena de Brumadinho acontecendo, porque lá não tinha propensão nenhuma de a barragem romper e rompeu”, diz ela.
O integrante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) Pablo Dias explica que o perfil dos moradores da região é heterogêneo. Havia pessoas que tinham sítios e passavam neles temporadas, mas há também um número significativo de idosos que decidiram passar ali um período de maior serenidade nessa delicada fase da vida, com a aposentadoria.
Segundo Dias, uma das manobras usadas pela mineradora é considerar os imóveis como parcialmente atingidos, quando a empresa acha brecha para sustentar que somente o acesso a ele foi prejudicado.
“Há aqueles danos que não são individuais. Por exemplo, o agravamento da saúde das famílias sobrecarrega o SUS [Sistema Único de Saúde], os atendimentos psiquiátricos e psicológicos da região. Atingidos que já estão em sofrimento não conseguem ter o atendimento necessário por conta disso”, afirma o integrante do MAB.
“Outra questão é essa perda de perspectiva de vida. Desde que acionou o plano de emergência, a vida das pessoas está em suspenso. As pessoas não sabem se investem dinheiro para construir a casa ali ou não, pois não sabem como vai ser a retomada da vida. Não sabem o que vai acontecer com a comunidade. O pessoal costuma falar: ‘essa lama invisível destruiu nossos projetos de vida'”, completa Pablo Dias.
Imóveis perdidos
Como aponta Luzia, uma das características que marcam as relações entre os membros da comunidade local é a informalidade nos tratos firmados, já que muitas negociações sempre foram marcadas pela confiança. Isso acabou representando um empecilho ao reconhecimento da condição de atingidos para muitas pessoas, pois, na hora de comprovarem vínculos como os existentes entre inquilinos e proprietários de imóveis, a coisa se torna difícil.
“É uma comunidade em que as pessoas alugam para outras e falam: ‘não, é tanto, no final do mês, você me paga, não se preocupe com o recibo’. Tem algumas áreas que não têm luz, algumas que têm luz, mas não têm água. O documento é do dono do imóvel e as contas estão no nome dele. É essa coisa de interior, em que um confia no outro. A ArcelorMittal quer que você tenha um contrato de aluguel, uma conta de água, de luz. E já ouviu falar de casa cedida, que um dá para o outro, deixando para cuidar, tomando conta, na confiança de não ter usucapião, nada? Tem muito isso também”, ressalta a líder.
O imóvel em que Luzia vive foi cedido a ela e já foi anunciado para venda. Como aconteceu com outras casas, nenhum interessado em fazer negócio surgiu. Luzia calcula que alguns imóveis tenham perdido 70% de seu valor de mercado.
O MAB chama a atenção para outras táticas da ArcelorMittal para não reconhecer a condição de atingidos dos habitantes do município. Uma delas é reconhecer somente uma das pessoas que formam um casal, mesmo quando há documentos comprobatórios, como uma certidão de casamento.
Argila tóxica?
Na opinião de Luzia, o desprezo da companhia pelos atingidos alcançou outro patamar quando a empresa ofertou um curso de cerâmica no qual disponibilizou argila feita de rejeitos da barragem. “O pessoal estava modelando argila para fazer as peças. Aí, uma pessoa que estava participando teve alergia e o curso parou. Fomos perguntar por que teve alergia. Ela [alguém relacionado à organização do curso] não sabia o que dizer, mas disse que estava fazendo com rejeito da mineração. A gente pediu para o Ministério Público fiscalizar o que estava acontecendo, porque pode ser que não seja o rejeito, mas tem 90% de [chances de] ser”, diz a moradora, explicando que o laudo ainda não foi finalizado e que o curso não foi retomado.
“A gente achou isso uma falta de respeito aos atingidos, porque a lama que pode derramar nas nossas casas e acabar com a nossa vida é a mesma com que a gente deve trabalhar [manusear, no curso]”, desabafa.
Para ela, a sensação que a ArcelorMittal tenta consolidar é a que está fazendo um favor aos habitantes da comunidade. “É como se os moradores tivessem atingido a mineradora, não o contrário”, resume.
Medidas
Em 19 de junho de 2023, a ArcelorMittal e a Comissão de Pessoas Atingidas de Itatiaiuçu assinaram um termo de acordo preliminar (TAP) para tentar garantir a reparação dos direitos difusos e coletivos das famílias atingidas pela elevação, em 2019, do nível de emergência da barragem Serra Azul. O TAP foi assinado também pelo Ministério Público de Minas Gerais, o Ministério Público Federal (MPF) e a prefeitura de Itatiaiuçu.
O acordo previa recursos de R$ 440 milhões da ArcelorMittal para a reparação dos danos transindividuais causados pelo risco de rompimento da barragem. Além do montante, o TAP estabeleceu que as vítimas continuariam tendo direito a uma assessoria técnica independente, além do serviço de auditoria financeira externa. A assessoria deve beneficiar as 655 famílias já cadastradas e outras 540 que foram incluídas no acordo.
De acordo com o MAB, o termo de acordo complementar (TAC) que irá ampliar os direitos dos atingidos e que está sendo construído entre o Ministério Público e a empresa já reúne 65 propostas. Todas foram construídas em conjunto com as vítimas.
Riscos a trabalhadores
O Ministério Público do Trabalho (MPT) chegou a intervir nas atividades da ArcelorMittal, por entender que a circulação de funcionários da companhia na área da Mina de Serra Azul demandava mais cuidados. Em novembro de 2023, foi firmado um acordo judicial entre o órgão e a mineradora, para obrigá-la a incorporar medidas de segurança de empregados próprios e/ou terceirizados que, eventualmente, prestarem serviços no local e na sua respectiva Zona de Autossalvamento (ZAS), incluindo as atividades de construção da Estrutura de Contenção a Jusante (ECJ).
“A ArcelorMittal deverá pagar, ainda, a importância líquida de R$ 10 milhões, a serem revertidos, na forma da Resolução 179/2020 do Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho (CSMPT), à promoção de saúde e segurança no ambiente de trabalho e prevenção de acidentes, apoio a órgãos/instituições ou programas/projetos públicos ou privados, que tenham objetivos filantrópicos, culturais, educacionais, científicos, de assistência social ou de desenvolvimento e melhoria das condições de trabalho”, determinou, paralelamente, a procuradora Adriana Augusta Souza.
Outro lado
Na estrutura do Grupo ArcelorMittal, a ArcelorMittal Brasil atua no ramo de produção de aço e é um dos principais nomes da mineração de todo o mundo. Em 2022, sua receita líquida consolidada foi de R$ 71,6 bilhões.
A ArcelorMittal mantém no ar uma página para divulgar informes sobre a Mina de Serra Azul. Na seção, destaca aspectos como o funcionamento de “indicadores que monitoram a barragem 24 horas por dia, sete dias da semana” e que “nenhuma imobiliária ou corretor imobiliário estão autorizados a fazer contato com moradores para tratar de assuntos relativos à compra e venda de imóveis”.
Em resposta à Agência Brasil, a companhia afirmou, em nota, que “está comprometida com a justa reparação social, individual e coletiva aos danos causados pelo acionamento do Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM) da Mina de Serra Azul” e que tem cumprido todas as obrigações estabelecidas no Termo de Acordo Complementar 1 (TAC1).
A empresa confirmou que o reconhecimento da condição de atingido depende da “apresentação de provas” e que a principal delas é o comprovante de residência. “Nas negociações individuais, das 58 famílias que foram realocadas provisoriamente em imóveis alugados pela empresa, 41 já mudaram para suas residências definitivas”, pontuou.
Perguntada sobre a argila do curso de cerâmica, a companhia respondeu que o material não representava risco à saúde. “O rejeito foi objeto de estudos prévios que confirmaram a inexistência de riscos, sendo utilizado como elemento diferenciador do produto final. Não há contato direto com a pele dos alunos, já que são fornecidos EPIs [equipamentos de proteção individual], sendo uma escolha dos alunos trabalhar com massa com ou sem rejeito em sua composição”, argumentou.
“A empresa está construindo a Estrutura de Contenção a Jusante (ECJ), que será uma grande estrutura capaz de reter todo o rejeito no caso de um eventual rompimento da barragem. A conclusão da ECJ, prevista para setembro de 2025, permitirá o início dos trabalhos de descaracterização da barragem, que será a retirada de todo o material em seu interior e o desmonte da estrutura. A construção da ECJ não causou quaisquer danos às casas dos moradores, tampouco ruído acima dos limites legais, fatos demonstrados por laudos técnicos submetidos às autoridades”, acrescentou na nota.
Governo federal
Em nota, a Agência Nacional de Mineração (ANM), que divulga um relatório anual sobre a segurança das barragens, informou à reportagem da Agência Brasil que a barragem, “que vinha sendo reportada com solução de engenharia já finalizada, possui versão preliminar do projeto executivo elaborado com o conhecimento pré-existente da estrutura, conforme verificado em fiscalização in loco recente pela agência”. De acordo com o órgão, as fases de projeto da descaracterização e a execução das obras terão continuidade quando os funcionários puderem trabalhar com segurança.
A ANM ainda destacou que poderá fazer uma nova avaliação das soluções propostas pela empresa à medida que as etapas da ECJ forem cumpridas. A Agência Brasil também entrou em contato com o Ministério de Minas e Energia, que não deu retorno até o fechamento desta reportagem.
O relatório World Air Quality de 2023, feito pela IQAir, mostra as cidades e países com pior qualidade de ar do mundo
A cidade mineira de Timóteo, localizada no Vale do Aço, é um dos municípios com o ar mais poluído do Brasil, segundo o relatório World Air Quality de 2023, feito pela IQAir, empresa suíça especializada em tecnologia de qualidade do ar e em proteção contra poluentes. De acordo com a lista, Timóteo possui o nível de material particulado MP 10,1, duas a três vezes superior ao parâmetro recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O município brasileiro que apresentou o pior índice de poluição foi Xapuri, no Acre. Osasco, na região metropolitana de São Paulo, é a segunda cidade com maior poluição do Brasil. Outras cidades paulistas com indicador da qualidade do ar entre três e cinco vezes pior do que o recomendado pela OMS são: Guarulhos, Rio Claro e Cubatão.
Manaus, capital do Amazonas, apresentou piora significativa na qualidade de ar entre 2021 e 2023, segundo o relatório. A quantidade de materiais particulados com diâmetro de até 2,5 micrômetros (MP 2,5) na cidade amazonense ultrapassa em mais de três vezes o que é estabelecido pela OMS. Em 2021, o nível de MP 2,5 na atmosfera manauara era duas vezes maior do que o recomendado pela Organização.
A única cidade do país entre as analisadas que ficou dentro dos parâmetros estabelecidos pela OMS foi Fortaleza.
No país, o nível de MP 2,5 da atmosfera é mais que o dobro do recomendado, o que o coloca na 83º posição entre os mais poluídos. Ainda assim, o número representa uma queda em relação aos primeiros registros do World Air Quality. Em 2018, por exemplo, a presença desses materiais na atmosfera era mais que o triplo.
Materiais particulados foram associados a mortes e doenças provocadas por problemas no coração e no pulmão. Segundo a OMS, o MP 2,5 é um dos que tem maior impacto na saúde é o MP 2,5.
Qualidade do ar nas cidades brasileiras
Baseado na concentração de material particulado (MP 2,5), em micrograma por m³. Abaixo, todas as cidades brasileiras analisadas.
– Xapuri (Acre): 21 (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS);
– Osasco (São Paulo): 19,4 (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS);
– Manaus (Amazonas): 16,8 (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS);
– Camaçari (Bahia): 16,2 (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS);
– Guarulhos (São Paulo): 16 (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS);
– São Caetano (São Paulo): 15,9 (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS);
– Rio Claro (São Paulo): 15,5 (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS);
– Cubatão (São Paulo): 15,4 (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS);
– Acrelândia (Acre): 15 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
– Campinas (São Paulo): 15 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
– Mauá (São Paulo): 14,6 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
– Porto Velho (Rondônia): 14,3 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
– São Paulo: 14,3 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
– Senador Guiomard (Acre): 13,4 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
– Santos (São Paulo): 13,1 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
– Ribeirão Preto (São Paulo): 13 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
– Jundiaí (São Paulo): 12,6 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
– Rio Branco do Sul (Paraná): 11,9 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
– Curitiba (Paraná): 11,9 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
– Rio Branco (Acre): 11,8 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
– Piracicaba (São Paulo): 11,8 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
– Rio de Janeiro: 11,7 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
– Manoel Urbano (Acre): 11,5 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
– São José dos Campos (São Paulo): 11 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
– Taubaté (São Paulo): 10,6 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
– Guaratinguetá (São Paulo): 10,2 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
– Timóteo (Minas): 10,1 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);
– Serra (Espírito Santo): 9,3 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);
– São José do Rio Preto: 9,3 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);
– Palmas (Tocantins): 9,3 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);
– Macapá (Amapá): 8,5 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);
– Cruzeiro do Sul (Acre): 8,4 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);
– Tarauacá (Acre): 8,2 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);
– Jambeiro (São Paulo): 8 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);
– Boa Vista (Roraima): 7,2 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);
– Guarapari (Espírito Santo): 7 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);
– Brasília: 6,8 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);
– Fortaleza: 3,4 (dentro do parâmetro).
Quais os países com pior qualidade de ar do mundo?
De acordo com o relatório, o país com pior qualidade de ar em 2023 foi Bangladesh, seguido por Paquistão e Índia.
Nesses países, o nível de MP 2,5 chegou a ser até dez vezes maior do que o recomendado pela OMS. Na Índia, está localizada a metrópole com maior poluição de MP 2,5, chamada de Begusarai.
Os nove primeiros países a aparecer no ranking estão na Ásia. A República Democrática do Congo é o país de outro continente com maior presença de MP 2,5.
Na Europa, a Bósnia obteve o pior nível de qualidade de ar e ficou em 27º lugar Na América do Norte, o Canadá apresentou o pior nível do material particulado, na 93ª posição. Treze das cidades mais poluídas da região são canadenses.
Apenas sete dos países verificados conseguiram cumprir as orientações da OMS: Austrália, Estônia, Finlândia, Granada, Islândia, Ilhas Maurício e Nova Zelândia.
Para o cientista de Qualidade de Ar do Greenpeace Internacional, Aidan Farrow, os dados da IQAir mostram que, em 2023, a poluição atmosférica foi uma catástrofe global de saúde.
“Esforços locais, nacionais e internacionais são necessários urgentemente para monitorar a qualidade de ar em lugares sem muitos recursos, gerenciar a névoa transfronteiriça e cortar nossa dependência em combustão como uma fonte de energia”, defendeu.
O relatório destacou que o continente africano ainda sofre com a ausência de dados sobre a qualidade do ar. Já na América Latina e no Caribe, 70% dos dados obtidos vieram de sensores de baixo custo.
O Coral Cidade dos Profetas inicia mais uma jornada para celebrar e difundir a música antiga de Minas Gerais. A estreia desta temporada de apresentações será marcada pelo “Concerto da Paixão de Cristo”, programado para o dia 23 de março, sábado, às 20h, na Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas.
O espetáculo promete envolver o público em uma experiência repleta de fé, devoção, música e artes cênica.
A iniciativa faz parte do programa formativo desenvolvido pelo “Plano Anual Coral Cidade dos Profetas 2024”.
Nesta temporada de concertos, o Coral Cidade dos Profetas traz uma seleção especial de composições da música colonial mineira. Parte delas pertencem ao acervo de Francisco Solano Aniceto, mais conhecido como maestro Chico Aniceto, e são consideradas inéditas por não terem registro de execução.
O projeto, aprovado pela Lei Rouanet do Ministério da Cultura, conta com patrocínio master da Vale, CSN e apoio da Prefeitura Municipal de Congonhas e da Reitoria da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos.
Informações: Assessoria de Comunicação Coral Cidade dos Profetas / Fotos: Carol Lacerda
Os municípios podem ter pancadas entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia e ventos intensos de até 60 km/h
Após a onda de calor atingir parte de Minas Gerais, 70% entrou em alerta de chuvas intensas nesta segunda-feira (18). O comunicado do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é válido até as 10h desta terça (19).
Os municípios podem ter pancadas entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia e ventos intensos de até 60 km/h. Apesar disso, o risco de corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de galhos de árvores e de alagamentos é baixo.
As cidades ficam no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, Central, Zona da Mata, Vale do Rio Doce, Oeste, Sul/Sudoeste, Campo das Vertentes e Metropolitana de Belo Horizonte.
Veja recomendações
Em caso de rajadas de vento: (não se abrigue debaixo de árvores, pois há leve risco de queda e descargas elétricas e não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda).
Evite usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada.
Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).
Censo 2022 aponta que todos os 3.560 moradores do município residem em casas. Confira 10 outras localidades da Zona da Mata e Vertentes que também se destacam na lista.
Nenhum apartamento e 100% dos 3.560 moradores vivendo em casas. Assim é Conceição da Barra de Minas, município no Campo das Vertentes.
Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados no fim de fevereiro, como parte do Censo 2022. São 1.324 casas em uma área de 273 km², distante 44 km de São João del Rei.
Também são considerados domicílios na pesquisa: apartamentos, estruturas degradadas ou inacabadas, casa de vila ou condomínio, cortiço e maluca, todos com percentual zerado, segundo a pesquisa.
O g1 listou também os dados apontados nas demais cidades da Zona da Mata e Campo das Vertentes. Confira no fim desta reportagem.
Paz e tranquilidade
A ocupação e fixação dos primeiros moradores em Conceição da Barra de Minas teve como principal causa as atividades da pecuária e da agricultura.
Conceição da Barra de Minas — Foto: Robson Panzera/TV Integração
O povoado era um distrito subordinado a São João del Rei, mas cresceu, se desenvolveu e, em 1962, foi elevado a município.
Aos 97 anos, o aposentado João Batista de Oliveira, o senhor “Tuzinho”, é um dos moradores mais antigos, chegando à localidade quando ela ainda era um povoado.
“Não era nada, não tinha quase nada. Você contava as casas que tinha por aqui. O resto era tudo mato”, diz o idoso conhecido por todos os moradores. “Gosto de morar aqui. É tranquilo e ninguém me amola, graças a Deus”.
Até hoje, segundo os moradores, a cidade é um local onde todo mundo conhece todo mundo.
O senhor Tuzinho é um dos moradores mais antigos de Conceição da Marra de Minas — Foto: Robson Panzera/TV Integração
“Você chega na cidade e pergunta ‘onde mora a Nice’ e todo mundo sabe. Aqui é no tempo que você compra na caderneta, vai nos mercados e tem a caderneta. É um lugar muito bom para se viver”, explica Eunice Matias Conti, que há 30 anos deixou o Paraná para viver na cidade mineira.
Além da cidadezinha, somente outros 10 municípios de Minas ostentam essa proeza de não ter nenhum apartamento: Serra da Saudade, Senador José Bento, Queluzita, José Gonçalves de Minas, Ipiaçu, Frei Gaspar, Fortaleza de Minas, Caranaíba, Araçaí e Alagoa.
Viçosa e Juiz de Fora na posição oposta
Se Conceição da Barra de Minas não tem apartamentos, Viçosa é a primeira cidade de Minas Gerais e sexta do país com a maior proporção de habitantes vivendo em neles.
Segundo os números do Censo 2022, são 44,99% deste tipo de imóvel construído na cidade. Em seguida, aparece Belo Horizonte, com 38,86%, e, Juiz de Fora, com 37,07%.
Dados de outras cidades da região
Depois de Conceição da Barra de Minas, o destaque no Campo das Vertentes e Oliveira Fortes, que tem apenas 3 apartamentos, segundo o Censo 2022. Confira abaixo outras cidades que se destacam.
Município de Piau, na Zona da Mata mineira, chegou a atingir as primeiras posições das que mais esquentaram em 2023 no ranking nacional, segundo o Cemaden. Climatologista explica.
A cidade de Piau, com aproximadamente 2.700 habitantes, conhecida popularmente como a “Terra da Banana”, foi uma das que mais “esquentou”em Minas Gerais no ano de 2023. O município também chegou a atingir as primeiras posições do ranking nacional de anomalia nas temperaturas.
Segundo os dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o município ocupou o 1º lugar no levantamento em Minas nos meses de fevereiro, junho e agosto do ano passado. Em âmbito nacional, apareceu na 4ª, 5ª e 3ª colocação nos mesmos períodos.
Em dezembro, por exemplo, os termômetros chegaram a marcar 34,49º,maior máxima registrada no município em 2023.
Como ficou a temperatura na cidade mês a mês em 2023?
Janeiro: sem destaque;
Fevereiro: cresceu 2,4 °C, terminando em 4º lugar no Brasil e em 1º em MG;
Março: aumento de 2,56 °C acima da média;
Abril: sem destaque;
Maio: aumento de 2,05 °C acima da média;
Junho: cresceu 2,9 °C, terminando na 5ª colocação no Brasil e 1ª em MG;
Julho: sem destaque;
Agosto: cresceu 3,5 °C, terminando em 3º no Brasil e a líder em MG;
Setembro: aumento de 3,03 °C acima da média;
Outubro: aumento de 3,04 °C acima da média;
Novembro: sem destaque;
Dezembro: cresceu 4,8 °C, terminando em 11º no Brasil e novamente como 1ª em MG. Atingiu a temperatura máxima do ano, com 34,49 °C.
Qual foi o motivo de tanto calor?
Conforme o climatologista Fábio Sanchez, os aumentos nas temperaturas médias não são um fenômeno isolado, mas sim um fato recorrente ao longo dos últimos anos.
Para o especialista, uma das condições que influenciou essa anomalia em cidades mineiras como Piau foi o bloqueio atmosférico.
“Esses padrões consistem em ventos quentes da alta atmosfera, que descem para a superfície e atuam como uma “tampa”, bloqueando o avanço das massas de ar frio vindas do Sul do país”.
Outro fator citado pelo climatologista, que pode ocasionar o aumento da temperatura na região, está relacionado às condições topográficas: aaltitude e o uso no entorno. Isso porque o bloqueio atmosférico, que tem se tornado muito comum nos últimos meses do ano, influencia na mudança de massas de ar.
“Essas condições fortalecem a irradiação da superfície, isto é, a entrada de sol na superfície, que também contribui para o aumento da temperatura com a água”, explicou.
Minas Gerais foi o estado que mais esquentou no país
Ainda de acordo com os dados da Cemaden, Minas Gerais foi classificado como o estado que mais esquentou no país. Belo Horizonte, por exemplo, foi a capital brasileira que mais aqueceu em 2023.
Já o Vale do Jequitinhonha foi a área do país que registrou a maior amplitude térmica, termo usado para indicar a diferença entre a temperatura máxima e a mínima durante certo período.
Para a pesquisadora Ana Paula Cunha, um dos fatores a ser analisado para esse resultado no estado está ligado ao desmatamento. “Mas no geral, as mudanças climáticas são o motivo para essa alta nas temperaturas”, completou.
FONTE G1 ZONA DA MATA
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