Reconhecida em 2020 pelo Governo de Minas, Mantiqueira foi a maior medalhista no Concurso Internacional da ExpoQueijo 2023

Região, caracterizada como produtora de queijo artesanal pelo Estado há apenas três anos, foi vencedora com mais de 30% das medalhas de ouro de Minas e quase 15% do total

A Mantiqueira de Minas, caracterizada em 2020 pelo Governo de Minas como produtora de Queijo Artesanal, foi a região de maior destaque no Concurso Internacional da ExpoQueijo Brasil 2023, realizado em Araxá, no Alto Paranaíba, em agosto.

Conforme levantamento divulgado neste domingo (3/12), das 22 medalhas de ouro que o estado conquistou em 50 categorias da disputa, os produtores da região alcançaram sete. Esses números representam 14% do total de primeiras colocações e 31% dos mineiros no topo.

Os dados foram levantados por técnicos da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) nos meses seguintes à competição, que avaliou 1,3 mil amostras de dez países.
 

André Cruz / Imprensa MG

Entre os medalhistas de Minas Gerais, considerando as primeiras, segundas e terceiras posições, 20% são das montanhas da Mantiqueira, o que corresponde a 14 entre 70 premiações.

As estatísticas surpreenderam os produtores da região, identificada de forma oficial há relativamente pouco tempo. Muitos deles estiveram no concurso pela primeira vez, como aconteceu com o casal Bianca Lamenha e Gustavo Pitta, do município de Itamonte. Eles levaram um ouro e um bronze na ExpoQueijo deste ano com a marca Velho Pitta.

Tão jovem quanto a caracterização da Mantiqueira como produtora de Queijo Artesanal é a produção da família, que saiu do Rio de Janeiro para realizar um sonho antigo de viver da terra no interior de Minas Gerais.

Desde que nasceu, o negócio conta com o apoio da Seapa e suas vinculadas, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG), a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), além de instituições parceiras.

“Logo antes da pandemia, a gente foi convidado pela prefeitura a receber o Ministério de Agricultura, a Emater-MG e a Epamig no sítio. Daí para a frente, a gente começou a querer mexer na queijaria, a melhorar a produção e a melhorar a técnica”, lembra Bianca.

“Eu vejo o Governo de Minas como um facilitador e incentivador dos produtores pequenos, médios e grandes, mas principalmente dos pequenos, através desses representantes. Eles conseguem estar mais presentes na propriedade, conversar, demonstrar o trabalho e motivar a gente a iniciar um projeto”, completa.

Vitórias

Antes de se aventurarem na disputa internacional, os produtores do Velho Pitta foram orientados a competir localmente. “A gente começou a participar de concursos neste ano, e o primeiro foi o municipal daqui de Itamonte. Depois vieram o Concurso Estadual dos Queijos Artesanais de Minas Gerais, o Prêmio Queijo Brasil e a ExpoQueijo, em Araxá”, relata a queijeira.

Mesmo assim, durante o anúncio do resultado do Concurso Internacional de Queijos Artesanais da ExpoQueijo Brasil 2023, Bianca e Gustavo mal podiam acreditar.

“Quando a gente escutou o nome Velho Pitta anunciado, veio uma emoção muito grande, a felicidade. A gente conseguiu conquistar um espaço no mercado, que é uma das coisas mais difíceis para o pequeno produtor”, explica a produtora.

Porém, medalhas e novos mercados não foram as únicas vitórias recentes da marca. “Neste ano, a gente conseguiu certificar a propriedade como livre de tuberculose e brucelose e isso foi uma grande conquista, porque é um trabalho feito pelo IMA, demorado, trabalhoso, muito específico e vigiado. Então, foi um ano extremamente gratificante para a gente em termos de reconhecimento”, comemora Bianca.

 

André Cruz / Imprensa MG

Queijo Artesanal da Mantiqueira

A região foi caracterizada como produtora de Queijo Artesanal da Mantiqueira de Minas em 2020, por meio de uma portaria do IMA.

A estimativa da Emater-MG é de que a produção anual seja de aproximadamente 830 toneladas, gerando mais de R$ 40 milhões por ano, que complementam ou são a principal fonte de renda de aproximadamente 150 famílias.

“Trata-se de um queijo cuja herança cultural remete ao modo de fazer do queijo Parmigiano Reggiano, tradicional em povos de origem italiana, conforme demonstra estudo realizado pela Emater-MG. As suas características são a cor amarelo-palha, a casca lisa e a massa compacta com pequenas olhaduras. O sabor forte e salgado fica mais acentuado quando maturado”, descreve o diretor de Agroindústria e Cooperativismo, Ranier Chaves Figueiredo.

No total, nove municípios compõem a região caracterizada: Aiuruoca, Baependi, Bocaina de Minas, Carvalhos, Itamonte, Itanhandu, Liberdade, Passa-Quatro e Pouso Alto. Desde que identificado, o produto da Mantiqueira obteve diversas vantagens competitivas nas prateleiras.

“A partir do momento em que foi caracterizado, o queijo passou a ter uma visibilidade maior, passou a participar de concursos e a ganhar muitos prêmios, foi uma grande diferença em questão de valorização do produto regional. Mas mais do que isso, com a criação da legislação, os produtos puderam se enquadrar em um sistema de habilitação sanitária, municipal, estadual ou federal, sendo comercializados e transportados com segurança”, diz o extensionista da Emater-MG Julio Cesar Fleming, que atua na região.

Além da caracterização

Não só de Queijo Artesanal da Mantiqueira de Minas vivem as queijarias regionais. Na ExpoQueijo Brasil 2023, foram condecorados com o ouro produtos à base de leite de cabra, búfala e ovelha.

É o caso da produção do casal Iracema Lopes da Silva e Julio Cesar Cunha de Sousa, do município de Itanhandu, que mantém a marca Di Capri, também estreante na disputa de Araxá.

Na propriedade da família, Iracema e Julio produzem desde o milho que serve de alimento às cabras até o produto final, o queijo. “Nós mandamos dois queijos e os dois vieram com medalhas. O Boursin Tradicional, que é o nosso carro-chefe, hoje está com três medalhas e também foi ouro em Araxá”, comenta Iracema.

“Quando vem um reconhecimento tão especial, em um concurso como esse, realizado por pessoas entendidas do assunto, pessoas que estão no meio e que estão lá aprovando o nosso queijo, é emocionante, ficamos sem palavras”, destaca.

Após as premiações, a meta do casal de produtores para um futuro próximo é conquistar o Selo Arte, que permite a comercialização do queijo em todo o território nacional, para os demais produtos da marca. Em um horizonte mais amplo, o plano de vida é que os filhos, atualmente crianças, sejam sucessores na atividade familiar.

ExpoQueijo

O Concurso Internacional de Queijos Artesanais da ExpoQueijo Brasil acontece desde 2021. De forma inédita no país, a curadoria em 2023 foi totalmente brasileira, feita pelo Instituto de Laticínios Cândido Tostes, vinculado à Epamig.

Mais de 200 jurados foram treinados pela instituição para avaliarem as 1,3 mil amostras concorrentes. Na edição, distribuíram-se 150 medalhas, das quais os mineiros conquistaram 70, sendo 22 primeiros lugares.

Em 2022, os produtores de queijo de Minas alcançaram 54 das 96 premiações na disputa mundial. Das vitórias do estado, 19 foram ouro. E, no primeiro ano da competição, foram contabilizados 111 medalhistas no total, com 63 mineiros ganhadores, dez deles na dianteira das categorias em que competiram.

O evento é realizado pela Bonare Eventos e pelo Governo do Estado, com diversos parceiros. Neste ano, estiveram entre os realizadores a Superintendência Federal de Agricultura de Minas Gerais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Sistema Faemg, o Sistema Ocemg, a Prefeitura de Araxá, associações de produtores de queijos e instituições de fomento ao agronegócio.

FONTE AGÊNCIA MINAS

Reconhecida em 2020 pelo Governo de Minas, Mantiqueira foi a maior medalhista no Concurso Internacional da ExpoQueijo 2023

Região, caracterizada como produtora de queijo artesanal pelo Estado há apenas três anos, foi vencedora com mais de 30% das medalhas de ouro de Minas e quase 15% do total

A Mantiqueira de Minas, caracterizada em 2020 pelo Governo de Minas como produtora de Queijo Artesanal, foi a região de maior destaque no Concurso Internacional da ExpoQueijo Brasil 2023, realizado em Araxá, no Alto Paranaíba, em agosto.

Conforme levantamento divulgado neste domingo (3/12), das 22 medalhas de ouro que o estado conquistou em 50 categorias da disputa, os produtores da região alcançaram sete. Esses números representam 14% do total de primeiras colocações e 31% dos mineiros no topo.

Os dados foram levantados por técnicos da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) nos meses seguintes à competição, que avaliou 1,3 mil amostras de dez países.
 

André Cruz / Imprensa MG

Entre os medalhistas de Minas Gerais, considerando as primeiras, segundas e terceiras posições, 20% são das montanhas da Mantiqueira, o que corresponde a 14 entre 70 premiações.

As estatísticas surpreenderam os produtores da região, identificada de forma oficial há relativamente pouco tempo. Muitos deles estiveram no concurso pela primeira vez, como aconteceu com o casal Bianca Lamenha e Gustavo Pitta, do município de Itamonte. Eles levaram um ouro e um bronze na ExpoQueijo deste ano com a marca Velho Pitta.

Tão jovem quanto a caracterização da Mantiqueira como produtora de Queijo Artesanal é a produção da família, que saiu do Rio de Janeiro para realizar um sonho antigo de viver da terra no interior de Minas Gerais.

Desde que nasceu, o negócio conta com o apoio da Seapa e suas vinculadas, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG), a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), além de instituições parceiras.

“Logo antes da pandemia, a gente foi convidado pela prefeitura a receber o Ministério de Agricultura, a Emater-MG e a Epamig no sítio. Daí para a frente, a gente começou a querer mexer na queijaria, a melhorar a produção e a melhorar a técnica”, lembra Bianca.

“Eu vejo o Governo de Minas como um facilitador e incentivador dos produtores pequenos, médios e grandes, mas principalmente dos pequenos, através desses representantes. Eles conseguem estar mais presentes na propriedade, conversar, demonstrar o trabalho e motivar a gente a iniciar um projeto”, completa.

Vitórias

Antes de se aventurarem na disputa internacional, os produtores do Velho Pitta foram orientados a competir localmente. “A gente começou a participar de concursos neste ano, e o primeiro foi o municipal daqui de Itamonte. Depois vieram o Concurso Estadual dos Queijos Artesanais de Minas Gerais, o Prêmio Queijo Brasil e a ExpoQueijo, em Araxá”, relata a queijeira.

Mesmo assim, durante o anúncio do resultado do Concurso Internacional de Queijos Artesanais da ExpoQueijo Brasil 2023, Bianca e Gustavo mal podiam acreditar.

“Quando a gente escutou o nome Velho Pitta anunciado, veio uma emoção muito grande, a felicidade. A gente conseguiu conquistar um espaço no mercado, que é uma das coisas mais difíceis para o pequeno produtor”, explica a produtora.

Porém, medalhas e novos mercados não foram as únicas vitórias recentes da marca. “Neste ano, a gente conseguiu certificar a propriedade como livre de tuberculose e brucelose e isso foi uma grande conquista, porque é um trabalho feito pelo IMA, demorado, trabalhoso, muito específico e vigiado. Então, foi um ano extremamente gratificante para a gente em termos de reconhecimento”, comemora Bianca.

 

André Cruz / Imprensa MG

Queijo Artesanal da Mantiqueira

A região foi caracterizada como produtora de Queijo Artesanal da Mantiqueira de Minas em 2020, por meio de uma portaria do IMA.

A estimativa da Emater-MG é de que a produção anual seja de aproximadamente 830 toneladas, gerando mais de R$ 40 milhões por ano, que complementam ou são a principal fonte de renda de aproximadamente 150 famílias.

“Trata-se de um queijo cuja herança cultural remete ao modo de fazer do queijo Parmigiano Reggiano, tradicional em povos de origem italiana, conforme demonstra estudo realizado pela Emater-MG. As suas características são a cor amarelo-palha, a casca lisa e a massa compacta com pequenas olhaduras. O sabor forte e salgado fica mais acentuado quando maturado”, descreve o diretor de Agroindústria e Cooperativismo, Ranier Chaves Figueiredo.

No total, nove municípios compõem a região caracterizada: Aiuruoca, Baependi, Bocaina de Minas, Carvalhos, Itamonte, Itanhandu, Liberdade, Passa-Quatro e Pouso Alto. Desde que identificado, o produto da Mantiqueira obteve diversas vantagens competitivas nas prateleiras.

“A partir do momento em que foi caracterizado, o queijo passou a ter uma visibilidade maior, passou a participar de concursos e a ganhar muitos prêmios, foi uma grande diferença em questão de valorização do produto regional. Mas mais do que isso, com a criação da legislação, os produtos puderam se enquadrar em um sistema de habilitação sanitária, municipal, estadual ou federal, sendo comercializados e transportados com segurança”, diz o extensionista da Emater-MG Julio Cesar Fleming, que atua na região.

Além da caracterização

Não só de Queijo Artesanal da Mantiqueira de Minas vivem as queijarias regionais. Na ExpoQueijo Brasil 2023, foram condecorados com o ouro produtos à base de leite de cabra, búfala e ovelha.

É o caso da produção do casal Iracema Lopes da Silva e Julio Cesar Cunha de Sousa, do município de Itanhandu, que mantém a marca Di Capri, também estreante na disputa de Araxá.

Na propriedade da família, Iracema e Julio produzem desde o milho que serve de alimento às cabras até o produto final, o queijo. “Nós mandamos dois queijos e os dois vieram com medalhas. O Boursin Tradicional, que é o nosso carro-chefe, hoje está com três medalhas e também foi ouro em Araxá”, comenta Iracema.

“Quando vem um reconhecimento tão especial, em um concurso como esse, realizado por pessoas entendidas do assunto, pessoas que estão no meio e que estão lá aprovando o nosso queijo, é emocionante, ficamos sem palavras”, destaca.

Após as premiações, a meta do casal de produtores para um futuro próximo é conquistar o Selo Arte, que permite a comercialização do queijo em todo o território nacional, para os demais produtos da marca. Em um horizonte mais amplo, o plano de vida é que os filhos, atualmente crianças, sejam sucessores na atividade familiar.

ExpoQueijo

O Concurso Internacional de Queijos Artesanais da ExpoQueijo Brasil acontece desde 2021. De forma inédita no país, a curadoria em 2023 foi totalmente brasileira, feita pelo Instituto de Laticínios Cândido Tostes, vinculado à Epamig.

Mais de 200 jurados foram treinados pela instituição para avaliarem as 1,3 mil amostras concorrentes. Na edição, distribuíram-se 150 medalhas, das quais os mineiros conquistaram 70, sendo 22 primeiros lugares.

Em 2022, os produtores de queijo de Minas alcançaram 54 das 96 premiações na disputa mundial. Das vitórias do estado, 19 foram ouro. E, no primeiro ano da competição, foram contabilizados 111 medalhistas no total, com 63 mineiros ganhadores, dez deles na dianteira das categorias em que competiram.

O evento é realizado pela Bonare Eventos e pelo Governo do Estado, com diversos parceiros. Neste ano, estiveram entre os realizadores a Superintendência Federal de Agricultura de Minas Gerais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Sistema Faemg, o Sistema Ocemg, a Prefeitura de Araxá, associações de produtores de queijos e instituições de fomento ao agronegócio.

FONTE AGÊNCIA MINAS

Relíquia da culinária: Governo de Minas reconhece o Queijo Cozido artesanal e abre fronteiras para produto

Iguaria é produzida por 450 famílias de 24 municípios do Norte e Nordeste do estado. Evento também contou com a formalização da Rede Mineira de Pesquisas em Queijos Artesanais, coordenada pela Epamig

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa),  reconheceu o Queijo Cozido durante a abertura da Expoqueijo Brasil – Araxá International Cheese Awards, no Alto Paranaíba, na noite desta quinta-feira (24/8). A iguaria é tradicional no Norte e Nordeste de Minas, onde cerca de 450 famílias de 24 municípios a produzem, conforme estimativa da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG). 

“Esse evento vem consagrar o trabalho realizado pela Seapa e por parceiros, de simplificar e facilitar a produção no estado. O concurso mostra a qualidade do queijo produzido em Minas Gerais para o Brasil e o mundo, abre fronteiras. E hoje tive o prazer de assinar aqui o reconhecimento de mais uma variedade de queijo artesanal mineira, o Queijo Cozido”, afirmou o secretário de Agricultura, Thales Fernandes.

A identificação contribui para a proteção do modo de produção do queijo passado de geração a geração de produtores. É essencial para a potencialização e o desenvolvimento do setor produtivo de queijos artesanais, na medida em que favorece a diversificação e a promoção de produtos, como fator de agregação de valor, gerando renda e empregos em Minas Gerais.

No caso específico do Queijo Cozido, sem a caracterização formal do Estado, ele costuma ser comercializado como muçarela. Assim, identificá-lo é, principalmente, valorizar a produção regional da variedade.  

“Economicamente, o reconhecimento muda a vida da gente na região, porque agrega valor ao produto. Como todos nós somos da agricultura familiar, nos ajuda demais. Por exemplo, o nosso Queijo Cozido é vendido a R$ 45, R$ 50 por quilo, mas só compra quem conhece. O muçarela em barra lá é vendido a R$ 27, R$ 28. Isso é uma grande diferença para nós, pequenos agricultores”, conta o produtor rural Sidney Ramos, do município de Ladainha.

O passo seguinte será a caracterização das regiões produtoras do Queijo Cozido. A solicitação formal à Seapa para início dos estudos foi realizada por entidade que representa os produtores e os municípios serão avaliados pela Emater-MG, em metodologia desenvolvida pela empresa. Por fim, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) irá elaborar o Relatório Técnico de Identidade e Qualidade do Queijo Cozido, que fixará os requisitos para a produção regularizada.

Rede de pesquisa

Também na abertura da Expoqueijo, a Seapa e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) formalizaram, por meio de resolução conjunta, a Rede Mineira de Pesquisa em Queijos Artesanais. O evento foi marcado ainda pelo lançamento oficial do site do grupo de pesquisadores. 

Os objetivos da rede, coordenada pela Epamig, são articulação entre os diversos agentes envolvidos no setor, atendimento a demandas relacionadas ao reconhecimento e regulamentação da produção de queijos artesanais, difusão de tecnologias e definição de planos de capacitação para técnicos, fiscais e pesquisadores. 

Desde antes da formalização do grupo, a rede já trabalha em quatro projetos: caracterização dos queijos artesanais do Vale do Suaçuí;  levantamento dos principais desafios do setor; estudo sobre as regiões que tiveram seus queijos artesanais recentemente regulamentados e análise das alterações no fermento natural chamado “pingo” durante as diferentes estações do ano. Esses dois últimos foram aprovados por editais de fomento à pesquisa da Fapemig. 

Pingo 

Como exemplo, a pesquisa a respeito do pingo busca resposta a uma pergunta dos produtores: por quanto tempo e qual a melhor forma de armazenar pingo? É costume armazená-lo resfriado ou congelado, mas ainda não existem pesquisas científicas sobre a viabilidade temporal do refrigeramento. Estão sendo testados diversos tempos e condições para avaliação da microbiota. O projeto é desenvolvido na região Campo das Vertentes e será reproduzido em outras localidades por parceiros da rede.

Também integram o grupo a Embrapa Gado de Leite, as universidades federais de Minas Gerais (UFMG), Lavras (UFLA), Viçosa (UFV), São João del-Rei (UFSJ), Juiz de Fora (UFJF), Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e Uberlândia (UFU), os institutos federais Sudeste Rio Pomba e Bambuí, a Unimontes e a PUC-Minas.

A proposta da rede é voltada para a troca constante de informação entre as instituições participantes para a otimização de recursos e infraestrutura laboratorial, além da atualização e padronização de metodologias. 

Site 

Já a ideia do site é facilitar a interação entre os pesquisadores e divulgar o trabalho da rede, as ações de pesquisas realizadas em colaboração e as atividades de extensão executadas em parceria com a Emater-MG. O público-alvo é a comunidade acadêmica, produtores e demais interessados no universo dos queijos artesanais.

“O site é uma demanda antiga do Sistema Agricultura. Há mais de dez anos falamos sobre a necessidade de ter essas informações concentradas em um só local. E mais do que um repositório de pesquisas, este será um canal de comunicação entre os pesquisadores”, afirma o pesquisador da Epamig Sul e coordenador da rede, Daniel Arantes.

Cooperação técnica

Além do reconhecimento do Queijo Cozido e da formalização da Rede Mineira de Pesquisa em Queijos Artesanais, foi assinado acordo de cooperação técnica entre a Emater-MG e o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) durante a cerimônia de abertura da Expoqueijo.

Com duração de cinco anos e possibilidade de renovação, o acordo tem por objetivo o intercâmbio científico entre as instituições, como o compartilhamento de tecnologias e o treinamento de técnicos e extensionistas, especialmente voltado para o beneficiamento de leite e derivados. 

Queijo artesanal em Minas

Conforme estimativas da Emater-MG, Minas Gerais tem 8.370 agroindústrias familiares produtoras de queijos artesanais. Aproximadamente 31,4 mil toneladas desses produtos são elaborados anualmente por famílias mineiras. 

Já os dados do Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio, referentes a queijos industriais, apontam que Minas é o maior exportador de queijos no Brasil. De janeiro a julho de 2023, foram comercializados internacionalmente US$ 5,3 milhões e embarcadas 694 toneladas. As maiores encomendas vieram dos países Rússia, Estados Unidos, Taiwan, Chile e Angola.

Expoqueijo

Realizada entre 24 e 27/8, no Grande Hotel e Termas de Araxá, a Expoqueijo Brasil reúne quase 1,2 mil queijos inscritos, de aproximadamente 400 produtores, provenientes de dez países, na disputa por medalhas em cerca de 50 categorias e o título de grande campeão do Concurso Internacional de Queijos Artesanais. A expectativa da organização é receber 35 mil visitantes. 

Neste ano, a curadoria da competição é do Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), vinculado à Epamig. Para a criação de metodologia genuinamente brasileira, as equipes do ILCT desenvolveram sistema de avaliação, regulamento, glossário de terminologias e método de inscrição dos produtos. 

Mais de 200 jurados foram treinados pelo instituto para analisar as amostras concorrentes e definir os vencedores. Para isso, eles irão avaliar atributos sensoriais dos queijos como aspecto global, cor, textura, odor, aroma, consistência e sabor, sendo que cada quesito possui um peso.

Concurso  

O produtor Alexandre Honorato, de Araxá, participa do concurso pelo terceiro ano consecutivo. A marca Fazenda Só Nata já venceu o ouro em 2022 e a prata em 2021 com o Queijo Minas Artesanal. Em 2023, está mais uma vez na disputa com um queijo mais recente, maturado por 60 dias, e uma amostra com seis meses de maturação. 

“É muito prazeroso participar e conquistar medalhas. Isso prova que a gente está no caminho certo, tem um produto que agrada às pessoas e, com certeza, agrega valor ao queijo, aparecem novos mercados, novos clientes. É uma roda que vai girando. A gente vai tocando o negócio, fazendo um produto com qualidade e com segurança alimentar, que é reconhecido nesses concursos, e vai conseguindo, a cada dia mais, aperfeiçoar e melhorar um pouco”, relata Alexandre. 

A Expoqueijo é uma realização da Bonare Eventos, em parceria com o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Agricultura e suas vinculadas, Emater-MG, Epamig e IMA. Também são parceiros a Superintendência Federal de Agricultura de Minas Gerais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Sistema Faemg, o Sistema Ocemg, a Prefeitura de Araxá, associações de produtores de queijos e instituições de fomento ao agronegócio.

Relíquia da culinária: Governo de Minas reconhece o Queijo Cozido artesanal e abre fronteiras para produto

Iguaria é produzida por 450 famílias de 24 municípios do Norte e Nordeste do estado. Evento também contou com a formalização da Rede Mineira de Pesquisas em Queijos Artesanais, coordenada pela Epamig

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa),  reconheceu o Queijo Cozido durante a abertura da Expoqueijo Brasil – Araxá International Cheese Awards, no Alto Paranaíba, na noite desta quinta-feira (24/8). A iguaria é tradicional no Norte e Nordeste de Minas, onde cerca de 450 famílias de 24 municípios a produzem, conforme estimativa da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG). 

“Esse evento vem consagrar o trabalho realizado pela Seapa e por parceiros, de simplificar e facilitar a produção no estado. O concurso mostra a qualidade do queijo produzido em Minas Gerais para o Brasil e o mundo, abre fronteiras. E hoje tive o prazer de assinar aqui o reconhecimento de mais uma variedade de queijo artesanal mineira, o Queijo Cozido”, afirmou o secretário de Agricultura, Thales Fernandes.

A identificação contribui para a proteção do modo de produção do queijo passado de geração a geração de produtores. É essencial para a potencialização e o desenvolvimento do setor produtivo de queijos artesanais, na medida em que favorece a diversificação e a promoção de produtos, como fator de agregação de valor, gerando renda e empregos em Minas Gerais.

No caso específico do Queijo Cozido, sem a caracterização formal do Estado, ele costuma ser comercializado como muçarela. Assim, identificá-lo é, principalmente, valorizar a produção regional da variedade.  

“Economicamente, o reconhecimento muda a vida da gente na região, porque agrega valor ao produto. Como todos nós somos da agricultura familiar, nos ajuda demais. Por exemplo, o nosso Queijo Cozido é vendido a R$ 45, R$ 50 por quilo, mas só compra quem conhece. O muçarela em barra lá é vendido a R$ 27, R$ 28. Isso é uma grande diferença para nós, pequenos agricultores”, conta o produtor rural Sidney Ramos, do município de Ladainha.

O passo seguinte será a caracterização das regiões produtoras do Queijo Cozido. A solicitação formal à Seapa para início dos estudos foi realizada por entidade que representa os produtores e os municípios serão avaliados pela Emater-MG, em metodologia desenvolvida pela empresa. Por fim, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) irá elaborar o Relatório Técnico de Identidade e Qualidade do Queijo Cozido, que fixará os requisitos para a produção regularizada.

Rede de pesquisa

Também na abertura da Expoqueijo, a Seapa e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) formalizaram, por meio de resolução conjunta, a Rede Mineira de Pesquisa em Queijos Artesanais. O evento foi marcado ainda pelo lançamento oficial do site do grupo de pesquisadores. 

Os objetivos da rede, coordenada pela Epamig, são articulação entre os diversos agentes envolvidos no setor, atendimento a demandas relacionadas ao reconhecimento e regulamentação da produção de queijos artesanais, difusão de tecnologias e definição de planos de capacitação para técnicos, fiscais e pesquisadores. 

Desde antes da formalização do grupo, a rede já trabalha em quatro projetos: caracterização dos queijos artesanais do Vale do Suaçuí;  levantamento dos principais desafios do setor; estudo sobre as regiões que tiveram seus queijos artesanais recentemente regulamentados e análise das alterações no fermento natural chamado “pingo” durante as diferentes estações do ano. Esses dois últimos foram aprovados por editais de fomento à pesquisa da Fapemig. 

Pingo 

Como exemplo, a pesquisa a respeito do pingo busca resposta a uma pergunta dos produtores: por quanto tempo e qual a melhor forma de armazenar pingo? É costume armazená-lo resfriado ou congelado, mas ainda não existem pesquisas científicas sobre a viabilidade temporal do refrigeramento. Estão sendo testados diversos tempos e condições para avaliação da microbiota. O projeto é desenvolvido na região Campo das Vertentes e será reproduzido em outras localidades por parceiros da rede.

Também integram o grupo a Embrapa Gado de Leite, as universidades federais de Minas Gerais (UFMG), Lavras (UFLA), Viçosa (UFV), São João del-Rei (UFSJ), Juiz de Fora (UFJF), Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e Uberlândia (UFU), os institutos federais Sudeste Rio Pomba e Bambuí, a Unimontes e a PUC-Minas.

A proposta da rede é voltada para a troca constante de informação entre as instituições participantes para a otimização de recursos e infraestrutura laboratorial, além da atualização e padronização de metodologias. 

Site 

Já a ideia do site é facilitar a interação entre os pesquisadores e divulgar o trabalho da rede, as ações de pesquisas realizadas em colaboração e as atividades de extensão executadas em parceria com a Emater-MG. O público-alvo é a comunidade acadêmica, produtores e demais interessados no universo dos queijos artesanais.

“O site é uma demanda antiga do Sistema Agricultura. Há mais de dez anos falamos sobre a necessidade de ter essas informações concentradas em um só local. E mais do que um repositório de pesquisas, este será um canal de comunicação entre os pesquisadores”, afirma o pesquisador da Epamig Sul e coordenador da rede, Daniel Arantes.

Cooperação técnica

Além do reconhecimento do Queijo Cozido e da formalização da Rede Mineira de Pesquisa em Queijos Artesanais, foi assinado acordo de cooperação técnica entre a Emater-MG e o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) durante a cerimônia de abertura da Expoqueijo.

Com duração de cinco anos e possibilidade de renovação, o acordo tem por objetivo o intercâmbio científico entre as instituições, como o compartilhamento de tecnologias e o treinamento de técnicos e extensionistas, especialmente voltado para o beneficiamento de leite e derivados. 

Queijo artesanal em Minas

Conforme estimativas da Emater-MG, Minas Gerais tem 8.370 agroindústrias familiares produtoras de queijos artesanais. Aproximadamente 31,4 mil toneladas desses produtos são elaborados anualmente por famílias mineiras. 

Já os dados do Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio, referentes a queijos industriais, apontam que Minas é o maior exportador de queijos no Brasil. De janeiro a julho de 2023, foram comercializados internacionalmente US$ 5,3 milhões e embarcadas 694 toneladas. As maiores encomendas vieram dos países Rússia, Estados Unidos, Taiwan, Chile e Angola.

Expoqueijo

Realizada entre 24 e 27/8, no Grande Hotel e Termas de Araxá, a Expoqueijo Brasil reúne quase 1,2 mil queijos inscritos, de aproximadamente 400 produtores, provenientes de dez países, na disputa por medalhas em cerca de 50 categorias e o título de grande campeão do Concurso Internacional de Queijos Artesanais. A expectativa da organização é receber 35 mil visitantes. 

Neste ano, a curadoria da competição é do Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), vinculado à Epamig. Para a criação de metodologia genuinamente brasileira, as equipes do ILCT desenvolveram sistema de avaliação, regulamento, glossário de terminologias e método de inscrição dos produtos. 

Mais de 200 jurados foram treinados pelo instituto para analisar as amostras concorrentes e definir os vencedores. Para isso, eles irão avaliar atributos sensoriais dos queijos como aspecto global, cor, textura, odor, aroma, consistência e sabor, sendo que cada quesito possui um peso.

Concurso  

O produtor Alexandre Honorato, de Araxá, participa do concurso pelo terceiro ano consecutivo. A marca Fazenda Só Nata já venceu o ouro em 2022 e a prata em 2021 com o Queijo Minas Artesanal. Em 2023, está mais uma vez na disputa com um queijo mais recente, maturado por 60 dias, e uma amostra com seis meses de maturação. 

“É muito prazeroso participar e conquistar medalhas. Isso prova que a gente está no caminho certo, tem um produto que agrada às pessoas e, com certeza, agrega valor ao queijo, aparecem novos mercados, novos clientes. É uma roda que vai girando. A gente vai tocando o negócio, fazendo um produto com qualidade e com segurança alimentar, que é reconhecido nesses concursos, e vai conseguindo, a cada dia mais, aperfeiçoar e melhorar um pouco”, relata Alexandre. 

A Expoqueijo é uma realização da Bonare Eventos, em parceria com o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Agricultura e suas vinculadas, Emater-MG, Epamig e IMA. Também são parceiros a Superintendência Federal de Agricultura de Minas Gerais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Sistema Faemg, o Sistema Ocemg, a Prefeitura de Araxá, associações de produtores de queijos e instituições de fomento ao agronegócio.

Produtores mineiros se preparam para a ExpoQueijo Brasil 2023

Evento internacional reunirá representantes de todas as 15 regiões produtoras em agosto, em Araxá

O produtor rural Nélio Roberto Amâncio de Ávila decidiu, há três anos, construir uma queijaria em sua fazenda, no município de Ibiá, na região do Alto Paranaíba. 

Ele pretende manter tradição que começou na Ilha do Pico, em Portugal, onde familiares já produziam queijo, antes de virem para o Brasil. “Minha família sempre fez queijo. Fomos criados, eu e seis irmãos, dentro da queijeira. Meu pai vendia sua própria produção e a de parentes em São Paulo. Minha mãe ajudava na fabricação dos queijos diariamente e tinha freguesia semanal em cidades vizinhas”, conta.

A receita de família não mudou, mas o jeito de produzir teve que se adequar às novas exigências.

Para concluir todas as etapas do processo, Nélio contou com a assistência técnica da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater–MG) e agora sonha em conquistar o Selo Arte, que é concedido pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e permite a venda de produtos alimentícios artesanais para outros estados. 

“Minha meta é que o selo saia antes da ExpoQueijo para que eu possa participar e ganhar pelo menos dois prêmios. Gosto muito de fazer queijo, é como uma terapia. Perceber que os consumidores degustam o queijo e elogiam, o que não tem preço, é objetivo alcançado”, diz.

Competição internacional

Assim como Nélio Roberto, centenas de produtores mineiros estão se preparando para a competição internacional, que será realizada em Araxá entre os dias 24 e 27/8. 

Muitos deles contam com o apoio de órgãos vinculados à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Governo de Minas Gerais (Seapa – MG)

O trabalho desenvolvido pela Emater-MG com os produtores de queijos abrange aspectos estruturais (adequações de currais, sala de ordenha, queijarias); cuidados sanitários com o rebanho (vacinações, exames, medicações); aplicação e implementação de boas práticas agropecuárias e de fabricação; cuidados com a saúde do produtor e também com a água utilizada na produção. 

Fatores como bem-estar animal, segurança do trabalhador/produtor e preservação e sustentabilidade do meio ambiente também são levados em conta, o que, segundo a extensionista agropecuária Silvia de Lima Passos, faz toda a diferença para quem deseja um destaque na ExpoQueijo. 

“Para que um produtor de queijos artesanais participe da Expoqueijo ele deverá ter sua produção regularizada junto a um órgão competente, podendo ser municipal, estadual ou federal. Isso é uma premissa da organização do evento. Dessa forma, organização e planejamento são essenciais, uma vez que a regularização e preparação dos queijos envolve uma série de ações”, ressalta.

Valorização

O queijo artesanal desempenha um papel histórico e crucial como fonte de renda e sustento para famílias mineiras. Além da importância econômica, representa rica herança cultural, tradições familiares e identidade regional. Cada produtor de queijo artesanal imprime dedicação e amor em cada peça, tornando-a uma expressão autêntica e especial.

Atualmente, Minas Gerais soma 15 regiões produtoras de queijos artesanais formalmente reconhecidos. 

Representantes de todo o estado estarão expondo ou concorrendo na ExpoQueijo Brasil – 2023. 

De acordo com o diretor-presidente da Emater-MG, Otávio Maia, a maior participação dos produtores mineiros no evento contribui para a projeção do Queijo Minas Artesanal.  

“Participar de um evento de magnitude tão significativa é forma de garantir visibilidade e reconhecimento para o trabalho do produtor de queijo. A Emater-MG, ao longo de décadas, sempre trabalhou para melhorar a qualidade do Queijo Minas Artesanal em todas as regiões produtoras do estado, tendo como premissa a preservação do modo de fazer passado de geração para geração”, destacou.

Produtor rural Alexandre Honorato participou das duas edições do evento. Foi medalha de ouro com queijo meia cura em 2022, medalha de prata com queijo branco e bronze com queijo resinado amarelo na primeira edição do evento. 

“Vamos participar agora pela terceira vez levando o nosso melhor. A ExpoQueijo é um evento grandioso, que destaca os produtores. Isso é muito valioso para o produtor. Mesmo que ele não ganhe, tem a oportunidade de entrar em um concurso de altíssima qualidade, o que já é uma conquista. Impossível sair da exposição sem adquirir conhecimento. A oportunidade de trocar experiências e de conhecer mais do universo do queijo, por meio de palestras e cursos, já enriquece o trabalho”, destaca.

Inscrições

As inscrições para o concurso internacional da ExpoQueijo Brasil 2023 – Araxá International Cheese Awards serão realizadas no período de 1 a 28/7, por meio de ficha de inscrição, que estará disponível no site www.expoqueijobrasil.com.br

Neste ano, a competição tem curadoria do Instituto de Laticínios Cândido Tostes (Epamig ILCT), vinculado à Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).  

“O concurso contemplará em torno de 50 categorias de queijos de leite de vaca, cabra, ovelha, búfala, bem como mistura de espécies. Serão avaliados queijos fabricados no Brasil e em diversos países. Neste ano, a ExpoQueijo  vai envolver 2 mil produtores e impactar cerca de 300 mil pessoas”, adianta a organizadora do evento”, Maricell Hussein. 

Além do Concurso Internacional, uma Feira Internacional de Negócios, com cem estandes, valoriza o consumo de produtos da agricultura familiar. 

O Fórum Internacional de Produtos da Agricultura Familiar desenvolve agenda de palestras, conferências e mesas de debate sobre inovação, métodos e práticas para melhorar a qualidade e agregar valor comercial ao queijo artesanal regularizado, entre outros produtos da gastronomia rural. 

A vila gastronômica e cultural promove experiência sensorial na degustação de queijos artesanais harmonizados com outras iguarias da culinária regional. Uma celebração dos sabores e da cultura, com música ao vivo, mostras e exposições.

ExpoQueijo Brasil

Principal evento do segmento no país, a ExpoQueijo Brasil 2023 – Araxá International Cheese Awards tem reconhecimento e participação dos principais países produtores, atraindo a atenção da comunidade internacional, especialistas e imprensa. 

O encontro conta com uma grande estrutura montada no pátio principal e nos luxuosos salões do Grande Hotel e Termas de Araxá, patrimônio cultural e histórico de Minas Gerais. 

Neste ano, a ExpoQueijo será realizada entre os dias 24 e 27/8, com impacto nas áreas de turismo, varejo, agropecuária, logística, indústria alimentícia, suprimentos e relações internacionais. 

O evento é realizado pela Bonare Eventos, em parceria com associações de produtores de queijos e apoio  de todas as instituições de fomento do agronegócio, com destaque para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por meio da Superintendência Federal de Agricultura MG, para o Governo de Minas, por meio da Seapa e de suas vinculadas, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT) e Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), ainda Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Sistema Ocemg e Prefeitura de Araxá.

Serviço
ExpoQueijo Brasil 2023 – Araxá International Cheese Awards

Data: 24 a 27/8/2023 (quinta-feira a domingo)

Local: Grande Hotel e Termas de Araxá. Rua Águas do Araxá, s/n, Barreiro, Araxá (MG).

Mais informações: www.expoqueijobrasil.com.br

FONTE AGÊNCIA MINAS

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