Cidades batem recorde de geração de empregos em 2023. Confira o ranking regional

O Brasil registrou saldo positivo de 1.483.598 empregos formais em 2023, segundo o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta terça-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. No acumulado do ano (janeiro a dezembro), foram registradas 23.257.812 admissões e 21.774.214 desligamentos. 

O maior crescimento do emprego formal em 2023 ocorreu no setor de serviços, com a criação de 886.256 postos. No comércio, foram criados 276.528 postos; na construção 158.940; na indústria, 127.145; e na agropecuária, o saldo foi de 34.762 postos. O salário médio de admissão foi R$ 2.037,94. 

A região

O saldo de empregos em 2024 em mais de 30 cidades da região chegou a 9.129. Em 2023, o número final foi de 8.096. Itabirito, Ouro Preto, Barbacena e Congonhas lideram o ranking regional. Lafaiete, Ouro Branco, São João Del Rei e Mariana obtiveram um saldo de 809, 702, 575 e 572 respectivamente.

Confira lista abaixo.

Gerdau vai gerar mais de 5 mil empregos em Minas com mineração sem barragem e mineroduto

Investimento da empresa no estado é de R$ 3,2 bilhões. Governador destaca criação de mais postos de trabalho para os mineiros

Minas Gerais vai receber um investimento de R$ 3,2 bilhões, por meio da instalação de uma plataforma de mineração sustentável da empresa Gerdau, na região Central do estado. A expectativa é a de que mais de cinco mil empregos sejam gerados, fortalecendo o programa de atração de investimentos do Governo de Minas, além de gerar renda e melhorias na qualidade de vida dos mineiros.

“É uma satisfação participar deste avanço que ocorre em Minas Gerais, mais uma vez. A Gerdau, com 122 anos de existência, sendo mais de 40 em Minas, está fazendo aqui um dos maiores investimentos da história da empresa, ampliando sua capacidade produtiva, o que vai propiciar a geração de mais empregos” disse o governador.

Com o investimento, a capacidade anual de produção de minério de ferro da empresa na mina de Miguel Burnier, distrito de Ouro Preto, será ampliada para 5,5 milhões de toneladas. A unidade está prevista para entrar em operação no final de 2025.

O minério de ferro que será produzido neste novo investimento será, em sua totalidade, direcionado para o abastecimento das unidades de produção de aço da Gerdau no estado – Ouro Branco, Barão de Cocais, Divinópolis e Sete Lagoas.

“Em quatro anos e meio, foram criadas mais de 660 mil ocupações formais em MG, de acordo com o Caged do Ministério do Trabalho. Estamos melhorando a vida das pessoas em Minas Gerais”, acrescentou Zema.

Fotos: Gil Leonard/IMPRENSA/MG


Segurança e sustentabilidade

O investimento, que compreende equipamentos e processos com as tecnologias mais modernas disponíveis, seguirá as melhores práticas de mineração e contará com o método de empilhamento a seco para disposição de 100% dos rejeitos de mineração, eliminando a necessidade do uso de barragem. O uso do mineroduto para o transporte do minério de ferro também reforça o compromisso com uma mineração sustentável.

“Com esse novo investimento, a Gerdau reafirma seu compromisso com o desenvolvimento socioeconômico de Minas Gerais, renovando seus laços com a população mineira, com a geração de mais de 5 mil empregos durante a implementação de nossos investimentos no estado”, afirma Gustavo Werneck, CEO da Gerdau.

“Esta nova plataforma de mineração sustentável é, também, importante iniciativa na redução de nossas emissões de gases de efeito estufa, pois teremos um minério de alta qualidade. Reforço que este novo investimento reflete um importante avanço em nossa estratégia de longo prazo, que tem nas unidades industriais mineiras de produção de aços longos e aços planos sua grande plataforma de crescimento para os próximos anos”, completa.

Benefícios para os mineiros

Este novo investimento em Minas Gerais também permitirá à empresa ampliar seus aportes sociais no estado, por meio de iniciativas voltadas à educação, esporte e cultura. A companhia investiu cerca de R$ 40 milhões em projetos sociais em 23 municípios mineiros em 2022, beneficiando aproximadamente um milhão de pessoas. Ao longo de 2023, os aportes já somam mais de R$ 23 milhões.

O governador salientou que são investimentos como este que vão levar Minas Gerais para o futuro. “Toda vez que a economia cresce, o estado tem um ganho de arrecadação. E um estado como Minas que ainda é semiquebrado e que precisa recorrer a um regime de recuperação fiscal, como outros estados, é um estado que não pode se dar ao luxo de perder qualquer negócio”, disse.

“Iniciamos nossa parceria virtuosa com Minas Gerais há 35 anos, sempre atuando de maneira sustentável por meio de nossas operações no estado, reafirmando o nosso compromisso em impactar positivamente as regiões em que estamos presentes”, concluiu o CEO da empresa.

O anúncio do aporte foi realizado nesta quinta-feira (15/6), no Museu das Minas, na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. A cerimônia também contou com a participação do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, entre outras autoridades.

Região já gerou mais de 4,6mil postos de trabalho em 2023; qual cidade tem mais empregos?

O mercado de trabalho apresenta sucessivas melhoras em 2023. Entre fevereiro e abril, a taxa de desemprego recuou dois pontos percentuais com relação ao mesmo período de 2022 e chegou a 8,5%. A taxa é a menor para o período desde 2015, quando foi de 8,1%.
 

Segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira, 31/5, um contingente de 2,3 milhões de pessoas saiu do grupo de desocupados, redução de 19% na comparação com o mesmo período do ano passado.
 

Com relação ao trimestre anterior, há estabilidade na taxa de ocupação e na população desocupada, de 9,1 milhões de pessoas. Pelos cálculos do IBGE, o número de pessoas com carteira assinada no setor privado chega a 36,8 milhões, alta de 4,4% com relação ao desempenho do mesmo período de 2022.
 

O número de pessoas registradas em empregos formais aumentou 1,6 milhão no período. O cálculo do IBGE não inclui trabalhadores domésticos.

Na região

Nas mais de 30 cidades do Alto Paraopeba, Vertentes e Inconfidentes já foram gerados em 4 meses de 2023 cerca de 4,6 mil novos postos de trabalho. Itabirito lidera com 102 mil, seguida de Ouro Preto (956), Barbacena (8330, Mariana (753), Congonhas (216), São João Del Reis (188), Ouro Branco (155) e Belo Vale com 133.

Confira a relação abaixo.

Região vai receber mega investimento de R$ 573 milhões na construção de uma unidade produtora de aço verde e mais de 1 mil empregos

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, anunciou neste sábado (6/5), em Woburn, cidade a cerca de 20 quilômetros de Boston, nos Estados Unidos, que a empresa Boston Metal investirá R$ 573 milhões na construção de uma unidade produtora de aço verde na região de Coronel Xavier Chaves, no Campo das Vertentes, perto de São João Del Rei (MG).

Na planta industrial será utilizada uma tecnologia inovadora para aproveitar os rejeitos de minério para extrair metais e ligas em geral. Para isso, a empresa utilizará um processo chamado eletrólise de óxido fundido (MOE), que utiliza eletricidade, dispensando o emprego de carvão ou combustíveis fósseis.

A assinatura do protocolo de intenções foi o primeiro compromisso do governador Romeu Zema, que está em missão internacional no país acompanhado pelo secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), Fernando Passalio, pelo chefe da Casa Civil, Marcelo Aro, e pelo diretor-presidente da Invest Minas, João Paulo Braga.

André Cruz / Imprensa MG

Revolução

Durante o anúncio, o governador destacou que o investimento poderá levar ao estado resultados revolucionários, já que, no processo produtivo para produzir aço ou ligas a partir do rejeito do minério de ferro, é utilizada energia elétrica, fonte de energia limpa sem a emissão de gases que causam o efeito estufa.

“O que, no passado, era motivo de preocupação, terá uma finalidade com a nova tecnologia que a Boston Metal desenvolveu e que será implantada em Minas Gerais”, disse. Será uma oportunidade para a empresa “atuar por um longo período, retirando do meio ambiente o que se achava que não tinha valor”, complementou Romeu Zema.

De acordo com o CEO e chairman da Boston Metal, Tadeu Carneiro, Minas será o primeiro local, no mundo, a receber essa unidade produtiva. A empresa prevê, segundo Carneiro, a criação de mil empregos diretos e indiretos até o ano de 2026.

“É uma tecnologia revolucionária que pode obter metais a partir do tratamento dos rejeitos da mineração. O processo pode ser usado para tratar qualquer tipo de rejeito e obter metais de alta pureza. Além de reduzir a necessidade de extrair minérios de minas convencionais, o modelo tem baixo impacto ambiental, pois utiliza a eletricidade como fonte de energia, e não carvão ou combustíveis fósseis. Essa tecnologia dá a possibilidade de as siderurgias fabricarem ‘aços verdes’, com baixa pegada de carbono”, ressaltou o presidente da Boston Metal do Brasil, Itamar Resende.

Obras iniciadas

O projeto já está em implementação no município de Coronel Xavier Chaves, próximo a São João del-Rei, com previsão de inauguração no segundo semestre deste ano. A produção já deve ser iniciada em 2024, em pequena escala, aumentando o volume produzido com o passar dos anos.

A expectativa é que a planta comece a operar em escala comercial até 2026, disponibilizando aos produtores de aço um produto que ofereça zero emissão líquida de gases de efeito estufa, podendo atender à demanda mundial por aço ecológico.

“A planta industrial no Campo das Vertentes vai beneficiar os rejeitos de mineração de tântalo e nióbio, que são elementos com maior valor agregado. Mas o processo pode ser utilizado em resíduos de qualquer mineração. Certamente, este primeiro projeto da Boston Metal servirá de modelo para o mundo e incentivará outras parceiras para uso da tecnologia em outros locais”, complementou Resende.

André Cruz / Imprensa MG

Inovação

A Boston Metal é uma startup criada e desenvolvida dentro do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), considerado uma das melhores universidades do mundo e a principal referência em ensino e pesquisa em inovações tecnológicas. A empresa conta com apoiadores e investidores, sendo os mais conhecidos no Brasil o fundador da Microsoft, Bill Gates, e os grupos BMW e Arcelor.

“É bastante satisfatório ver que uma startup nascida no maior ambiente de inovação do mundo escolheu Minas Gerais para a sua primeira planta de produção. Isso agrega muito valor à nossa economia e, certamente, chama a atenção de outras marcas globais para também investirem aqui no estado, gerando emprego e renda”, afirmou o secretário Fernando Passalio.

Para o diretor-presidente da Invest Minas, João Paulo Braga, a empresa norte-americana vai incrementar ainda mais o setor de inovação em Minas Gerais, que já é destaque no país.

“Somos o segundo estado com maior número de startups no Brasil. E esse investimento significa uma importante ponte entre Minas e um dos mais importantes ambientes de inovação do mundo, podendo atrair ainda mais negócios de alta tecnologia para o nosso estado”, explicou.

Impasse ameaça 400 empresas e 4 mil empregos em Minas

Nos últimos anos, Minas Gerais vem liderando no país a geração distribuída (GD) de energia  elétrica produzida por pequenas usinas. No entanto, o negócio, antes promissor, está ameaçado por um impasse entre a Cemig e as empresas que instalam as mini e pequenas usinas de energia solar fotovoltaica, com o risco de frear investimentos e de acabar com centenas de empregos no estado, especialmente no Norte de Minas e no Vale do Jequitinhonha, as áreas mineiras mais carentes, que sofrem com a seca.

“A situação é extremamente preocupante”, afirma o diretor regional da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABCD) em Minas Gerais, Walter Abreu. Segundo ele, a Cemig não está atendendo aos novos pedidos de interligação feitos pelas empresas que vendem os equipamentos para geração de energia pelos consumidores na maioria dos municípios mineiros, especialmente, no Norte de Minas, Jequitinhonha e Triângulo, sob alegação de falta de capacidade técnica – de que não há mais espaço disponível – para a conexão de novas usinas em sua rede elétrica.

Abreu afirma que a negativa da concessionária está causando enorme prejuízos no segmento de geração distribuída no Norte e no Jequitinhonha, onde o imbróglio coloca em risco de fechamento cerca de 400 empresas do setor, podendo ter como consequência o fim de cerca de 4 mil empregos nas duas regiões situadas na Área Mineira da Sudene. Historicamente, ambas sofreram com a falta de chuvas. Com o surgimento da geração da energia solar fotovoltaica, o Sol forte, antes visto como problema, virou solução para a criação de emprego e renda.

Para o Norte de Minas, foram atraídas grandes usinas – da geração centralizada e pequenos e médios empreendimentos da geração  distribuida. Mas, como explica o diretor-regional  da ABGD, o impasse com  a Cemig não afeta as grandes usinas, porque elas são conectadas ao SIN (Sistema Interligado Nacional), mas afeta em cheio as pequenas e médias empresas que vendem e instalam os equipamentos para os consumidores produzirem a própria energia.

A Cemig sustenta que há regiões em que sua rede elétrica não tem capacidade técnica para novas conexões dos empreendedores fotovoltaicos da geração distribuída. Mas a concessionária garante que oferece aos investidores um mapa informando que os equipamentos podem ser direcionados para locais onde há condições imediatas de receber as novas ligações ou aguardar que “haja disponibilidade em regiões hoje saturadas”.

Walter Abreu afirma que desde o fim de 2022, sob a justificativa da falta de capacidade técnica, a  Cemig vem negando o acesso a sua rede de energia para novas usinas de micro (de até 75kW) e minigeração (de 75kW a 5MW). Ele explica que, neste caso, a concessionária dificulta o comércio de equipamentos da energia fotovoltaica para o autoconsumo local (consumo próprio no mesmo endereço onde é consumida) e autoconsumo remoto (geração de energia para consumo próprio, mas em endereço diferente de onde é produzida), envolvendo instalações residenciais (em telhados das casas) e comerciais e em propriedades rurais, além de clubes de lazer e outros empreendimentos

“A Cemig alega que não há mais espaço em suas redes para conexão de novas usinas, seja para autoconsumo, com usina de quatro módulos de energia (2kW) para atender uma conta de R$ 200,  ou usina de 5 MW, que é usina grande, que ocupa 15 hectares de solo. Em qualquer  situação, ela nega a conexão, com o mesmo argumento: é preciso consultar o Operador Nacional do Sistema (ONS) e que enquanto não existir a resposta e uma a solução proposta, nenhum parecer de acesso será concedido”, relata Abreu.

le salienta que as firmas atuantes no setor são chamadas de “empresas integradoras”, que revendem e montam os sistemas de geração de energia solar fotovoltaica. Mas, diante da negativa da Cemig, não estão conseguindo instalar os sistemas de geração para o autoconsumo. “Portanto, as empresas estão zero de vendas”, pontua.

O diretor regional da ABGD diz ainda que, na semana passada, participou de reunião com a diretoria da Cemig. A companhia, afirma Abreu,  informou que “enquanto não houver investimentos na rede de distribuição e nas subestações de energia, não haverá modificação no processo, vai continuar negando acesso a sua rede”. Ainda segundo ele, sempre que é procurada pelos investidores do setor no Norte de Minas, a companhia apresenta a mesma resposta, de que “(…) foi  suspenso o prazo para elaboração do orçamento de conexão, pelo(os) seguinte(s) motivo(s): houve necessidade de avaliação da conexão da usina pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), referente ao impacto no sistema de alta tensão e na rede básica, em função do volume de geradores conectados e de solicitações de acesso em andamento no sistema da região”.

“Pelo que foi dito, só terá uma solução a médio e longo prazo. O problema é que, sem receita, nenhuma empresa vai permanecer funcionando e mantendo seus compromissos em dia”, alerta Abreu. Ainda segundo ele, diversas firmas estão paradas, em vias de demitir todos os funcionários e fecharem de vez, caso  a  conexão das usinas a rede de energia não seja reativada em curto espaço de tempo.

BUSCA POR SOLUÇÕES

O representante dos investidores cobra providências da própria Cemig e das autoridades governamentais para a busca de solução e impedir a desativação dos empreendimentos e o fim dos empregos. “A primeira coisa que pedimos é transparência porque a argumento, tecnicamente, é insustentável. O ONS publicou nota dizendo que, em resumo, a Cemig precisa resolver a situação”, salienta.

Por outro lado, Walter Abreu reclama que, ao mesmo tempo que afirma que não está autorizando o acesso à sua rede para novas usinas de micro e pequenos geradores de energia, a Cemig criou, em 2019, uma subsidiária para atuar na área de geração de energia distribuída, a Cemig Sim, concorrendo com as pequenas e médias empresas do setor. Na divulgação dos serviços da Cemig Sim, em sua página na internet, a companhia destaca que seu “plano de expansão prevê investimentos de R$ 3,25 bilhões até 2025.

Falta conexão para projetos de energia solar

A Cemig informou à reportagem do Estado de Minas que há regiões mineiras com falta de capacidade técnica para a conexão dos projetos fotovoltaicos de geração distribuída e que a informação foi repassada aos empreendedores do setor. A empresa alega também que disponibiliza mapa, informando as regiões onde há disponibilidade para novas ligações das usinas de geração própria de energia solar fotovoltaica.

“A Cemig informa que, atualmente, há regiões em que a rede elétrica não possui capacidade técnica de ligar novas conexões de empreendimentos fotovoltaicos de geração distribuída. Essa é uma informação passada de forma transparente em reuniões com representantes do setor e disponibilizada de forma pública no Mapa de Disponibilidade de Minigeração, solução pioneira no setor elétrico brasileiro que informa a disponibilidade de cada uma das subestações de energia da empresa para novas conexões. Com o Mapa, os interessados em realizar investimentos podem direcioná-los a regiões com disponibilidade imediata ou aguardar que haja disponibilidade em regiões hoje saturadas”, informou a empresa em nota.

A companhia também esclarece que a Cemig Sim é sua subsidiária voltada para o segmento de geração distribuída, mas que “ atua em mercado competitivo nas mesmas condições das outras empresas do setor”. A empresa informou também que executa o maior plano de investimentos de sua história, com destinação de R$ 18,4 bilhões para melhorias na distribuição de energia. “Um dos programas estruturantes do plano de investimentos e já em andamento é o Mais Energia, que está ampliando em quase 50% o número de subestações de energia em todas as regiões do estado até 2027 – algo fundamental para novas ligações. As melhorias já possibilitadas pelos investimentos permitiram que a Cemig fizesse mais de 74 mil conexões em 2022, ante 53 mil em 2021 e 34 mil em 2020.

A Cemig esclarece ainda que a Cemig SIM, subsidiária da companhia que atua no segmento de Geração Distribuída, atua em mercado competitivo nas mesmas condições das outras empresas do setor, que é regulado e fiscalizado pela Aneel. Ela e outras empresas do setor vêm direcionando investimentos para áreas com disponibilidade de conexão”.

MAIOR POTÊNCIA

A Associação  Brasileira de Geração Distribuida (ABGD), informou que, em julho de 2022, a potência instalada em projetos de geração distribuída alcançou 12GW no Brasil. Minas Gerais chegou à liderança no país,  com 2GW de potência instalada, à frente de São Paulo, com 1,6GW e Rio Grande do Sul, com 1,3 GW. Segundo a entidade, em 13 de abril do passado, Minas atingiu a marca de 1GW, depois de mais de 10 anos do lançamento da modalidade. E em cerca de 15 meses o estado dobrou sua capacidade de geração própria de energia. Os sistemas de geração distribuída estão presentes em 841 dos 854 municípios mineiros, sendo Uberlândia a cidade com maior volume de potência instalada, com 93MW.

Construção de nova rodoviária é contestada em audiência; diretor da ACIAS alerta para perda de mais de 400 empregos e investimentos de mais de R$30 milhões sem a concessão

“Isso era um estudo e não um projeto da administração”. A informação foi do Secretário de Defesa Social, Rolf Ferraz, já no final da audiência pública, promovida na noite de ontem (29) na Câmara Municipal, e já dá mostras que o Prefeito Mário Marcus (União Brasil) pôs uma pá cal” na proposta de concessão pública da rodoviária de Lafaiete. O projeto, apresentado pelo Governo Municipal dividiu opiniões, em especial nas entidades empresariais, como também foi rejeitada por diversos segmentos, como pelos vereadores.

Pouco antes da audiência, foi divulgado o pedido de exoneração do Secretário Municipal de Administração, Felipe Batista, alvo de uma queda de braços entre a Câmara em torno da proposta. Ele havia sido convocado a participar dos debates mas se ausentou diante de saída do governo, fato que gera muitas especulações.

Durante mais de após mais de 3 horas de debates, com o plenário tomado por populares e segmentos organizados, em especial de comerciantes, a audiência pública foi cercada de expectativa. Na maioria dos depoimentos, a proposta de construção de uma nova rodoviária às margens da BR 040 foi rechaçada, porém foi unânime que a reforma do atual equipamento é uma medida urgente e sua requalificação pode agregar mais valor ao comércio lafaietense, mola mestra da economia e que emprega 15 mil empregos, segundo dados do SINDCOMERCIO. Outra proposta defendida foi a retirada do terminal urbano do centro da cidade que gera acidentes e traz transtornos ao trânsito. Um equipamento já ultrapassado, sem conforto aos usuários do transporte coletivo. O terminal seria transferido para o espaço da rodoviária.

Os debates

“A rodoviária tem a cara de Lafaiete”. A expressão foi cunhada pelo Vereador Sandro José (PROS), em sua árdua defesa de que a construção da nova rodoviária pode gerar desemprego e atingir os comerciantes em cheio. “A rodoviária precisa ser um atrativo e não uma vista como uma coisa pejorativa”, pontou. “Estamos a uma distância de menos de 3 km da BR 040. O local é o mais estratégico, mas precisamos é revitalizar nossa rodoviária”, comentou Oswaldo Barbosa (PV). O Vereador João Paulo Pé Quente questionou a escolha do local e defendeu maior participação popular e empresarial no projeto de concessão. “O erro foi não envolver os atores no projeto”.

Já a Vereadora Damires Rinarllly (PV) assinalou que a discussão da nova rodoviária não é prioridade para Lafaiete diante de desafios e falta de infra estrutura de serviços básicos que atingem a população. “Faltam vagas em creches, nossa saúde é precária. A cidade é carente de serviços essenciais e para quê se discutir a construção da nova rodoviária neste momento diante de tantos problemas?”, questionou. “

“Se o prefeito disse que não vai retirar a rodoviária do centro e nem vai construir outra na BR 040, o que estamos fazendo aqui? Parece que estamos fazendo papel de bobo”, ironizou Pedro Américo (PT) arrancando risos da plateia.

Populares

Entre alguns populares houve defesa da nova rodoviária em função de que os passageiros são obrigados a desembarcar na BR 040 ou em outro ponto já que os ônibus interestaduais não entram na cidade. Mas a maioria dos depoimentos foi a favor da manutenção da rodoviária na área central. Já outros defenderam a escolha de uma nova área, mais perto da cidade, para a construção do novo terminal para facilitar a logística.

O empresário Robson Matos citou o exemplo de cidades vizinhas como Barbacena e Congonhas que retiraram a rodoviária do centro e sentiram o baque do comércio. “Estas cidades são exemplos clássicos a não serem seguidas. Isso não pode acontecer com Lafaiete e vai impactar na nossa economia como ocorreu com os municípios vizinhos. Além do mais o projeto não teve estudo de impacto ao entorno da rodoviária”, citou.

O Presidente do SINDCOMÉRIO, Bento Oliveira, mais uma vez criticou o projeto de concessão e a construção da nova rodoviária. “Isso será algo que vai impactar além do comércio. A proposta não foi discutida com a comunidade e os empresários. Não houve estudo de viabilidade. Pra que gastar tanta energia com este projeto?”, questionou.

Para o Presidente do CDL-CL, o projeto foi mal conduzido. “Esta pauta precisa ser trocada. Precisamos revitalizar nossa rodoviária e torná-la mais atrativa. Somos contra esta ideia de construção na BR 040 distante do centro urbano. Isso vai enfraquecer nossa economia”, disse Edvaldo José Thereza.

O Presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Conselheiro Lafaiete, Carlos Fernando, criticou a proposta de nova rodoviária. “É preciso abortar esta intenção e construir um novo projeto mais transparente e encontrar o melhor caminho”, analisou.

Segundo ele, são os ônibus de fretamento, de grandes empresas, e de prefeituras, que trazem transtornos ao centro de Lafaiete. “Quem vai pagar o custo da nova rodoviária é o usuário e a população”, informou não descartando um novo equipamento em uma área mais perto da cidade, citando também que suas empresas são responsáveis por 65% das movimentações na rodoviária de Lafaiete.

Lafaiete pode perder mais de 400 empregos

Kenedy Neiva, representante do Associação Comercial (ACIAS), defendeu a manutenção da rodoviária no centro e a construção da segunda opção para ônibus interestaduais em um novo terreno e/ou até mesmo perto do Hospital Regional, às margens da MG 129. Ele reforçou que o projeto precisa ser discutido envolvendo mais setores organizados para a definição de uma área.

Segundo ele, a exemplo das antigas paradas do Borba e do Cupim, Lafaiete perde uma grande oportunidade comercial. “Lafaiete não tem parada de ônibus interestaduais. Essa é uma grande chance de negócios com uma nova rodoviária agregando mais serviços ao seu entorno”, sugeriu.

Segundo ele, o projeto de concessão da atual rodoviária poderia render um aporte de mais de R$ 30 milhões aos cofres públicos através de investidores, além de impostos. Neiva afirmou que atual área da rodoviária tem 6 mil m² com um potencial de área a ser edificada de mais de 12 mil m². “Temos um diamante a ser lapidado nesta área com a construção até mesmo de um shopping popular, com mais de 100 salas de alugueis, estacionamentos diversos e outros serviços. Se somarmos o público que embarca na rodoviária, algo em torno de 40 mil ao mês, e no terminal urbano, em uma média de mais de 400 mil pessoas ao mês, teremos circulando no terminal mais de 440 mil usuários. Temos um grande potencial. Caso o projeto de concessão seja levado a cabo, poderia gerar mais de 400 empregos diretos e requalificação da rodoviária agregando ainda mais ao comércio como um todo de Lafaiete. A rodoviária seria um grande atrativo e um centro comercial”, justificou.Não podemos perder esta chance deste grande empreendimento”, finalizou.

Saiu do papel: Lafaiete dá início a implantação de novo distrito industrial, aposta na atração de empresas e vai gerar 100 empregos


Depois de um imbróglio de mais de 10 de anos, que envolveu promessas de construção de shopping e fábrica de parafusos, o Distrito Industrial II, situado em uma área privilegiada e estratégica, perto do Bairro Paulo VI, às margens da BR 040, iniciará suas atividades industriais prometendo atração de empresas/negócios e promoção de emprego e renda. Será a primeira etapa do empreendimento.

Foi publicado nesta terça-feira (4), edital de concorrência pública de Concessão de Direito Real de Uso de terrenos públicos localizados no Distrito Industrial II, exclusivamente para implantação de atividades empresariais de indústria, comércio e serviços.

Poderão participar da licitação quaisquer pessoas jurídicas, que atendam aos requisitos de participação e de habilitação expressos no edital. O representante da pessoa jurídica interessada deverá preencher o plano de negócios, apresentar demais documentações exigidas e indicar o lote de interesse.

 A apresentação para credenciamento dos licitantes será no dia 17/11/2022, a partir das 09h30min, no edifício Solar Barão do Suaçuí, situado na Rua Barão do Suassuí, nº 106, Bairro Boa Vista, Conselheiro Lafaiete/MG.

As áreas

São 7 lotes disponíveis, com áreas de até 60.121,00m² e nesta primeira fase inicial com previsão de gerar 100 empregos. O total do terreno do distrito chega perto de 600 mil m².
Para evitar equívocos de finalidade, a exemplo do Distrito Industrial, quando empreendedores desviaram a finalidade das áreas concedidas, a prefeitura exigirá condicionantes para a concessão das áreas, inclusive reversão do terreno caso não cumpra a finalidade e os prazos previstos nos contratos de estimular e promover a atividade industrial e exploração comercial. A prazo de concessão é de 20 anos renováveis para igual período.

Pelo Projeto, os empreendedores terão benefícios fiscais para a implantação das empresas como IPTU e ISSQN, desde que o negócio gere mais de 500 empregos diretos.

Região gera mais de 6,1 mil empregos em 2022

O mercado formal de trabalho, medido pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência, mostrou sua primeira desaceleração em julho com a geração líquida de cerca de 220 mil postos, segundo interlocutores do governo. Nos sete primeiros meses do ano, foram criadas 1,5 milhão de vagas.

O saldo no mês de julho, decorrente do total de contrações menos demissões, é inferior ao registrado em junho e no mesmo período de 2021, quando foram criados 305.915 empregos com carteira assinada.

Entre janeiro e julho, a geração de empregos também é menor que no mesmo período de 2021, quando foram abertos 1,78 de postos de trabalho, já considerando dados ajustados. Os números estão sendo finalizados pela pasta e serão divulgados nesta segunda-feira.

Recorde na região

Entre janeiro a julho, as mais de 30 cidades da região geraram um recorde empregos na casa de 6.119 novos postos de trabalho. Na liderança do ranking está Mariana (1.408), Ouro Preto (1.264), são João del Rei (799), Ouro Branco (718), Lafaiete (663) e Congonhas com 743. Barbacena aparece em seguida com 199 empregos gerados em 2022.

Confira a relação abaixo:

Região tem recorde na geração de empregos em 2022

O Brasil fechou o mês de junho com um saldo de 277.944 empregos formais (com carteira assinada), segundo balanço do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) apresentado hoje (28) pelo Ministério do Trabalho e Previdência. O saldo de junho foi resultado de 1.898.876 de contratações e 1.620.932 desligamentos. Já o estoque total de trabalhadores celetistas aumentou 0,67% em relação ao resultado de maio deste ano, passando de 41.729.858 para 42.013.146.

Recorde na região

Entre janeiro a junho, as mais de 30 cidades da região geraram um recorde empregos na casa de 5.155 novos postos de trabalho. Na liderança do ranking está Ouro Preto (1048), Mariana (1039), Lafaiete (722), São João del Rei (636), Ouro Branco (589) e Congonhas com 361.

Confira a relação abaixo:

Região já gerou quase 1,5 mil empregos em 2022

Em abril, o Brasil criou 196.966 novos empregos formais. O saldo é resultante de um total de 1.854.557 admissões e de 1.657.591 desligamentos. Com isso, os trabalhadores celetistas no país estavam, naquele mês, em 41.448.948 vínculos, o que, segundo dados do balanço do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgados hoje (6), representa uma alta de 0,48% na comparação com o mês anterior.

De acordo com o Novo Caged, no acumulado de 2022 o saldo está em 770.593 empregos, número que decorre de um total de 7.715.322 admissões e de 6.944.729 desligamentos. Este saldo é 3,6% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado.

Na região

Até abril, as mais de 25 cidades da região geraram 1.443 novos empregos e São João del Rei lidera o ranking com 378 admissões entre janeiro a abril, seguida de Ouro Preto com 360, Ouro Branco (286), Lafaiete (245), Itabirito (153), Carandaí (72) e Jeceaba (43).

Veja relação completa.

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