Heineken em Passos: arrecadação de receitas deve aumentar 15 vezes

Em 2021, o VAF que retornou a Passos referente à atividade de empresas no município foi de R$ 35 milhões; espera-se que o imposto gere R$ 30 milhões por mês

O início das atividades da Heineken em Passos, no Sudoeste de Minas, prevista para 2025, deve aumentar em 15 vezes a arrecadação anual do Valor Adicionado Fiscal (VAF), quota-parte que compõem o Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do Estado e que retorna aos cofres dos municípios geradores de riquezas por intermédio das atividades econômicas que recolhem o referido imposto.

Durante o ano de 2021, o VAF que retornou a Passos referente à atividade de todas as empresas do município foi de R$ 35 milhões. Porém, conforme os estudos e projeções realizados pela Secretaria de Fazenda do município, espera-se que o recolhimento de impostos realizado apenas pela Heineken renda, mensalmente, cerca de R$ 30 milhões aos cofres da cidade mediante o acréscimo do VAF.

“Estes cálculos realizados pela prefeitura utilizam uma perspectiva conservadora e pessimista. Isso porque, segundo as expectativas da empresa, esse valor pode variar na casa de R$ 41 milhões a R$ 45 milhões por mês. Todas as empresas que nós temos no município arrecadaram, juntas, R$ 35 milhões no exercício de 2021, e espera-se que a Heineken irá recolher entre R$ 30 e R$ 45 milhões por mês”, disse Maxwell Ribeiro, secretário de Indústria, Comércio e Turismo.

Ontem à tarde, houve uma reunião entre os secretários municipais de Indústria, Comércio e Turismo, Maxwell Ribeiro; Fazenda, Juliano Beluomini; Planejamento, Edson Martins; Obras, Habitação e Serviços Urbanos, Clelia Rosa e a Procuradora do Município, Eliane Abreu, com os vereadores para discutir pontos do Projeto de Lei que o prefeito Diego Oliveira (União Brasil) mandou para a Câmara para fins de incentivar a instalação da multinacional.

Eles apresentaram o impacto financeiro e orçamentário do projeto de concessão de isenções fiscais à multinacional, envolvendo o IPTU, ISSQN, ITBI e demais taxas municipais.

Os vereadores questionaram de onde vêm os recursos para pagamento de obras de infraestrutura da cervejaria.

A Carta de Intenções assinada pelo diretor tributário e procurador da Empresa, Flávio Galiano, informa que a multinacional se compromete a desenvolver e doar ao município projeto básico para licitação das obras de terraplanagem, drenagem e pavimentação da estrada municipal pela qual escoará a produção da Heineken e de outras grandes empresas já instaladas nas imediações, tais como a Usina Itaiquara e a Usina Ipiranga. 

Estima-se que deverão transitar por esta estrada, diariamente, cerca de 400 carretas para escoar apenas a produção inicial da Heineken.

Os projetos também envolvem a construção de dispositivos de acesso entre a MG-050 e a estrada municipal e dois trevos de acesso à fábrica na LMG-146. A empresa também vai desenvolver e doar ao município o projeto executivo para licitação da segunda adutora de água do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), contribuindo com o plano de expansão de captação de água do Rio Grande e otimizando os custos e os serviços ora já prestados pelo Saae.

Caberá à prefeitura realizar as licitações e pagar as obras.

Estima-se que o custo envolvendo as obras na MG-050 e na LMG-146 sejam da ordem de R$ 45 milhões. A prefeitura conta com uma emenda parlamentar de R$ 12 milhões do senador Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. Se necessário, o município também já possui como plano alternativo, carta de crédito para empréstimo junto à Caixa Econômica Federal e outros meios de levantar o recurso.

FONTE ESTADO DE MINAS

Oportunidade imperdível! Heineken anuncia vagas de emprego

Os salários são compatíveis com a exigência dos cargos e os valores médios no mercado

A Heineken, marca da cervejaria holandesa de enorme sucesso, divulga novas vagas para ocupações direcionadas a trabalhadores de todo o país. A empresa deseja profissionais esforçados e capacitados que estejam dispostos a exercer as funções requisitadas.

As oportunidades que estão disponíveis pela Heineken são direcionadas para trabalhadores com escolaridade completa ou em andamento, em nível médio, técnico e/ou superior e com experiência e capacitação para os ramos de Logística, Vendas, Programação, Economia, Segurança do Trabalho, Economia, Engenharias, entre outras.

Vagas de emprego

Os salários são compatíveis com a exigência dos cargos e os valores médios no mercado. Consulte as vagas disponibilizadas e seu local de exercício, na lista a seguir:

Anal. Logística Pleno (Parnamirim / RN);
Prom. Trade Execução (São João da Boa Vista / SP);
Anal. Logística Pleno (Benevides / PA);
Téc. Automação (Ponta Grossa / PR);
Anal. CMI Sênior (São Paulo / SP);
Op. Logística (Ponta Grossa / PR);
Analista PCM Júnior (Igrejinha / RS);
Prom. Vendas (Rio de Janeiro / RJ);
Anal. Planejamento Financeiro (São Paulo / SP);
Exec. Trade (Teresina / PI);
Exec. Regional Vendas Sênior (São Paulo / SP);
Vendedor (Curitiba / PR);
Prom. Trade Execução (Rio de Janeiro / RJ).

Inscrições

Aos interessados nas vagas disponibilizadas pela Heineken, é preciso concluir a inscrição através do link de participação. Lembrando que é preciso preencher todos os dados corretamente para ter mais chances de ser selecionado aos passos seguintes do processo seletivo.

Essa é uma ótima oportunidade para quem tem nível médio e superior e busca uma recolocação no mercado de trabalho agora em 2022, depois que o setor de contratação foi abalado nos últimos dois anos por conta da pandemia, mas vem se reerguendo com a criação de novas vagas.

FONTE BRASIL 123

Heineken cria programa que dá descontos de até 20% na conta de luz: veja como participar

Iniciativa começa em oito estados e tem a projeção de cobertura nacional até 2023

A cervejaria Heineken colocou em operação a terceira fase de seu “Programa Energia Verde”, que busca ampliar o acesso de pessoas e negócios à energia elétrica mais sustentável. A nova etapa prevê descontos de até 20% para consumidores pessoas físicas na conta de luz.

O programa começou em 2020 com a conversão de três cervejarias da marca para operações “100% verdes”, nas unidades de Alagoinhas (BA), Araraquara (SP) e Ponta Grossa (PR). Em 2023 será a vez da fábrica de Jacareí (SP).

Em 2021, na segunda fase da iniciativa, bares e restaurantes parceiros da empresa começaram a ter acesso a 100 MW de geração de energia solar e eólica. A meta é alcançar 50% dos pontos de vendas, em 19 capitais, até 2030.

Para participar, os estabelecimentos parceiros não precisam de nenhuma adaptação, somente fazer um cadastro na plataforma digital da empresa, chamada Heineken Energia Verde”.

Agora, nesta terceira fase, o escopo foi ampliado aos consumidores pessoas físicas, que poderão aderir ao projeto para economizar energia em suas residências de forma 100% gratuita.

Veja, abaixo, como funciona o programa:

1. Como funciona o projeto?

O projeto prevê a possibilidade de os consumidores conseguirem economizar até 20% do valor da conta de luz mensalmente. A participação é completamente gratuita, e sem a necessidade de qualquer alteração física na residência do participante.

“A adesão ao programa efetivamente não terá custo em nenhum momento”, afirma Mauro Homem, vice-Presidente de sustentabilidade do grupo Heineken no Brasil.

Ao se inscrever, o consumidor ganha um desconto na conta de luz permanente — enquanto o programa estiver em vigor.

Além disso, não há fidelização por parte do consumidor, que tem liberdade sem ônus para desistir do projeto a qualquer momento.

O objetivo da empresa é oferecer uma cobertura nacional até o primeiro semestre de 2023, sem limite de consumidores no projeto.

“Queremos o maior número de adesões possível. Não temos uma meta fechada, mas acreditamos que a adesão será alta, no momento em que as pessoas entenderem o benefício de utilizar energia limpa em casa”, explica Homem.

2. Como o desconto é possível?

O desconto é possível graças a uma compensação energética feita pelos agentes do projeto. “Um crédito de energia é gerado na fatura da distribuidora, reduzindo o boleto somente ao custo da taxa de iluminação pública e o custo de utilização da infraestrutura do sistema para levar a energia contratada”, explica o executivo da cervejaria.

Um crédito de energia é a forma encontrada para realizar a compensação entre uma unidade geradora e uma unidade consumidora. A energia excedente de parceiras de produção de energia solar e eólica viram créditos energéticos que são revertidos em desconto na fatura do consumidor.

Por exemplo, considere que uma pessoa aderiu a um sistema de energia solar em sua casa. Ele basicamente converte os raios solares em energia elétrica. Em momentos em que o consumo é maior ou sem sol, como na parte da noite, quem fornece a energia é a distribuidora de energia.

Se a casa da pessoa gerar mais energia que o consumo dela, esse excedente vai para a rede elétrica que abastece a região onde essa pessoa mora. E vira crédito energético, que é revertido em desconto na fatura. Dessa maneira, ao final de cada mês, o consumidor paga um valor pelo consumo que teve da companhia distribuidora, reduzido da parcela produzida pelo seu sistema de energia solar.

O projeto da Heineken funciona dessa maneira, mas em vez de as pessoas precisarem ter o sistema de energia solar em casa, a empresa fechou uma parceria com uma empresa geradora de energias renováveis com certificação, que gera esses créditos e repassam ao consumidor.

“Essas empresas geradoras operam com usinas de geração solar, pequenas centrais de geração hídrica e biogás. Elas entregam a energia verde à concessionária/distribuidora local, informando quais são as contas onde ela deve ser creditada. Quando a concessionária distribuidora recebe uma energia de uma empresa geradora, ela reduz a necessidade de obter energia de fontes tradicionais”, explica Homem.

Segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a composição das contas de energia tradicionais são: contribuição de iluminação pública (CIP), taxa de disponibilidade (remunera basicamente a infraestrutura), e consumo de energia (que é de fato o que é consumido pelos moradores de uma casa, por exemplo).

O usuário participante do projeto receberá dois boletos: o primeiro da concessionária/distribuidora, contendo CIP, taxa de disponibilidade e o consumo reduzido — que pagará normalmente e já com o desconto previsto. E um segundo boleto do gerador com a energia mais barata, demonstrando quanto economizou.

3. Quem pode participar do projeto?

O principal critério é o valor que a pessoa paga hoje na conta de luz: qualquer pessoa que comprove que tenha um valor médio mensal de, no mínimo, R$ 200 em sua conta de energia é elegível a participar da iniciativa.

O projeto, porém, não opera em todas as regiões do país. Nestes primeiros meses, apenas os moradores dos estados de Minas Gerais, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Goiás, e São Paulo já conseguem solicitar a adesão ao programa.

“Para os demais estados, estamos trabalhando para atender a demanda, sendo a previsão entre o segundo semestre de 2022 e primeiro semestre de 2023”, diz o executivo.

4. Como participar do projeto?

A participação no Programa Heineken Energia Verde é feita por meio de um cadastro online.

Basta acessar a plataforma Heineken Energia Verde com CNH ou RG/CPF do titular da conta de energia e cópia ou foto da conta de energia.

A participação é gratuita, sem pagamento de taxas ou qualquer tipo de instalação. Para ter acesso ao benefício, o usuário precisa seguir os critérios mencionados.

“Após a adesão, o prazo estipulado para a conversão e fornecimento de energia verde é de até 120 dias”, afirma o executivo.

5. Há um contrato de adesão do desconto?

Sim. Ao se inscrever no projeto, o consumidor tem acesso a um contrato de adesão, que possui um percentual mínimo de desconto já determinado conforme seu uso de energia.

“O desconto pode variar por uma série de questões, que possibilitam aumento desse percentual, embora nunca seja menor do que o pactuado em contrato”, diz Homem.

Assim, por exemplo, o consumidor vai saber que tem desconto de 7% todo mês, mas poderá receber um desconto maior em algum momento durante o ano.

“A influência na variação vem das bandeiras vigentes. Quanto maior o custo da bandeira, maior o desconto oferecido. Outro ponto que influencia são os impostos regionais”, explica o executivo.

Além disso, há variação por região do país por diversos motivos.

“Se a implantação da usina de geração teve incentivos fiscais, custo do CapEx (infraestrutura) e taxa de retorno do investimento esperada pelo investidor, tarifa de energia atual (varia de região para região), incentivos fiscais para energia limpa (ICMS, por exemplo) e sua incidência, entre outros pontos, podem influenciar”, afirma.

O executivo explica que o projeto tem “um mecanismo [de cobrança] para cada região”, e que “todo potencial cliente que se cadastra na plataforma pode receber um atendimento personalizado, explicando detalhadamente o funcionamento e os custos de acordo com sua região”.

Esse contrato dura um ano e é renovado automaticamente. A empresa ressalta que não há fidelidade, e a qualquer momento o cliente pode solicitar a rescisão.

6. Quem ganha com o projeto?

A Heineken afirma que não vai embolsar nenhum dinheiro a partir desse projeto.

“Entendemos que esse projeto da marca Heineken é fundamental para que o grupo atinja suas novas metas de sustentabilidade, entre elas, a neutralidade em emissões de carbono em toda a cadeia de valor, até 2040”, afirma Homem.

Na prática, o ganho da Heineken é se posicionar como uma empresa amigável ao meio ambiente.

Considerando a participação da distribuidora de energia, a empresa segue recebendo mensalmente os valores pagos pelo consumidor que aderir ao projeto — via boleto — incluindo os custos de iluminação e de utilização da infraestrutura. Nem a Heineken, nem as empresas de geração de energia pagam valores para as distribuidoras.

A Heineken não detalhou como a geradora de energia renovável ganha com a parceria, mas ressaltou que ela “tem sua rentabilidade, mesmo oferecendo energia com economia”.

A empresa não compartilhou o nome da parceira geradora de energia, por enquanto. “Primeiro, vamos abrir caminho [com o projeto] e em próximas etapas vamos divulgar a empresa parceira”, explicou o executivo.

7. Esse formato de fornecimento de energia é novo?

Essa compensação de energia verde já existe em vários estados norte-americanos, países europeus, Austrália, dentre outros. “Por lá, as pessoas possuem livre escolha para adquirir a geração de energia há muitos anos. E, na América Latina, o Brasil está despontando nessa iniciativa”, diz Homem.

8. Há um limite no fornecimento de energia no projeto?

Por parte das concessionárias, não existe um limite de capacidade de fornecimento de energia verde. A geração de energia verde é de responsabilidade dos nossos geradores, que são empresas de grande capacidade financeira e desenvolvimento de projetos de energia.

9. As distribuidoras podem não querer participar do projeto?

As distribuidoras são empresas que receberam a concessão de operação dos estados brasileiros para operar e manter os ativos de distribuição de energia das regiões, bem como garantir o acesso à energia pelos consumidores. Elas não podem negar projetos de energia sustentável, desde que os mesmos estejam dentro dos padrões técnicos e requisitos previstos nas regulamentações.

“Não é uma opção das distribuidoras participar ou não do projeto. Existe uma regulamentação específica para este novo modelo de negócio e, a partir do momento que existe energia sustentável disponível e conectada no sistema da distribuidora da região, não há problemas ou limitações”, explica Homem.

“Sendo assim, o modelo é viável em todas as regiões do país, porém o crescimento da oferta se dá a partir da construção de novas usinas de geração de energia renovável e que estejam enquadradas na legislação específica”, acrescenta.

O conceito de geração distribuída no Brasil iniciou em 2012 através da Revisão de Resolução Normativa (REN), n° 482.

Em 2015, através da REN n°687 houve uma evolução do modelo, quando foi especificada a geração distribuída compartilhada. Recentemente, a Lei federal n°14.300, de janeiro de 2022, instituiu o marco legal da microgeração e minigeração distribuída, que possibilita o Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE) e o Programa de Energia Renovável Social (PERS) — o que permite a operação do projeto da Heineken, por exemplo.

10. Quais as concessionárias/distribuidoras participantes do projeto até agora?

Por ora, o projeto conta com a participação de 10 concessionárias/distribuidoras que participam dessa prestação de serviço aos consumidores que vão aderir ao projeto. Conforme o projeto for se expandindo, mais companhias podem entrar.

São elas:

EstadoDistribuidora Atendimento PF
DFCEB-DISx
GOENEL GOx
MGCEMIG-Dx
MGENERGISA SUL SUDESTEx
PRCOPEL-Dx
PRENERGISA SUL SUDESTEx
RSRGEx
SCCELESC-Dx
SPCPFL PAULISTAx
SPENERGISA SUL SUDESTEx

FONTE INFO MONEY

Heineken: fábrica em Passos deve gerar até 11 mil empregos e produzir Amstel

Investimento será de R$1,8 bilhão, segundo a empresa; obras devem ser finalizadas em 2025

A fábrica da Heineken, em Passos, no Sul de Minas Gerais, também vai produzir a cerveja Amstel – rótulo que pertence à empresa holandesa. O anúncio foi feito em evento, nesta quarta-feira (27), que detalhou a operação. A estimativa é que o empreendimento resulte em 350 empregos diretos, além de 11 mil postos de trabalho indiretos na região. 

De acordo com o presidente do grupo Heineken no Brasil, Maurício Giamellaro, a expectativa é de que as obras sejam finalizadas em 2025. O investimento está avaliado em R$1,8 bilhão. “Já estamos correndo para antecipar esse cronograma, para celebrar no máximo em dois anos a nossa cervejaria”, ressaltou.

O presidente também relembrou as propostas recebidas por mais de 200 prefeituras mineiras, após a desistência da instalação da fábrica em Pedro Leopoldo. Projeções iniciais da empresa apontam para uma capacidade produtiva de 5 milhões de hectolitros anualmente. Durante o evento, a empresa assinou um Termo de Compromisso Ambiental com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e o Ministério Público Federal (MPF).

Os detalhes do documento não foram relevados. “A empresa chega tranquila, segura e com segurança jurídica para desenvolver suas atividades sem se preocupar com o MP”, afirmou Jarbas Soares, procurador-geral de Justiça e chefe do MPMG. A preocupação ambiental foi um dos principais pontos de avaliação da empresa durante a escolha da nova cidade, após os problemas enfrentados em Pedro Leopoldo.

O projeto para instalação da fábrica da Heineken na cidade da Grande BH, segundo avaliação de ambientalistas e do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), poderia resultar danos às cavidades do sítio arqueológico de Lapa Verma e à Área de Proteção Ambiental Carste de Lagoa Santa. Segundo o presidente da cervejaria, a opção por deixar Pedro Leopoldo foi em respeito aos envolvidos. 

“Naquele momento precisamos respeitar as decisões de todos esses órgãos e junto com o governo de Minas tomando a decisão corajosa de mudar a cervejaria de lugar. E não porque Pedro Leopoldo não tenha respeito da Heineken, mas porque todos os órgãos envolvidos e consumidores tinham de estar envolvidos”, afirmou Maurício Giamellaro.

Presente na solenidade, o governador Romeu Zema (Novo) fez um brinde com os representantes da cervejaria e com o prefeito de Passos, Diego Oliveira (PSL), para comemorar a manutenção da fábrica da empresa no estado. 

Segundo Zema, a instalação da cervejaria deverá abrir caminho para que outras empresas cheguem à cidade. “Pessoas que hoje não têm renda, passarão a ter e a prefeitura também passa a ter uma fonte adicional de arrecadação. Geralmente onde se tem cervejaria, você tem fornecedores de matéria prima, jardinagem, garrafas, latas, alimentação. É um ciclo virtuoso que permanece”, destacou o governador. 

O prefeito de Passos, Diego Oliveira, informou que o município não mediu esforços e realizou uma contrapartida para atrair o investimento, sem detalhar qual metodologia foi aplicada. “Passos está completando 164 anos em 2022 com o anúncio do maior investimento da nossa história”, afirmou o chefe do executivo municipal. 

Em entrevista a OTempo, o vice-prefeito, Arlindo Nascimento (PSL), estimoua um incremento de receita de até 50%

Motivos 

O vice-presidente de Sustentabilidade e Assuntos Corporativos da Heineken, Mauricio Homem, disse que a escolha por Passos, entre mais de 200 cidades, levou em consideração a localização, disponibilidade hídrica e oportunidade de desenvolvimento socioeconômico.

“A gente tem um ponto equidistante entre Belo Horizonte e São Paulo, e uma região muito próxima de distribuição para o crescimento em Minas Gerais e distribuição no interior de São Paulo. Então, a localização estratégica de Passos foi fundamental para essa escolha”, disse. 

Ainda segundo o vice-presidente, a disponibilidade hídrica na região também pesou a balança favoravelmente. O território de Passos é banhado pelo Ribeirão da Bocaina, afluente do Rio Grande, além de estar a 40 minutos da Usina Hidrelétrica de Furnas.

“Esse foi um dos temas que a gente mais se debruçou para ter a convicção de que a instalação da Heineken seria produtiva também neste sentido. E acho que a bacia do Rio Grande nos abençoa como uma grande possibilidade para que a Heineken esteja aqui sem impacto ambiental significativo”, acrescentou. 

Nesta terça-feira, OTempo adiantou que a fábrica ficará a aproximadamente cinco quilômetros do Centro de Passos, em uma zona hoje rural. Também a cinco quilômetros está a MG-050. Hoje, a rodovia e a estrutura estão separadas por uma estrada de chão, que será asfaltada para facilitar o escoamento da carga. 

Sustentabilidade

Conforme a cervejaria, a fábrica em Passos será abastecida por energia 100% renovável, O modelo vai reforçar a meta de neutralidade de carbono anunciada pela empresa em 2021. Ainda segundo a empresa, serão implantadas tecnologias avançadas para reduzir o consumo de água. Além disso, uma adutora do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) passa próximo ao terreno, o que facilita a chegada do manancial de Furnas à produção de cervejas.

Heineken no Brasil

A Heineken já possui 14 fábricas e 25 Centros de Distribuições no país, com a geração de mais de 13 mil empregos diretos. A empresa fabrica e comercializa as marcas Heineken, Sol, Kaiser, Bavária, Lagonitas, Bavaria Premium, Bavária 0,0%, Xingu, Amstel, Kirin Ichiban, Schin, No Grau, Devassa, Baden Baden, Eisenbahn, Cintra e Glacial.

FONTE O TEMPO

Mais de 200 municípios mineiros disputam a fábrica da Heineken

Mais de 200 cidades mineiras e pelo menos três outros estados entraram na disputa para abrigar a nova fábrica da Heineken, depois de a cervejaria desistir de implantar um centro de produção em Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), no fim do ano passado. A companhia se comprometeu com o governo estadual a manter o aporte em Minas Gerais e avalia minuciosamente as condições dos municípios que se candidataram. A expectativa é de que um novo local seja anunciado até o próximo mês.

Interlocutores das negociações apostam na construção da planta na própria RMBH ou no Triângulo Mineiro. A primeira, em função da localização da escolha original; a segunda, por se tratar de uma região muito competitiva, especialmente em relação à água e à topografia. Mas as opções são diversas. “Algumas (cidades) não fazem sentido, mas outras são muito qualificadas e estão em diferentes regiões (do Estado)”, disse uma fonte que pediu para não ser identificada.

“O Estado não está exercendo qualquer influência na escolha da empresa. E temos sido muito enfáticos ao deixar isso claro para as centenas de prefeitos e deputados que nos procuraram. Nosso papel é facilitar a interlocução com as prefeituras e disponibilizar para a empresa as melhores informações possíveis”, explica o diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Invest Minas), João Paulo Braga.

Segundo ele, a Heineken chegou a disponibilizar um formulário aberto e on-line para que as prefeituras preenchessem e se candidatassem para receber a nova fábrica, fazendo com que as informações chegassem diretamente para a empresa.

Uma outra pessoa envolvida nas negociações destaca, porém, que nem a própria cervejaria esperava tamanho engajamento. Até o fim do ano passado, quase 230 cidades mineiras se disponibilizaram, oferecendo terreno e outros atributos. Além disso, três estados também chegaram a assediar a empresa, tentando atrair o aporte anunciado para Minas Gerais.

“Antes de decidir por Pedro Leopoldo, a Heineken também havia analisado outras localidades e a primeira medida da empresa foi retomar a análise desses municípios. Mas, além de alguns deles nem terem mais áreas disponíveis, a escolha passou a ser mais criteriosa. A equipe nacional não pode errar outra vez; a matriz está acompanhando de perto”, revela.

Agora, além dos critérios já antes estabelecidos, como uma área de 1,5 milhão de metros quadrados em topografia adequada, volume considerável de água e logística adequada, questões ambientais também serão primordiais. Sem contar a “corrida contra o tempo”. É que o grupo contava com a produção da fábrica mineira para atender à demanda crescente do mercado consumidor brasileiro já a partir do ano que vem.

“Eles precisam deste aumento de produção, pois não há capacidade produtiva para 2023. A fábrica sai do papel ainda neste ano. Por isso, também vai influenciar na escolha da localidade diferenciais como proximidade da água disponível, bem como terreno e acesso rodoviário menos demandantes de intervenções”, completa.

Até lá, o grupo vai investir na expansão da unidade de Ponta Grossa (Paraná), que será ampliada e terá capacidade de atender à demanda do mercado até 2023, quando a unidade de Pedro Leopoldo entraria em operação.

Instalação da  Heineken em Minas Gerais

A instalação da indústria em Pedro Leopoldo foi anunciada no final de 2020, com aportes girando em torno de R$ 1,8 bilhão. A informação da escolha do Estado para a implantação da  16ª unidade produtiva da marca no País foi antecipada com exclusividade pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO em fevereiro daquele ano. No entanto, poucos meses após o início da terraplanagem, em setembro do ano passado, as obras foram embargadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) – órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente –, em função de divergências com o órgão licenciador, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad). 

A justificativa apresentada pelo ICMBio para o embargo dizia que o empreendimento causaria danos a cavidades da Lapa Vermelha, área onde foi encontrado o fóssil humano mais antigo das Américas, conhecido como “Luzia”, e que há alto risco geológico no local, necessitando apresentação de Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) e anuência da Unidade de Conservação.

A companhia chegou a obter liminar para a construção da fábrica, mas alegando instabilidade de interpretação jurídica entre os órgãos estaduais e a entrada de outras pastas na discussão optou por suspender o projeto. “Pensando em como a Heineken se pauta na sua decisão sempre com valor, respeito e cuidados muito fortes, para a gente não faria sentido manter um projeto tão importante como este sem que o entendimento do entorno fosse de que aquilo geraria prosperidade para todos e não somente para a Heineken”, afirmou o diretor de Assuntos Corporativos do Grupo Heineken, Mauro Homem, na ocasião do anúncio da desistência.

“A equipe do ICMBio causou um dano irreparável para Pedro Leopoldo e talvez para Minas Gerais”, define uma fonte do governo do Estado.

Questionada sobre o elevado número de candidatas a abrigar a nova planta, a Heineken limitou-se a dizer que “reafirma seu compromisso com o estado de Minas Gerais” e que está “estudando outras áreas e, tão logo seja definido, anunciará o novo local em que será instalada sua cervejaria”.

Estado cria comitê para atração de parcerias

O Governo de Minas passou a contar, desde ontem, com o Comitê Gestor de Captação de Recursos e Parcerias (CGCRP). Instituído pelo Decreto nº 48.344/2022, publicado ontem, o comitê é coordenado pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) e tem como objetivo otimizar a gestão dos recursos públicos ou privados, por meio de planejamento e execução de atividades relativas à captação de recursos e atração de parcerias no âmbito do poder Executivo estadual.

Também integram o CGCRP a Secretaria-Geral e as secretarias de Estado de Fazenda (SEF/MG) e de Governo (Segov). A iniciativa busca promover o alinhamento governamental das estratégias de captação e gestão de recursos, bens, serviços e formalização de parcerias, além de atuar em ações de negociação ativa com outros setores interessados em contribuir com as políticas públicas realizadas pelo Estado, avançando no objetivo permanente de aprimorar a prestação de serviços para os cidadãos. 

“O Governo de Minas acredita que a atuação coordenada dos diversos atores proporciona a otimização dos recursos disponíveis, sejam eles de natureza pública ou privada. E acreditamos na atuação do setor privado como agente de transformação social. Neste sentido, buscamos fortalecer essas parcerias, tanto com atores nacionais quanto internacionais, de modo a atrair mais recursos para a execução de projetos e políticas públicas prioritárias”, reforça a secretária de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto. (Agência Minas)


Entre Rios de Minas: mais uma cidade na disputa por instalação de fábrica da Heineken; “vem!”

A lista é extensa: Ouro Preto, Mariana, Ouro Branco, Lafaiete, Barbacena, Lagoa Dourada, São João Del Rei, São Brás do Suaçuí, etc.
Esta são algumas cidades da região que disputa pela instalação da fábrica de cerveja Heineken.
Em um comunicado nas redes socias a cidade de Entre Rios de Minas informou que a administração municipal entrou em contato diretamente com a empresa, respondendo a um questionário e apresentando todas as contrapartidas e os benefícios da instalação no município.
“Nossa cidade tem uma ótima localização, matéria prima em abundância, é próxima a capital do estado e com fácil acesso a importantes rodovias do Brasil como a BR040 e BR381.
O empreendimento seria de grande valia para o desenvolvimento econômico do município, abrindo um novo campo para geração de emprego e renda em nossa região. Vem, Heineken!”, diz texto.

Heineken declara em nota que todo o Estado está na disputa pela nova fábrica

Um dos assuntos mais comentados nas redes sociais da região nos últimos meses, a nova fábrica da Heineken, que será em Minas Gerais, ainda não tem local definido. Foi o que informou a empresa através de uma nota publicada no portal do jornal Estado de Minas.

Segundo o que informa a nota, a localidade será definida no início de 2022. Centenas de cidades estão na disputa para terem a nova fábrica da cerveja. A nova unidade da cervejaria terá investimento de R$ 1,8 bilhão e vai atender a demanda de consumo da Região Sudeste do país.

E é justamente neste quesito de localidade que as cidades da região central de Minas, Campo das Vertentes e Zona Mata, podem sair na frente na disputa para terem a nova fábrica. A empresa, de acordo com a nota, tem prioridade para locais que tenham logística para facilitar o escoamento para a Região Sudeste.

Neste caso, Barbacena, Barroso e São João del Rei, por exemplo, tem uma ótima localidade para escoamento. A poucos quilômetros da BR 040, que liga ao Rio de Janeiro, e cerca de 200km do Sul de Minas, sentido São Paulo.

NOTA HEINEKEN

A cervejaria Heineken informa que ainda não há nenhum local definido para a instalação da unidade fabril em Minas Gerais e que todo o estado está na disputa. A empresa afirma que para a escolha, o local tem que ter capacidade hídrica e logística para facilitar o escoamento para a Região Sudeste – e propiciar menores impactos ambientais locais. O anúncio da nova localidade será no início de 2022.

FONTE BARROSO EM DIA

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