Brasil e Uruguai: país vizinho expressou interesse em reaver territórios que considera seus por direitos históricos; locais incluem o povoado gaúcho de Tomás Albornoz e uma pequena ilha fluvial na foz do rio Quaraí

Uruguai reivindica a posse de territórios brasileiros, incluindo o povoado de Tomás Albornoz e a Ilha Brasileira, baseando-se em interpretações divergentes de tratados históricos com o Brasil. A disputa, confinada até agora a debates diplomáticos, destaca questões de fronteira e soberania entre os dois países.

Conforme uma reportagem da BBC, desde o século XIX, as fronteiras entre o Brasil e o Uruguai foram demarcadas pelo Tratado de 1851. No entanto, disputas surgiram em 1930 quando o Uruguai passou a questionar a validade desse acordo. O interesse atual do Uruguai em reaver certos territórios tem suas raízes em interpretações divergentes deste tratado histórico.

Localizado dentro dos limites do município de Santana do Livramento, o povoado de Tomás Albornoz possui apenas 100 habitantes. A região, apesar de pacífica e integrada culturalmente, é marcada no Google Maps por linhas pontilhadas, indicando um status contestado entre Brasil e Uruguai. Apesar de pequena e isolada, a presença do estado brasileiro é simbolizada apenas por uma escola pública, enquanto outros serviços essenciais são fornecidos pelo Uruguai.

A Ilha Brasileira, situada na foz do rio Quaraí, é outro ponto de contestação

A Ilha Brasileira, situada na foz do rio Quaraí, é outro ponto de contestação. Apesar de desabitada atualmente, a ilha já foi morada do fazendeiro José Jorge Daniel até 2011. O Uruguai argumenta que mudanças geográficas alteraram a localização da ilha desde o tratado de 1851, o que deveria transferir a soberania para o Uruguai.

Disputa tem se mantido dentro dos limites das conversas diplomáticas entre Brasil e Uurguai

A disputa tem se mantido dentro dos limites das conversas diplomáticas, sem escaladas para conflitos maiores. O Brasil, através de declarações do Itamaraty, mantém que os termos do tratado de 1851 ainda são válidos e não considera a questão como parte das discussões bilaterais atuais com o Uruguai. A posição brasileira é de que os territórios em questão são indiscutivelmente parte do Brasil, uma postura que reflete o respeito aos acordos históricos firmados entre as duas nações.

Enquanto o Uruguai reivindica esses territórios do Brasil baseando-se em argumentos históricos e geográficos, o Brasil permanece firme em sua posição baseada no tratado de 1851. A questão, embora limitada a discussões diplomáticas, destaca a complexidade das relações entre nações vizinhas e a importância da diplomacia na resolução de disputas territoriais.

 

FONTE CLICK PETRÓLEO E GÁS

ALMG reconhece garimpo tradicional de Antônio Pereira como patrimônio histórico

As bateias não mentem: o garimpo tradicional de Antônio Pereira é um patrimônio histórico do povo Ouropretano. E agora, ele foi reconhecido pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais, com a aprovação do PL 788/2023, de autoria do deputado estadual Leleco Pimentel (PT-MG). Em sua fala, Leleco afirma que esse modo de vida é a primeira profissão de Minas Gerais, visto que é fonte de sustento das famílias do distrito há mais de 300 anos. O projeto agora vai para redação final e para a mesa de Romeu Zema, aguardando a sanção.

O garimpo artesanal de Antônio Pereira representa um legado cultural e econômico, sendo uma fonte de renda fundamental para as famílias da região. Enquanto as grandes mineradoras modernizaram suas técnicas com maquinaria pesada, o garimpo de Antônio Pereira manteve-se fiel à tradição artesanal, caracterizado pelo trabalho manual e pela subsistência das comunidades locais.

GARIMPO TRADICIONAL: A PRIMEIRA PROFISSÃO DE MINAS GERAIS

ALMG reconhece garimpo tradicional de Antônio Pereira como patrimônio histórico
Os garimpeiros tradicionais de Antônio Pereira, em Audiência Pública realizada pela ALMG.

Em sua justificação, o deputado Leleco Pimentel destacou a importância de reconhecer essa tradição garimpeira como parte integrante do patrimônio histórico, cultural e social de Minas Gerais. O projeto visa garantir a preservação e a continuidade dessa prática, que desempenha um papel fundamental na manutenção da história e da identidade do povo ouropretano.

Hoje, dia 24 de abril, celebramos nossa alegria aqui na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, com a presença da dona Ivone, símbolo da luta dos garimpeiros tradicionais, não só em Terreiro Preto, mas em toda a região das Minas Gerais. No segundo turno, aprovamos o PL 788 de 2023, que agora seguirá para a redação final e posterior sanção para se tornar lei em Minas Gerais. Reconhecemos, ainda que tardiamente, mas com justiça, que antes dos mineradores, são os garimpeiros a primeira profissão em Minas Gerais“, disse Leleco ao defender a aprovação.

Com a aprovação do PL 788/2023, o garimpo tradicional de Antônio Pereira poderá ser objeto de proteção específica pelos órgãos responsáveis pela política de patrimônio cultural do estado, assegurando sua preservação para as futuras gerações.

 

FONTE JOTNAL GALILÉ

Casarão histórico em cidade mineira está abandonado e caindo aos pedaços

Sobrado de três pavimentos que pertenceu à lendária senhora de escravos integra o Centro Histórico de Pitangui, tombado em 2008

Considerado um dos mais belos e imponentes casarões do período colonial de Minas Gerais, o imóvel do século 18 onde viveu Maria Tangará em Pitangui, no Centro-Oeste mineiro, amarga o abandono. Hoje, caindo aos pedaços, o sobrado de três pavimentos que pertenceu à lendária senhora de escravos integra o Centro Histórico de Pitangui, tombado em 2008 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG).

O imóvel foi sede do Fórum, do Externato, do Colégio Padre João Porto, assim como da Casa da Intendência de Minas. Em 5 de fevereiro de 1930, foi inaugurada a primeira escola que o edifício abrigou, o Grupo Escolar Benedito Valadares. Recentemente, era sede da Escola Estadual Professor José Valadares, mas teve que ser esvaziado por causa dos estragos.

Telhado aberto, paredes rachadas, vidraças quebradas, luzes queimadas e muita poeira. Quando chove, a situação piora. A água, por exemplo, entra por todos os lados da casa. Enxurradas correm pelas escadas de madeira, deixando muita lama. Além disso, as salas de aula estão às escuras e cheias de morcegos.

Fachada do imóvel em 2008, quando o Centro Histórico foi tombado
Fachada do imóvel em 2008, quando o Centro Histórico foi tombado Iepha-MG/Divulgação

Por causa dos riscos, incluindo de acidentes elétricos, em 12 de abril de 2019 os alunos da Escola Estadual Professor José Valadares foram transferidos para a Escola Estadual Francisca Botelho, que fica a um quarteirão de distância. A promessa de um restauro do Casarão de Maria Tangará manteve as expectativas da comunidade escolar. Mas, o não cumprimento do que havia sido prometido levou à extinção da Escola Estadual Professor José Valadares em 2020.

Tábuas de forro do teto se desprendem no primeiro piso
Tábuas de forro do teto se desprendem no primeiro piso Mostra de Cinema de Pitangui/Divulgação

Com experiência no setor de gestão de patrimônio cultural, Israel explica que entende as dificuldades de promover políticas públicas, bem como ações efetivas para intervir em um bem patrimonial tão importante. “Mas sei também que o Estado deveria dar mais atenção a esse fato e que através do órgão estadual responsável, que é o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado de Minas Gerais (Iepha-MG), poderia-se tentar um diálogo entre os poderes estadual e municipal para que soluções possam ser pensadas e aplicadas de fato para salvar este bem patrimonial que, ao meu ver, é um dos mais simbólicos de nossa história”.

“Pouco tempo”

Em consulta a colegas das áreas de restauração e conservação, Almeida ouviu que pode haver pouco tempo para a ação antes que haja o colapso de alguma estrutura no casarão ou um dano irreversível. “De acordo com eles, o interior do prédio foi totalmente alterado para atender à escola e o estado de abandono que ele se encontra é terrivelmente grave, mas não se pode prever ou teorizar um colapso total da estrutura”, explica ele. “Existe risco de acidentes no interior do prédio. O tabuado tem risco de ceder e provavelmente o cheiro que advém do lixo e do entulho acumulado pode causar danos à saúde humana”, acrescenta.

Israel diz que percebe em Pitangui algumas iniciativas em prol da municipalização do prédio – ou seja, que ele passe a ser, ao todo ou ao menos em parte, propriedade do Município. “Não creio que seria a melhor solução, dados os recursos robustos que precisarão ser investidos no restauro”, opina.

Esperança na iniciativa privada

O empresário Haroldo Vasconcelos é um conhecido investidor em imóveis históricos de Pitangui. São dele, por exemplo, o antigo casarão de Monsenhor Vicente – cujo restauro custou R$ 2,5 milhões e hoje abriga uma pousada de mesmo nome – e o Edifício Liliza, que fez história ao ser teatro, cinema e, em tempos mais recentes, agência de correio e cujo restauro teve o investimento de R$ 1,1 milhão.

Os dois imóveis estavam em condições bastante precárias e corriam risco de colapso. Como não eram patrimônio público, Haroldo os comprou e restaurou. Não seria tão fácil fazer o mesmo com o Casarão Maria Tangará, uma vez que ele pertence ao Estado. Porém, Haroldo garante que já tentou, tendo inclusive, diz ele, conversado sobre o assunto com o governador Romeu Zema.

Segundo ele, a oferta que fez ao governador teria sido o melhor para o casarão. “Eu preferiria o que sugeri, porque tenho experiência em restaurar. Na época o curso estimado era de R$ 9 milhões. Agora, com todos os danos que já ocorreram, é bem mais. O casarão está caindo aos pedaços e isso faz com que restaurar fique cada vez mais caro”, analisa o investidor.

“Sem falar que tudo o que é feito pelo poder público demanda licitação. Portanto, levaria ainda mais tempo. E quanto mais a obra demora a começar, mais o imóvel se deteriora mais e a situação piora. Com base na minha experiência com isso, creio que o Estado não vai restaurar por iniciativa própria. Até porque não dá votos. Esse casarão é um dos mais importantes de Pitangui. A população precisa lutar pela restauração”, diz Vasconcelos.

Prefeitura busca posse

A Prefeitura de Pitangui informou que já dialoga com o governo de Minas sobre a transferência de posse do imóvel. “Embora o casarão pertença ao Estado, é um patrimônio pitanguiense e por isso há interesse do Município em tê-lo. Apenas com a posse do imóvel é que a Prefeitura poderia investir recursos próprios ou destinar emendas parlamentares. Existe uma conversa junto ao Estado solicitando a cessão. Mas isso ainda está sendo discutido no âmbito estadual”, diz o Executivo.

MPMG na cola

No Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a promotora de Patrimônio Histórico e Cultural de Pitangui Larrice Luz Carvalho, informou que há um procedimento em andamento e que já segue na Justiça, com sentenças já determinadas contra o Estado. “Temos uma reunião agendada com representantes do Estado para cobrarmos uma solução”, afirma.

A reportagem tentou contato com o governo de Minas, contudo, não obteve retorno até a publicação desta matéria.

 

FONTE ESTADO DE MINAS

BDMG atinge recorde histórico e financia quase R$ 3 bilhões em 2023

Liberações de crédito para empresas e prefeituras superaram anos anteriores; para municípios o valor desembolsado cresceu 90%

Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) atingiu o recorde histórico de desembolsos em 2023. Foram R$ 2,98 bilhões liberados em crédito pelo Banco até 31/12, R$ 558 milhões a mais do que em todo o ano passado e um volume 23% superior ao total de financiamentos realizados no período anterior, de R$ 2,42 bilhões.

“Mesmo com todos os desafios o BDMG alcança resultados relevantes, ampliando ano a ano seus volumes de desembolso, financiando mais prefeituras e empresas de todos os portes, especialmente os pequenos negócios. Não há dúvidas de que 2023 foi um ano de grandes entregas do Banco”, afirma o presidente do BDMG, Gabriel Viégas Neto. “Além disso, crescemos os desembolsos em investimentos. Isso significa que o crédito está chegando a quem quer ampliar seus negócios, contratar pessoas, expandir. Iniciativas fundamentais para estimular empregos e renda e, assim, levar desenvolvimento ao Estado”, completa.

Para o setor público, os desembolsos quase dobraram em relação ao ano passado, ultrapassando R$ 328,5 milhões em 2023. Em 2022 foram R$ 173,7 milhões. Os recursos para prefeituras são oferecidos por meio de linhas permanentes de crédito e editais para apoiar a construção e melhorias de vias públicas, aquisição de equipamentos, investimentos em projetos de iluminação pública, infraestrutura, entre outras iniciativas.

Já para empresas, o destaque é nas micro e pequenas, segmento no qual o crédito também chegou de forma ampliada em 2023. Para os pequenos negócios, importantes geradores de emprego e renda no estado, o crescimento foi de 31%, alcançando quase R$ 490 milhões até 31/12. Já para as médias e grandes empresas, o volume de desembolsos cresceu 12%, chegando a R$ 2,1 bilhões no último domingo.

Os recursos desembolsados pelo BDMG chegaram a todas as regiões do estado, ultrapassando 613 cidades mineiras, e em segmentos diversos, especialmente Comércio e Serviços. Para mais de 300 prefeituras mineiras, o BDMG é a única instituição financeira a oferecer crédito.

Crédito verde

Os desembolsos em projetos de sustentabilidade também cresceram. Considerando o financiamento a projetos de eficiência energética e energia renovável, o crescimento foi de 61,5% neste ano, saindo de R$ 235 milhões em 2022 para R$ 379,5 milhões em 2023.

Os desembolsos alinhados a pelo menos um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU somam cerca de 40%.

“Para os próximos anos, nossa meta é ampliar ainda mais o financiamento a projetos sustentáveis. Apenas no mês de dezembro, o BDMG recebeu sinal verde para a captação de cerca de R$ 1,3 bilhão com instituições financeiras internacionais. Recursos, em sua maioria, conectados com a geração de energia renovável, descarbonização da carteira, apoio a infraestrutura de municípios”, completa o presidente do BDMG.

As captações internacionais ajudaram a melhorar a avaliação de risco do BDMG. Em novembro, o Banco atingiu a nota A nas avaliações de risco de crédito da S&P Global e Moody’s Brasil. De acordo com a divulgação da Moody’s, o BDMG “tem apresentado uma ampla diversificação da sua estrutura de captação, com menor dependência de repasses e crescente acesso a recursos de entidades multilaterais e de investidores do varejo”.

FONTE AGÊNCIA MINAS

Patrimônio histórico de Lafaiete (MG) em ruínas: paisagem, memória e demolição

Atualmente o município possui bem pouco do casario do Séc. XVIII, XIX e princípio do XX, com isso a cidade perde sua identidade cultural ligada à arquitetura. Nesse sentido cabe aqui o conceito de “Não Lugar” elaborado por Marc Augé (1994). Os “não lugares” segundo Augé (1994) são locais que não possuem uma identidade própria e que podemos visualizar em qualquer lugar do mundo.”- (Extraído do artigo , Patrimônio Cultural e Memória, Conselheiro Lafaiete um não lugar?, artigo escrito pela Turismóloga  Kelly Juliane e a professora e arquiteta Renata Maria- Revista Museu/Maio/2019.

Patrimônio edificado no inicio do século XX, arquitetura eclética, demolido, saindo da paisagem urbana e  virando mais uma memória que só poderá ser visto em fotos ou filmagens. (Por João Vicente)

“O passado não é abstrato; ele tem a realidade material como patrimônio, que por sua vez tem consequências materiais para a identidade e o pertencimento da comunidade. O passado não pode simplesmente ser reduzido a dados arqueológicos ou textos históricos – ele é patrimônio de alguém.”Laurajane Smith (é Diretora da Escola de Arqueologia e Antropologia e do Centro de Estudos em Patrimônio e Museu na Australian National University)

     Patrimonio edificado estilo eclético pode ser o próximo da lista.

Hoje deparei com uma triste realidade, realidade essa que sem repetindo desde década de 50 contra os patrimônios culturais  edificados no século XVII, XIX e XX que continuam sendo demolidos em nossa cidade (patrimônios esses que deveriam serem protegidos e  preservados). Não irei me delongar no meu artigo, apenas alertar a sociedade se continuarmos assistindo tudo isso que está acontecendo com o nosso patrimônio arquitetônico cultural em breve a cidade de Conselheiro de Lafaiete vai virar uma cidade fantasma, sem identidade, um não lugar para se viver intensamente o seu lugar, sua aldeia, sua comunidade sem identidade, sem passado e sem memória.  Por fim, se nada for feito por parte da sociedade civil organizada, a história e a memória urbana da cidade,  irão ser conhecidas pelas futuras gerações, somente em papeis de fotografias nas paredes de algumas casas e nos arquivos públicos. Indico a leitura do artigo escrito pela Kelley e a Renata, “Patrimônio Cultural e Memória, Conselheiro Lafaiete um não lugar”? para que os leitores possam fazer suas reflexões a respeito da importância ou não em preservar e manter o nosso patrimônio cultural edificado em pé ou não. Dar a ele (patrimônio edificado) um espaço preservando sua  identidade urbana com a cidade, subjetivamente em um espaço que cumpra sua função social e cultural.

Denúncia de afronta a história: vândalos e ladrões atacam monumento de Tiradentes e arrancam placas de bronze

Sítio da Varginha foi alvo de ação criminosa com furto de placas históricas / DIVULGAÇÃO

Nem mesmo os sítios históricos estão afastados da ação de bandidos. Nossa reportagem recebeu uma denúncia nesta semana de que vândalos e ladrões tomaram de assalto o Monumento de Tiradentes ou Estalagem da Varginha, situado às margens da MG 129, na Estrada Real, na divisa entre Lafaiete e Ouro Branco.
No local, deparamos com um atentado histórico de grandes proporções. Muito mais roubo de placas, o furto ataca a história de Minas. Os ladrões arrancaram diversas placas de bronze afixadas no monumento onde está a perna de Tiradentes.
Erguido em 1989, o monumento em pedra sabão tinha diversas placas comemorativas como a do Bicentenário da Inconfidência Mineira.
A ação dos ladrões é uma afronta a nossa história e merece uma ampla investigação de nossas autoridades. Nossa reportagem repassou a denúncia e as fotos ao Promotor Glauco Peregrino, Curador da Cultura da Comarca de Lafaiete.

Um pouco da história
As ruínas do Sítio da Varginha do Lourenço estão localizadas às margens da via

Sítio histórico da Varginha é tombado pelo IEPHA; atentado mancha a história de Minas / DIVULGAÇÃO

conhecida no período colonial como Caminho Novo e são tombadas pelo IEPHA (Instituto do Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico), desde 21/4/1989. O conjunto constitui-se das ruínas da antiga edificação denominada Estalagem da Varginha, uma gameleira centenária e outras instalações. A Estalagem, em 1788 foi palco de encontros de alguns dos inconfidentes que planejavam a independência do Brasil, o que justificou a exposição – embaixo de uma gameleira – de parte do corpo do único inconfidente condenado a morte – Joaquim José da Silva Xavier – o Tiradentes, em 1792.
Em 1950, a Estalagem foi demolida, restando apenas ruínas. Em 1989, foi erguido o monumento em pedra sabão em homenagem ao Bicentenário da Inconfidência Mineira, quando a Açominas encomendou a obrado artista plástico Raul Amarante Santiago.
O Monumento a Tiradentes é  também conhecido popularmente como “perna do Tiradentes”. No local, há placa com o seguinte texto: “Esta Gameleira, em 1792, cobriu, com sua sombra amiga, parte do corpo esquaterjado de Tiradentes. Seu ideal de construir aqui uma fábrica de ferro está sendo realizado , hoje, pela Açominas, que incorporou à usina esta área, só Sítio da Varginha, por onde passava a Estrada Real, para sua preservação.”
As ruínas eram hospedaria famosa, onde Tiradentes pernoitou com os inconfidentes, tendo ali feito reuniões secretas. Foi propriedade do senhor João da Costa Rodrigues, casado, com dez filhos, morador da Varginha do Ouro Branco, Freguesia de Carijós, Comarca de Villa Rica, a oito léguas da mesma, e vivia do rendimento de uma taberna e de ter um rancho para recolher passageiro.
Sob a frondosa sombra da Gameleira, que conta mais de 300 anos, foi depositada uma parte esquartejada do corpo de Tiradentes em 1792. Há pouco tempo foi danificada por um raio, mas brotou vigorosamente e está se tornando novamente viçosa.

Conheça um pouco da história do Sítio Histórico da Varginha:
https://www.eaiferias.com/2016/09/er-sitio-arqueologico-varginha.html?m=1

De novo: inundações chegam a Fazenda Paraopeba e colocam em dúvida obra de contenção de enchentes

Inundações chegaram a Fazenda mas não causou prejuízos materiais/CORREIO DE MINAS

Os temporais que atingiram cidades da região inundaram imóveis, ruas e grandes áreas rurais. Esta semana, de novo, a histórica Fazenda do Paraopeba, em Lafaiete, às margens da MG 383, também foi alvo das cheias do Rio Paraopeba. Desta vez, as águas alagaram a frente do exemplar do século XVIII, chegando até a entrada do imóvel. Não houve prejuízos materiais, mas a inudações tomaram conta do área ao entorno da fazenda que ficou ilhada no meio da enchente.

Em menos de 45 dias, esta foi a segunda vez que as enchentes chegaram na fazenda, reaberta em 22 de julho de 2017, após restauração financiada pela mineradora Ferrous, cujo valor chegou a mais de R$2,5 milhões, através de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

Outra cheia

No final de janeiro, as chuvas invadiram e alagaram por completo a histórica Fazenda. As águas chegaram bem próximo das janelas do primeiro pavimento da fazenda.  À época, era possível somente chegar a rodovia a pé por uma trilha que fica em uma fazenda localizada na parte mais alta que não foi atingida pela enchente.

Não passou pelo teste

Obra de vazão das águas do Paraopeba não passaram no teste para prevenção das enchentes/ARQUIVO CORREIO DE MINAS

Após a restauro, a fazenda, pertencente ao Inconfidente Alvarenga Peixoto, passou por obras complementares previstas no Termo de Ajustamento de Conduta  que visaram eliminar o risco de inundações comuns ao patrimônio histórico, como em 2012.

As obras foram implementadas pela Ferrous entre as quais o redimensionando o bueiro de travessia da estrada de acesso ao bem. Além disso, a obra previu o aumento da área da seção da antiga ponte sobre o Rio Paraopeba.

O objetivo das obras era corrigir a vazão do Rio Paraopeba, que foi reduzida com a construção da ponte como a melhoria da drenagem do pátio interno da Fazenda. A previsão é de que as obras estejam concluídas até o próximo mês de fevereiro.

Ao que parece, as obras de prevenção de enchentes não resistiram a sobrecarga da chuvas. Já logo após a entrega da fazenda a gestão da prefeitura, foi levantado um alerta do temor da possibilidade das enchentes já que a obra não eliminaria por completo as enchentes.

As águas já baixaram mas o temor de novas enchentes permanecem e colocam risco a integridade do bem de grade valor histórico para a região e para Minas gerais

 

Leia mais:

 

Artista expõe em postes a cultura e o patrimônio histórico de Ouro Branco

O artista Ricardo Hellmeister, popularmente conhecido como Ricardo Mosaico, realiza atividades para remodelação de alguns postes ao longo da Rua Santo Antônio, Centro. Após a limpeza dos postes, o artista faz pinturas e aplicações com temáticas ligadas a cultura e patrimônio local.

Ricardo Hellmeister tem trabalhos em praticamente todos os estados do Brasil devido exposições itinerantes, além de visitas a países da América do Sul, EUA, Japão, Alemanhã, Portugal e outros.
É presença constante em exposições em Itatiaia, Lavras Novas, Ouro Preto, João Monlevade e BH.

Congonhas investe na preservação e restauração de seu patrimônio histórico

Congonhas é a única cidade de Minas a ter a maior parte do seu patrimônio tombado restaurado. Ao todo, dez bens históricos e culturais estão sendo valorizados e preservados. Esses investimentos foram feitos com recursos próprios do município e também em parceria com diversas instituições, como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), por meio do PAC Cidades Históricas, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Entregues à comunidade nos últimos dois anos, a Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, a Matriz de Nossa Senhora da Conceição e a Igreja do Rosário passaram por importantes processos de restauração. A requalificação urbanística da Alameda Cidade de Matozinhos de Portugal e a revitalização da Estação Ferroviária de Congonhas também valorizaram ainda mais a área histórica.

Em breve, o Alto Maranhão receberá, oficialmente, a Igreja Nossa Senhora D’Ajuda, restaurada pela Prefeitura, em parceria com o IEPHA. Datada de 1746, a edificação passou por diversas intervenções, entre elas, a restauração do forro da capela-mor, do altar principal e de seus elementos artísticos.

Os investimentos não param por aí. Estão sendo realizadas a requalificação do Centro Cultural da Romaria, a construção do Teatro Municipal Dom Silvério Gomes Pimenta e a implantação do Parque Ecológico, que ligará esses dois espaços ao Museu de Congonhas. Está prevista, ainda, a  restauração do Cine Teatro Leon.

Resgate: região histórica passa ser denominada de Largo Santo Antônio

Resgate: região histórica passa ser denominada de Largo Santo Antônio/CORREIO DE MINAS

A Câmara de Lafaiete aprovou esta semana um projeto de lei que denomina de Largo de Santo Antônio o espaço público situado no entorno da Igreja de Santo Antônio, tombada pelo Município de Conselheiro Lafaiete como patrimônio histórico, que compreende a área que se inicia na confluência com as ruas Coronel João Gomes, Comendador Baêta Neves e Desembargador Dayrell de Lima, passando pela confluência com a Alameda Oswaldo Cruz e a confluência com a rua Doutor José Lopes de Assis, e termina além da confluência com a Alameda João Augusto Costa.

Também está no largo histórico a Rua Comendador Baêta Neves em toda a sua extensão, que se inicia na Praça Barão de Queluz e termina na confluência com o Largo de Santo Antônio e com as ruas Coronel João Gomes e Desembargador Dayrell de Lima.

A nova lei substitui uma antiga, de 16 de fevereiro de 1973, quando então era prefeito Camilo Prates que trocara a denominação de Largo para Praça.

História

Quadro retrata a Revolução Liberal/Reprodução

A mudança tem um fundo histórico e simbólico. A Capela de Santo Antônio faz parte de um conjunto arquitetônico, histórico cultural que vem deste o inicio da criação da Vila de Queluz em 1799.

O Largo era o nome que dava as praças que nasciam entorno das Capelas e Igreja do Século XVIII em Minas Gerais, portanto apenas resgata esse valor histórico cultural de Lafaiete.

O Largo Santo Antonio é retratado no livro da Revolução de 1842, escrito pelo Cônego Marinho, um dos líderes do movimento em Minas com uma pintura mostrando  a chegada das tropas legalistas vindas de Itaverava  passando onde mais tarde seria construída a Capela de Santo Antonio.

Foi nesse alto que concentraram as tropas do Coronel Nunes Galvão na célebre Batalha de Queluz vencida pelos liberais e que completou em junho 176 anos.

O Presidente e Provador da Irmandade de Santo Antônio, José Marcos Gonçalves, destacou a mudança de denominação, segundo ele, traduz a importância da região no contexto histórico de Lafaiete. “A mudança tem um valor simbólico que resgata nossas origens”, disse.

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