Impulsionada pela cultura, economia da criatividade é um dos principais geradores de empregos em Minas Gerais

Descentralização dos recursos e recorde da Fundação Clóvis Salgado também marcaram a cultura no estado em 2023; área de fomento movimentou R$ 5,1 bilhões na economia criativa

Em 2023, a cultura pulsou em todas as regiões de Minas Gerais, mobilizando milhões de moradores, turistas e trabalhadores após o difícil período da covid-19, e foi motriz de geração de emprego, renda e desenvolvimento da economia criativa. Se 2022 significou a retomada, 2023 ficou marcado por números que não deixam dúvidas: a cultura está mais viva, forte, popular e descentralizada do que nunca em Minas Gerais.

No estado, cultura também é sinônimo de criação de postos de trabalho e crescimento. O setor é responsável por 360.357 empregos no estado, de acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego (PDET – Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho).

De dezembro de 2022 a setembro do ano passado, a economia da criatividade, impulsionada pela cultura e pelo turismo, áreas transversais, complementares e indissociáveis na atuação do Governo do Estado e da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), gerou aproximadamente 50 mil empregos, número que corresponde a 26% de todos os 187.866 postos de trabalho criados em Minas Gerais até novembro, segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), colocando a cultura e o turismo como dois dos principais geradores empregos no estado. 

“A economia da criatividade é responsável por mais de 691 mil empregos em toda Minas Gerais. A meta dos programas Mais Turistas e Minas Criativa é criar 100 mil empregos até o final de 2024, e estamos no caminho certo”, ressalta secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira. Em 2023, somente a atividade turística, essencialmente cultural, movimentou cerca de R$ 34 bilhões em Minas.

R$ 5,1 bilhões na economia criativa

No ano passado, o Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, caminhou de forma ainda mais efetiva rumo a evitar a concentração dos recursos, com o objetivo de democratizar o acesso aos instrumentos de fomento à cultura e fazer com que os recursos cheguem nas mãos dos trabalhadores das mais diversas regiões do estado.

Em setembro, o governador Romeu Zema sancionou a lei Descentra Cultura, que altera o Sistema Estadual de Cultura e propõe uma série de mudanças na legislação do Sistema de Financiamento à Cultura para ampliar o acesso aos mecanismos do sistema estadual de financiamento cultural aos 853 municípios mineiros, promovendo a descentralização, regionalização e democratização dos recursos da cultura em todo o estado. O Descentra Cultura realizou 977 atividades artístico-culturais em todas as regiões do estado.

Até meados de dezembro do ano passado, 118 dos 132 projetos aprovados em dois editais do Fundo Estadual de Cultura (FEC) já haviam recebido R$ 2,9 milhões. Da lista dos projetos aprovados, as iniciativas com proponentes do interior significavam 86,46%. Ao todo, os três editais lançados via FEC – Luz no Patrimônio, Congadeiros e Afromineiridades – vão destinar R$ 8 milhões aos selecionados.

Outro dado importante e que mostra como a cultura faz a roda da economia criativa girar é que, até 13/12/2023, 285 propostas captaram, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura (LeiC), um valor total de R$ 129,2 milhões – valor dividido entre 155 projetos de BH, que somaram R$ 77,1 milhões em recursos captados, e 130 iniciativas de municípios do interior do estado, que chegaram a captar R$ 52,3 milhões. 

Especificamente no audiovisual, setor que viu, entre 2014 e 2021, o número de postos de trabalho aumentar 24,45% em Minas Gerais, 19 projetos captaram R$ 5,8 milhões via LeiC. Vale ressaltar que, nos últimos cinco anos, o Governo do Estado investiu em políticas de fomento no audiovisual e destinou recursos na ordem de R$ 96,5 milhões.

O Governo de Minas e a Secult têm importantes parceiros quando o objetivo é investir em cultura. Em 2023, a Cemig destinou, por meio de editais, patrocínios e outros incentivos, R$ 71 milhões a 157 projetos de 43 municípios mineiros. A Codemge, por sua vez, concedeu R$ 1,5 milhão em patrocínios a iniciativas culturais.

O ICMS Patrimônio Cultural, que cria políticas públicas de preservação do patrimônio, é mais um dispositivo que se destaca. De janeiro a setembro do ano passado, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG) repassou R$ 106 milhões diretamente aos municípios. Vale ressaltar que, das 853 cidades do estado, cerca de 700 já possuem legislação própria de proteção ao patrimônio cultural.

A descentralização também se fez presente na Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Dos 777 projetos aprovados na LeiC, 332 (ou 42,73%) vinham do interior. “A descentralização do acesso aos recursos é uma premissa da Secult, facilita a vida dos produtores, trabalhadoras e trabalhadores da cultura, sobretudo para os municípios que têm dificuldades em chegar aos recursos, compreende a cultura popular e tradicional e inclui e potencializa empresas que patrocinam a cultura. Assim, um maior contingente da população terá acesso aos recursos da cultura. Em Minas Gerais, cultura é sinônimo de desenvolvimento e geração de emprego e renda”, afirma Leônidas de Oliveira.

De acordo com estudos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), cada R$ 1 investido em arte e cultura gera R$ 13 em retorno econômico. Assim, em 2023, contando apenas as leis, instrumentos e ações de fomento à cultura, cerca de R$ 5,1 bilhões foram movimentados na economia criativa do estado.

Lei Paulo Gustavo espelha descentralização

A Lei Paulo Gustavo, que destina R$ 181,3 milhões aos trabalhadores da cultura em Minas Gerais e está na fase de publicação dos premiados, é prova incontestável da participação dos municípios e da descentralização estabelecida como meta pelo Governo do Estado. Fortalecidas pelas políticas públicas criadas nos últimos anos, as cidades do interior foram responsáveis por 63,4% das 5.403 propostas recebidas pela Secult nos editais 02 ao 11. E mais: 98,95% dos municípios (ou 844 dos 853) mineiros aderiram à LPG.

Em maio, foi a vez do Minas Literária entrar no hall das políticas públicas do Governo de Minas e da Secult para a cultura. O investimento inicial é de R$ 9 milhões até 2025. O valor será aplicado em diversas ações para o desenvolvimento cultural e socioeconômico em todo o estado, com foco na leitura, na literatura e nas bibliotecas.

Projeto cuja segunda edição aconteceu em 2023, a Noite Mineira de Museus e Bibliotecas também expandiu as ações culturais para o interior, onde tem importante envolvimento da população e dos agentes culturais. Em cinco edições no segundo semestre do ano passado, a iniciativa teve adesão de mais de 50 municípios. Equipamentos culturais de Barbacena, Campanha, Contagem, Fernandes Tourinho, Gouveia, Governador Valadares, Guarda-Mor, Ipatinga, Itaguara, Lagoa da Prata, Monte Santo de Minas, Patos de Minas, Piranga, São José do Alegre, Uberlândia e Varginha, entre outras cidades, receberam a programação.

Outro fato que merece destaque no cenário cultural de Minas Gerais em 2023 é a inauguração, em outubro, da unidade da Fundação de Artes de Ouro Preto (Faop) em Guaxupé, a segunda fora de sua cidade de origem. No ano em que completou 55 anos, a Faop, como parte da política de descentralização das ações, alcançou 82 municípios, por meio de cursos de formação e capacitação, visitas técnicas, seminários e parcerias para promoção, prestação de serviços e com protagonismo no projeto Minas Santa, concebido especialmente para valorizar a Semana Santa de Minas Gerais.

Dois mil e vinte e três também marcou o lançamento do edital Afromineiridades, que destina R$ 3 milhões a 113 projetos que contemplam festas populares, circulação de grupos, atividades de formação e de transmissão de conhecimento. O Afromineiridades foi criado em 2022 para promover uma série de ações para a proteção das manifestações culturais do povo negro em Minas, permeando e norteando uma importante política de divulgação da cultura popular.

A iniciativa mais recente do programa é a inclusão do hip-hop em um cadastro que mapeia expressões culturais no estado. Artistas, grupos e produtores de cidades como Belo Horizonte, Alfenas, Caratinga, Cataguases, Brasília de Minas, Açucena, Ervália, Andradas, Araguari, Conselheiro Lafaiete, Divinópolis e Córrego do Bom Jesus já se cadastraram. Vale lembrar também que, em janeiro de 2023, o Grande Teatro Cemig Palácio das Artes e a Praça da Liberdade sediaram a 2ª edição do Encontro Estadual das Afromineiridades, que reúne manifestações culturais de diversas cidades do estado.

Recorde de público

Outra marca da cultura em Minas Gerais no ano passado e que merece ser celebrada é o recorde atingido pela Fundação Clóvis Salgado (FCS). Os espaços culturais geridos pela instituição, como o Palácio das Artes e os 30 equipamentos que compõem o Circuito Liberdade, no entorno da Praça da Liberdade, receberam um público relevante em 2023: 7,4 milhões de pessoas respiraram cultura nesses locais. Pelo Palácio das Artes, passaram mais de 2,7 milhões de espectadores. Já o Circuito Liberdade, gerido há um ano pela FCS, recebeu cerca de 4,7 milhões de pessoas.

A publicitária Ellen Nascimento perdeu as contas de quantas vezes entrou e saiu de algum espaço cultural no Circuito Liberdade – foram pelo menos 20 visitas, sem contar os dias em que os cafés do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-BH) ou da Casa Fiat viraram seu local de trabalho. 

“Sempre recomendo o Circuito Liberdade. O Memorial Minas Gerais é, para mim, o segundo ponto cultural que recomendo a todos os turistas que conheço, atrás apenas do Inhotim. Adoro o clima da Praça da Liberdade, sou daquelas que senta no banquinho com uma pipoca e fica imaginando as histórias de quem está ali, as motivações, as dores e as superações de cada pessoa que está ali passeando com seu cachorro, pedindo dinheiro ou vendendo pipoca”, comenta a publicitária.

Apenas no período do Natal, o público que frequentou o Circuito Liberdade foi de 600 mil pessoas. Os números se devem às estratégias criadas pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, pela Fundação Clóvis Salgado e pelas instituições parceiras nos museus e espaços culturais. Pela primeira vez aberto à visitação de forma permanente cinco dias por semana, o Palácio da Liberdade também se destacou e recebeu 220 mil pessoas.

A efervescência cultural traduzida em exposições, mostras de cinema, espetáculos de dança, música e artes cênicas, projetos de formação, residências artísticas e atividades de extensão ajudam a explicar o recorde alcançado pela Fundação Clóvis Salgado. Em 2023, foram investidos R$ 52,7 milhões para o desenvolvimento de mais de 2,7 mil atividades artístico-culturais, presenciais e virtuais.

FONTE AGÊNCIA MINAS

Coca-Cola lança edital para impulsionar ações de desenvolvimento sustentável

Edição 2023 do “Ideias para um Mundo Melhor” recebe inscrições até o dia 25 de outubro e vai beneficiar organizações sem fins lucrativos com atuação em Itabirito, Brumadinho, Moeda e Nova Lima.

A Coca-Cola Femsa Brasil está com inscrições abertas para o edital “Ideias para um Mundo Melhor”.

“A iniciativa tem o objetivo de contribuir com projetos socioambientais que fomentem e promovam o empoderamento e desenvolvimento sustentável de comunidades em Minas Gerais. Podem participar organizações sem fins lucrativos com atuação em Itabirito, Brumadinho, Moeda e Nova Lima. As inscrições devem ser feitas, até 25 de outubro, no site do edital“, informou a empresa.

Duas organizações serão selecionadas e cada uma vai receber apoio financeiro de R$ 25 mil para a implementação de soluções com foco em educação ambiental, reciclagem, preservação, conservação, conscientização, fomento ou adoção de energias renováveis, entre outros temas voltados à sustentabilidade. O resultado será divulgado no dia 27 de novembro.

Selecionado na edição de 2022 do projeto, o Instituto Cabra, localizado em Casa Branca, distrito de Brumadinho, trabalha a conscientização da comunidade sobre o descarte, o consumo e o reaproveitamento de materiais. “O projeto busca promover discussões sobre questões ambientais e transformar a região em um espaço mais ligado à arte, à cultura e à regeneração ambiental”, afirma a conselheira fiscal do Instituto Cabra, Thais Mol.

Em seis anos de edital, o aporte financeiro da Coca-Cola Femsa Brasil possibilitou o desenvolvimento de ações nas cidades do entorno da fábrica da empresa em Itabirito e já impactou positivamente cerca de 9 mil pessoas por meio dos projetos selecionados. Para incentivar o maior número de inscrições, a companhia oferece, anualmente, cursos voltados para a elaboração de projetos, metas e indicadores, além de conceitos de inovação e ferramentas digitais.

“O edital nos possibilita incentivar a comunidade a contribuir para um mundo mais equilibrado e sustentável. A iniciativa reflete nossa missão de gerar valor econômico, social e ambiental nos lugares em que estamos presentes e o nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável e a conservação dos recursos naturais”, afirma Tamires Silvestre, gerente de ESG e Comunicação Externa da Coca-Cola Femsa Brasil.

FONTE RADAR GERAL

Coca-Cola lança edital para impulsionar ações de desenvolvimento sustentável

Edição 2023 do “Ideias para um Mundo Melhor” recebe inscrições até o dia 25 de outubro e vai beneficiar organizações sem fins lucrativos com atuação em Itabirito, Brumadinho, Moeda e Nova Lima.

A Coca-Cola Femsa Brasil está com inscrições abertas para o edital “Ideias para um Mundo Melhor”.

“A iniciativa tem o objetivo de contribuir com projetos socioambientais que fomentem e promovam o empoderamento e desenvolvimento sustentável de comunidades em Minas Gerais. Podem participar organizações sem fins lucrativos com atuação em Itabirito, Brumadinho, Moeda e Nova Lima. As inscrições devem ser feitas, até 25 de outubro, no site do edital“, informou a empresa.

Duas organizações serão selecionadas e cada uma vai receber apoio financeiro de R$ 25 mil para a implementação de soluções com foco em educação ambiental, reciclagem, preservação, conservação, conscientização, fomento ou adoção de energias renováveis, entre outros temas voltados à sustentabilidade. O resultado será divulgado no dia 27 de novembro.

Selecionado na edição de 2022 do projeto, o Instituto Cabra, localizado em Casa Branca, distrito de Brumadinho, trabalha a conscientização da comunidade sobre o descarte, o consumo e o reaproveitamento de materiais. “O projeto busca promover discussões sobre questões ambientais e transformar a região em um espaço mais ligado à arte, à cultura e à regeneração ambiental”, afirma a conselheira fiscal do Instituto Cabra, Thais Mol.

Em seis anos de edital, o aporte financeiro da Coca-Cola Femsa Brasil possibilitou o desenvolvimento de ações nas cidades do entorno da fábrica da empresa em Itabirito e já impactou positivamente cerca de 9 mil pessoas por meio dos projetos selecionados. Para incentivar o maior número de inscrições, a companhia oferece, anualmente, cursos voltados para a elaboração de projetos, metas e indicadores, além de conceitos de inovação e ferramentas digitais.

“O edital nos possibilita incentivar a comunidade a contribuir para um mundo mais equilibrado e sustentável. A iniciativa reflete nossa missão de gerar valor econômico, social e ambiental nos lugares em que estamos presentes e o nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável e a conservação dos recursos naturais”, afirma Tamires Silvestre, gerente de ESG e Comunicação Externa da Coca-Cola Femsa Brasil.

FONTE RADAR GERAL

Empreendimento turistico na região vai impulsionar a economia e gerar mais de 600 empregos

Vila Galé Collection Ouro Preto deverá ser inaugurado no final de 2024; presidente da rede fala ainda em produção de vinhos e azeites

Foi um evento ligeiro regado a comidas e vinhos de Portugal. Na capela do antigo Colégio Dom Bosco, no distrito de Cachoeira do Campo, Jorge Rebelo de Almeida, presidente da Vila Galé, revelou o motivo que o fez escolher Ouro Preto como local para a primeira unidade da rede em Minas: “Eu gostei demais da cidade, que só conhecia de fotografias. Esse local do colégio tem muito espaço, é uma obra de arte. É impossível um turista não gostar de Ouro Preto, de Mariana”, disse. Estavam ao seu lado dois importantes articuladores da vinda da Vila Galé para o Estado, o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, e o prefeito de Ouro Preto, Ângelo Osvaldo.

Para uma plateia formada por membros da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), representantes dos salesianos e autoridades locais, Rebelo assinou o protocolo de intenções com o governo do Estado que oficializa a criação do hotel. Como divulgou o portal O Tempo em abril, o contrato que adquire a propriedade por comodato por 60 anos já havia sido assinado com o salesianos no dia 31 de março. Rebelo destacou que o hotel terá memoriais dedicados à PMMG – ali funcionou de até 1775 o 1º  Regimento Regular de Cavalaria de Minas, onde serviu o Alferes Tiradentes e que daria origem ao primeiro Batalhão de Polícia do país – e aos salesianos – o colégio foi desativado em 2013.

Conversão de patrimônios

Em um telão, um vídeo exibia imagens antes e depois de monumentos históricos revitalizados e transformados em hotéis da marca Collection, a mais esclusiva da rede, nas cidades de Arcos e Braga, em Portugal, e no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro. “Vamos fazer o que mais nos dá prazer: a conversão de patrimônios históricos. Mas é algo sofrido, difícil”, reconheceu Rebelo. Ele afirmou que a rede apenas aguarda a aprovação do projeto pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG) para dar o start às obras, provavelmente em outubro. A abertura está prevista para dezembro de 2024. No momento, os salesianos estão executando obras de reparação dos telhados para garantir a preservação da edificação no período das chuvas.

Antes de chegar a Ouro Preto, os convidados precisaram enfrentar quilômetros de paralisação na BR-356, por conta das obras no trecho entre os KMs 38 e 41, que vai da ponte da lagoa das Codornas até o trevo da Polícia Rodoviária. Uma alternativa é o desvio de 4 km construído pela Vale na  mesma BR, em Nova Lima. A previsão é que esse desvio permaneça ativo e as obras terminem somente em 2027.  Segundo Rabelo, uma das exigências do protocolo assinado é que o governo do Estado melhore o acesso à cidade histórica. Ele, no entanto, não vê justificativa para construção de um aeroporto em Ouro Preto. “Não precisa de aeroporto, não tem racionalidade nem volume de turistas. Confins nos atende perfeitamente”, disse.

Hotel e vinhedo

O novo hotel terá 182 quartos em uma primeira etapa e mais 46 em uma segunda, dois restaurantes, parque para crianças, spa e sete salas de eventos. “Minas é um dos mercados mais fortes da Vila Galé”, enfatizou Rebelo.  Ele brincou ainda que se Minas não tem mar, vai ter piscinas e um lago grande, com chalés ao lado. A rede aposta fortemente nas famílias, hoje o principal foco nos resorts do Nordeste e no litoral do Rio. “Fomos os primeiros a democratizar os preços dos resorts. Crianças até 4 anos não pagam. Duas crianças até 12 anos, no mesmo apartamentos do pais, também não”, disse. Rebelo ainda destacou que vai honrar as tradições do salesianos e investir na contratação e capacitação de mão-de-obra local. Os investimentos da ordem de R$ 80 milhões devem gerar, segundo ele, 120 empregos diretos e 600 indiretos.

O presidente da Vila Galé – o grupo produz os vinhos e azeites da marca Santa Vitória no Vale do Douro, no norte de Portugal – salientou que não descarta utilizar a região de Ouro Preto como campo de experiências para plantação de uvas, em uma parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). “O clima é bom para o vinho. O Brasil também adora os nossos azeites”, destacou. Sobre a cachoeira que dá nome ao distrito e está localizada dentro da propriedade, ele garantiu que dos 400 hectares do terreno só utilizará 195 hectares para o hotel. Perguntado sobre a instalação de uma segunda unidade da rede em Inhotim, em Brumadinho – o destino também foi visitado por Rebelo em novembro do ano passado –, ele afirmou que “as negociações estão travadas, que não tem proposta”.

Hotel nasceu em Lisboa

As negociações da vinda da Vila Galé para Minas Gerais começaram em novembro de 2021, quando uma comitiva do governo de Minas, encabeçada pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) e com presença da agência Invest Minas, participou da Convenção dos Municípios Brasileiros, com apoio da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), para promover os atrativos turísticos de Minas e participar de rodadas de negócios, recordou o secretário Leônidas Oliveira. Na época, um convite foi feito aos diretores da Vila Galé para visitarem o Estado. Em novembro do ano passado, Jorge Rebelo veio pessoalmente conhecer Ouro Preto e Inhotim. “A sugestão do Colégio Dom Bosco teria surgido de uma conversa informal com Mateus Simões (hoje vice-governador)”, conta Bárbara Botega, na época assessora estratégica para Negócios em Turismo da Invest Minas.

Oliveira também lembrou que esse é um momento histórico, porque há mais de 40 anos Minas Gerais não recebia um empreendimento próprio de uma bandeira internacional. “É um marco para turismo mineiro, porque além de gerar emprego e renda, vai preservar a memória da Polícia MIlitar e dos salesianos. Com esse resort da Vila Galé, teremos a oportunidade de internacionalizar Minas”, salientou. E destacou que o “poder de sedução” de Ângelo Osvaldo contribuiu muito para a decisão de Rebelo. O prefeito de Ouro Preto afirmou que o prédio do Bom Bosco já estava vocacionado para a Vila Galé, porque tem um brasão português entalhado pelo mestre Aleijadinho na fachada, “O impacto será grande para o município de Ouro Preto. Esse investimento de R$ 80 milhões deverá se multiplicar nos próximos anos”.

Educação e inclusão

Representante dos salesianos à solenidade, o padre Moacir Scari, ecônomo inspetorial, destacou que, dentro do planejamento estratégico da congregação, um dos objetivos é rentabilizar os ativos e educar a juventude. Ele enfatizou que está apostando na Vila Galé para manter viva essa missão. “É difícil manter um patrimônio histórico preservado sem boas parcerias. Queremos que essa parceria dê um novo significado ao Dom Bosco e traga impacto social, por meio da educação, para a comunidade”, afirmou. Mais do que um centro turístico, acrescentou o padre, que o empreendimento da Vila Galé seja um centro educativo para promover a inclusão social da juventude de Cachoeira do Campo.

FONTE O TEMPO

Projeto de revitalização do terminal rodoviário vai impulsionar comércio e requalificar área central de Lafaiete

Um projeto em curso vai mudar a cara da área central de Lafaiete, diminuir o tráfego de carros e ônibus, agregar ainda mais valor e impulsionar o comércio, principal vocação econômica da cidade. No próximo dia 1 º acontece no auditório da Faculdade de Direito uma audiência pública para discutir a concessão do terminal urbano de Lafaiete.
Através de parceria, a “Logit Transportation Engineers”, com 30 anos de mercado, especializada em soluções e planejamento de logística de transportes, referência nacional e internacional, atuando junto ao Governo Federal, na concessão de portos, ela elaborou um projeto, após a publicação pela prefeitura de um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), de viabilidade econômica e a concessão a iniciativa privada através de licitação. O estudo não teve qualquer custo a administração.
Na audiência será apresentado o estudo de caso, através de dados técnicos, da concessão do terminal rodoviário urbano e semiurbano. Pelo projeto, o equipamento será totalmente requalificado e reestruturado, oferecendo aos usuários um serviço moderno e qualificado, com estacionamento, espaços comerciais, etc.
O terminal receberá embarques e desembarques de ônibus de cidades da região, sem contudo retirar do centro o público consumidor, ao contrário, potencializar o setor comercial.
O projeto prevê um rearranjo do terreno em frente a rodoviária onde será construído um edifício comercial com amplas salas, comércios em geral, área de lazer e entretenimento, estacionamento, divididos em 4 pavimentos.

Nova rodoviária

A proposta do projeto é a construção da nova rodoviária às margens da BR 040, no Distrito Industrial, situado há 6 km do centro de Lafaiete, local onde receberá os ônibus interestaduais, com possibilidade de ampliação de linhas.
O empreendimento será erguido em uma área da prefeitura de 630 mil m² com proposta de ampliação comercial. O local foi estrategicamente estudado diante do projeto da construção da variante leste da BR 040, que partirá do viaduto da MG 383 e chegará perto do Parque de Exposições.

Concessão

Após a audiência e recebimento das sugestões pela comunidade e setores organizados, a Prefeitura prepara o edital de concessão. A proposta é que o concessionário em até anos esteja em pleno funcionamento o projeto. O investimento previsto é de R$28,5 milhões com ganhos calculados em 30 anos de quase R$180 milhões.
A receita para bancar o projeto virá das tarifas e exploração comercial e alugueis de espaços. Pelo estudo, 58% da receita do concessionário virá de locação e 32% de receitas tarifárias, dentre outros.
O edital de concessão ainda não tem data definida de publicação, mas deve ocorrer no segundo semestre.

Vale lança capacitação para impulsionar a carreira de 100 mulheres negras

Com duração de cinco meses, programa é gratuito, online e tem o objetivo de fortalecer as competências profissionais das participantes

A Vale abre nesta terça-feira (18) as inscrições para o Programa de Aceleração de Carreira para Mulheres Negras, iniciativa que visa acelerar o desenvolvimento profissional de 100 mulheres negras da sociedade. Por meio de oficinas temáticas, mentoria individual, letramento e aulas com líderes negras renomadas, a Vale quer contribuir para o fortalecimento de competências e habilidades das participantes, preparando-as para atuarem em posições mais estratégicas no mercado de trabalho.

O programa, desenvolvido em parceria com consultores especialistas na pauta racial, é gratuito e tem duração de cinco meses, com uma média de três horas de dedicação semanal. O curso será online e em horário noturno para não comprometer a rotina de trabalho das participantes.

Para se inscrever, as mulheres precisam se auto identificarem como pretas ou pardas, ter formação em qualquer curso superior entre dezembro de 2012 e dezembro de 2018, aspiração profissional e comprometimento com o autodesenvolvimento. A Vale busca, preferencialmente, candidatas dos estados do Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará e Rio de Janeiro, fortalecendo o seu compromisso de construir um legado positivo nas comunidades onde atua.

As inscrições podem ser feitas até dia 9 de novembro pelo endereço www.trabalheconosco.vagas.com.br/valemulheresnegras. O programa de aceleração de carreira é uma iniciativa externa da Vale para propagar conhecimento, não acarretando relação de trabalho entre as participantes e a empresa. O processo seletivo será realizado de forma online, com entrevistas individuais durante os meses de outubro e novembro. O resultado será divulgado em dezembro e a aula inaugural do programa acontecerá ainda em 2022.

“A Vale vem desenvolvendo diversas iniciativas de Diversidade, Equidade e Inclusão buscando contribuir para termos uma sociedade mais justa e com equidade de oportunidades. Somos agentes de transformação e, com este programa, queremos estimular a troca de conhecimento e empoderar essas 100 mulheres negras para que elas possam se desenvolver ainda mais no mercado de trabalho e alavancar suas carreiras”, afirma Marina Quental, vice-presidente executiva de Pessoas da empresa.

Capacitação da força de trabalho

O desenvolvimento de carreira de seus empregados também é um objetivo da Vale. Tendo como foco os grupos minorizados, a empresa conta com três iniciativas principais que visam ao protagonismo e ao crescimento profissional dos participantes.

Uma delas é o programa Potencializando Talentos Negros, lançado este ano, que consiste em oferecer capacitação a 100 profissionais autodeclarados negros da empresa. Durante quatro meses, a iniciativa promove oficinas temáticas, sessões de coaching e mentorias em grupo, abordando temas como Empoderamento Pessoal, Mentalidade de Crescimento e Liderança Humanizada. A Vale tem a meta de atingir 40% de empregados negros em funções de liderança no Brasil até 2026 (atualmente são 29%) e, por meio deste programa, busca acelerar o desenvolvimento de habilidades e competências desses empregados.

Outro programa que está em curso na Vale é o Potencializando Talentos, voltado para pessoas com deficiência e que tem o objetivo de aumentar o nível de consciência dos profissionais em relação à sua capacidade e potencial, despertando neles uma nova forma de pensar e atuar frente aos desafios da profissão. A iniciativa engloba oficinas de desenvolvimento, sessões de coaching, rodas de conversa e grupos de estudo. O programa já está em sua segunda edição, com cerca de 350 empregados participantes. Em 2021, foram 33 vagas oferecidas na versão piloto.

Tendo como foco as mulheres, a Vale também promove a ação Conversas Inspiradoras. Durante três meses, mulheres líderes da empresa têm a oportunidade de receber mentoria de renomados profissionais externos de diversas áreas, a fim de trocarem experiências e compartilharem novas formas de pensar e atuar. A iniciativa visa ao empoderamento das empregadas e ao desenvolvimento de suas carreiras e, nos últimos dois anos, contou com cerca de 200 participantes. Atualmente, as mulheres ocupam 22% dos cargos de alta liderança na Vale, o que representa um aumento de 80% desde 2019. Com a meta de dobrar a representatividade de mulheres em sua força de trabalho até 2025 (de 13% para 26%), a empresa já contratou mais de três mil profissionais nos últimos três anos.

about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.