Vereadores cobram informações sobre funerárias e rotativo

A reunião da Câmara na noite de terça-feira, dia 26, foi marcada pela apresentação de requerimentos pedindo ajuste e mais transparência em relação a alguns serviços.

Vereadores cobram informações sobre funerárias e rotativo/CORREIO DE MINAS

A primeira solicitação foi apresentada pelo vereador Pedro Américo (PT). Ele cobrou diversas informações em relação às ações que deveriam ter sido realizadas pelo Consórcio Público Intermunicipal de Tratamento de Resíduos Sólidos (Ecotres). O questionamento do petista levou a um impasse, já que, na mesma reunião, seria votado um projeto prevendo o terceiro termo aditivo ao contrato do consórcio.

Serviço funerário

Em outro requerimento, o petista solicitou cópia dos contratos de concessão dos serviços funerários. “A intenção é verificar se estão cumprindo a lei nº 4.618, que concede o direito a indigentes e carentes de terem o serviço funerário gratuito em Lafaiete”, afirmou. João Paulo (DEM) explicou que cada mês, uma empresa funerária fica de plantão e a legislação determina que uma cópia da lei sobre a gratuidade seja afixada em locais públicos.

Rotativo

O vereador Alan Teixeira (PHS) cobrou informações sobre o serviço de estacionamento rotativo. Ele questionou a falta de pintura e de vagas para idosos, além de questionar a forma como tem sido gasto o dinheiro oriundo do sistema. Sandro José (PSDB) reforçou que algumas faixas foram pintadas a menos de cinco metros da esquina e que, em muitas, há dificuldade em ver a numeração.

Cresce a insatisfação com a policlínica e vereadores fazem visita relâmpago após denúncia; Sandro José fala em caça ás bruxas

Após a sessão, 6 vereadores visitaram a policlínica com meio de uma denúncia que chegou a um dos parlamentares sobre a falta de médicos. Eles foram ao local e constataram que a escala de plantão estava completa.

A sessão

Nas 3 primeiras sessões de 2019 a saúde a policlínica foram os 2 alvos preferenciais de críticas e insatisfação dos vereadores. Ontem a noite, os discursos demonstram um inconformismos dos vereadores na área, citada no ano passado como a principal carência do lafaietense.

Vereador Sandro José voltou a insinuar que o ambiente no setor de saúde é de insatisfação / CORREIO DE MINAS

Ao que parece os vereadores estão ecoando no plenário, as reclamações das ruas. “O que vem percebendo que houve cortes de funcionários a policlínica e quando um vereador vai ao local tem de ser acompanhado por um funcionário. Quem muito teme é porque esconde algo”, observou o Vereador Sandro José (PSDB).

Ele reclamou que os lençóis da policlínica são menores que as camas e funcionários são obrigados a usar espaladrapos para afixá-los no colchão. “Ao que parece está havendo uma caça às bruxas contra médicos e funcionários. O problema está nos PSF’s. No Santo Antônio faz um ano que não tem médico no PSF. No São Dimas são meses. O que a gente ouve percebe que os funcionários estão trabalhando com medo. O problema está o modo como estão conduzindo as mudanças sem respeitar o funcionário”, denunciou. Na semana passada, o vereador também criticou o clima de pressão por que os funcionários estão passando na policlínica.

O vereador Pedro Américo pediu formação de comissão para apurar o serviço da Policlínica / CORREIO DE MINAS

O Vereador Pedro Américo (PT) também criticou o comando do pronto socorro. “Mexem e mexem, mas as coisas só pioram. Vamos pedir para se criar uma comissão para apurar o que está errado pois o povo que paga”, assinalou, citando que esteve a tarde na policlínica e constatou a demora no atendimento pois somente um médico estava no plantão. “Falam que trocam de plantão, mas demora até duas horas para troca de médicos?”, questionou.

Refém dos médicos

O Vereador e líder do Governo,João Paulo Pé Quente (DEM)culpou a classe médica pela situação da policlínica. “Lá sempre foi assim. O sistema é refém dos médicos. Vejam nos PSF’s eles não cumprem horário. Se atrasou o plantão na policlínica eles não cortam os salários deles”, disparou.

O Vereador Carlos Nem cobrou reforma do piso do PSF do Museu / CORREIO DE MINAS

Inadmissível

Na ladainha de críticas, o vereador Carlos em (SD) lamentou a reforma do piso da sede do PSF do Museu e classificou a situação como inadmissível. “já fazem mais de 2 anos que solicitei a reforma dos tacos do piso do PSF do Museu e até agora nenhuma ação. Coisa de se fazer em poucos dias. Infelizmente, esta situação é inadmissível”. “Nada contra o executivo, mas há muitas cobranças na área da saúde”, apontou Lúcio Barbosa (PSDB).

Exames e CAPS

Foram aprovados dois requerimentos que renderam mais de 20 minutos de uma longa discussão. O vereador Fernando Bandeira (PTB) cobrou informações sobre a redução de médicos para atender aos usuários do CAPS. Ele pediu o número de usuários atendidos e o número de servidores que trabalham no local com seus respectivos cargos. “Estou preocupado com a condução da política do setor. O nosso CAPS era excelência, mas as coisas não andam bem”, lamentou o vereador Lúcio.

O Vereador Fernando Bandeira apresentou dois requerimentos de cobrança sobre o Caps e filas de exames e consultas

Em outro requerimento, Bandeira solicitou ao Secretário Municipal de Saúde, informações sobre a demanda reprimida de cirurgias eletivas e algumas sequer possuem previsão de agendamento. Os vereadores citaram diversos casos em que lafaietenses aguardam na fila há vários a espera uma consulta ou exames. “Precisamos exigir respeito aos nossos pacientes”, afirmou Sandro. “Em alguns casos há mais de 1 mil pessoas a frente do paciente esperado por um exame”, lamentou Pedro Américo.

Insatisfeita, ex candidata a deputada estadual deixa PT e dispara contra a cúpula

Insatisfeita, ex candidata a deputada federal deixa PT e dispara contra a cúpula/Reprodução

A empresária e líder comunitária, Neuza Mapa, não pertence mais ao quadro do PT de Lafaiete. Recentemente ela recebeu um convite da direção estadual do PDT e assumiu a direção da sigla e pretende organizar o partido para participar da sucessão municipal em 2020.

Neuza já foi candidata a prefeita de Itaverava em 2016 e neste ano foi candidata a deputada estadual obtendo mais de 5,1 mil votos. “A nossa intenção é buscar lideranças novas e formar um grupo homogêneo capaz de assumir o protagonismo em Lafaiete. Vamos ter candidato a prefeito e chapa completa para o Legislativo. Nossa meta é participar ativamente das eleições municipais, contribuindo com o debate de ideias e projetos para a cidade”, assinalou Neuza.

Como nem tudo são flores, a saída do PT, quando este filiada desde 2013, encerra um ciclo na vida política da ex candidata. Decepcionada, Neuza disparou contra o partido quando se sentiu boicotada pela cúpula estadual. “O partido prega um discurso bonito de inserção, igualdade de gênero, mas na prática faz o inverso. Tudo não passa de discurso”, disparou.

Ela cita que durante a campanha sentiu que havia discriminação interna em favor de grupos. “Enquanto alguns têm acesso ao farto fundo partidário, outros ficam á míngua implorando recursos. Foi o meu caso. Banquei a campanha do meu bolso e recebei apenas R$5 mil. Enquanto isso, outros candidatos tiveram acesso a muitos recursos. numa total discriminação e privilegiando grupos. Teve candidata que recebeu até R$ 500 mil. Qual o critério?”, desabafou.

Neuza afirmou que a política de grupos no partido serve apenas para manutenção dos candidatos que possuem mandatos. “O partido só tem discurso e na prática privilegia apenas os deputados com mandato. Assim não há renovação da sigla e mesmos continuam no poder. Assim busquei alternativas para mudar esta estrutura”, finalizou.

Além dos limites: usuários denunciam goteiras em ônibus da Presidente e vídeo flagra insatisfação

Alguns problemas em Lafaiete vão se tornando crônicos e afetam diretamente a vida dos cidadãos, reféns da omissão dos poderes públicos. Um dos casos mais emblemáticos é do transporte público. São recorrentes e diárias as reclamações do sucateamento da frota da Viação Presidente.

usuários do transporte público convivem com o sucateamento do transporte público e carros em situação precária

Há menos de 20 dias, um ônibus por pouco não atingiu uma escola, batendo contra um muro. Por sorte, os alunos deixaram o educandário momentos antes após o fim do turno de aulas. Também são constantes as denúncias de veículos estragados em via pública quando trabalhadores são obrigados a seguir a pé até o trabalho ou mesmo relatos de pessoas que perderam o horário da consulta por atraso. Os transtornos causados são uma penca de exemplos.

Hoje, nossa redação uma reclamação de que ontem a tarde, dia 20,  na linha São João/Sion, com o ônibus lotado, os passageiros tiveram que se espremerem para fugir das goteiras que saíam dos buracos do teto do veículo.

Os momentos  de revolta, insatisfação e ao mesmo tempo de zombaria geral foram registrados por passageiros. “Quando entramos no ônibus começou uma chuva. O veículo estava cheio de buracos e não parava de cair água nos bancos onde a maioria dos passageiros foram obrigados que sair dos bancos porque não tinha condições de sentar”, narrou um passageiro a nossa reportage.

Em Lafaiete, andar de ônibus é sinal de perigo, insegurança, falta de dignidade e desconforto. Até quando? Onde estão as autoridades para que possam interferir em favor dos usuários do transporte coletivo? Os lafaietenses pedem socorro.

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