Na Europa, uma ilha com vulcões, gêiseres, campos de lava e geleiras é considerada o país mais seguro do mundo já há mais de uma década pelo Índice Global da Paz, do Institute for Economics and Peace. A Islândia, com seus 394 mil habitantes, tem os níveis mais baixos de homicídios, terrorismo e conflitos armados.
“[Islândia] tem sido o país mais pacífico do mundo todos os anos desde que o índice começou [em 2008]”, diz o relatório do 17º Índice Global de Paz.
Enquanto isso, o Brasil ocupa a 132ª posição dentre 163 países. Levando em consideração apenas a América do Sul, o Brasil só fica à frente da Venezuela e da Colômbia no ranking de segurança.
O índice é calculado usando três indicadores chamados de “domínios de paz”. São eles:
Conflito doméstico e internacional, que investiga até que ponto os países estão envolvidos em conflitos internos e externos — como as guerras da Rússia x Ucrânia e Israel x Hamas, por exemplo;
Harmonia ou discórdia dentro da nação, que avalia o que pode ser descrito como segurança e proteção social — usando taxas de criminalidade, atividade terrorista, manifestações violentas, etc.;
Militarização do país, que reflete a ligação entre o nível militar de um país, com acumulação e acesso às armas, e seu nível de tranquilidade dos cidadãos.
De acordo com o índice, o mundo ficou um pouco menos seguro no ano passado, tendo em vista o número de conflitos ou guerras internacionais em seu maior nível dos últimos 15 anos.
“Mortes de conflito interno, relações com países vizinhos e conflitos externos registraram deteriorações significativas, com o número total de mortes relacionadas saltando 96%. Embora o conflito na Ucrânia tenha sido o principal motor deste aumento, o aumento dos conflitos também foi observado em muitos outros países, particularmente na África Subsaariana e na Ásia-Pacífico”, diz o relatório.
Dos dez países mais seguros do relatório, sete estão localizados na Europa. Veja abaixo:
Os países mais seguros do mundo
Islândia
Dinamarca
Irlanda
Nova Zelândia
Áustria
Singapura
Portugal
Eslovênia
Japão
Suíça
Na outra ponta, o Afeganistão detém o título de país mais inseguro do mundo.
Uma aurora boreal pouco comum brilhou no céu de Kerid, no sul da Islândia, em 16 de janeiro. O fenômeno foi registrado em um vídeo do astrofotógrafo Jeff Dai, que mostra longas faixas esverdeadas ondulando no céu.
Normalmente, as auroras boreais têm formato que lembra o de cortinas esvoaçantes. Mas, neste caso, o fenômeno apareceu com várias ondas em sequência.
A aurora ficou com este formato devido a grandes ondas se movendo pelo campo magnético terrestre. “Imagine que o campo magnético da Terra é como a corda de um violão”, explicou Xing-Yu Li, especialista da Universidade de Pequim, na China. Pensando nisso, as ondas são simplesmente vibrações nesta “corda”.
O mais comum é que estes pulsos sejam visíveis só para instrumentos magnéticos de alta sensibilidade, que as registram como linhas irregulares. Mas, neste caso, as partículas fluíram pelo campo magnético do nosso planeta e causaram a aurora, iluminando a ondulação.
O que é aurora boreal?
As auroras boreais acontecem quando partículas energéticas vinda do Sol chegam à Terra e são direcionadas aos polos pelo campo magnético do nosso planeta. Depois, elas interagem com os átomos e moléculas na atmosfera terrestre, liberando energia na forma de luz.
Elizabeth MacDonald, física espacial, destacou a importância das auroras para a compreensão de características da atmosfera superior, como sua densidade e composição. “Estas, por sua vez, nos dizem sobre o campo magnético da Terra, como ele se estende para o espaço e como muda de forma dinâmica”, finalizou.
Segundo o astrofotógrafo Jeff Dai, a exibição dos “cachos de aurora” durou vários minutos até desaparecer no céu do sul da Islândia
Um fenômeno extremamente raro, resultado de grandes ondas vibrando no campo magnético da Terra que são desencadeadas pelo impacto de partículas solares, foi registrado por um astrofotógrafo da Islândia: a formação de “cachos de aurora”.
Jeff Dai avistou o espetáculo luminoso em zigue-zague sobre o lago da cratera Kerid em 16 de janeiro, segundo o site Spaceweather.com. Segundo ele relatou em uma publicação no Instagram, o fenômeno incomum durou vários minutos antes de desaparecer completamente.
As auroras são criadas quando partículas altamente energéticas do Sol ultrapassam o campo magnético (magnetosfera) da Terra e excitam moléculas de gás, que emitem luzes coloridas como resultado. Normalmente, esses rastros luminosos dançantes giram aleatoriamente pelo céu noturno sem forma ou padrão definido.
O que são cachos de aurora?
Os “cachos de aurora” são uma versão rara e altamente formatada dessas luzes causadas por ondulações significativas na magnetosfera, conhecidas como ondas de ultrabaixa frequência (ULF).
Esses tremores magnéticos são mais comumente desencadeados por uma rajada de radiação do Sol (vento solar) colidindo com o escudo protetor do nosso planeta e podem fazer com que a atmosfera “ressoe como um sino”.
Normalmente invisíveis, as ondas ULF são detectadas apenas por instrumentos científicos que são aperfeiçoados na atmosfera superior da Terra. Neste caso, no entanto, as pulsações permitiram que a radiação solar penetrasse na magnetosfera e criasse uma faixa singular de luz que assumiu a forma ondulada.
“Imagine que o campo magnético da Terra é como uma corda de guitarra”, disse Xing-Yu Li, especialista em ondas ULF da Universidade de Pequim, na China. “Na imagem, estamos vendo vibrações nessa corda”.
Não está totalmente claro que tipo de ondas criaram os cachos de aurora porque os tremores magnéticos não foram captados por equipamentos científicos. Com base nas imagens, Li estima que as pulsações magnéticas tinham um comprimento de onda de cerca de um quilômetro.
Tanto as auroras quanto as ondas ULF são mais comuns durante períodos de alta atividade solar. O Sol está próximo ao pico de seu ciclo de atividade atual de aproximadamente 11 anos – auge conhecido como o máximo solar. Nessa fase, as tempestades solares se tornam mais frequentes e poderosas, e o astro dispara surtos mais intensos de vento solar. Com isso, aumentam as chances de vermos mais cachos de aurora nos próximos anos.
Catarata do Estreito da Dinamarca, que é formada pela diferença de temperatura das águas marinhas, está situada entre a Islândia e a Groenlândia; saiba mais
Onde fica a maior cachoeira do mundo? Não está em nenhuma porção de terra do nosso planeta, mas sim no oceano. Trata-se da catarata do Estreito da Dinamarca, onde a água cai por mais de 3 km, entre a Islândia e a Groenlândia.
Segundo o site ILFScience , esta cachoeira submarina é cerca de três vezes mais alta do que a queda d’água mais elevada sem interrupção sobre a terra, que é a cachoeira de Salto Ángel, na Venezuela, com 979 metros de altura.
A catarata do Estreito da Dinamarca também é incrivelmente larga, abrangendo 160 km, e despeja cerca de 5 milhões de m³ de água por segundo — quase o equivalente a 2 mil Cataratas do Niágara no pico de seu fluxo, localizado na fronteira entre Nova York, nos Estados Unidos, e a província canadense de Ontário.
Como a cachoeira se forma debaixo d’água?
Conforme explica a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA), como a água fria é mais densa do que a água quente, no Estreito da Dinamarca, a água gélida fluindo para o sul dos mares nórdicos encontra a água mais quente do mar de Irminger.
A água mais fria é forçada abaixo da água mais quente, fluindo sobre uma enorme elevação no fundo do mar para criar uma cachoeira gigantesca.
O relevo submarino do Estreito da Dinamarca — que, em poucos quilômetros, passa de 500 metros para mais de 3 mil metros de profundidade — faz com que essa corrente de fundo acelere e transborde na forma da cachoeira, segundo comunicado da Universidade de Barcelona, na Espanha. Em seguida, o fluxo chega às grandes depressões do oceano Atlântico Norte.
Aquecimento global é inimigo
O aquecimento global atua como inimigo das cachoeiras subaquáticas. Com a intensificação das mudanças climáticas, os oceanos estão ficando mais quentes e há uma maior entrada de água doce, bem como menos formação de gelo marinho, o que reduz o volume de água fria e densa fluindo para baixo.
“Um bom exemplo está na costa catalã, onde a diminuição do número de dias de tramontana [vento fresco e seco do norte] no inverno no Golfo do Leão e ao norte da costa catalã está causando um enfraquecimento desse processo oceanográfico, que é decisivo na regulação do clima e tem um grande impacto nos ecossistemas profundos”, diz Anna Sanchez-Vidal, professora da Universidade de Barcelona que lidera uma expedição para investigar a catarata do Estreito da Dinamarca.
Catarata do Estreito da Dinamarca, que é formada pela diferença de temperatura das águas marinhas, está situada entre a Islândia e a Groenlândia; saiba mais
Onde fica a maior cachoeira do mundo? Não está em nenhuma porção de terra do nosso planeta, mas sim no oceano. Trata-se da catarata do Estreito da Dinamarca, onde a água cai por mais de 3 km, entre a Islândia e a Groenlândia.
Segundo o site ILFScience , esta cachoeira submarina é cerca de três vezes mais alta do que a queda d’água mais elevada sem interrupção sobre a terra, que é a cachoeira de Salto Ángel, na Venezuela, com 979 metros de altura.
A catarata do Estreito da Dinamarca também é incrivelmente larga, abrangendo 160 km, e despeja cerca de 5 milhões de m³ de água por segundo — quase o equivalente a 2 mil Cataratas do Niágara no pico de seu fluxo, localizado na fronteira entre Nova York, nos Estados Unidos, e a província canadense de Ontário.
Como a cachoeira se forma debaixo d’água?
Conforme explica a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA), como a água fria é mais densa do que a água quente, no Estreito da Dinamarca, a água gélida fluindo para o sul dos mares nórdicos encontra a água mais quente do mar de Irminger.
A água mais fria é forçada abaixo da água mais quente, fluindo sobre uma enorme elevação no fundo do mar para criar uma cachoeira gigantesca.
O relevo submarino do Estreito da Dinamarca — que, em poucos quilômetros, passa de 500 metros para mais de 3 mil metros de profundidade — faz com que essa corrente de fundo acelere e transborde na forma da cachoeira, segundo comunicado da Universidade de Barcelona, na Espanha. Em seguida, o fluxo chega às grandes depressões do oceano Atlântico Norte.
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“Um bom exemplo está na costa catalã, onde a diminuição do número de dias de tramontana [vento fresco e seco do norte] no inverno no Golfo do Leão e ao norte da costa catalã está causando um enfraquecimento desse processo oceanográfico, que é decisivo na regulação do clima e tem um grande impacto nos ecossistemas profundos”, diz Anna Sanchez-Vidal, professora da Universidade de Barcelona que lidera uma expedição para investigar a catarata do Estreito da Dinamarca.
FONTE REVISTA GALILEU
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