Defasagem salarial chega a mais de 60%, assinala sindicalista; “tem servidores que recebem menos de um salário”, desabafa

Usando mais uma vez a Tribuna Popular na noite desta quinta-feira (4), na Câmara Municipal de Lafaiete (MG), o Presidente do Sindicado dos Servidores Públicos, Valdney Alves, afirmou que a defasagem salarial da categoria chega a 62% e propôs um diálogo para reparação das perdas. “A gente está aqui para pedir o apoio dos vereadores a causa dos servidores. Estamos sem ganho real há quase uma década. Sabemos que não há condições de toda a reposição mas que a governo sinalize uma disposição para discutir e um planejamento para repor a defasagem. Mas precisamos discutir e debater. Esta é nossa disposição”, comentou.

Ele adiantou que a Prefeitura foi oficializada da deliberação da assembleia quando os servidores decidiram entrar em estado de greve. “Agora a prefeitura tem 48 horas para agendar uma reunião para discutir nossa pauta de reivindicações. Caso não haja um acordo, a entidade sindical e a comissão de servidores vão entrar em greve, mas vamos até ao diálogo até exaurir as discussões”, pontuou.

Valdney voltou a cobrar direitos dos servidores como a periculosidade de vigias e redução a carga horária para assistentes sociais e pedagogo. “Quando se trata da procuradoria, tudo pode”, criticou.

Ele solicitou aos vereadores a sustação da Emenda 382 e voltou a citar a situação de penúria dos servidores que recebem menos de um salário. “Ainda este em Lafaiete servidores que recebem menos de um salário e dependem da complementação. Estamos há mais de 7 anos sem aumento real. Isso é um absurdo. O prefeito precisa olhar para esta situação”, comentou.

Vereador

O Vereador e Líder do Governo, João Paulo (União Brasil) apoiou as causas do sindicato. “Infelizmente é uma situação que vem de vários prefeitos e não se revolverá uma vez, mas alguém precisa olhar com carinho a situação dos que ganham menos de um salário, inclusive os trabalhadores da usina de asfalto”, encerrou.

Servidores ameaçam greve e sindicato aguarda reunião com prefeitura de Lafaiete

O Sindicato do Servidores Públicos de Lafaiete, através de seu presidente Valdiney Alves, encaminhou hoje (4) ao Prefeito de Lafaiete (MG), Mário Mário Marcus (união Brasil), um ofício de de que a categoria, em assembleia promovida na noite de ontem (3), deliberou por permanecer em estado de greve concedendo a esta administração o prazo até a data de 10 para se reunir com a entidade sindical e a comissão de servidores devidamente constituída para negociação e solução de problemas referente a toda categoria. Em não havendo a negociação neste período com acordo entre as partes a greve geral se iniciará 48 horas após a data como deliberado pela categoria.

“Ressaltamos que a Entidade Sindical respeitará toda a legislação vigente no âmbito da greve, inclusive no que se refere a percentual mínimo em serviços essenciais e excluindo tanto a Guarda Municipal e os Agentes de Trânsito do movimento grevista por pertencerem ao quadro da Segurança Pública”, diz o comunicado

Assuntos a serem discutidos e acordados:

  1. Pauta de Reinvindicações;
  2. Piso Nacional do Magistério;
  • Insalubridade das Cantineiras;
  • Insalubridade dos ACS’s;
  • Sobrecarga de serviço das cantineiras, ASE’s e Auxiliares de Educação, Assistentes Sociais, entre outras funções;
  • Servidores com remuneração abaixo do salário mínimo        sendo este complementado com seus benefícios;
  • Periculosidade dos vigias;
  • Reposição dos direitos suspensos no período pandêmico;
  • Devolução dos dias descontados na greve sanitária de 2021;
  • Vale Alimentação, reajuste e retirada da empresa;
  • Plano de carreira da Saúde e demais servidores;
  • Redução de Cargo horária dos Assistentes Sociais       e Pedagogos I;
  • Não cumprimento do Acordo Judicial;
  • Não pagamento do INSS;
  • Regulamentação do cargo MEI;
  • Vale transporte;
  • Incentivo financeiro anual dos ACS’s e ACE’s;
  • Desvio de função das Auxiliares Escolares e;
  • Falta de estrutura de trabalho e segurança a toda categoria;

Servidores passam por humilhação ao devolver compras com recusa de supermercados em aceitar o cartão alimentação

Nossa reportagem recebeu imagens do constrangimento pelo qual estão passando os funcionários da prefeitura de Lafaiete quando são obrigados a devolver as compras já que supermercados não estão aceitando o vale alimentação. O problema vem tirando o sono dos funcionários e não sabem mais a quem apelar.

A Prefeitura informou que diante da situação instaurou Processo Administrativo contra a empresa operadora do cartão. “Também se faz necessário esclarecer que o município nunca deixou de pagar ou sequer atrasou os valores a serem repassados a contratada visando lançamentos dos créditos nos cartões dos servidores municipais. O pagamento prévio é pressuposto contratual, tendo a empresa o prazo de 24 horas para repasse dos valores após recebimento”, disse a nota oficial da prefeitura.

Repercussão

Na Câmara, os vereadores detonaram a situação que perdura há vários meses. “É muita humilhação ter de voltar com o carrinho de compra. Isso é falta de respeito”, bradou Vado Silva (DC).

O Líder do Governo, o Vereador João Paulo Pé Quente foi mais incisivo e pediu que a prefeitura contrate a segunda empresa vencedora da licitação. “Em Lafaiete só se escolhem as piores. Agora chegou ao cúmulo do absurdo e nenhum supermercado aceita o cartão. Mais que notificar é preciso uma solução urgente pois os servidores não passem vergonha. O Vale foi para R$415,00 mas os estabelecimentos não aceitam. Acredito é que a operadora não está repassando o dinheiro. Em todas as cidades isso dá certo, mas aqui em Lafaiete isso não funciona. Os servidores já não ganham bem e agora passam por este constrangimento”.

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