7 lendas mineiras curiosas

Para um bom mineiro nada melhor do que uma boa história. Pode ser de pescador ou até mesmo de contos sobrenaturais. Com uma rica herança cultural, Minas Gerais traz em suas cidades lendas que marcaram gerações e ainda hoje assustam crianças e até mesmo adultos.

Neste post vamos contar um pouco mais sobre 7 causos que cruzaram séculos para entrarem de uma vez por todas no imaginário dos mineiros. Sejam eles medrosos ou não! Eis algumas das muitas lendas mineiras.

Chico Rei

Durante o ciclo do ouro, no século 18, uma mina situada na antiga Vila Rica, hoje Ouro Preto, tinha como dono Major Augusto, responsável pela compra de um lote de escravos vindos da África.

Entre eles, estava um que se chamava Chico. Trabalhando arduamente na mina diz a lenda que ele conseguiu, juntamente ao filho, não só a carta de alforria como esconder boa parte do ouro em seus cabelos, enriquecendo sob a proteção dos religiosos da época.

Chico conseguiu comprar a mina e a liberdade dos demais negros que trabalhavam no local, ficando conhecido como Rei dos escravos. A partir daí, Chico Rei se tornou uma figura marcante entre as lendas de Minas Gerais. É lembrado como símbolo da liberdade e da luta pelos direitos dos negros. Sua mina ainda pode ser visitada na cidade! Já pensou em um passeio em um lugar assim?

A Loira do Banheiro

Como em várias cidades brasileiras, esta lenda também faz parte de uma escola de Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Durante muitos anos, os alunos foram vítimas de uma professora bem rígida, que exigia bom comportamento.

Ela tinha cabelos loiros e a pele bem clarinha, com traços de fragilidade. Certo dia a professora faltou, fato que nunca acontecera antes. Preocupados, os alunos perguntaram para a diretora sobre o paradeiro da loira.

Ao ouvirem a resposta o clima de pânico invadiu a escola: a professora havia sido atropelada por um trem e, a partir daquele dia, jamais deixaria de assombrar as meninas no banheiro.

Diz a lenda que a loira aparecia no espelho do banheiro feminino toda vestida de branco, com algodão no nariz e nos ouvidos, assustando as meninas que faziam bagunça pelo colégio. Muitos estudantes assustam os mais novos dizendo que a loira do banheiro vai pegá-los. Ou puxar suas pernas durante a noite!

Loira do Bonfim

Imagine uma espécie de sereia. Entretanto, do asfalto. Pois foi assim que a personagem ficou conhecida no centro de Belo Horizonte. Criada por volta da década de 50, a lenda é sobre uma mulher loira que acenava em busca de carona sempre às madrugadas no centro da capital, por volta das 2 horas.

Quando conseguia seduzir um motorista e entrava no carro uma pergunta era dirigida a ela: para onde vai esta linda mulher? Ao cair no encanto da loira, a resposta era bem simples: para minha casa.

Entretanto, ao indicar o endereço, os motoristas iam se deparar nada menos do que o cemitério mais antigo da cidade, situado no bairro do Bonfim. Assim em que descia do veículo, a loira desaparecia no horizonte, assustando a quem queria apenas conquistá-la.

Em Belo Horizonte, muita gente afirma que a lenda foi criada por um antigo morador do bairro. E tudo começou por meio do uso de um manequim de mulher. Brincadeira de adulto ou verdade?

Lenda da Porteira do Óleo

Foi no município de Carrancas que esta lenda ganhou força ao longo dos últimos séculos. Se a pessoa tiver coragem de passar na frente da porteira situada na região leste da cidade após a meia-noite vozes com lamentos de escravos serão ouvidas.

Conta a lenda que foi em uma determinada árvore que ocorreram muitas cenas de chibatadas contra os escravos. Os antigos batem os pés juntos ao dizerem que luzes aparecem e também fazem a porteira se debater sozinha. Seria o choro do sofrimento repassando de geração em geração.

Dona Beija

Sendo uma mulher muito bonita e conquistadora, dona Beija marcou presença em Araxá. Por conta disso, causava muita inveja nas demais mulheres da cidade. Após morrer, uma lenda surgiu ao indicar que a água de uma lagoa onde ela se banhava é sagrada.

A partir de então, quem toma desta água recebe toda a beleza e saúde que eram características marcantes de Dona Beija, uma mulher loira de traços sutis.

Lenda da mulher de duas cores

Aparição constante nas estradas mineiras ou dentro das matas, como nas cidades do Circuito do Ouro, esta lenda fala de uma jovem que havia traído seu avô fazendeiro ao engravidar de um negro.

Contam que o fazendeiro encomendou trabalhos de uma bruxa para que a criança não nascesse viva. Porém, a mulher acabou dando a luz a uma criança com duas cores, com manchas brancas e escuras. Foi acolhida no quilombo, mas logo tentou voltar para a cidade, onde acabou sendo discriminada.

Quando decidiu retornar ao quilombo já era tarde. Não encontrou mais ninguém em razão do fim da escravidão. Ao tentar localizar o seu povo mata adentro, acabou morrendo ao ser atingida por um tiro.

Diz a lenda que ela continua vagando a passos rápidos e largos, nas pontas dos pés, sem se dar conta de que já morrera. Para pavor dos viajantes!

Caboclo D’água

É o responsável pela matança de animais e até mesmo por atacar seres humanos na cidade de Barra Longa.

A lenda não mede esforços para afirmar que um monstro metade homem, metade bicho é o autor de vários crimes nas fazendas, principalmente, nos galinheiros. Os moradores levam a lenda tão a sério que até mesmo uma Associação de Caçadores de Assombração foi criada em Mariana, que integra o Circuito do Ouro.

Se você acha que é brincadeira então saiba que até mesmo armadilhas já foram montadas. E acreditem: recompensas em dinheiro foram oferecidas para quem conseguir caçar a criatura. Você se candidataria?

Ao longo de todas as cidades que compõe o Circuito do Ouro você poderá ouvir muitas outras histórias interessantes sobre lendas mineiras. Não deixe de conhecer esta rica bagagem cultural do povo que não dispensa um dedo de prosa ao lado de um cafezinho pra assombração nenhuma botar defeito!

FONTE CIRCUITO DO OURO

Serra da Saudade: Conheça a Menor Cidade do Brasil: histórias e lendas

Serra da Saudade é a menor cidade do Brasil. A região, que está localizada no estado de Minas Gerais, possui menos de 800 habitantes e grande parte de sua história de povoamento abraça os períodos que envolvem a construção da Estrada de Ferro Belo Horizonte – Paracatu e da construção de Brasília.

Quer conhecer mais de perto as histórias, lendas e como foi o processo de urbanização da menor cidade do Brasil? Então, atente-se aos próximos tópicos e conheça de perto as características de Serra da Saudade, consideradas a menor cidade do Brasil.

Histórias e lendas da cidade: Serra da Saudade – MG

Localizado no estado de Minas Gerais, Serra da Saudade é a cidade com menor população do Brasil e carrega muitas histórias e lendas.

Há muitos anos atrás, quando os trilhos da Estrada de Ferro Belo Horizonte – Paracatu se aproximavam do sopé da serra mineira, era possível avistar na região além de pequenas propriedades, duas grandes fazendas: a fazenda do Rancho e a da Serra da Saudade. A fazenda do Rancho, de propriedade de Pedro Félix, abrigava os viajantes e tropeiros. Já a Fazenda Serra da Saudade, de propriedade de Miguel de Furtado Mendonça, recebeu esse nome em homenagem à grande serra que circula a menor cidade do Brasil.

O progresso desse espaço urbano se deu principalmente durante a construção da Estrada de Ferro Belo Horizonte – Paracatu e durante a construção de Brasília, já que o trajeto mais próximo para chegar lá na época, era passando pela pequena região mineira. Com o passar do tempo, inúmeros moradores foram se agrupando ao redor das duas fazendas formando assim lugarejo.

Em 1882, a fazenda de Serra da Saudade, com cerca de 1.925 hectares, foi dividida entre os vários herdeiros. José Lopes Rodrigues Júnior, herdou a maior parte das terras e vendeu para dois sócios José Calixto Assunção e Joaquim Elias Pereira. Mais tarde José Calixto Assunção adquiriu a parte de seu sócio e quando faleceu todos os seus bens ficaram para sua filha, dona Maria Praxedes Assunção.

Em 28 de Dezembro de 1922, deu início a construção do trecho trecho da Estrada de Ferro que ligaria Dores do Indaiá a Serra da Saudade. Após 3 anos, mais precisamente em 22 de julho de 1925, a estação foi inaugurada e ao seu redor, surgiram as primeiras casas dos funcionários da Estrada, além de posseiros que também realizavam construções na menor cidade do Brasil.

Durante a construção da Estrada de Ferro, José Zacarias Machado doou dois alqueires de suas terras para a construção da estação, contudo, em troca, a estação deveria receber o nome de Estação Melo Viana.

A menor cidade do Brasil está localizada no estado de Minas Gerais
1. A menor cidade do Brasil está localizada no estado de Minas Gerais. Fonte: Você Realmente Sabia

Em 1925 dona Maria Praxedes Assunção também doou um alqueire de suas terras para a construção da Igreja Nossa Senhora do Carmo. Além disso, com a venda de outros lotes que pertenciam a sua fazenda, foram construídas outras casas e posteriormente foram surgindo indústrias como a fábrica de fubá e máquinas de beneficiamento de arroz, assim como, ruas ao redor da praça principal.

A construção da rodovia Belo Horizonte – Uberaba que inclusive contou com a presença de Getúlio Vargas, teve suas obras paralisadas durante a Segunda Guerra Mundial e o racionamento do petróleo. Assim a Estrada de Ferro ainda se manteve como uma ótima rota para tropeiros que precisavam transportar suas cargas para o Alto Parnaíba.

Em 1963 foi fundada a prefeitura municipal. Em 30 de Agosto do mesmo ano, foi implantado o município de Serra da Saudade e José Ribeiro da Silva tomou posse como primeiro prefeito da menor cidade do Brasil.

Em 1969, a Estrada de Ferro foi classificada como antieconômica, e teve seus trilhos arrancados. Na época, a estrada de ferro proporcionava uma grande mobilidade urbana, já que sua estrutura além de auxiliar no transporte de materiais para construção de Brasília, também foi responsável por transportar café, madeira, gado e diamantes.

Por fim, vale ainda comentar que dentre as principais atividades econômicas da menor cidade do Brasil está a agropecuária. Com destaques também para a lavoura de arroz, feijão, mandioca, milho e banana.

Menor cidade do Brasil: vista da Igreja Nossa Senhora do Carmo
2. Menor cidade do Brasil: vista da Igreja Nossa Senhora do Carmo. Fonte: G1

Afinal, qual a menor cidade do Brasil?

Serra da Saudade é considerada a menor cidade do Brasil.

Quantos habitantes tem a menor cidade do Brasil?

Serra da Saudade (MG) é a menor cidade do Brasil em população e conta com 781 habitantes (censo 2017).

Quem nasce em Serra da Saudade?

Quem nasce em Serra da Saudade (MG) deve ser chamado de Serrano-Saudalense.

Menor cidade do Brasil: vista da praça em frente a Igreja Nossa Senhora do Carmo
3. Menor cidade do Brasil: vista da praça em frente a Igreja Nossa Senhora do Carmo. Fonte: Prefeitura Municipal de Serra da Saudade MG

Conheça a lenda da cidade Serra da Saudade

Segundo a lenda da menor cidade do Brasil, por volta do século 18, vivia no lugarejo uma tribo de índios que por motivos desconhecidos foi totalmente destruída, restando no local apenas uma índia, ao qual sofria de total abandono e solidão. O tempo se passou até que parentes da índia que viviam na Bahia, lhe escreveram uma carta.

No entanto, como as cartas, naquela época, eram transportadas por trens de ferro, charretes, carros de boi e poucos automóveis, elas além de demorarem muito tempo até chegarem ao destino, eram muitas vezes danificadas. Dessa forma, quando a carta chegou finalmente ao seu destino, a índia já tinha falecido de saudades de seus entes queridos. Os moradores da região abriram a correspondência e a única palavra que se podia ler era SAUDADE, daí o nome da menor cidade do Brasil ser chamada de Serra da Saudade.

Serra da Saudade é a menor cidade do Brasil
4. Serra da Saudade é a menor cidade do Brasil. Fonte: Correio Braziliense

Quais são as 5 menores cidades do Brasil?

Afinal, quais são as menores cidades do Brasil? Avaliando o ranking das 5 menores cidades do Brasil, podemos destacar:

  • 1° Serra da Saudade – MG (781 habitantes);
  • 2° Borá – SP (837 habitantes);
  • 3° Araguainha – MT (946 habitantes);
  • 4° Engenho Velho – RS (982 habitantes);
  • 5° União da Serra – RS (1.118 habitantes).
Serra da Saudade: menor cidade do Brasil tem menos de mil habitantes
5. Serra da Saudade: menor cidade do Brasil tem menos de mil habitantes. Fonte: Estado de Minas

FONTE VIVA DECORA

6 Lendas mineiras que assombram moradores e turistas

Mineiro tem fama de ser supersticioso, cheio de histórias e crendices, que atravessam as gerações. As lendas que são bastante famosas e conhecidas pelos moradores de diferentes regiões do estado provocam curiosidade e fascínio, mas também receio em muita gente, principalmente na criançada.

Lendas são narrativas em que um fato histórico, centralizado em algum herói popular, se amplifica e se transforma sob a imaginação popular. Em Minas, essas lendas surgiram das histórias herdadas pelos indígenas e também por mitos e contos trazidos pelos portugueses e africanos, que vieram para a região durante o Ciclo do Ouro.

Confira como surgiram algumas dessas histórias intrigantes, que fazem parte das peculiaridades de Minas Gerais.

As lendas mineiras

Lenda dos diamantes, em Diamantina

Na famosa terra dos diamantes reza a lenda que os índios nativos e os homens que chegavam para desbravar o local, iniciaram grandes conflitos na disputa pelo domínio das terras. A veneração que os índios devotavam a grande árvore instigou os portugueses a atacá-la para atingir a tribo. Os nativos acreditaram que se a árvore, símbolo sagrado, fosse derrubada, o fim da tribo estaria próximo.

Tempo depois cacique e guerreiros que ali viviam entraram em conflito e muitos morreram, os poucos sobreviventes assustados se embrenharam pela mata. O céu escureceu e labaredas incendiavam a árvore. Nessa noite, uma grande tempestade atingiu o local com relâmpagos e trovões. Um velho pajé, vendo toda a situação lançou sobre a povoação uma maldição. Uma chuva torrencial caiu e as cinzas da árvore foram atiradas por toda parte, semeando o solo e depois transformaram-se em diamantes.

A alma que pediu missa, em Nova Lima

Conta-se que no local onde está Igreja Matriz de Santo Antônio era uma pequena capela e ao lado um cruzeiro onde um grupo de homens morreu ao levar uma boiada. Algumas pessoas diziam ouvir gemidos e lamentos, mas sem saber de onde surgiam. Até que um dia um morador resolveu perguntar o motivo de tanto lamento e avistou um homem sentado nas proximidades do cruzeiro que respondeu que gostaria que uma missa fosse celebrada em seu nome. A história diz que a suposta alma falou o nome da filha e deu o endereço para que a filha solicitasse a missa em nome do pai. O morador confirmou a história ao se dirigir até o endereço e descobriu que o rapaz morreu naquele local e há muito tempo que uma missa não era rezada para a sua alma.

A capela do Bom Jesus, em Ouro Preto

Um rapaz português ao saber da possível prosperidade com o Ciclo do Ouro nas novas terras conquistada por Portugal demonstrou interesse e veio para o Brasil. Ao se despedir da mãe, ela o presenteou com uma imagem do Senhor Bom Jesus, para sua proteção. Com o tempo começou a gastar de forma desordenada, bebendo muito e perdendo a destreza para o trabalho.

Um dia teve um encontro com uma pessoa bem vestida que em alguns minutos de conversa o ludibriou. Ao fim da noite, a pessoa se revelou ser o diabo e convenceu o rapaz que poderia lhe oferecer vinte anos de uma vida plena com saúde, amores e muita riqueza em troca de sua alma. A ganância falou mais alto e o rapaz aceitou a proposta. Por mais vinte anos viveu de forma desregrada até se esquecer do tal trato. Na véspera que a proposta deveria se cumprir, o rapaz foi surpreendido para pagar a promessa. Mas, se lembrou da promessa que tinha feito a mãe sobre a construção da capela.

O diabo construiu uma capela em um pequeno terreno e quando o templo ficou pronto o português apareceu com a imagem e a depositou no altar dando a posse ao santo. Diz a lenda que após este fato o homem se arrependeu da vida que levou até ali e entrou na vida da penitência passando as suas noites dormindo na pedra fria do chão da capela tornando-se zelador da capelinha.

A lenda da Serra do Caraça, em Catas Altas

O cacique Ubiratã ao morrer deixou dois filhos, Ubajara e Tatagiba. A viúva não aguentou a perda do marido e ficou gravemente doente. Um dos pajés da tribo orientou os filhos que a mãe poderia ser curada se alguém fosse a uma determinada região e procurasse três coisas: ouvir a árvore que tem harmonias, ver o pássaro azul que diz coisas misteriosas e trazer um pouco d’água das fontes de ouro que tinham propriedades mágicas. Os rapazes deveriam ter muito cuidado porque no local havia monstros que encantavam as pessoas. O mais novo, Tatagiba, partiu a procura do antídoto para a mãe.

Ao longo do caminho o índio encontrou as indicações do pajé mas foi encantado e transformado em uma enorme serra cor do céu – conhecido como o morro da Piedade. O irmão mais velho, percebendo a demora do caçula decidiu ir atrás dele. Mas, para evitar que Ubajara também fosse vítima do encantamento o pajé receitou um óleo perfumado para livrá-lo de todo perigo. Ao chegar ao local, Ubajara ouviu a uma voz familiar entre as montanhas e era Tatagiba contando o que havia ocorrido com ele.

Ubajara pegou a água das fontes de ouro e foi ao encontro de sua mãe. Ao cruzar a montanha, derramou uma gota do misterioso óleo sobre o monstro que dormia e o Caraça foi transformado em rocha imóvel. Sua mãe foi curada pelo remédio trazido pelo filho mais velho e resolveu morar ao pé da montanha acompanhada de duas velhas índias, por isso, assim foi dado o nome do rio de Rio das Velhas.

A noiva da Fundação, em Congonhas

Diz a lenda que uma moça era muito apaixonada pelo seu noivo de Congonhas. No dia de seu casamento, estando tudo preparado, o noivo aguardava a noiva no altar da Igreja do Bom Jesus de Matosinhos e foram vítimas de uma tragédia, o carro que transportava a noiva capotou e matou todos os ocupantes. Sem saber o que fazer, o noivo muito abalado abandonou tudo e foi viver no seminário. Dizem que a noiva não se conformou e perambula durante as noites de branco procurando o seu amado pelas salas, pátios e banheiros da Fundação que é o prédio do antigo seminário.

Marden Couto/TurismodeMinas

O Senhor do Mont’Alverne, em São João del-Rei

Uma assembleia acontecia para decidir sobre uma imagem do Senhor do Mont’Alverne, que ia ser colocada no altar-mor da igreja. Os brasileiros desejavam que a imagem fosse esculpida aqui, já os portugueses queriam que a imagem fosse esculpida em terras lusitanas. Como o empasse não foi resolvido, adiaram a decisão. Até que um dia surgiu um peregrino, desconhecido na cidade e que pedia um local para passar a noite. O encarregado o deixou dormir no porão, onde o homem rapidamente se acomodou.

Por dias a porta permaneceu fechada e ninguém via o tal homem. As pessoas começaram a estranhar e resolveram arrombar a porta. Para a surpresa dos locais, o espaço estava totalmente escuro. E ao abrir as janelas avistaram uma imagem do Senhor do Mont’Alverne esculpida, em tamanho natural, pregado à cruz. A perfeição dos traços deslumbrou a todos, que passaram a atribuir o milagre ao peregrino. A notícia correu a cidade e gente de todo lugar se interessava em ver a imagem. Dias depois ela foi transportada para a igreja de São Francisco de Assis.

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Você conhece outras lendas de Minas Gerais? Conta pra gente nos comentários!

FONTE TURISMO DE MINAS

Lendas da Cultura [sobrenatural] mineira

Histórias sobrenaturais é o que não falta nos causos mineiros. Tem criatura que sai das águas da imensidão do Velho Chico, tem fantasma de loira encantando marmanjos e, dizem, até caminhos secretos que ligam Minas a outros países. Vem conferir.

Várias cidades no mundo celebram o dia das Bruxas, ou Halloween, como também é conhecido. Mas essa celebração é muito gringa, por isso, por aqui o dia 31 de outubro vai ser bem brasileiro, ou melhor, mineiro, celebrando a cultura mineira com nossas lendas e causos sobrenaturais mais famosos.

A mística cidade de São Tomé das Letras

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Arte de equilibrar as pedras de São Tomé das Letras

São Tomé das Letras é conhecida como a cidade mística das pedras. Muitos acreditam que essa cidade, a quase 1.500 metros de altitude e grande produtora de toneladas de quartzito, seja um dos 7 pontos energéticos do planeta.

Contam que lá você encontra turistas de todos os lugares, além de ilustres visitantes, como gnomosduendes e até mesmo OVNIs. A presença deles não é garantida em sua visita, mas fotos com estátuas e bonecos espalhados pela cidade sim, e com certeza já garantem a felicidade dos mais empolgados.

Uma das muitas lendas da cidade está na Gruta do Carimbado, bem no centro da cidade. Dizem que ao adentrá-la e percorrer toda sua extensão, o visitante chega a um portal que liga diretamente São Tomé das Letras à milenar e também mística cidade inca de Machu Picchu, no Peru. São 4 mil quilômetros de distância, mas dizem que de São Tomé é logo ali.

Outro destaque na cidade são os quartzitos abundantes na região. Dizem que essa rocha tem poderes energéticos e de concretização de desejos. Por isso, os visitantes das dezenas de cachoeiras da região têm a tradição de empilhar essas pedras encontradas por ali e fazer seus pedidos. Dizem que os desejos se realizam quando a pilha se desfaz e é refeita por outro visitante. O contato com a natureza inspira e fica difícil não querer se energizar e tentar a sorte! 

A boemia de Belo Horizonte e a Loira do Bonfim 

Essa lenda surgiu na primeira metade do século 20, em Belo Horizonte. Contam que uma mulher loira, vestida de branco, jovem e muito bonita frequentava uma das zonas boêmias de Belo Horizonte, o bairro Lagoinha.

Durante a madrugada, pedia carona para retornar à sua casa aos homens que frequentavam a região. Por sua beleza, claro, muitos se interessavam em acompanhá-la. Ao chegar ao destino, percebiam que estavam próximo ao Cemitério do Bonfim, e então ela se despedia caminhando em direção ao muro do cemitério e simplesmente sumia. Até hoje muitos belo-horizontinos garantem ter visto a loira do Bonfim.

O Velho Chico e o Caboclo d’Água

Essa é uma lenda típica dos ribeirinhos e, em Minas Gerais, ela aparece ao longo do rio São Francisco. O Caboclo d’água é uma criatura defensora do Velho Chico e surge com sua aparência monstruosa para assustar pescadores e quem se arrisca a atravessar suas águas à noite.

Contam que ele é responsável por afundar diversas embarcações e, por isso, para espantar a criatura, quem navega pelas águas do Velho Chico carrega uma carranca esculpida na proa dos barcos para espantar o Caboclo D’Água.

Varginha: a cidade dos ETs

O lendário ET de Varginha está presente em monumentos e estátuas na cidade.

Há mais de 20 anos (pasmem!), em janeiro de 1996 os moradores da cidade de Varginha receberam um visitante sideral. Na ocasião em que colocou Varginha no mapa mundial, três meninas relataram ter avistado uma criatura trêmula, com feições de medo ou dor encolhido em um lote vago da cidade.

A descrição era de um ser de pele marrom, olhos vermelhos, cabeça grande, braços, pernas e baixa estatura. Com medo, elas fugiram e, ao retornar, ele já não estava mais no local, só sentiram um cheiro forte, desagradável e indescritível.

Há relatos de outros moradores que observaram movimentações e barulhos estranhos na data e nos dias que se seguiram ao evento, descrevendo inclusive a captura de 2 criaturas pelo exército, estranhas mortes de animais no zoológico da cidade e também de um homem que supostamente entrou em contato direto com o ser dias após a aparição dos ETs.

Esses relatos correram o mundo e receberam destaque em muitos jornais. Embora não tenha havido provas que materializassem a visita e captura dos ETs, até hoje existem diferentes conclusões sobre, mas fato é que este episódio é considerado o maior caso da ufologia brasileira. Os mais empolgados seguem investigando em busca de provas que comprovem a visita de seres extraterrestres em terras mineiras.

Lenda mãe do ouro

Se você já foi a alguma cidadezinha mineira que tenha sua história relacionada ao garimpo, certamente já deve ter ouvido falar dessa lenda.

A lenda da mãe do ouro vem da época do Ciclo do Ouro, lá no século 18. A mãe do ouro seria uma protetora de jazidas de metais preciosos. Curioso, né?

Essa protetora se materializa como uma bola de fogo, em alguns lugares de Minas relatam como uma bola de luz dourada muito intensa, que surge sempre indicando a localização exata de jazidas recheadas de ouro, diamante e por aí vai. Mas como reza a lenda, a mãe do ouro quer proteger essas jazidas, portanto, onde for avistada é onde não se deve mexer.

O que acontece a quem desobedece? Na lenda, os garimpeiros que avistam essa bola de fogo e pela ganância a seguiam, ao se aproximar, aquele brilho incandescente se transformava em uma linda mulher de cabelos dourados, com um vestido longo, branco.

Acham que era sinal de sorte?

Muito pelo contrário, aqueles que ousavam chegar perto tinham seus olhos severamente queimados ou, ainda, eram atraídos para dentro da mina e nunca mais eram vistos.

A lenda também diz que a justiceira mãe do ouro tinha um interesse especial em punir garimpeiros que maltratavam suas companheiras.

E aí, você se arriscaria em ficar rico com esse preço?

Na sua cidade com certeza tem alguma crença, causo misterioso ou superstição pra relembrar e causar arrepios, ou até mesmo boas risadas aos mais céticos. Divirta-se também com a sobrenatural cultura mineira.

FONTE MINAS GERAIS

Histórias da Camapuã relata causos e lendas de um pequeno distrito mineiro

Grupo Teatro de Pedra, de São João del Rei, transforma em livro o “Projeto Histórias de Camapuã”

Resgatar a história oral da comunidade da Serra do Camapuã, distrito de Entre Rios de Minas. Esse. Esse foi o objetivo da equipe do Teatro da Pedra, de São João Del Rei que, em parceria  com o Conselho Municipal dos Direitos da  Criança e do Adolescente (CMDCA), e com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte,  Lazer e Turismo do município, durante o ano 2021,  realizou o “Projeto Histórias de Camapuã”. Para isso, vários moradores e pessoas que têm relação com aquela terra foram entrevistados para que relatassem histórias, lendas  e causos camapuenses. A equipe de pesquisa do teatro coletou extenso material, que foi transformado em livro.

“Nosso objetivo é levar ao conhecimento das crianças  e jovens da comunidade a riqueza e a potência das histórias de sua terra e de suas raízes. Também queríamos ter um registro escrito da cultura oral que permeia a Serra do Camapuã”, ressalta Elis Ferreira, atriz,  arte-educadora do Teatro da Pedra, coordenadora do projeto e autora do  livro. Para que chegássemos a esse belo resultado final, disse ela, o livro contou com a colaboração de Juliano Fereira, diretor do teatro, Rosana Panzera e do líder comunitário  Vicente Paulo de Souza, além de ilustrações de Agnaldo Panzera. Vários moradores colaboraram para o sucesso do projeto.

“A comunidade da Serra do  Camapuã ganha um livro a partir de histórias que fortalece  a memória da comunidade e gera sentimento de pertencimento e zelo pela cultura local.” enfatizou  Felipe Resende Ribeiro de Oliveira, secretário de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo de Entre Rios de Minas, no prefácio do livro.

Distrito.  Serra do Camapuã está encravada na serra que lhe dá o nome. É  um distrito de Entre Rios de Minas, no Campo das Vertentes,e está localizado a 23 km da sede municipal. O local abriga um trecho do caminho velho da Estrada Real  e onde se encontra a  capela dos Olhos d’água, bem cultural tombado pelo Decreto Municipal nº 800, de 27 de novembro de 2000.

A capela pertence à primeira fase da arte colonial mineira e servia de ponto de parada dos viajantes da Estrada real. Foi oficialmente reconhecida pela Igreja em 7 de junho de 1733 e alguns historiadores  a consideram como uma das antigas de Minas Gerais, já que no local foi encontrado um caibro datado de 1683. Ela é dedicada à Nossa Senhora da Lapa.

No dia 26 de março, a equipe do Teatro da Pedra fez o lançamento do livro impresso em Serra do Camapuã. Com edição já esgotada, a obra digital pode ser acessada em: https://www.teatrodapedra.org/general-9.

FONTE O TEMPO

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