Turismo e gastronomia: concursos municipais do Queijo Minas Artesanal são atrativos turísticos e gastronômicos

O Concurso do Serro é um dos destaques da agenda de premiações, que segue em maio e junho.

BELO HORIZONTE (25/04/24) – Quem gosta de um bom queijo Minas Artesanal não pode deixar de conferir a programação dos concursos municipais de queijo em Minas Gerais. A temporada, que começou em abril, promete eventos concorridos e deliciosos queijos artesanais. Neste sábado (27/04), vai acontecer o 15º Concurso Municipal de Queijo Minas Artesanal do Serro, local de grande tradição na arte de fazer queijos. Mas a agenda de concursos municipais segue movimentada nos meses de maio e junho.

O queijo do Serro é um dos mais famosos de Minas, com peças de consistência compacta, cor amarelada e interior semiduro. A ação das bactérias encontradas no solo dos arredores da Serra do Espinhaço proporcionam um sabor levemente ácido, porém suave. O Concurso Municipal de Queijo Minas Artesanal do Serro vai acontecer na Praça João Pinheiro, a partir das 9 horas, acompanhado da Feira Livre dos Agricultores Familiares.

Turismo do queijo

“Historicamente, o Serro é um município muito envolvido com a produção de queijo, nomeando toda uma região. Por ser uma cidade histórica e turística, o concurso do Serro é um momento importante para os produtores de queijos, que fazem parte de roteiros turísticos. Ser um dos campeões, é um atrativo para que os turistas procurem aquela queijaria para ser visitada”, comenta a coordenadora estadual de Queijo Minas Artesanal da Emater-MG, Maria Edinice Rodrigues.

A coordenadora ressalta ainda que os concursos municipais são uma etapa importante do Concurso Estadual do Queijo Minas Artesanal (previsto para agosto), pois é neles que se definem os concorrentes dos concursos regionais, cujos finalistas vão para a grande final estadual. Nas regiões onde não houver concurso, será feita uma seleção de queijos de empreendimentos legalizados junto ao IMA ou serviços oficiais de inspeção para participar do concurso estadual. Em abril, já ocorreram concursos municipais em Bambuí (dia 07), em Paulistas (dia 12) e em Materlândia (dia 24).

Programação de eventos

No mês de maio, serão realizados cinco concursos municipais: Vargem Bonita (dia 04), Dom Joaquim (dia 10), Piumhi (dia 18), Alvorada de Minas e Sabinópolis (os dois últimos no dia 30). Já em julho, tem concurso em São Roque de Minas (dia 1) e em Delfinópolis (dia 30), ambos na Serra da Canastra. “Os concursos municipais são uma etapa importante, pois é um momento particular daquele lugar. No evento, os produtores avaliam seus queijos, assim como a qualidade dos outros competidores. Conquistar o título de campeão agrega bastante valor à produção. O concurso também promove os queijos daquele município”, salienta Maria Edinice.

Nos concursos municipais, os jurados farão avaliações de aspectos internos e externos de cada uma das peças. Externamente são avaliados aspectos como apresentação (formato e acabamento) e cor (uniforme ou manchada). Após partidos, são analisadas a textura (olhaduras e granulação), a consistência (dureza e untuosidade) e o paladar e o olfato (sabor e aroma) dos queijos.

Ao longo do ano, haverá ainda as etapas regionais e todos os concursos contam com a participação da Emater-MG. O Concurso Estadual do Queijo Minas Artesanal é uma realização do Governo de Minas Gerais, por meio da Emater-MG, vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa). Os queijos artesanais mineiros vêm ganhando cada vez mais projeção nacional e internacional, com premiações no exterior e a candidatura do seu Modo de Fazer o Queijo Minas Artesanal (QMA), como Patrimônio Imaterial da Humanidade.

PROGRAMAÇÃO DOS CONCURSOS DE QUEIJOS ARTESANAIS 2024

27/04 – Serro

04/05 – Vargem Bonita

10/05 – Dom Joaquim

18/05 – Piumhi

30/05 – Alvorada de Minas

30/05 – Sabinópolis

01/06 – São Roque de Minas

30/06 – Delfinópolis

Do projeto social para a base do Minas: mineira de Ouro Branco se junta ao clube referência em formação de atletas no Brasil

Beatriz Lima Moreira, 12 anos, aluna do projeto social da Gerdau em parceria com o Minas Tênis Clube, na cidade de Ouro Branco (MG), foi selecionada para integrar a categoria de base de vôlei feminino do clube

Ciente da importância do esporte como ferramenta de transformação, a Gerdau, maior empresa brasileira produtora de aço, que patrocina as equipes profissionais de vôlei feminina e masculina do Minas Tênis Clube, ampliou a parceria em 2022 e implantou nas cidades mineiras de Ouro Branco e Itabirito um projeto social, focado em formação de cidadãos por meio do esporte, aplicando aulas de vôlei e futsal. O projeto hoje atende cerca de 240 jovens entre seis e 17 anos, com todas as vagas sendo preenchidas rapidamente.

Uma dessas adolescentes integrantes do projeto social é Beatriz Lima Moreira, que tem 12 anos e já mede 1,84m. A jovem é um exemplo do sucesso da iniciativa. Ela foi selecionada para integrar a categoria de base de vôlei feminino do clube nos testes de seleção realizados entre o fim de 2023 e início de 2024 e, de acordo com a atleta, treinar com a metodologia do Minas foi um diferencial para que ela alcançasse esse resultado. “Eu estou treinando com pessoas supercapazes, experientes, que vão extrair o melhor de mim e estou indo para campeonatos inimagináveis e isso é incrível. Eu queria agradecer a Gerdau por ter investido em mim lá atrás no projeto em Ouro Branco. Agora eu vou me esforçar bastante, vou usar tudo que estou aprendendo e espero que dê tudo certo”, declarou a nova atleta minastenista.

Vale destacar que ao longo dos últimos 20 anos, inúmeras histórias de superação e conquistas fizeram parte da metodologia da Escola de Esportes e cada aluno levou consigo conhecimento técnico, valores e experiências que os moldaram como cidadãos melhores e mais conscientes.

Vanessa Aparecida de Souza Lima Moreira, mãe da jovem, está alegre em poder ver a filha crescer no esporte. “Quando a Bia foi selecionada, nós ficamos muito felizes, porque é um sonho para qualquer pai ver o filho treinando em um clube que é referência como o Minas. Ela participou de um projeto que atende mais de 90 crianças no vôlei e foi por meio dele que conseguimos chegar aqui”, disse, emocionada.

O diretor de Comunicação e Relações Institucionais da Gerdau, Pedro Torres, destaca a importância de investir em projetos como este para promover a inclusão por meio do esporte. “Para nós da Gerdau, é uma imensa alegria poder olhar a evolução da Bia, que tem se desenvolvido com a metodologia minastenista e hoje está conseguindo dar passos largos no seu sonho de ser uma atleta profissional de vôlei”, afirma Torres.

De acordo com o presidente do Minas Tênis Clube, Carlos Henrique Martins Teixeira, disseminar a metodologia educacional minastenista por Minas Gerais é motivo de orgulho para todos os envolvidos. “Para nós, é gratificante poder levar a metodologia do Clube para tantas crianças e adolescentes, já que o Minas é referência nacional em formação esportiva e está no seu DNA revelar grandes talentos. Como presidente, fico muito orgulhoso quando vejo que a nossa história de quase 90 anos é marcada por tantas conquistas como a da Beatriz. Não é à toa que somos conhecidos como um clube potente, com um vasto histórico de títulos nacionais, internacionais e olímpicos e que coleciona incontáveis trajetórias de superação e vitórias”.

**CRÉDITO DAS FOTOS: ORLANDO BENTO

Festival Gastronômico Sabores das Villas recebe prêmio do Sebrae Minas

Aconteceu na sede do Sebrae Minas em Belo Horizonte, nesta quarta-feira 17/04, a Cerimônia de Premiação do Sebrae “Prefeitura Empreendedora”, realizado pelo Sebrae, evento este que busca reconhecer importantes projetos e municípios que fazem a diferença para o desenvolvimento do empreendedorismo mineiro em seus territórios.
Entre 24 municípios e 30 projetos finalistas, o Festival Gastronômico “Sabores das Villas”, realizado pelo Circuito Villas e Fazendas e municípios, recebeu o prêmio de 2º lugar na categoria “Turismo e Identidade Cultural”.

O Projeto do Festival Gastronômico “Sabores das Villas” foi apresentado ao Sebrae através da Prefeitura Municipal de Conselheiro Lafaiete. O prêmio foi recebido pelo Prefeito Mário Marcus, juntamente com o Presidente do Circuito Villas e Fazendas, Rafael Lana e Secretaria e comunicação do Circuito Camila Borges.

Considerado o maior Festival Gastronômico de Minas Gerais, o Festival Gastronômico “Sabores das Villas” já entra na 4ª edição em 2024, entre 20 de Abril a 02 de Junho de 2024, movimentando a economia e valorizando a gastronomia regional de 12 municípios do Alto Paraopeba e Vale do Piranga.

MAIS OBRAS: Prefeitura de Belo Vale (MG) ampla farmácia municipal

Obra de expansão em andamento! A Prefeitura de Belo Vale deu início à ampliação da Farmácia de Minas, visando aumentar a capacidade de armazenamento de medicamentos. Essa iniciativa reforça nosso compromisso em garantir o acesso contínuo a medicamentos básicos e essenciais para toda a comunidade. Prefeitura Municipal de Belo Vale: Transformando e Desenvolvendo para Todos.

MINAS SEM FOME: Projeto que arrecada latinhas de alumínio, com renda revertida em cestas básicas para famílias com insuficiência alimentar no Vale do Paraopeba, começa em Betim, Ibirité, Esmeraldas, Mário Campos e Brumadinho

O programa Minas sem Fome, que visa contribuir para o combate à insuficiência alimentar e para a preservação do meio ambiente, buscando a conscientização da sociedade sobre a importância da reciclagem, acaba de ser implementado em Betim e Ibirité. Com o envolvimento de associações comunitárias, escolas, comércio local e comunidade em geral, a ação é voltada para os 12 municípios mineiros que compõem o Vale do Paraopeba.
O Programa de Auxílio ao Combate à Insuficiência Alimentar do Vale do Paraopeba prevê auxílio a famílias em extrema pobreza. A iniciativa conta com instalação de containers em pontos estratégicos dos municípios para coleta das latinhas, que posteriormente serão vendidas para instituições que tratam e condensam o material em fardos de alumínio.

Em Betim, o container foi instalado na Associação Bem Estar (Rua Contagem, 100 – bairro Industrial). Na cidade de Ibirité, as doações podem ser feitas na Associação São Lázaro (Rua Gonçalves Dias, 205 – bairro Washington Pires).

No dia 3 de abril, o programa foi implantado em Esmeraldas, na Escola Municipal Aparecida do Socorro (rua João Guimarães Rosa, 23 – bairro São Pedro), em Mário Campos (Supermercados Super Luna – Centro) e em Brumadinho (Supermercados Super Luna – centro).

Os valores arrecadados com a venda dos fardos serão utilizados para a compra de cestas básicas, mensalmente distribuídas a famílias carentes. Estão programadas ainda palestras e blitzes de trânsito para divulgar a ação e também conscientizar o público sobre a importância da reciclagem e preservação do meio ambiente.

Apresentação e parcerias

Patrícia Pacheco, da Promo Produtora, responsável pela execução do Minas sem Fome, explica que a implementação do programa está prevista para os meses de abril e maio. ”Estamos em contato com as demais prefeituras e associações comunitárias, para instalação dos pontos de coleta em escolas, praças e comércios”, afirma.

Segundo Patrícia Pacheco, o programa será executado durante 12 meses.

Os demais municípios onde o programa deverá ser realizado são Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Igarapé, Mateus Leme, Ouro Branco, Sarzedo e São Joaquim de Bicas.

O Programa de Auxílio ao Combate à Insuficiência Alimentar é realizado com recurso destinado pelo Comitê Gestor do Dano Moral Coletivo, pago a título de indenização social pelo rompimento da Barragem em Brumadinho.

Programa Minas sem Fome

Pontos de coleta de latinhas:

Betim – Associação Bem Estar (Rua Contagem, 100 – bairro Betim Industrial)

Brumadinho (Supermercados Super Luna – centro)

Esmeraldas – Escola Municipal Aparecida do Socorro (rua João Guimarães Rosa, 23 – bairro São Pedro)

Ibirité – Associação São Lázaro (Rua Gonçalves Dias, 205 – bairro Washington Pires)

Mário Campos (Supermercados Super Luna – Centro)

Governo de Minas suspende benefício de importadores para equilibrar o mercado e garantir competitividade aos produtores de leite do estado

Decreto publicado nesta quinta-feira (28/3) tem como objetivo apoiar especialmente pequenos e micro produtores rurais, prejudicados por isenções concedidas por outros países do Mercosul que desestabilizam a justa concorrência

Em resposta à concorrência desleal enfrentada pelos produtores de leite mineiros diante da importação crescente de países do Mercosul, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Fazenda (SEF), publicou na edição do Diário Oficial desta quinta-feira (28/4) o Decreto nº 48.791, que estabelece que toda importação de leite em pó passa a ser tributada em Minas Gerais, ficando suspenso o benefício concedido aos contribuintes detentores de Regime Especial. Na prática, isso quer dizer, na importação de leite em pó, a alíquota sobe de 0% para 12%. Já para a venda desse leite em pó fracionado, a alíquota passa de 2% para 18%.

O decreto é válido por 90 dias.  A medida já havia sido antecipada pelo governador Romeu Zema no “Minas Grita pelo Leite“, encontro que reuniu cerca de 7 mil produtores no Expominas, em Belo Horizonte, com o objetivo de dar visibilidade à crise que o setor vem enfrentando devido às importações.

O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de leite – e Minas lidera o ranking, com 9,5 bilhões de litros (27% da produção nacional). Apesar disso, em 2023, o leite em pó foi o principal derivado lácteo importado pelo país, alcançando o volume equivalente a 2,8 bilhões de litros de leite. Esse volume é quase 96% superior ao adquirido em 2019, representando um recorde de importação em 23 anos.

Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), 46% das importações vieram da Argentina e 45% do Uruguai. Como integrantes do Mercosul, os dois países são isentos da Tarifa Externa Comum (TEC) cobrada de países que estão fora do bloco, desestruturando a cadeia produtiva do leite.

No ano passado, as importações mineiras de leite em pó somaram US$ 62,6 milhões. E, neste ano, as compras continuam crescentes. No primeiro bimestre deste ano, as importações já alcançaram US$ 12,7 milhões, representando 20,3% do valor de 2023.

Em Minas, especificamente, vários produtores se veem obrigados a deixar a atividade leiteira em função da competição desleal de mercado originada pela importação do produto, que contribui de forma contundente para a queda de preço do leite pago ao produtor, situação ainda pior para pequenos e micro produtores rurais.

Em janeiro de 2024, o valor pago ao produtor foi de R$ 2,11 o litro, inferior ao mesmo mês de 2023, quando estava em R$ 2,51. Os números evidenciam o impacto negativo das importações nos preços pagos aos produtores mineiros. Em 2022, o preço médio do litro de leite havia sido de R$ 2,71.

O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Thales Fernandes, reforça a importância da medida.

“Essa importação estava desestruturando a produção da maior bacia leiteira do país. Produtores estão desistindo da atividade, que é uma das mais tradicionais do nosso setor agropecuário e importante fonte geradora de emprego e renda, principalmente na agricultura familiar. Com essa medida, o Governo de Minas mostra que está atento às dificuldades e anseios da classe produtiva e continua trabalhando firme para o fortalecimento do setor”.

 

Governo de Minas anuncia medida de proteção aos produtores de leite

Leite em pó ficará mais caro para as empresas importadoras no estado; MG lidera o ranking brasileiro e representa 27% da produção nacional, mas bateu recorde de importações em 2023

O governador Romeu Zema anunciou, nesta segunda-feira (18/3), durante o Minas Grita pelo Leite, que o Governo do Estado vai retirar as empresas importadoras de leite em pó do Regime Especial de Tributação. A medida vem em sintonia com a mobilização em defesa dos produtores mineiros, promovida pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), no Expominas, em Belo Horizonte.

Essas empresas, especificamente, passam a pagar o ICMS, de 18%, no momento da comercialização dos produtos importados.

No ano passado, as importações mineiras de leite em pó somaram de US$ 62,6 milhões. E, neste ano, as compras continuam crescentes. No primeiro bimestre deste ano, as importações já alcançaram US$ 12,7 milhões, representando 20,3% do valor de 2023.

Em Minas, especificamente, vários produtores se veem obrigados a deixar a atividade leiteira em função da competição desleal de mercado originada pela importação do produto, que contribui de forma contundente para a queda de preço do leite pago ao produtor.

Com a medida apresentada nesta segunda-feira, o governo estadual busca apoiar os produtores locais, reduzindo prejuízos e impactos do recente aumento na compra do produto de fornecedores externos.

Dirceu Aurélio / Imprensa MG

Durante o evento, o governador Romeu Zema justificou a ação. “Os produtores de leite representam uma classe muito importante em Minas Gerais, com mais de 220 mil micro e pequenos produtores, o que gera muitos empregos e leva muita renda para o campo. E Minas Gerais é o estado que mais produz leite e laticínios no Brasil. Esses produtores têm sofrido muito com a concorrência do leite importado, que nós consideramos desleal”.

O governador acrescentou que o anúncio é direcionado aos produtores. “O Estado irá retirar o Regime Especial de Tributação daqueles laticínios que têm importado leite, dando mais condição de competir em igualdade com o produto importado”.

Zema explicou ainda que, hoje, esse produto importado tem chegado em quantidade cada vez maior. “E nós sabemos que os países que estão exportando para o Brasil são países que têm subsídios. E, no meu entender, é uma concorrência totalmente desleal, que deixa principalmente o pequeno e micro produtor rural sem condição de competir”.

Ele ainda lembrou que acompanha a vida no campo, e está sempre no interior do estado, o que dá uma percepção realista do mercado. “Nós estamos vendo produtores desistindo. Vendem as vacas produtoras, porque quanto mais produzem, mais têm perdido. Então, essa medida é uma forma de mantermos essa tradição de Minas. O produtor de leite e de queijo tem sido muito prejudicado com essa concorrência”, ressaltou.

Importações

O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de leite – e Minas lidera o ranking, com 9,5 bilhões de litros (27% da produção nacional). Apesar disso, em 2023, o leite em pó foi o principal derivado lácteo importado pelo país, alcançando o volume equivalente a 2,8 bilhões de litros de leite. Esse volume é quase 96% superior ao adquirido em 2019, representando um recorde de importação em 23 anos.

Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), 46% das importações vieram da Argentina e 45% do Uruguai. Como integrantes do Mercosul, os dois países são isentos da Tarifa Externa Comum (TEC) cobrada de países que estão fora do bloco, desestruturando a cadeia produtiva do leite.

Queda de preços

Em janeiro de 2024, o valor pago ao produtor foi de R$ 2,11 o litro, inferior ao mesmo mês de 2023, quando estava em R$ 2,51. Os números evidenciam o impacto negativo das importações nos preços pagos aos produtores mineiros. Em 2022, o preço médio do litro de leite havia sido de R$ 2,71.

Fortalecimento

Vale ressaltar que, além da novidade que acaba de ser apresentada pelo Governo de Minas, o Estado, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), desenvolve outras diversas iniciativas para fortalecimento do setor.

São exemplos: a política de incentivo fiscal de 12%, via crédito presumido, às indústrias de laticínios que adquirem e processam o leite em Minas; e a atuação do sistema estadual da Agricultura para manter toda a prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural, pesquisa agropecuária e defesa sanitária direcionada aos produtores rurais do estado.

MINAS SEM FOME: Projeto vai arrecadar latinhas de alumínio em 12 municípios do Vale do Paraopeba, com renda revertida em cestas básicas para famílias com insuficiência alimentar

Projeto vai arrecadar latinhas de alumínio em 12 municípios do Vale do Paraopeba, com renda revertida em cestas básicas para famílias com insuficiência alimentar

Contribuir para o combate à insuficiência alimentar e para a preservação do meio ambiente, buscando a conscientização da sociedade sobre a importância da reciclagem, com o envolvimento de escolas, do comércio local e comunidade em geral. Esse é o objetivo do Programa Minas sem Fome, que deverá ser implantado em 12 municípios mineiros que compõem o Vale do Paraopeba, a partir do mês de abril.

O Programa de Auxílio ao Combate à Insuficiência Alimentar do Vale do Paraopeba prevê auxílio a famílias em extrema pobreza. A ação contará com instalação de containers em pontos estratégicos dos municípios para coleta das latinhas, que  posteriormente serão vendidas para instituições que tratam e condensam o material em fardos de alumínio.

Os valores arrecadados com a venda dos fardos serão utilizados para a compra de cestas básicas, mensalmente distribuídas às famílias carentes. Estão programadas ainda palestras e blitzes de trânsito para divulgar a ação e também conscientizar o público sobre a importância da reciclagem e preservação do meio ambiente.

Apresentação e parcerias

Patrícia Pacheco, da Promo Produtora, responsável pela execução do programa, explica que a implementação do Minas sem Fome está prevista para os meses de abril e maio. ”Estamos em fase de apresentação do projeto junto aos municípios e de solicitação de apoio às prefeituras e associações comunitárias, para instalação dos pontos de coleta em escolas, praças e comércios”, afirma.

Segundo Patrícia Pacheco, Betim e Esmeraldas serão as primeiras cidades a receber o programa, que será executado durante 12 meses. Prosseguimos nas reuniões com os demais municípios”, completa.

Os municípios onde o programa está sendo apresentado são Betim, Brumadinho, Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Esmeraldas, Ibirité, Igarapé, Mário Campos, Mateus Leme, Ouro Branco, Sarzedo e São Joaquim de Bicas.

O Programa de Auxílio ao Combate à Insuficiência Alimentar é realizado com recurso destinado pelo Comitê Gestor do Dano Moral Coletivo, pago a título de indenização social pelo rompimento da Barragem em Brumadinho.

Produtores organizam “Minas Grita pelo Leite” e acontece nesta segunda-feira (18)

? Produtor rural, você é nosso convidado! Na próxima segunda-feira, será realizado no Expominas, em Belo Horizonte, o Minas Grita pelo Leite.

? A mobilização, liderada pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), reúne deputados estaduais e federais, cooperativas, associações e o governo de Minas para reforçar a cobrança do setor agropecuário contra as importações de leite em pó do Mercosul que estão sufocando o mercado interno.

⚠️ O movimento exige uma resposta definitiva ou salvaguardas emergenciais do Governo Federal em socorro aos produtores de leite.

?️ Anote na agenda: 18/3 (segunda-feira), às 10h. Participe!

Sete cidades turísticas em Minas com nome de mulher; veja se conhece alguma

No Dia Internacional da Mulher, selecionamos destinos que foram batizados com nome de personagens históricas e desconhecidas

O Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta sexta-feira (dia 8 de março), é uma ótima oportunidade para celebrar as conquistas das mulheres em diversos campos, destacar a igualdade de gênero e promover os direitos femininos. Mas a maioria das mulheres reconhece que ainda há muitas batalhas e desafios pela frente. Na Câmara dos Deputados, das 513 vagas, apenas 91 são ocupadas por mulheres. Na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, dos 77 deputados, 15 apenas são do sexo feminino. A desvantagem não é só um privilégio do mundo político. Na geografia, Minas Gerais tem 853 municípios e muito poucos batizados com nome de mulher. Em parte, isso é culpa da cultura machista empregada nos últimos séculos – quase 90 municípios do Estado têm nome masculino. Selecionamos nesta matéria sete destinos turísticas de Minas Gerais que prestam essa homenagem a personagens femininas históricas e até desconhecidas. Veja se conhece alguma delas.

Albertina

A Paróquia do Senhor Bom Jesus, dem Albertina

A cidade é famosa pela natureza e pela produção cafeeira. Entre os atrativos turísticos, estão o Cristo Redentor, a igreja Matriz do Senhor Bom Jesus, o lago municipal e a cachoeira da saudade. Localizada próxima a Jacutinga, no sul de Minas, Albertina faz parte do Circuito Turístico das Malhas do Sul de Minas. A Albertina do nome da cidade era uma moça de extrema beleza, que residia na zona rural. De tal modo ficou conhecida, que quando alguém ia àquela região dizia “vou para Albertina”.

Cristina

Vista de Cristina, com a Paróquia do Divino Espírito Santo ao fundo

A cidade do Circuito Caminhos da Mantiqueira é conhecida pela tradição dos cafés especiais, pela tradição musical das bandas de música, pelos casarões históricos preservados, pela religiosidade (Rota das Capelas e Caminho da Agonia) e pelas paisagens surpreendentes. Conhecida como “cidade Imperatriz”, Cristina é uma homenagem à imperatriz Teresa Cristina, mãe da princesa Isabel. A filha de Dom Pedro II teria visitado a região em 1868 com o marido, o Conde D’Eu. Outros destaques são o Museu do Trem e o Festival Café com Música, no feriado de Corpus Christi, em junho.

Heliodora

Vista aérea de Heliodora, no Circuito Turístico das Águas

Parte do Circuito das Águas, a cidade tem cachoeiras (do Altair, do Pedrão e da Floresta), cavernas (do Pedrão e Cucurutu) e belas paisagens (a Pedra do Ovo é cartão-postal e mirante) que podem ser exploradas por trilhas. Outra dica é visitar a igreja de Santa Isabel 1900/1910) e os alambiques da região. Fundada em 1948, o antigo distrito de Santa Isabel passou a denominar-se Heliodora a partir de 1923, uma homenagem à heroína da conjuração mineira, Bárbara Heliodora.

Januária

Januária, às margens do rio São Francisco, no norte de Minas

O destino do norte de Minas atrai visitantes pelas praias fluviais, pelas cachoeiras, como a do Rio Pandeiros, pelos mirantes para contemplar o pôr do sol, pelas trilhas ecológicas e pelo belo casario colonial preservado. Às margens do rio São Francisco, a cidade é a porta de entrada para o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, um dos sítios arqueológicos mais importantes do país. No distrito de Brejo do Amparo acontece um dos mais belos festejos da Cavalhada em Minas. Umas das versões para a origem do nome do município seria uma homenagem à princesa Januária, irmã do imperador Dom Pedro II e à escrava Januária, que teria fugido do cativeiro e ali teria se instalado.

Leopoldina

A Catedral de São Sebastião, em Leopoldina

O nome do município é uma homenagem à princesa Leopoldina, segunda filha do imperador Dom Pedro II e da imperatriz Teresa Cristina. A cidade conta com atrativos culturais (Festa do Rosário), naturais (cachoeiras do Escorrega e Poeira d’Água) e arquitetônicos, como a Catedral de São Sebastião, o Museu Espaço dos Anjos, a Fazenda Vista Alegre, a estação ferroviária e o Morro do Cruzeiro.

Mariana

A praça Minas Gerais, em Mariana, com as igrejas de São Francisco de Assis e de Nossa Senhora do Carmo

Foi na cidade que todo esplendor colonial mineiro nasceu. Primeira vila e capital de Minas Gerais, Mariana é história pura a cada esquina. Vizinha de Ouro Preto, a cidade foi elevada à categoria de cidade em 1745. O nome é uma homenagem à rainha Maria Ana de Áustria, esposa de Dom João V. Entre os principais atrativos estão a praça Minas Gerais, com as igrejas de São Francisco de Assis e de Nossa Senhora do Carmo, a Basílica de São Pedro dos Clérigos, a Catedral Basílica da Sé, a Casa dos Artistas Mestre Ataíde, o Museu da Música, a Mina da Passagem, o Museu Arquidiocesano e Arte Sacra e a cachoeira do Brumado. Uma dica é o passeio de Maria-Fumaça, o Trem da Vale, entre Ouro Preto e Mariana.

Maria da Fé

Maria da Fé à noite, a terra das oliveiras

Conhecida como a cidade mais fria de Minas Gerais, Maria da Fé, a 1.200 metros de altitude, na serra da Mantiqueira, é famosa pelas plantações de oliveiras e pela produção de azeite. O visitante pode visitar as fazendas, conhecer o processo de produção e degustar azeites. Entre os atrativos, ainda estão a igreja Matriz de Nossa Senhora de Lourdes, a estação de trem com a Maria-Fumaça, o artesanato da oficina Gente de Fibra, com peças produzidas com fibras de bananeira, e a trilha para o pico da Bandeira, a 1.683 m de altitude. O nome da cidade é uma homenagem à Dona Maria da Fé, uma das pessoas mais influentes e importantes da região.

FONTE: O TEMPO

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