Representatividade de mulheres na política e violência de gênero são temas de reunião das ALMG em Ouro Branco

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza na próxima segunda-feira (11/7/22), às 19 horas, reunião em Ouro Branco (Região Central), para debater as políticas públicas municipais e estaduais direcionadas às mulheres.

O encontro será no Salão de Convenções do Instituto Federal de Minas Gerais, no Campus Ouro Branco (Rua Afonso Sardinha, 90).

A presidenta da comissão e requerente para a realização da reunião, deputada Ana Paula Siqueira (Rede), destaca que a audiência pública vai discutir as políticas públicas e a violência de gênero na política

“Sabemos que existe uma ausência, principalmente no interior, de programas assertivos e permanentes com foco nas mineiras. Um dos desafios da comissão é a fiscalização e efetiva cobrança de ampliação desses serviços públicos no interior, inclusive na área da saúde, no atendimento à mulher. Também vamos discutir a questão da violência doméstica na região que é uma crescente, segundo os relatos”, disse.

A deputada ainda pontuou que a interiorização das políticas públicas é uma demanda forte da comissão. “Precisamos de mais casas de acolhimento, políticas de empregabilidade e de atendimento humanizado tanto na saúde quanto na segurança”, completou.

PROBLEMAS EM MATERNIDADE

Em relação ao município, a parlamentar ressalta que há uma reclamação dos moradores do encerramento do atendimento de maternidade, impossibilitando que as gestantes tivessem seus bebês no Hospital Municipal Raimundo Campos. “Tivemos informação de mulheres tendo seus bebês em ambulâncias pela falta do serviço. Vamos apurar com a administração municipal como está a situação da maternidade e da saúde da mulher”, explicou. 

A violência de gênero na política e as ações governamentais para mulheres devem ser debatidas – Arquivo ALMG – Foto:Luiz Santana

REPRESENTATIVIDADE FEMININA

Outro assunto que será abordado é a importância da ampliação da representatividade das mulheres na política. “Muitas Câmaras Municipais não elegeram mulheres e, em outras, a presença é reduzida, ocupando apenas uma ou duas cadeiras”, afirma.

Ana Paula Siqueira lembra que a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher se dedica a fortalecer o protagonismo feminino. Em junho, a comissão, em parceria com a Escola do Legislativo, realizou um curso de formação política só para mulheres. 

Além disso, a parlamentar é autora do Projeto de Lei (PL) 99/19, que prevê o ensino das noções básicas da Lei Maria da Penha nas unidades de ensino estaduais. O projeto foi aprovado na ALMG e aguarda sanção do governador

No dia 10 de junho, ocorreu feminicídio na cidade de Ouro Branco, que resultou na morte de uma mulher de 30 anos, com ferimento no tórax por disparo de arma de fogo. O principal suspeito, marido da vítima, está preso e sob investigação, já tendo confessado o crime. Ele já tinha mandado de prisão aberto por outros delitos.

CONVIDADOS

Participam da reunião o promotor de justiça da Comarca de Ouro Branco, Pedro Henrique Pereira Correa; a delegada adjunta de Polícia Civil de Ouro Branco, Cândida Paula Junqueira de Assis; a vereadora da Câmara Municipal de Ouro Branco, Valéria de Melo Nunes Lopes; a vereadora da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Duda Salabert; e a vereadora da Câmara Municipal de Conselheiro Lafaiete, Damires Rinarlly Oliveira Pinto. 

Ex-candidata a prefeita de Lafaiete faz reflexão do papel da mulher na política

Nas últimas eleições fui a única mulher candidata a prefeita em nossa cidade.

Enfrentei com coragem, sinceridade e respeito sete homens e mesmo não sendo eleita saí vencedora, pois representei as mulheres lafaietenses, representei um novo jeito de governar e acima de tudo fui a voz da democracia.

A luta pela representatividade feminina na política e em cargos de chefia caminha junto ao meu objetivo de realizar uma política diferente e para todos.

Aumentar a representatividade política das mulheres é um trabalho que vem conscientizando o público feminino que a nossa união tem o poder de mudar o futuro do nosso país.

Mesmo assim o número de mulheres na política é muito baixo. Nossa representatividade é menos de 10%, enquanto a média mundial é de 22,1%.

O eleitorado feminino no Brasil é de 54%, em Conselheiro Lafaiete somos 52%, em um universo de aproximadamente 96 mil eleitores.

Isso equivale a aproximadamente 50 mil eleitoras em nosso município.

Você já imaginou 50 mil mulheres unidas em torno das candidaturas femininas?

Poderíamos ter um cenário político com 13 vereadoras eleitas, mas a nossa realidade ainda é cruel, apenas uma cadeira foi ocupada por uma mulher, tendo na disputa 113 candidatas.

Neuza Mapa, candidata a prefeita em Lafaiete nas eleições 2020/REPRODUÇÃO

Existe uma cota de 30% a 70% que garante as mulheres nas disputas políticas, esse foi um passo importante e precisamos dar outro ao conseguirmos concretizar o árduo trabalho de conscientização sobre a importância e os benefícios das mulheres em cargos públicos.

Estamos evoluindo e o aumento da quantidade de homens apoiando as mulheres na política é sinal de grandes mudanças em um futuro próximo.

Aproveito a oportunidade para mais uma vez agradecer aos 6.014 votos de homens e de mulheres que acreditaram na mudança e confiaram na mulher representada por Neuza Mapa.

Deixo a todos o meu desejo de um Feliz Natal com muita Fé no CRIADOR.

E um 2021 com muita coragem, prosperidade, trabalho, saúde, educação, sabedoria e oportunidades para todos e todas.

as últimas eleições fui a única mulher candidata a prefeita em nossa cidade.

NEUZA MAPA, formada em matemática, física, gestão pública, cursando ciências política e pós graduada em matemática.

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Facebook. Neuza Ferreira Mapa e neuzamapa.com.br

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