Cidade Pequena De Minas Gerais Surpreende E Tem O PIB Médio Mais Alto Do Brasil

Na encantadora região da Serra do Caraça, encontra-se o município de Catas Altas, uma joia da Região Central de Minas Gerais. Esse pequeno tesouro recebeu uma distinção notável. O município é detentor do maior PIB per capita do país, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao ano de 2021.

A população de Catas Altas conta com 5.473 habitantes, e não se destaca apenas por sua paisagem montanhosa exuberante, mas também pela importância no cenário da mineração em Minas Gerais.

A cidade está localizada a 120 km da capital do estado, Belo Horizonte, e integra o renomado Circuito do Ouro, parte da histórica Estrada Real, que remonta aos tempos áureos da exploração aurífera no Brasil.

PIB de Catas Altas

O PIB per capita registrado em Catas Altas alcançou a impressionante marca de R$ 920.833, superando outros municípios brasileiros. Entre eles, destacam-se Canaã dos Carajás, no Pará, com R$ 894.806,28, e São Gonçalo do Rio Abaixo, também em Minas Gerais, com R$ 684.168,71.

A história de Catas Altas está intrinsecamente ligada à atividade mineradora. Fundada originalmente em decorrência da exploração de ouro nos idos do final do século XVII, o povoado que viria a se tornar cidade cresceu ao redor das minas, posteriormente denominadas Catas Altas.

Segundo o Circuito Cultural Vieira Servas, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o nome da cidade tem origem nas escavações realizadas nas partes mais elevadas dos morros, onde as minas mais ricas e produtivas estavam localizadas.

Ao longo dos séculos, a atividade mineradora evoluiu, dando lugar à exploração do minério de ferro, que atualmente é o principal motor econômico de Catas Altas.

A Vale, uma das maiores empresas do setor no mundo, é a principal mineradora da região, sendo proprietária da Mina Fazendão, que abriga as barragens Mosquito e Dicão Leste.

Além da mineração

A riqueza de Catas Altas vai além da mineração. A cidade preserva um valioso patrimônio histórico, com ruas de pedras centenárias e a imponente Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição. Além disso, sua cultura gastronômica, clima ameno e charme interiorano atraem turistas ávidos por experiências autênticas.

O artesanato local, as deslumbrantes cachoeiras e o famoso vinho de jabuticaba são apenas alguns dos atrativos que encantam visitantes de todo o Brasil. A Festa do Vinho de Catas Altas, realizada há 22 anos, é um evento imperdível que celebra essa tradicional bebida local.

Segundo Silvia da Cunha Braga, especialista em Turismo e chefe do Departamento de Cultura da prefeitura, é essencial que a comunidade reconheça sua importância para além dos produtos que produz, valorizando sua história e identidade.

 

FONTE COLUNA FINANCEIRA

A riqueza na ‘Dubai’ vizinha ao Brasil: ‘É como se país tivesse ganhado na loteria’

A Guiana tinha uma economia baseada na agricultura de subsistência, mineração de ouro e diamantes e extração de madeira. A partir de 2019, no entanto, as receitas do petróleo passaram a turbinar o PIB do país

Em 1982, os irmãos Shiv e Hemant tinham 19 e 16 anos, respectivamente, quando deixaram a Guiana rumo ao Canadá.

Na época, a dupla deixava para trás um dos países mais pobres do mundo, seguindo os passos de milhares de outros jovens guianenses em busca de uma vida melhor.

Na América do Norte, constituíram família e fizeram carreiras no setor imobiliário e financeiro. Trinta e nove anos depois, em 2021, eles fizeram o caminho inverso. Era hora de voltar, disse Shiv Misir, hoje com 60 anos, à BBC News Brasil.

Os irmãos foram atraídos pelos bilhões de petrodólares que turbinaram a economia do país nos últimos anos. Eles montaram um escritório de corretagem imobiliária especializado em vender e alugar imóveis de alto padrão na capital do país, Georgetown.

Shiv e Hemant são dois representantes da nova classe média que surgiu (ou que retornou) ao país nos últimos anos desde o início da exploração de petróleo no país.

Iniciada em 2019, essa exploração transformou a antiga colônia britânica em uma das economias que mais cresce no mundo.

A Guiana é um país localizado no norte da América do Sul, entre o Suriname e a Venezuela. Tem pouco mais de 800 mil habitantes e surgiu como uma colônia inicialmente holandesa para a produção de cana-de-açúcar.

Somente em 1966 o país foi declarado independente do Reino Unido.

Em 2015, a petroleira americana Exxon Mobil anunciou a descoberta de campos de petróleo gigantes e economicamente viáveis na costa do país.

Nos anos seguintes, o consórcio composto pela Exxon Mobil, a também americana Hess e a chinesa CNOOC arrematou poços a pouco mais de 200 quilômetros da costa guianense.

Até o momento, foram descobertas reservas de aproximadamente 11 bilhões de barris de petróleo, mas estimativas mais recentes apontam que esse volume pode chegar a 17 bilhões.

O valor seria maior que todas as reservas provadas de petróleo do Brasil, estimadas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) em 14 bilhões de barris.

Até então, a Guiana tinha uma economia baseada na agricultura de subsistência, mineração de ouro e diamantes e extração de madeira.

A partir de 2019, as receitas do petróleo passaram a turbinar o Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Em 2020, o então ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, chegou a comparar o país a uma das cidades dos Emirados Árabes Unidos que virou símbolo da riqueza gerada pelo petróleo.

“É a nova Dubai da região, mesmo”, disse Guedes. Os números, de fato, têm chamado atenção.

‘É como se o país tivesse ganhado na loteria’

Hotel da rede norte-americana Best Western sendo construído em Georgetown por empreiteira chinesa — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil
Hotel da rede norte-americana Best Western sendo construído em Georgetown por empreiteira chinesa — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil

Entre 2019 e 2023, o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que o PIB do país tenha saído de US$ 5,17 bilhões (R$ 27,7 bilhões) para US$ 14,7 bilhões (R$ 68,2 bilhões), um salto de 184%.

Em 2022, o crescimento do PIB foi de impressionantes 62%.

Na mesma proporção, o PIB per capita (divisão da riqueza do país pelo número de habitantes) também cresceu.

Segundo o Banco Mundial, saiu de US$ 6.477 (aproximadamente R$ 31 mil) dólares em 2019 para US$ 18.199 (R$ 87 mil) dólares em 2022.

Para efeito de comparação, esse valor é mais que o dobro do PIB per capita brasileiro, que em 2022 foi de US$ 8.917 (R$ 39,9 mil).

“É como se o país tivesse ganhado na loteria. É uma chance que só aparece uma vez na vida. Há um otimismo muito grande no país”, disse à BBC News Brasil Diletta Doretti, representante do Banco Mundial para a Guiana e Suriname, que vive há dois anos em Georgetown.

Na esteira do crescimento gerado pelo petróleo, outros setores da economia do país também cresceram.

De acordo com o FMI, o crescimento do PIB não relacionado ao petróleo como indústria, agricultura e construção civil em 2022 foi de 11,5%.

Os reflexos são visíveis pelas principais cidades do país como a capital, Georgetown.

É possível ver guindastes e operários trabalhando em obras de infraestrutura como hospitais, rodovias, pontes e portos e na construção de hotéis de luxo de redes internacionais como as americanas Marriot e Best Western.

Ao longo das novas rodovias, há dezenas de galpões recém-construídos repletos de tratores, escavadeiras e outros equipamentos para a construção pesada para atender à demanda por obras do país.

Foi por conta desse boom econômico que os irmãos Misir decidiram voltar, ainda que não de forma definitiva, à Guiana.

Desde 2021, a dupla faz viagens frequentes entre Toronto, no Canadá, e Georgetown para tocar os novos negócios.

Ele explica que o dinheiro gerado pelo petróleo vem criando oportunidades tanto para o surgimento de uma nova classe média quanto para a atual elite do país.

“As pessoas se sentem mais seguras. Elas sentem que são parte de algo do que elas podem se beneficiar”, diz Misir.

“Há muita gente rica na Guiana que está indo para o ramo imobiliário ou que está atuando na cadeia de suprimentos da indústria do petróleo.”

Shiv Misir deixou a Guiana aos 19 anos em busca de uma vida melhor e voltou há dois anos atraído pelos dólares do petróleo — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil
Shiv Misir deixou a Guiana aos 19 anos em busca de uma vida melhor e voltou há dois anos atraído pelos dólares do petróleo — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil

Misir afirma que conhece outros imigrantes guianenses que vivem nos Estados Unidos ou no Canadá investindo em imóveis ou terrenos no país na expectativa de lucrarem com o boom do petróleo.

Ao chegarem à Guiana, eles passam a integrar, automaticamente, a nova classe média.

“Há muitos guianenses que estão voltando, e eles procuram viver em condomínios fechados, com segurança e imóveis modernos, com todo o conforto com o qual viviam antes, porque passaram a maior parte de suas vidas em países como os Estados Unidos e o Canadá”, diz Misir.

Acostumado a lidar com clientes de alto poder aquisitivo, ele comenta que parte da antiga e da atual elite do país ainda mantém velhos hábitos de fazer compras no exterior e que, por isso, ainda não há lojas exclusivas de grifes de luxo no país.

Apesar de ter sido colonizado pelos holandeses e pelos britânicos, o país, assim como vizinhos do Caribe, mantém uma estreita ligação comercial e cultural com os Estados Unidos, a pouco mais de quatro horas de voo.

Segundo ele, a maior parte da elite guianense envia seus filhos para estudar em países como Estados Unidos, Canadá ou na Europa.

Misir diz que esse público aproveita as visitas aos filhos para fazer turismo e aproveitar o estilo de vida desses países.

O empresário também diz que, nos últimos anos, o rápido crescimento da economia também encorajou a abertura de empreendimentos focados na elite do país.

“Eles (os ricos da Guiana) vão para os restaurantes de luxo e para os shoppings que foram abertos recentemente. Nossa loja, por exemplo, está em um desses”, disse o empresário.

A corretora de imóveis dos irmãos Misir ocupa uma pequena sala no MovieTowne, que foi inaugurado em 2019, mesmo ano em que começou a exploração comercial de petróleo no país.

No mesmo andar, também há adegas vendendo vinhos importados, inclusive do Brasil, e lojas de perfume com marcas famosas como Dior.

Áreas antes usadas para plantar cana-de-açúcar e arroz agora dão lugar a casas de luxo e condomínios fechados nos subúrbios de Georgetown — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil
Áreas antes usadas para plantar cana-de-açúcar e arroz agora dão lugar a casas de luxo e condomínios fechados nos subúrbios de Georgetown — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil

Nos subúrbios de Georgetown, as mudanças dão a dimensão das transformações pelas quais o país vem passando — e de como o novo dinheiro que circula no país está criando novos hábitos e paisagens.

Antigas plantações de arroz e cana-de-açúcar, que antes eram importantes fontes de riqueza do país, agora dão lugar a shopping centers com lojas de franquias globais e condomínios fechados que abrigam tanto a nova elite do país quanto os imigrantes que chegam para trabalhar na indústria do petróleo.

Um desses shoppings é o Amazonia Mall, na margem leste do Rio Demerara, a pouco mais de meia hora de carro do centro da cidade.

À distância, é possível ver a placa de uma das suas principais lojas: uma franquia da Starbucks.

A loja foi inaugurada em abril de 2023, tem mais de 200 metros quadrados e 50 funcionários. Ela fica frequentemente lotada.

Procurada pela BBC News Brasil, a Starbucks disse que a abertura da loja no país se deveu ao fato de que o país é, hoje, “um mercado vibrante”.

Canteiro de obras global

Operários chineses e guianenses trabalham em obra de ponte sobre o rio Demerara, na Guiana — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil
Operários chineses e guianenses trabalham em obra de ponte sobre o rio Demerara, na Guiana — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil

Há outros sinais que evidenciam a velocidade com a qual a nova riqueza do petróleo chega à Guiana.

O país passou a atrair empreiteiras de diversos países, inclusive do Brasil, em busca de contratos para construção de obras de infraestrutura que o país, há décadas, necessitava.

Dados oficiais apontam que o governo destinou US$ 187 milhões (R$ 925 milhões) em projetos de infraestrutura como rodovias e portos em 2019, o primeiro ano da exploração comercial de petróleo no país.

Em 2023, o valor subiu para US$ 650 milhões (R$ 3,2 bilhões), um crescimento de 247%.

“Moro aqui há quase dois anos. Toda vez que viajo para fora do país, eu percebo a diferença quando retorno”, diz Diletta Moretti, do Banco Mundial.

“Há muita infraestrutura sendo construída como rodovias novas e hoteis. Você percebe, também, o grande número de missões de negócios que chegam ao país.”

Em meio ao fluxo sem precedentes de recursos, o país se transformou em uma espécie de canteiro de obras global.

A Guiana também passou a ser cortejada por países que oferecem crédito para financiar empreiteiras.

“Temos companhias oriundas do bloco europeu, da China, da Índia, Estados Unidos, Canadá e brasileiras”, disse à BBC News Brasil Deodat Indar, que ocupa o cargo equivalente ao de vice-ministro de Obras Públicas da Guiana.

A China aparece nesse tabuleiro como um dos principais jogadores.

Além de expertise em projetos de infraestrutura, o país tem oferecido dinheiro à Guiana para financiar obras contratadas por empreiteiras do país.

Um consórcio de empresas chinesas, por exemplo, venceu a licitação para a construção de uma nova ponte sobre o rio Demerara. A obra foi financiada pelo Banco da China.

O projeto é considerado vital para o desenvolvimento do país, porque a ponte vai substituir uma com mais de 30 anos de uso cujo fluxo é interrompido várias vezes ao dia para a passagem de embarcações pelo rio.

A nova ponte terá uma estrutura pênsil e permitirá o tráfego de navios abaixo dela. O projeto está avaliado em US$ 260 milhões (R$ 1,4 bilhão).

Empreiteiras do país também são responsáveis pela construção de hotéis e de uma série de hospitais contratados pelo governo da Guiana.

Mas a China tem concorrentes. Em 2022, uma empreiteira da Índia ganhou um contrato para a construção de uma rodovia avaliada em US$ 106 milhões (R$ 524 milhões).

Na esteira do crédito internacional, a Áustria também ofereceu crédito para que uma empresa daquele país pudesse construir um hospital público contratado pelo governo da Guiana. O valor do projeto é de US$ 161 milhões (R$ 796 milhões).

Algumas empresas trazem com elas empregados de seus próprios países. É o caso do consórcio chinês que constrói a ponte sobre o rio Demerara. O canteiro de obras do projeto é dividido por operários chineses e guianenses.

A presença do Brasil nesse canteiro global ainda é considerada tímida por diplomatas ouvidos pela reportagem da BBC News Brasil em caráter reservado.

Mesmo assim, uma companhia do país, a Álya Construtora (antiga Queiroz Galvão), ganhou a licitação para a construção de um trecho de 121 quilômetros de uma rodovia que deverá ligar Lethem, na fronteira com o Brasil, e Linden.

A obra de US$ 190 milhões (R$ 939 milhões) não é financiada por entidades brasileiras, mas pelo Banco de Desenvolvimento do Caribe.

Desde 2017, durante as investigações da Operação Lava Jato, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) suspendeu linhas de crédito para o financiamento de obras de infraestrutura a empresas brasileiras no exterior.

No fim de 2023, a Guiana ficou em destaque internacionalmente devido à antiga disputa entre Venezuela e Guiana pela região de Essequibo, depois que o governo venezuelano realizou um referendo para anexar a região.

Essequibo, com aproximadamente 160 mil km² (pouco maior que o Estado do Ceará), representa 70% do território guianês. É uma região rica em minerais como ouro, cobre, diamantes e, recentemente, lá também foram descobertos enormes depósitos de petróleo e outros hidrocarbonetos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem prevista viagem à Guiana para a cúpula da comunidade dos Estados do Caribe (Caricom), em 28 de fevereiro.

Riqueza e desigualdade

David Hinds é guianense e vive entre os Estados Unidos e seu país natal há quase quatro décadas.

Ele é professor da Universidade Estadual do Arizona e especializado em estudos sobre o Caribe e a diáspora africana.

Ele explica que a Guiana é um país com uma divisão social e de classe muito marcada.

Entre os séculos 17 e 19, o país foi colonizado por europeus que utilizaram a mão de obra de africanos escravizados para produzir açúcar no país.

Com a abolição da escravidão, em 1833, o Reino Unido passou a levar imigrantes do Leste Asiático, especialmente da região que hoje é a Índia, chineses e portugueses para o país.

Segundo o governo, 39,8% da população é composta por pessoas de origem do leste indiano, 30% são negros de descendência africana, 10,5% são indígenas e 0,5% são de outras origens como chineses, holandeses e portugueses.

Hinds diz que políticas adotadas pelo então império britânico fizeram com que os imigrantes de origem asiática e os portugueses passassem a atuar em áreas como o comércio e a indústria incipiente do país.

“Os descendentes de indianos e os portugueses fazem parte da elite econômica da Guiana”, diz.

Os descendentes de africanos escravizados, por sua vez, explica Hinds, passaram a atuar em empregos com baixa especialização ou no serviço público.

O professor diz que os novos ricos da Guiana acabam sendo oriundos da mesma elite econômica que se instalou no país.

“As pessoas que estão aproveitando (o boom econômico) são aquelas que já estão entranhadas na elite da Guiana”, diz o professor.

A BBC News Brasil questionou o governo da Guiana sobre a marcante desigualdade social no país, mas não houve resposta.

‘Nova Dubai’

O empresário Richard Singh vende carros importados em Georgetown — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil
O empresário Richard Singh vende carros importados em Georgetown — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil

No Centro de Georgetown, o empresário Richard Singh observa seus funcionários polirem com cuidado pouco mais de 20 carros estacionados em sua revendedora de carros.

Fã de carros e tecnologia desde a infância, ele vende automóveis usados, a maioria importados de países como Japão, uma vez que o país, assim como a Guiana, também utiliza a mão inglesa.

Segundo ele, apesar dos dólares oriundos do petróleo, a elite do país continua preferindo carros de segunda mão porque os impostos para a importação de automóveis zero quilômetro são muito altos e porque o país ainda não teria mão de obra e acesso a peças de reposição, o que faria a manutenção desse tipo de veículo praticamente impossível.

Entre BMWs importadas e carros de montadoras japonesas, Singh disse à BBC News Brasil que houve uma mudança em sua clientela desde o início da exploração de petróleo no país.

Sua loja passou a ser frequentada não mais apenas por pequenos empresários locais e profissionais liberais, como médicos empregados pelo governo.

Agora, ela também é procurada por grandes corporações estrangeiras ligadas à indústria do óleo e do gás ou que vieram a reboque e procuram veículos para seus funcionários e executivos.

Conhecedor dos hábitos de consumo da elite guianense, Singh afirma que consegue ver o surgimento de uma espécie de nova classe média no país.

“Sim, há uma nova classe média. Ela está posicionada logo acima da antiga classe média da Guiana”, avalia Singh.

O aumento nos lucros permite que Singh acompanhe uma das suas paixões: corridas de automóvel.

Em maio do ano passado, por exemplo, ele viajou para Miami para assistir ao Grande Prêmio de Fórmula 1.

Mas o empresário acredita que o tão comentado boom na economia do país ainda não teria chegado ao seu ápice.

“Estou muito otimista. Sinto que a Guiana está aguardando para explodir (economicamente)”, diz à Singh.

“Entre um carro e outro, Singhs retoma a comparação com Dubai em tom de esperança.Sempre vi histórias sobre Dubai. Nos anos 1990, se você fosse lá, era tudo areia e deserto. Agora, você nem reconheceria”, diz.

“Eu tenho esperança e ambição de que, em 20 anos, a gente olhe para trás e diga: ‘Eu não acredito que aquilo era a Guiana’. Espero que aconteça assim aqui também.”

FONTE ÉPOCA NEGÓCIOS

Confira as 20 cidades responsáveis por mais da metade do PIB de Minas; Ouro Branco, Ouro Preto e Itabirito estão entre as mais ricas do Estado

Divinópolis aparece em penúltimo lugar, do PIB de municípios de Minas entre as cidades responsáveis por mais da metade do resultado 2021

PIB per capita

Catas Altas foi o município mineiro com o maior PIB per capita, indicador que representa a capacidade de geração de renda atribuída a cada pessoa de um determinado local, com R$ 920.833,97. Por outro lado, considerando-se o período de 2010 a 2021, a FJP constatou que Extrema, no Sul de Minas, foi o município com maior ganho de participação no total do PIB estadual.

O pesquisador da FJP, Thiago Almeida, explica que a indústria extrativa mineral (minério de ferro) predominou em seis dos dez municípios com o maior PIB per capita: Catas Altas, São Gonçalo do Rio Abaixo, Itatiaiuçu, Conceição do Mato Dentro, Itabirito e Nova Lima.

“O ano de 2021 marca a retomada da extração de minério nos municípios do quadrilátero ferrífero após o rompimento da barragem em Brumadinho em 2019. E foi esta retomada na extração e produção de minério de ferro, somada ao efeito significativo dos preços e cotações do produto, que fez da região um dos destaques positivos no resultado do PIB dos municípios”, analisa o pesquisador.

Além disso, a metalurgia foi decisiva para o resultado em Jeceaba e Ouro Branco. Apesar da crise hidrológica em 2021, Araporã (onde está localizada a usina de Itumbiara) ainda apareceu na décima posição entre os municípios com melhor ranqueamento.

Vocações regionais

Os dados do PIB dos municípios de Minas Gerais em 2021 confirmaram a existência de uma grande diversidade no seu grau de especialização: se, por um lado, a agricultura foi a principal atividade econômica em 109 cidades mineiras, outras 51 tiveram na indústria de transformação o carro-chefe da economia local.

“Os dados mostram que 2021 foi favorável para a produção das commodities agrícolas. Um bom exemplo disso é o caso de Unaí, que se destaca, novamente, como um importante município produtor de soja em Minas Gerais”, destaca Almeida.

As indústrias extrativas (mineração) predominaram em 29 cidades. Já a geração de eletricidade foi principal destaque em 15 municípios. Tanto a pecuária quanto a produção florestal dominaram a estrutura produtiva local em sete, o comércio em seis e a construção civil em dois.

Destaques

Itabira e Catas Altas foram destaques em 2021 tanto no que se refere ao indicador do PIB per capita quanto em relação aos ganhos de participação no produto agregado estadual. Tal fato se deu em razão da retomada da produção minerária e, principalmente, do aumento extraordinário das cotações do minério de ferro.

O avanço nos preços e na produção física de produtos minero-siderúrgicos, por exemplo aço e ferro-gusa, também favoreceu municípios com especialização produtiva na metalurgia (tais como Ipatinga e Ouro Branco).

Cálculo

A divulgação do PIB dos municípios ocorre com defasagem de dois anos. O período é necessário para a contabilização das bases de dados mais completas e abrangentes apresentadas por diversas pesquisas anuais realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Por isso, os resultados do PIB municipal de 2021 estão sendo divulgados no final do ano de 2023. É importante ressaltar que a compilação dos resultados do PIB municipal é coordenada pelo IBGE em parceria com os institutos estaduais de estatísticas, no caso de Minas Gerais, a Fundação João Pinheiro.

Confira aqui o informativo técnico completo.

FONTE DIVINEWS

Conheça a cidade de 5 mil habitantes que tem o maior PIB per capita do Brasil, segundo o IBGE

Catas Altas também é conhecida por abrigar a Serra do Caraça e por ser considerada a terra do vinho de jabuticaba.

Cercada pela Serra do Caraça, um dos patrimônios estaduais de Minas Gerais, o município de Catas Altas , localizado na Região Central do estado, teve o maior PIB (Produto Interno Bruto) per capita do país, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados divulgados na semana passada se referem ao ano de 2021.

Com 5.473 habitantes, Catas Altas é também um dos polos mais importantes da mineração em Minas Gerais. (veja mais abaixo) .

O município fica a 120 km da capital mineira, Belo Horizonte, e integra o Circuito do Ouro ao longo da Estrada Real.

O PIB per capita em Catas Altas chegou a R$ 920.833. Em seguida aparecem:

  • Canaã dos Carajás (PA) – R$ 894.806,28
  • São Gonçalo do Rio Abaixo (MG) – R$ 684.168,71

Cidade do ouro e do ferro

Catas Altas, Minas Gerais — Foto: Prefeitura de Catas Altas/Divulgação
Catas Altas, Minas Gerais — Foto: Prefeitura de Catas Altas/Divulgação

A principal responsável pelo desenvolvimento econômico da cidade é a mineração. Aliás, Catas Altas foi fundada por causa dessa exploração.

A formação do povoado que deu origem a cidade começou no final do século XVII, por volta de 1694, com a descoberta de minas de ouro. Com o decorrer do tempo, essas minas foram mais tarde denominadas de Catas Altas.

  • De acordo com o Circuito Cultural Vieira Servas, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o nome da cidade tem origem das escavações que eram feitas no alto dos morros.
  • A palavra “catas” significa garimpo.
  • no povoado, as minas mais ricas e produtivas, estavam situadas nas partes mais altas do antigo arraial.

Com o passar dos séculos, a exploração de ouro deu lugar ao minério de ferro. Atualmente, a maior mineradora que atua na pequena cidade é a Vale. Ela é dona da Mina Fazendão, onde há as barragens Mosquito e Dicão Leste.

“A história começou pelo ouro, depois de tempo as pessoas foram indo embora. No século XVIII a população era o dobro do que é hoje. Mas depois veio a mineração do ferro. Acaba que de cada família que mora aqui na cidade, ao menos uma pessoa está ligada ao trabalho da mineração”, disse a especialista em Turismo e chefe do Departamento de Cultura da prefeitura, Silvia da Cunha Braga.

Cidade histórica

Catas Altas, Minas Gerais - 2023 — Foto: Jô Andrade/g1 Minas
Catas Altas, Minas Gerais – 2023 — Foto: Jô Andrade/g1 Minas

Mas nem só de mineração vive a cidade. Há também as ruas de pedras centenárias, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, a gastronomia e o clima ameno que fazem com que qualquer turista se sinta em um cenário de novela das seis.

A charmosa cidade é conhecida pelo artesanato, pelas cachoeiras e pelo vinho de jabuticaba. A bebida é tão amada que é a atração principal da Festa do Vinho de Catas Altas há 22 anos.

“Temos as formas artesanais de fazer nossas quitandas. São compotas, vinhos, geleias tradicionais que agregavam valor à cidade. Mas nossa preocupação maior é fazer que a comunidade entenda ela também é importante, e não só os produtos que fazem”, disse Silvia.

Catas Altas, Minas Gerais - 2023 — Foto: Jô Andrade/g1 Minas
Catas Altas, Minas Gerais – 2023 — Foto: Jô Andrade/g1 Minas

FONTE G1

PIB dos municípios de Minas tem 21 cidades responsáveis por mais da metade do resultado total de 2021

Fundação João Pinheiro detalha cálculo do indicador, que teve Itabira e Catas Altas como destaques per capita e nos ganhos de participação no produto agregado estadual

Vinte e um municípios mineiros responderam por mais da metade do Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais, estimado em R$ 857,6 bilhões em 2021, conforme dados apresentados pela Fundação João Pinheiro (FJP) nesta sexta-feira (15/12).

Das 853 cidades, 50 representaram 66,8% do indicador, e 242 formaram 90% do resultado.

Além de Belo Horizonte (12,3%), também se destacaram como base do PIB os municípios de Uberlândia (5%), Contagem (4,3%), Betim (3,9%) e Nova Lima (2,5%).

PIB per capita

Catas Altas foi o município mineiro com o maior PIB per capita, indicador que representa a capacidade de geração de renda atribuída a cada pessoa de um determinado local, com R$ 920.833,97.

Por outro lado, considerando-se o período de 2010 a 2021, a FJP constatou que Extrema, no Sul de Minas, foi o município com maior ganho de participação no total do PIB estadual.

O pesquisador da FJP, Thiago Almeida, explica que a indústria extrativa mineral (minério de ferro) predominou em seis dos dez municípios com o maior PIB per capita: Catas Altas, São Gonçalo do Rio Abaixo, Itatiaiuçu, Conceição do Mato Dentro, Itabirito e Nova Lima.

“O ano de 2021 marca a retomada da extração de minério nos municípios do quadrilátero ferrífero após o rompimento da barragem em Brumadinho em 2019. E foi esta retomada na extração e produção de minério de ferro, somada ao efeito significativo dos preços e cotações do produto, que fez da região um dos destaques positivos no resultado do PIB dos municípios”, analisa o pesquisador.

Além disso, a metalurgia foi decisiva para o resultado em Jeceaba e Ouro Branco. Apesar da crise hidrológica em 2021, Araporã (onde está localizada a usina de Itumbiara) ainda apareceu na décima posição entre os municípios com melhor ranqueamento.

Vocações regionais

Os dados do PIB dos municípios de Minas Gerais em 2021 confirmaram a existência de uma grande diversidade no seu grau de especialização: se, por um lado, a agricultura foi a principal atividade econômica em 109 cidades mineiras, outras 51 tiveram na indústria de transformação o carro-chefe da economia local.

“Os dados mostram que 2021 foi favorável para a produção das commodities agrícolas. Um bom exemplo disso é o caso de Unaí, que se destaca, novamente, como um importante município produtor de soja em Minas Gerais”, destaca Almeida.

As indústrias extrativas (mineração) predominaram em 29 cidades. Já a geração de eletricidade foi principal destaque em 15 municípios. Tanto a pecuária quanto a produção florestal dominaram a estrutura produtiva local em sete, o comércio em seis e a construção civil em dois.

Destaques

Itabira e Catas Altas foram destaques em 2021 tanto no que se refere ao indicador do PIB per capita quanto em relação aos ganhos de participação no produto agregado estadual.

Tal fato se deu em razão da retomada da produção minerária e, principalmente, do aumento extraordinário das cotações do minério de ferro.

O avanço nos preços e na produção física de produtos minero-siderúrgicos, por exemplo aço e ferro-gusa, também favoreceu municípios com especialização produtiva na metalurgia (tais como Ipatinga e Ouro Branco).

Cálculo

A divulgação do PIB dos municípios ocorre com defasagem de dois anos. O período é necessário para a contabilização das bases de dados mais completas e abrangentes apresentadas por diversas pesquisas anuais realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Por isso, os resultados do PIB municipal de 2021 estão sendo divulgados no final do ano de 2023. É importante ressaltar que a compilação dos resultados do PIB municipal é coordenada pelo IBGE em parceria com os institutos estaduais de estatísticas, no caso de Minas Gerais, a Fundação João Pinheiro.

Confira aqui o informativo técnico completo.

Bolsa Família vai impulsionar o PIB e tirar 3 milhões da extrema pobreza

Economistas apontam que o Bolsa Família será essencial no impulsionamento do PIB e combate à extrema pobreza. Saiba mais

Com o retorno do Bolsa Família, agora reformulado, economistas acreditam que o programa de transferência de renda do governo terá papel importante no impulsionamento do PIB. Além disso, o benefício deve promover a retirada de 3 milhões de brasileiros da extrema pobreza.

Neste mês de março, o programa passou a substituir oficialmente o antigo Auxílio Brasil. Na recente parcela, teve início também o pagamento adicional de R$ 150 por criança de até seis anos. 

Economistas apontam papel do Bolsa Família na economia

Antes de tudo, cabe destacar que, atualmente, os índices do Banco Mundial consideram como casos de extrema pobreza, o cidadão que possui menos de US$ 1,90 por dia, o equivalente a R$ 9,90. Em matéria publicada pelo jornal O Globo, nesta segunda-feira (27), o economista Daniel Duque, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, o Ibre/FGV, afirmou que nos próximos meses, cerca de 3 milhões de brasileiros devem sair da extrema pobreza com a ajuda do Bolsa Família. 

Em seus cálculos, o especialista destacou que no 3° trimestre de 2022, os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, confirmam 12,47 milhões de brasileiros em situação de extrema pobreza, mas que o número deve cair para 9,46 milhões com as mudanças propostas pelo novo Bolsa Família.

Também ao O Globo, os economistas da corretora XP, Rodolfo Margato e Tiago Sbardelotto, apontam que a movimentação econômica proporcionada pelo Bolsa Família deve ser essencial para o consumo e consequentemente o crescimento do PIB. A expectativa é de que haja um crescimento de 1% neste ano de 2023.

Programa social de transferência de renda volta reformulado 

A retirada de milhões de brasileiros da situação de extrema pobreza e a movimentação econômica que resultará na melhora do PIB será consequência do novo Bolsa Família. Como citado anteriormente, o programa de transferência de renda do governo voltou reformulado para o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Isso porque, além do valor mínimo de R$ 600 por família, o benefício conta agora com o adicional de R$ 150 para cada criança do núcleo familiar que tenha de 0 a 6 anos, com o limite de duas crianças, o que eleva o Bolsa Família para um teto de R$ 900. A partir de junho, o benefício passará a contar também com o adicional de R$ 50 para cada integrante que tenha entre 7 e 18 anos.

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PIB de Minas Gerais cresce 3,5% em 2022

Resultados apresentados pela FJP apontam valor estimado em R$ 924,7 bilhões para 2022, indicando taxa de expansão maior que a do cenário nacional no mesmo período (2,9%)

A estimativa preliminar do Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais para 2022 totalizou R$ 924,7 bilhões. Na comparação dos últimos 12 meses com o resultado acumulado no ano, houve crescimento de 3,5% no estado, valor acima da taxa de expansão observada no cenário nacional (2,9%).

Em 2022, o PIB de Minas representou 9,3% do produto agregado nacional, incremento de 0,1 ponto percentual no comparativo com 2021, quando representou 9,2% do PIB brasileiro. Com isso, o PIB de Minas Gerais teve a maior representação no cenário nacional nos últimos 20 anos.

O valor estimado em R$ 924,7 bilhões para 2022 foi apresentado, nesta quinta-feira (16/3), pela Fundação João Pinheiro (FJP), responsável pelo cálculo oficial do PIB do estado. Do valor total, 63,7% (R$ 521 bilhões) são atribuídos aos serviços; 28,9% (R$ 235,9 bilhões) à indústria; 7,4% (R$ 60,7 bilhões) à agropecuária. As informações são parte do Informativo FJP – Contas Regionais – PIB MG – 4º trimestre de 2022, já disponível no site da instituição.

Acumulado

“No estado, ao longo do ano, a variação positiva do índice de volume do PIB se concentrou, praticamente, no segundo trimestre, e foi de 6,1%”, explica o pesquisador da FJP Raimundo Leal. À época, o desempenho dos segmentos de energia e saneamento, agropecuário e a indústria extrativa mineral e, por consequência, os serviços de transporte, tiveram os melhores resultados. No cenário nacional, o também pesquisador da FJP, Thiago Almeida, explica que a expansão maior ocorreu no início de 2022. “No Brasil, houve expansão de 1,3% no primeiro trimestre”, comenta.

Em termos anualizados, o crescimento desse agrupamento formado pelos “outros serviços” foi o destaque em 2022, com crescimento de 10,4% no estado e de 6,3% na economia brasileira na comparação com 2021. Neste agrupamento, houve expansão do índice de volume do Valor Adicionado Bruto (VAB) de 0,4% em Minas Gerais e de 0,9% no território nacional no quarto trimestre do ano passado.

Esse agregado inclui serviços de alojamento e alimentação; serviços de informação e comunicação; intermediação financeira, seguros e previdência complementar; atividades profissionais, científicas, técnicas e administrativas; educação e saúde privada; serviços domésticos; artes, cultura, esporte, recreação e outras atividades de serviços; e atividades imobiliárias e aluguéis.

Quarto trimestre

No último trimestre de 2022, considerando a série com ajuste sazonal, o PIB de Minas Gerais apresentou variação negativa de -2% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Para o quarto trimestre de 2022, o PIB de Minas foi estimado em R$ 233,4 bilhões e representou 9% do PIB nacional no mesmo período. “Desse total, R$ 27,7 bilhões dizem respeito aos impostos indiretos líquidos de subsídios e R$ 205,7 bilhões referem-se ao Valor Adicionado Bruto (VAB)”, informa Leal. “Na composição setorial relativa ao quarto trimestre de 2022, o VAB agropecuário foi responsável por R$ 2,8 bilhões (1,3% do total); o da indústria, por R$ 61,8 bilhões (30,1% do total); o dos serviços, por R$ 141,1 bilhões (68,6% do total)”, conclui o pesquisador.

A indústria de transformação mineira registrou ligeiro crescimento de 0,3% no volume de VAB na comparação do quarto trimestre de 2022 com o trimestre imediatamente anterior, enquanto, no cenário nacional, houve retração de -1,4% no período.

Na área de energia e saneamento, Minas Gerais apresentou decréscimo de 3,2% no volume de VAB no quarto trimestre de 2022, mas foi registrada uma expansão de 4,0% em 2022 na comparação com 2021. No comércio, a retração foi de -1,1% no volume de VAB na comparação do quarto com o terceiro trimestre de 2022 e, assim como o verificado para o setor de energia e saneamento, houve variação positiva de 1,1% no acumulado do ano.

Na construção civil, houve retração de 0,5% no volume de VAB na comparação do quarto trimestre de 2022 com o trimestre imediatamente anterior em Minas Gerais e, no Brasil, de -0,7%. Mesmo assim, o setor apresentou expansão de 5,4% em Minas Gerais no acumulado do ano.

Em Minas Gerais, o volume de VAB do setor de administração pública diminuiu -0,4% na comparação do quarto trimestre de 2022 com o trimestre imediatamente anterior, enquanto, no Brasil, a queda foi de -0,5%. Assim como nos demais setores de atividade, apesar do resultado negativo do quarto trimestre, a administração pública registrou expansão de 1,8% no acumulado do ano no estado e de 1,5% em âmbito nacional.

Já a indústria extrativa mineral de Minas Gerais, após resultado desfavorável no terceiro trimestre, apresentou expansão no volume de VAB de 3,9% no quarto trimestre de 2022 em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 4% em relação ao mesmo trimestre de 2021. Apesar desses resultados, houve queda de 1,6% no volume de VAB no acumulado do ano.

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