Novo pico de casos da Covid-19 deve ser registrado em Minas nesta semana

Minas deve registrar mais um pico de casos da Covid-19 nesta semana, conforme projeção da própria Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). Só neste mês, 70 mil pessoas foram infectadas pelo vírus. Diante do cenário, médicos alertam para o risco de pacientes apresentarem sintomas graves, provocando aumento da ocupação das UTIs, como ocorreu semana passada em Belo Horizonte.

Além do avanço do coronavírus, a sobrecarga no sistema de saúde nos próximos dias é agravada por fatores sazonais, que aumentam a procura de socorro para outras síndromes respiratórias.

O infectologista e membro do Comitê Popular de Enfrentamento à Covid-19 em BH, Unaí Tupinambás, lembra as que as hospitalizações são reflexo dos contágios de sete a dez dias antes. “Com isso, pode ser que tenhamos um aumento ainda maior da ocupação de leitos por pessoas que se infectaram semana passada. O apelo que fazemos à população é redobrar os cuidados”. 

Segundo o médico, a alta dos casos está diretamente ligada à circulação já comprovada das subvariantes da Ômicron, BA.4 e BA.5. “Há um indicativo de escape vacinal, considerando que os imunizantes hoje aprovados para uso foram desenvolvidos quando ainda estavam em circulação as primeiras cepas do Sars-Cov-2. Sem contar as pessoas que não completaram o esquema vacinal ou nem mesmo tomaram a primeira dose”, pontua.

Estudos alertam que as sublinhagens do coronavírus estão em elevação desde início  de junho, quando ultrapassaram a BA.2 – variante que predominava. A situação em Minas acompanha a tendência nacional. O país registra a maior média móvel de novos diagnósticos por dia desde fevereiro. As taxas são preocupantes, reforça Tupinambás.

“O índice de morte diário, por exemplo, está em torno de 250, ainda muito alto, sobretudo se compararmos com a H1N1, que registrava 20 óbitos por dia”, avalia.

O infectologista ressalta que a pandemia não acabou e que, principalmente nos próximos dias, a população deve manter os cuidados e reforçar a imunização. De acordo com ele, esse não é momento de  regredir no isolamento social. “Mas, sim, de usar máscara, higienizar as mãos, fazer teste caso tenha sintoma e reforçar a vacinação”. 

A Secretaria de Estado de Saúde acredita que os casos devem se estabilizar apenas a partir da semana que vem. Órgão afirma que segue com “os devidos e constantes monitoramentos” dos indicadores da Covid-19.

Minas alerta para novo pico de Covid-19 nas próximas semanas

Não há 4ª onda, mas adesão à imunização infantil e doses de reforço para adultos são essenciais para população evitar formas graves da doença

Em Minas, um novo pico de casos de coronavírus está para chegar. A projeção, divulgada nesta quinta-feira (30/6) pelo secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Bacheretti, durante reunião do Comitê Extraordinário Covid-19, indica para as duas primeiras semanas de julho um aumento de casos provavelmente ainda maior que os 122% atuais – taxa de incidência nos últimos sete dias. “Este crescimento é esperado e justificado por fatores sazonais, como o período de frio, maio e junho, e o pós-feriado de Corpus Christi, que também trouxe dados represados”, afirmou.

A alternativa para enfrentar os efeitos da pandemia é a vacina, apontou Baccheretti. Ele abordou também os dados atuais de vacinação no estado, com destaque para a cobertura vacinal infantil da segunda dose, que ainda não atingiu 50% das crianças entre 5 e 11 anos. “Apesar de não haver aumento significativo no número de internações de crianças com covid-19 e de a adesão ter saltado 10% da última apresentação do comitê até hoje, a vacinação deste público é fundamental para evitarmos quadros graves de síndrome respiratória aguda grave”, ressaltou.

Para avançar no desafio de garantir a imunização para as crianças mineiras, ele explica que equipes da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) têm visitado cidades do interior para a realização de treinamentos de busca ativa, uma das estratégias para informar pais e responsáveis sobre a importância de completarem o esquema vacinal contra a covid-19.

Outro caminho no enfrentamento à doença é a inclusão da segunda dose de reforço para o público adulto. Segundo o Painel Vacinômetro desta quinta-feira (30/6), 17,50% do público alvo já tomou a vacina pela quarta vez.

“A vacinação é nossa principal forma de proteção contra a covid-19 e as formas mais graves da doença. Tanto que o aumento na incidência de casos não tem influenciado diretamente no volume de internações e nem de óbitos por coronavírus”, reforça.


Referência

Ainda segundo o secretário, o pico esperado para as próximas duas próximas semanas não representa uma quarta onda ou uma nova cepa circulando em Minas Gerais. “Seguimos como referência nacional no combate à covid-19. A nossa taxa de letalidade é de 1,7%, contra 2,2% do Brasil. O indicador significa que a vacina salva vidas, evita mortes. Além disso, protege, pois a maioria dos novos pacientes que já estão imunizados têm sintomas leves, quadros tranquilos”, observou.

O médico destacou, ainda, que os indicadores atuais de número de internações e de óbitos são bem menores que nos anos anteriores, também graças à chegada da vacina e à adesão da população mineira ao imunizante. “Não me canso de repetir: quanto mais cobertura, mais segurança”, alertou.  

Em Minas, 89,51% da população adulta tomou a primeira dose; 83,79% a segunda; 62,11% a primeira dose de reforço e 17,50% a segunda. Entre o público infantil, 70,26% está imunizado com a primeira dose e 44,91% também com a segunda.  

Ministério da Saúde: alerta que pico da ômicron no Brasil ainda não foi atingido e virá ainda em breve

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o Brasil ainda não atingiu o pico da variante ômicron e, por isso, os números relacionados à pandemia de Covid-19 ainda deverão subir. A declaração foi dada após avaliação da equipe técnica da pasta e acontece dois meses após a identificação da cepa, que já domina 95,5% das amostras sequenciadas no Brasil.

“Depois de uma semana de muito trabalho, estou com a equipe do Ministério da Saúde analisando a última semana epidemiológica do País. Tivemos aumento de casos causado pela Covid-19 e ainda não chegamos no pico da onda causada pela Ômicron. O enfrentamento contra a doença continua”, disse Queiroga por meio do Twitter.

Nesta semana, o país bateu recorde de casos positivos já registrados desde o início da pandemia, com quase 300 mil casos em apenas 24 horas. Ao todo, são 26,4 milhões de diagnósticos da infecção confirmados e 631.802 mortes, segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde. O número de mortes diárias também voltou ao patamar de milhares, sendo 1.308 na última contagem de 24 horas.

Com a explosão de casos, Queiroga informou que a pasta mantém o monitoramento sobre a capacidade do sistema de saúde para atendimento de pacientes. De acordo com ele, novos leitos poderão ser abertos.

“Monitoramos a pressão sobre o sistema de saúde, em especial a ocupação de leitos de UTI. Há espaço para abertura de novos leitos e estamos apoiando os Estados sempre que necessário. A atenção primária também tem sido reforçada”, destacou.

Apesar da expectativa nacional, o ministro apontou que há redução de casos em alguns estados, mas a tendência não é acompanhada pela curva de mortes, que estão em alta ou em estabilidade. Ele ainda reforçou o apelo para que a população se vacine conta a Covid-19, como orienta a comunidade científica.

“Felizmente, alguns estados já apresentam redução de casos e esperamos que nas próximas semanas essa queda se mantenha em todo o País. Se você ainda não tomou a segunda dose e a dose de reforço, não esqueça de completar seu esquema vacinal”, finalizou.

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