10 palavras em português que existiam no passado e hoje acabaram

Existem algumas palavras que eram extremamente comuns no passado, contudo, hoje em dia ficam apenas na memoria de quem as lembra

Quando falamos da língua portuguesa, as palavras possuem grande destaque para a comunicação. Contudo, ao decorrer dos anos, testemunhamos a evolução de expressões, o que fez com que de repente, algumas palavras do nosso vocabulário cotidiano desaparecessem.

A língua é viva. Ela é a expressão da sociedade de uma época, portanto, conforme os hábitos e costumes dessa sociedade mudam, ela também muda. A ideia a ser transmitida é a mesma, o que muda é a palavra usada para expressá-la. É por isso que existem expressões antigas e novas para coisas que têm o mesmo significado.

Diante desta questão, você pode se perguntar: por que algumas palavras deixam de ser pronunciadas? Essa questão ocorre devido à adaptação da língua às necessidades da sociedade. Por exemplo, pronomes de tratamento mais formais, como ‘vossa senhoria’ e ‘vossa excelência’, caíram em desuso, refletindo a transformação dos costumes sociais.

Pensando em toda essa transformação da língua portuguesa, nós viemos trazer para vocês algumas das palavras que em outros tempos existiam e eram bem comuns, mas que, conforme a evolução do diálogo, hoje não fazem mais parte do nosso vocabulário.

Palavras em português que desapareceram

1. Quiprocó

Certamente, em algum momento da vida, você já se viu no meio de um autêntico perrengue, ou como nossos antepassados diziam, um quiprocó. Essa palavra pitoresca, que significa “confusão”, poderia muito bem descrever uma tarde agitada no mercado, por exemplo.

2. Chapoletada

Antigamente, quando alguém ameaçava uma “chapoletada”, era como se preparasse uma tempestade. Hoje, traduziríamos isso como a promessa de dar uma “trocada de força” em alguém, sinalizando uma possível confusão.

3. Supimpa

Se algo estava supimpa, era sinônimo de excelência e qualidade. Certamente, um termo que expressa satisfação com um toque retrô.

4. Marmota

Quando algo suspeito estava acontecendo, as pessoas do passado logo declaravam: “tem marmota aí”. Uma maneira encantadora de insinuar que algo não cheirava bem na história.

5. Carraspana

Os excessos noturnos, hoje conhecidos como bebedeira, costumavam ser chamados de “carraspana”. Uma palavra que evoca noites prolongadas entre amigos, regadas a aventuras etílicas.

6. Ceroula

As ceroulas, cuecas compridas que iam abaixo dos joelhos, eram vestimentas masculinas destinadas a evitar que o tecido das calças subisse. Uma peça de roupa que, ao longo do tempo, deu lugar às modernas cuecas.

7. Safanão

Quem nunca recebeu um safanão da mãe, não é mesmo? Esse ato de puxar o braço de alguém para dar uma bronca, como as mães costumavam fazer, era descrito pelo termo “safanão”. Uma lembrança afetuosa das repreensões maternas.

8. Fuzarca

Quem nunca ouviu a expressão “fazer uma fuzarca” para descrever uma verdadeira bagunça? Imagine crianças agitadas na sala, e você terá a cena perfeita para o uso dessa palavra vintage.

9. Chumbrega

Antes de chamarmos algo de cafona, nossas avós preferiam o termo “chumbrega”. Aquilo que hoje consideramos fora de moda e pouco estiloso era rotulado como chumbrega em tempos passados.

10. Sirigaita

Dentre as ofensas antigas, chamar uma mulher de “sirigaita” era um golpe certeiro. Implicava em acusá-la de má educação e comportamento constrangedor. A palavra “lambisgoia” também cumpria esse papel, sendo o equivalente ao que temos hoje como “piriguete”.

FONTE MEU VALOR DIGITAL

Enem: 40 erros de Português para não cometer mais

Muitas pessoas sentem dificuldade com Português. A língua é bem complexa e tem várias regras que, muitas vezes, são difíceis de serem entendidas e colocadas em prática no dia a dia. Além disso, há também as exceções, que dificultam o aprendizado.

No entanto, aprimorar o Português não é algo impossível de ser feito — nem precisa ser visto como chato.

Listamos aqui 40 erros comuns no dia a dia para você não cometê-los mais. Participaram da elaboração deste material: Andréa de Luca, orientadora educacional do Mopi e formada em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira pela UFRJ; Antônio Abreu, professor de Português do colégio e curso ZeroHum; Tássio Leonardo, professor de Língua Portuguesa e Literatura Colégio e Curso AZ e da Plataforma AZ de Aprendizagem; Hugo Ornellas e Victor Delmas, professores de Português do Colégio e Curso AZ e da Plataforma AZ de Aprendizagem.

40 erros comuns

1 – Ah x Há x a

“Ah” é uma interjeição que indica admiração, espanto, ironia, desejo, entre outros significados.

Ex: Ah, que bom falar com você de novo!

“Há” vem do verbo HAVER, tem o sentido de existir e indica tempo passado.

Ex: Há quanto tempo não nos vemos!

Obs: Tem sido muito comum, na escrita das redes sociais, o uso incorreto de “há, tá” no sentido de “entendi”. O correto seria “ah, tá”.

“A” é preposição e pode ser usada para distância (temporal ou espacial)

Ex: Chego daqui a cinco minutos.

O restaurante fica a 500 metros.

2 – Sob x Sobre

“Sob” é uma preposição e indica posição abaixo.

Ex: Achei o copo sob a mesa. (embaixo da mesa)

“Sobre” também é uma preposição e indica “acima de” ou “em cima de”.

Ex: Por favor, coloque o vaso de flores sobre a mesa.

3 – Meio x Meia

“Meio” é a expressão empregada no sentido de “um pouco”.

Ex: Ela estava meio triste ontem, não achou?

“Meia” pode ter o significado de peça de roupa (meia que se coloca no pé) ou numeral.

Ex: Sou friorenta e gosto de usar meias para dormir.

Ex: O encontro está marcado para meio-dia e meia. (metade da hora)

4 – Vir x Vim

Usamos “vim” quando a frase se refere ao passado.

Ex: Eu vim aqui ano passado.

Usamos “vir” quando a frase não estiver no passado.

Ex: Sabe me dizer se ele vai vir hoje?

Obs: “vir” ainda pode ser usado no sentido de ver!

Ex: Quando você vir a professora, diga que estou finalizando o trabalho. (Certo)

Quando você ver a professora, diga que estou finalizando o trabalho. (Errado)

5 – Houve x Houveram

O verbo “haver”, no sentido de existir, é conjugado somente na terceira pessoa do singular, ou seja, houve.

Ex: Houve diversas reclamações sobre o novo funcionário.

Obs: Empregamos “houveram” com sentido de ter, não com o sentido de existir.

Ex: Eles houveram (tiveram) de ir à reunião em pleno domingo.

6 – Regência dos verbos Chegar e Ir

Estes verbos são regidos pela preposição “a”.

Ex: O militar chegou cedo no Batalhão. (Errado)

O militar chegou cedo ao Batalhão. (Certo)

O militar foi no Batalhão. (Errado)

O militar foi ao Batalhão. (Certo)

O militar foi à formatura ontem. (Certo)

7 – Ir a x Ir para

O verbo “ir” também admite a preposição “para” como regência, desde que transmita uma noção de maior permanência.

Ex: Estou certo de que vou para Roma morar com meus avós. (Certo)

Estou certo de que vou a Roma morar com meus avós. (Errado)

8 – Regência do verbo Pagar

Quando o complemento do verbo for uma pessoa, deve-se empregar a preposição “a”. Se o complemento não se referir a uma pessoa, não se emprega preposição.

Ex: As empreiteiras não pagaram os pedreiros ontem. (Errado)

As empreiteiras não pagaram aos pedreiros ontem. (Certo)

Os alunos pagaram ao curso. (Errado)

Os alunos pagaram o curso. (Certo)

9 – Regência do verbo Querer

Se o verbo aparecer no sentido de desejar, usa-se sem preposição. No sentido de estimar, ter afeto, com a preposição “a”.

Ex: O aluno quer ao seu diploma. (Errado)

O aluno quer o seu diploma. (Certo)

Quero muito os meus amigos. (Errado)

Quero muito aos meus amigos. (Certo)

10 – Regência dos verbos Lembrar e Esquecer

Quando se apresentam nas formas pronominais — aqueles que são conjugados juntamente com um pronome oblíquo átono (me, te, se, nos, vos, se) —, os verbos “esquecer” e “lembrar” são transitivos indiretos, pedindo a preposição “de”.

Ex: A professora lembrou de que não haveria prova. (Errado)

A professora se lembrou de que haveria prova. (Certo)

Esqueci completamente do nome da sua esposa. (Errado)

Esqueci-me completamente do nome da sua esposa. (Certo)

11 – Regência dos verbos Obedecer e Desobedecer

Estes verbos exigem a preposição “a”.

Ex: Ele sempre obedece os sinais de trânsito. (Errado)

Ele sempre obedece aos sinais de trânsito. (Certo)

O soldado desobedeceu o tenente. (Errado)

O soldado desobedeceu ao tenente. (Certo)

12 – Regência do verbo Preferir

Este verbo pede como regência a preposição “a” antes do objeto menos estimado. Não é correto o uso de “do que”.

Ex: Prefiro consumir todo o meu salário no restaurante do que gastá-lo na farmácia. (Errado)

Prefiro consumir todo o meu salário no restaurante a gastá-lo na farmácia. (Certo)

13 – Maquia (certo) x Maqueia (errado)

A conjugação correta no presente do indicativo do verbo maquiar é “maquia”, não “maqueia”.

Ex: Ela se maquia com frequência.

14 – Esparecer (errado) x Espairecer (correto)

A palavra “esparecer” está errada. A forma correta é “espairecer”.

Ex: Vou viajar para espairecer.

15 – Namorar com alguém (errado) x Namorar alguém (certo)

O verbo “namorar” é transitivo direto, logo não pede preposição. Por isso, do ponto de vista da gramática normativa, a pergunta “Quer namorar comigo?” está errada, por exemplo.

Ex: Namore alguém que goste de você.

Quer me namorar?

16 – Dedetizar (certo) x detetizar (errado)

O verbo dedetizar é formado a partir da sigla DDT do pesticida Dicloro Difenil Tricloretano (inseticida) mais o sufixo verbal -izar: ddt + -izar. Assim, dedetizar deverá ser escrito com d nas duas primeiras sílabas.

Ex: A empresa dedetizou o apartamento todo.

17 – Resignação x Resiliência

Resignação significa estar prostrado, passivo, entregue.

Ex: Aceitou o fim da relação resignado.

Resiliência significa resistência, resistir, ter capacidade de voltar ao estado original.

Ex: Diante do mal, precisamos de resiliência.

18 – Tácito x Taciturno

Tácito significa pacato, silencioso, introspectivo.

Ex: No momento da despedida, ela ficou tácita.

Taciturno significa triste, melancólico cabisbaixo.

Ex: Terminou, taciturno, o namoro.

19 – Extático x Estático

Extático significa fora de si, transcendente.

Ex: Após o FLA x FLU, os tricolores ficaram extáticos com a vitória.

Estático significa imóvel, fixo, parado.

Ex: Após o susto, a menina ficou estática.

20 – Extrato x Estrato

Extrato significa retirar de; para fora, extrair.

Ex: Não queira ver o extrato bancário dos professores!

Estrato significa camadas, níveis.

Ex: Percebemos uma estratificação social quando se analisam as classes sociais.

21 – Zeugma x Elipse

Elipse: omissão de um termo na frase.

Ex: Passei pelas Américas hoje. (Avenida das Américas)

Zeugma: omissão de um termo já mencionado anteriormente; recurso de coesão.

Ex: Guimarães Rosa escreveu “Primeiras Estórias”; Machado de Assis, “Pai contra mãe”. (O verbo “escreveu” foi omitido)

22 – Discriminar x Descriminar

Discriminar significa fazer diferença, distinguir.

Ex: Não houve a correta discriminação do que deveria ser feito.

Ex: João foi discriminado por ser pobre.

Descriminar significa retirar a culpa, o erro, o crime; inocentar.

Ex: A justiça descriminalizou o réu.

23 – Bastante x Bastantes

Bastante no sentido de “suficiente” poderá ser flexionado.

Ex: Não levei roupas bastantes (suficientes).

Bastante no sentido de grande quantidade poderá ser flexionado

Ex: Tenho bastantes livros. (Tenho 300 livros).

Bastante no sentido de “intensamente” será invariável

Ex: Elas saíram bastante chateadas. (Elas saíram intensamente chateadas)

24 – Deferir x Diferir

Deferir significa aceitar, aprovar.

Ex: Sua inscrição foi deferida.

Diferir significa diferenciar, distinguir.

Ex: Precisamos diferir esses nomes.

25 – Acerca de x Há cerca de x (A) cerca de

“Acerca de” é locução prepositiva e significa “sobre”, “quanto a”, “a respeito de”.

Ex: Falamos acerca de Língua Portuguesa.

“Há cerca de” traz o verbo haver e indica tempo transcorrido. Significa “faz aproximadamente”.

Ex: Falamos acerca de Língua Portuguesa há cerca de um mês (ou seja, falamos de Língua Portuguesa faz aproximadamente um mês)

“(A) cerca de” é uma expressão que, sem o fazer “haver”, significa apenas “aproximadamente”, “mais ou menos”.

Ex: “Cerca de cem alunos estavam em sala.

A prova será feita a cerca de dois quilômetros daqui.

26 – Alerta (certo) x Alertas (errado)

Como advérbio de modo, é invariável e significa atentamente, vigilantemente.

Ex: Estejam alerta!

Como interjeição, é também invariável e significa “atenção!”.

Ex: Amigos, alerta!

27 – O plural de caráter é…

O plural de caráter é caracteres. Mau-caráter faz plural em maus-caracteres.

Ex: Pai e filho são maus-caracteres.

28 – Cassar x Caçar

Cassar é anular, revogar, privar (de direitos políticos, de mandatos, de licenças).

Ex: O deputado teve seu mandato cassado.

Caçar é perseguir (geralmente animais silvestres) para aprisionar, matar.

Ex: Eles saíram para caçar javalis.

29 – Cujo/cuja/cujos/cujas

Cujo é pronome relativo que concorda em gênero e número com o termo consequente, embora se refira a um substantivo antecedente. Não se deve utilizar artigo depois de cujo.

Ex: Eis o lugar cujo clima é agradabilíssimo. (Certo)

Eis o lugar cujo o clima é agradabilíssimo”. (Errado)

Ali é a praia cujas águas são tranquilas (Certo)

Ali é a praia cujas as águas são tranquilas (Errado)

30 – Flagrante x fragrante

A palavra flagrante, que pode ser um substantivo ou um adjetivo, que significa evidente, inflamado, ardente. A locução adverbial “em flagrante” quer dizer na própria ocasião em que se praticou o ato.

Ex: O ladrão foi pego em flagrante.

O adjetivo fragrante significa perfumado, aromático. É parente de fragrância.

Ex: Nem toda rosa é fragrante quando acaba de desabrochar.

31 – Até O x Até AO

Com as palavras precedidas do artigo O, é facultativo o emprego da preposição.

Ex: Vou até o Rio de Janeiro. / Vou até ao Rio de Janeiro.

32 – Sofás cinza?

Os substantivos de cor (cinza, laranja, goiaba, gelo, vinho, abóbora…), quando funcionam como adjetivos, ficam invariáveis.

Ex: camisas rosa; calças vinho; canetas laranja.

33 – Subsídio x Rubrica x Inexorável

É muito comum ouvir as seguintes pronúncias: “subzídio”, “rúbrica” e “ineksorável”. Essas pronúncias, no entanto, não são adequadas. Na gramática, esse tipo de desvio se chama erro de prosódia e/ou ortoepia.

Em subsídio, o “s” é pronunciado como “c” em cidade;

Em rubrica, a sílaba tônica é “bri”;

Em inexorável, o “x” é pronunciado como “z” em zebra”.

34 – Por causa que (Errado)

Deve-se evitar a expressão “por causa que”, cruzamento sintático da locução “por causa de” com a conjunção causal “porque”. Usa-se uma ou outra. É legítimo dizer: “Não foi à aula por causa da chuva” ou “Não foi à aula porque choveu”, mas deve-se evitar: “Não foi à aula por causa que choveu”.

35 – Perca x Perda

“Perca” é verbo, enquanto “perda” é substantivo.

Ex: Não perca a promoção de hoje!

A perda do jogador gerou um mal-estar.

36 – “E nem”

Quando a conjunção “nem” é aditiva e equivale a “e não”, não se deve utilizar a sequência ” e + nem”.

Ex: Ele não voltou nem avisou quando o fará. (Certo)

Ele não voltou e nem avisou quando o fará. (Errado)

37 – Ao meu ver x A meu ver

Na Língua Portuguesa, o artigo é facultativo antes do pronome possessivo. Por isso, ambas as formas estão corretas.

38 – A maioria de x A maior parte de

Estas expressões, quando seguidas de substantivo ou pronome no plural, tanto podem construir-se com o verbo no singular ou no plural.

Ex: A maioria dos alunos compareceu àquela aula.

A maioria dos alunos compareceram àquela aula.

39 – À partir de (errado) x A partir de (certo)

Na LínguaPportuguesa, nunca ocorre crase antes de verbo. Assim, a forma correta é “A partir de”.

Ex: A partir de hoje o expediente começa às 9h.

40 – Gratuito ou “gratuíto”?

Este adjetivo tem apenas três sílabas: GRA-TUI-TO. Pronuncia-se, portanto, a sílaba “tui” como tônica e não apenas o “i”. O “u” e o “i” fazem um ditongo.

FONTE ESTRA GLOBO

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