Histórias da Camapuã relata causos e lendas de um pequeno distrito mineiro

Grupo Teatro de Pedra, de São João del Rei, transforma em livro o “Projeto Histórias de Camapuã”

Resgatar a história oral da comunidade da Serra do Camapuã, distrito de Entre Rios de Minas. Esse. Esse foi o objetivo da equipe do Teatro da Pedra, de São João Del Rei que, em parceria  com o Conselho Municipal dos Direitos da  Criança e do Adolescente (CMDCA), e com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte,  Lazer e Turismo do município, durante o ano 2021,  realizou o “Projeto Histórias de Camapuã”. Para isso, vários moradores e pessoas que têm relação com aquela terra foram entrevistados para que relatassem histórias, lendas  e causos camapuenses. A equipe de pesquisa do teatro coletou extenso material, que foi transformado em livro.

“Nosso objetivo é levar ao conhecimento das crianças  e jovens da comunidade a riqueza e a potência das histórias de sua terra e de suas raízes. Também queríamos ter um registro escrito da cultura oral que permeia a Serra do Camapuã”, ressalta Elis Ferreira, atriz,  arte-educadora do Teatro da Pedra, coordenadora do projeto e autora do  livro. Para que chegássemos a esse belo resultado final, disse ela, o livro contou com a colaboração de Juliano Fereira, diretor do teatro, Rosana Panzera e do líder comunitário  Vicente Paulo de Souza, além de ilustrações de Agnaldo Panzera. Vários moradores colaboraram para o sucesso do projeto.

“A comunidade da Serra do  Camapuã ganha um livro a partir de histórias que fortalece  a memória da comunidade e gera sentimento de pertencimento e zelo pela cultura local.” enfatizou  Felipe Resende Ribeiro de Oliveira, secretário de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo de Entre Rios de Minas, no prefácio do livro.

Distrito.  Serra do Camapuã está encravada na serra que lhe dá o nome. É  um distrito de Entre Rios de Minas, no Campo das Vertentes,e está localizado a 23 km da sede municipal. O local abriga um trecho do caminho velho da Estrada Real  e onde se encontra a  capela dos Olhos d’água, bem cultural tombado pelo Decreto Municipal nº 800, de 27 de novembro de 2000.

A capela pertence à primeira fase da arte colonial mineira e servia de ponto de parada dos viajantes da Estrada real. Foi oficialmente reconhecida pela Igreja em 7 de junho de 1733 e alguns historiadores  a consideram como uma das antigas de Minas Gerais, já que no local foi encontrado um caibro datado de 1683. Ela é dedicada à Nossa Senhora da Lapa.

No dia 26 de março, a equipe do Teatro da Pedra fez o lançamento do livro impresso em Serra do Camapuã. Com edição já esgotada, a obra digital pode ser acessada em: https://www.teatrodapedra.org/general-9.

FONTE O TEMPO

‘Cena de filme de terror’: os relatos sobre o temporal que virou tragédia com mais de 100 mortos em Petrópolis

“Foi cena de um filme de terror”, define o dentista Lucas Ribas sobre o que presenciou em Petrópolis, na região Serrana do Rio de Janeiro, após o município ser atingido por um temporal na terça-feira (15/2).

Lucas saía do trabalho durante a noite quando viu o cenário de destruição deixado pela forte chuva.

“No Centro da cidade havia muitos corpos, muita gente morta que foi levada pela chuva, se afogaram, bateram em algum lugar ou ficaram presas nos carros”, diz à BBC News Brasil.

De acordo com a Secretaria Estadual de Defesa Civil, até o final da noite de quarta (16), foram contabilizadas 104 pessoas mortas em decorrência da forte chuva de terça-feira.

Nas redes sociais, enquanto algumas pessoas compartilharam registros do impacto causado pela chuva, outras divulgaram fotos de entes queridos que desapareceram em meio ao temporal.

O volume de água acumulada na cidade chegou a 259 milímetros em apenas seis horas de terça-feira, segundo o Climatempo. O valor supera o que era esperado para todo o mês de fevereiro: 238,2 milímetros.

De acordo com o jornal O Globo, dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) apontam que há pelo menos 90 anos Petrópolis não enfrentava uma chuva tão volumosa em 24 horas como a de terça.

O temporal causou estragos em diversos pontos do município. Segundo o governo do Rio de Janeiro, foram registradas 89 áreas atingidas, com 26 deslizamentos.

A Prefeitura de Petrópolis decretou estado de calamidade pública. Nos hospitais, segundo a gestão local, as equipes foram reforçadas para atender as vítimas.

Ônibus em meio a enchente e pessoas tentando deixar o veículo
Legenda da foto,Imagens registrada pelo dentista Lucas Ribas mostram passageiros em ônibus tomado pela enchente

Para os moradores, as cenas presenciadas em razão do temporal nunca serão esquecidas.

“Ainda não caiu a ficha. Eu tenho 44 anos, nasci em Petrópolis, a gente sempre presenciou várias tragédias, mas sempre em lugares isolados e não também no Centro da cidade. O que aconteceu aqui ontem acho que nunca mais vai acontecer porque foi algo impressionante”, diz a professora Bianca Maria Leite.

‘Foi tudo muito rápido’

O temporal culminou em um cenário desolador em Petrópolis. Em vários vídeos que circulam pela internet, é possível ver imagens de árvores, eletrodomésticos, móveis e veículos sendo levados durante a enchente.

Inúmeras casas foram atingidas. Em algumas, os moradores perderam todos os eletrodomésticos e móveis, enquanto em outras a própria construção foi devastada pela forte chuva.

“Perdi tudo, não tem nada. Levou tudo embora. Não sei o que a gente vai fazer a partir de agora, porque a pedra ali tá quase caindo de novo. Se descer vai pegar mais casas para baixo”, disse, em entrevista ao telejornal SBT Rio, um morador que teve a casa atingida.

Segundo o governo do Rio de Janeiro, ao menos 372 pessoas ficaram desabrigadas ou desalojadas na cidade.

O comércio local também foi atingido e muitos ficaram embaixo d’água. Em vídeos que circulam nas redes é possível ver diversos estabelecimentos alagados.

“Eu estava na academia e ela começou a alagar. Eu só senti que tinha que sair dali. Um pessoal ficou limpando a água do chão e jogando pro ralo. Nisso, consegui ir ao shopping, que tem três andares de estacionamento. Fiquei aguardando e não parava de chover nunca. Quando vi, a rua parecia um rio muito fundo, porque passava muita água. Olhei pro lado da academia e ela estava toda revirada: a água entrou no fundo da academia, foi destruindo tudo e jogou os equipamentos na metade da rua”, detalha o universitário Vinícius Magini.

O dentista Lucas Ribas conta que ele e outros funcionários lutaram para salvar os equipamentos do consultório em que ele trabalha. “Foi tudo muito rápido, como se fosse um tsunami de lama. Quando a gente viu era uma aguinha entrando no consultório, logo isso virou muita água, depois começou a transbordar e virou enchente. Foi tempo de a gente subir com equipamentos, fechar as portas, tirar tudo de valor que tinha e salvar o máximo de coisas que podia. Foi desesperador”, diz.

Vítima é resgatada por bombeiros em Petrópolis
Legenda da foto,Bombeiros atuam em resgates de vítimas da tragédia

Na noite de terça, inúmeros pontos da cidade ficaram sem energia elétrica. Na região central houve diversos relatos de roubos e estabelecimentos saqueados em meio ao rastro de destruição do temporal.

Os desaparecidos

Em meio ao temporal, inúmeras pessoas desapareceram. Há registros de busca por moradores de diferentes idades, de crianças a idosos.

Há relatos de pessoas que teriam sido levadas pela água, outras que estariam em regiões que foram soterradas e pessoas que estavam em veículos que foram carregados pela enchente.

De acordo com as autoridades locais, não há números oficiais de desaparecidos na cidade.

Atualmente, cerca de 400 bombeiros auxiliam nas buscas em diferentes áreas da cidade.

Sem respostas, familiares buscam notícias pelas redes sociais. Em alguns posts feitos na terça-feira, é possível observar atualizações de familiares que comemoram que a pessoa foi encontrada bem. Em outros, porém, há a confirmação de que a pessoa foi uma das vítimas das consequências do temporal.

“Infelizmente acharam ele sem vida. Pra ser sincera, não sei o que realmente houve, só tive a notícia de que o corpo dele está no IML”, diz uma amiga de um adolescente que teve a morte confirmada. Ela havia disponibilizado o seu número de celular para receber notícias sobre o amigo na noite de terça, após ele ser considerado desaparecido.

No Instituto Médico Legal (IML) da cidade, familiares buscam respostas sobre os desaparecidos.

Destruição causada pela chuva
Legenda da foto,Chuva causou enchentes e deslizamentos em diversos pontos da cidade

“Vi a chegada de três carros da Defesa Civil com corpos. É angustiante”, diz Anallu Andrade. Ela é prima de um garoto de oito anos que estava em um ônibus que foi levado pela enchente.

“Fui para o IML porque um policial viu meu story (postagem temporária no Instagram; nela, Anallu buscava pelo primo) e disse que possivelmente meu primo já foi encontrado sem vida, porque encontraram um menino na faixa etária dele que parecia com ele, só não tinha como me dar certeza. Sabendo disso, eu cheguei ao IML sem nenhuma certeza se é ele ou não”, diz Anallu.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou que montou uma força-tarefa com cerca de 200 agentes, com profissionais como peritos legistas e criminais papiloscopistas, auxiliares de necropsia e servidores de cartório para auxiliar na identificação das vítimas.

Após passar algumas horas no IML, Anallu voltou para casa sem respostas. Ela deverá retornar ao local nesta quinta-feira (17/2). “A avó e a mãe dele estão sem condições de ir (ao IML)”, explica.

Depois do temporal

Na quarta-feira, Petrópolis amanheceu em clima de luto. Os números de corpos encontrados foram atualizados ao longo do dia.

“O dia seguinte é triste. A cidade embaixo da lama e as pessoas sem nem saber por onde começar”, diz o dentista Lucas Ribas.

O fotógrafo Breno Luis Telles fez registros na manhã seguinte ao temporal. “Fiz imagens no Centro Histórico e infelizmente o cenário é de guerra. Nunca vi uma coisa assim. Gente morta em todos os lados, carros em cima de carros, um cheiro horrível. Infelizmente, a gente vê uma cidade que parece que foi bombardeada”, diz à BBC News Brasil.

Imagens da cidade com entulhos e lama após o temporal
Legenda da foto,Fotógrafo registrou Petrópolis na manhã de quarta-feira após o temporal

Na cidade, foi possível ver cenas como morros que vieram abaixo, ruas bloqueadas por materiais deixados pela inundação, veículos empilhados, casas destruídas, estabelecimentos atingidos pela lama, comerciantes tentando estimar o prejuízo causado pela tragédia e famílias buscando formas para recomeçar.

Nas redes sociais e em vários pontos da cidade foram organizadas campanhas para arrecadar itens para ajudar as pessoas afetadas de diferentes formas pela chuva.

Os moradores convivem com o temor de novos temporais. Na quarta, a previsão era de chuva fraca a moderada para a região. A Secretaria de Estado de Defesa Civil alertou que o município segue em estágio operacional de crise e orientou a população a ficar atenta aos informes, porque alertas sobre a situação podem ser atualizados a qualquer momento.

A Defesa Civil municipal argumentou que o temporal foi causado pela “passagem de uma frente fria pelo oceano, em conjunto com as instabilidades geradas pelo aquecimento diurno, mais a disponibilidade de umidade”.

FONTE BBC.COM

‘Parecia um trovão’, diz morador de Congonhas que presenciou terremoto

O terremoto que atingiu Congonhas, cidade da região Central de Minas Gerais, na noite desse domingo (15), foi sentido como um “trovão”, na análise do inspetor de manutenção elétrica e presidente da associação de moradores do bairro Basílica, David Junior Souza Carmo, de 36 anos.

David conta que estava trabalhando em seu quarto, quando, por volta das 22h, percebeu que objetos em sua cômoda haviam se movimentado. “Eu também vi minha janela tremer. Foi algo que durou por volta de três segundos”, de acordo com ele.

Segundo David, o barulho se assemelhou a um trovão, mas, “ao olhar para o céu e não ver nenhuma nuvem”, imaginou que se tratava mesmo de um tremor de terra. Ele conta que relatou o caso em suas redes sociais, e diversas pessoas comentaram ter sentido o estremecer em diversos bairros também, como o Pires, Bom Jesus, Dom Oscar e Boa Vista.

Apesar de muitos moradores terem achado que o tremor tinha relação com a barragem Casa de Pedra, pertencente à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), esse não foi o temor de David.

“Como a sirene não tocou, eu fiquei mais tranquilo”, contou. A Defesa Civil da cidade e a própria empresa informaram que a barragem está segura e que não corre qualquer risco.

Evento é normal, segundo especialistas

Professores do Instituto de Geociências (IGC) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) confirmaram que o fenômeno tratou-se de um terremoto, mas alertaram que o evento é normal.

“Tremores como este ocorrem no Brasil inteiro com regularidade e podem ser provocados pelos movimentos da crosta terrestre que atuam em escala global. É um mobimento de micro placas”, destacou o professor Allaoua Saadi, do IGC.

“Podem ocasionar pequenas rachaduras em casas ou um mal estar momentâneo em quem o presencia, mas não é nada de muito preocupante”, pondera.

O professor Luiz Guilherme Knauer corrobora a afirmação de Saadie complementa que, “com essa escala, as pessoas podem sentir algo vibrar em casa ou perceber que algum objetivo caiu, é algo muito comum”, observa.

Monitoramento

A prefeitura de Congonhas informou, por meio de nota, que também esteve na barragem e confirmou o tremor de terra. “A Prefeitura e a Defesa Civil reforçaram o patrulhamento e a vistoria no local, para seguir acompanhando de perto quaisquer procedimentos e possíveis novos tremores”, disse em nota.

A CNS informou ao O TEMPO que não detectou nenhum tremor na cidade. “O monitoramento realizado permanentemente não verificou nenhuma anomalia na barragem Casa de Pedra que permanece segura e estável”, informou a empresa.

O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado na noite de domingo. Militares estão na região também.

FONTE O TEMPO

Visita constante de onça assusta comunidade

De acordo com informações de moradores da comunidade rural de Ribeirão de Joselândia, a presença de uma onça registrada desde a última terça feira dia 13 de abril preocupa a todos.Populares relatam que galinhas e até mesmo um cachorro desapareceram recentemente.O filho de uma moradora nos contou que a onça foi vista dois dias seguidos em meio a uma moita de bambu.Sendo fotografada por moradores que assustados com o barulho dos caēs foram olhar o que era.Ainda de acordo com moradores da região ,é aguardada a presença de algum órgão ambiental para a captura do bicho.Em breve mais informações.

Jornalista Ricardo Alexandre.

https://youtu.be/JDS5kA2-GVs

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