Projeto propõe um novo local para construção de nova rodoviária de Lafaiete; cidade pode ganhar novo empreendimento comercial

Em meio à polêmica e mudanças no perfil do atual terminal rodoviário e sua requalificação com um projeto da prefeitura de concessão pública e a construção de uma nova rodoviária em Lafaiete, eis que uma arquiteta lanças luzes de um novo empreendimento comercial. Uma audiência pública acontece nesta noite na Câmara de Vereadores para discutir o assunto.
No final do ano passado, a estudante Gisele de Oliveira Neiva apresentou um trabalho de conclusão de curso na área de arquitetura e urbanismo na Fasar abrindo uma nova perspectiva para a construção de um novo terminal rodoviário integrado a um centro comercial unindo lazer, negócios e convivência. O projeto seria também de uma concessão pública a iniciativa. Ainda não custos do investimentos.

O estudo acadêmico apontou a proposta para a instalação do empreendimento atendendo aos requisitos de sustentabilidade e acessibilidade, além de trazer melhorias na mobilidade da cidade. O local sugerido é na antiga área da extinta empresa Cia Industrial Santa Matilde, às margens da BR 040, no Bairro Carijós. O terreno está situado em uma região estratégica e uma logística favorável para acesso, há menos de 2,5 km do centro de Lafaiete. A área total do projeto é aproximadamente 150.000 m² e próximo a essa região há vias relevantes
O projeto da rodoviária atual foi desenvolvido há mais de 40 anos e hoje funciona de forma precária e ineficiente. Para o novo projeto, os galpões da antiga indústria deverão ser demolidos, pois os mesmos não possuem estruturas que suportem a construção de um segundo andar sobre eles.
O moderno projeto dotaria Lafaiete de um espaço amplo para o terminal como também a cidade ganharia um empreendimento comercial.
Nossa reportagem conversou com a arquiteta Gisele de Oliveira que detalhou o projeto e sua importância para o crescimento comercial de Lafaiete.

Entrevista

CORREIO- Como nasceu este projeto? O que te motivou este projeto?

Gisele –A proposta de um novo terminal rodoviário intermunicipal em Conselheiro Lafaiete, que atenda às questões de sustentabilidade e acessibilidade, além de trazer melhorias na mobilidade da cidade.
Por estar no centro da cidade, o translado de ônibus interurbanos gera transtornos, como acentuado congestionamento em horários de pico, aqueles que se referem a saída e chegada nos locais de trabalhos, considerando o horário comercial. O fluxo de automóvel e pedestres é comprometido na principal via do município, a Avenida Prefeito Telesforo Cândido de Rezende. A falta de mobilidade urbana eleva a possibilidade de acidentes nessa região central da cidade, além do deterioramento mais rápido da infraestrutura das vias centrais. Devido ao serviço ineficaz, muitos passageiros evitam o uso de veículos coletivos para suas viagens intermunicipais, preferindo utilizar automóveis individuais, o que causa ainda mais, o aumento das emissões de poluentes e congestionamentos.
Outros problemas perceptíveis na atual rodoviária da cidade de Conselheiro Lafaiete é a falta de segurança, principalmente em horários noturnos. Falta da aplicação do Desenho Universal, como a oferta de mais informações claras e que podem ser perceptíveis por outros sentidos humanos, além da visão. Além disso, mobiliários como bancos, mal posicionados e que não atendem a todos os usuários.

CORREIO- O que se levou em conta a escolha do local?
Gisele – Quanto à escolha do local para a elaboração do projeto, buscou-se um terreno próximo a BR-40 para facilitar a mobilidade intermunicipal, além de melhorar o trânsito no centro da cidade. Foram analisadas diferentes características do local escolhido, como entorno, visadas, insolação, ventilação e topografia.

CORREIO- Quais pontos positivos da escolha deste novo local?

Gisele- Como potencialidades da área de intervenção destaca-se: proximidade da BR-040; acessibilidade, visto que a região possui acesso facilitado para ônibus urbanos, ônibus de viagem, carros e usuários; redução da interferência no trânsito na região central da cidade; disponibilidade de área de grandes dimensões e facilidade das vias de acesso; topografia plana; áreas verdes; proximidade à linha férrea, que futuramente em um projeto de expansão poderá ser utilizada para transporte de passageiros.
Como principais vantagens do novo terminal rodoviário, a sociedade poderá usufruir de um espaço moderno e eficiente, além de contar com um mall integrado à estrutura da rodoviária, como lojas e locais prestadores de serviços. A busca é por oferecer um novo local de convivência, lazer e entretenimento para a população do município e de outras cidades, sendo estes usuários diretos, ou não, do terminal rodoviário.

CORREIO- Como seriam o transito até o local ?(citar entrada norte e sul)
Gisele – Quanto ao acesso norte, as linhas urbanas e intermunicipais se deslocam pelo centro da cidade de Conselheiro Lafaiete, passageiros de Ouro Branco, Itaverava, Ouro Preto, Catas Altas, entre outras cidades, poderão ter acesso ao novo Terminal Rodoviário, seguindo pela Avenida Prefeito Telesforo Candido de Resende, direcionando-se pela Rua Marechal Floriano Peixoto e em seguida pela Avenida Geraldo Marques, deslocando se até o Acesso Norte, que fará a conexão com o Novo Terminal Rodoviário.
Já no Acesso Sul, ocorrerá o deslocamento no sentido Belo Horizonte/Conselheiro Lafaiete, será utilizada próximo ao Bairro Paulo VI a futura trincheira que fará a conexão com o trevo já existente na Avenida Geraldo Marques, bairro Tamareiras, seguindo em direção ao Corpo de Bombeiros de Conselheiro Lafaiete na Rua Marechal Deodoro, passando pela ponte existente até a chegada ao novo terminal rodoviário. No entanto, para saída do terminal sentido Conselheiro Lafaiete/Belo Horizonte, os ônibus poderão utilizar o Acesso Norte, passando pela ponte a ser construída, seguindo pela Rua Geraldo Marques e Marechal Floriano Peixoto com sentido à Belo Horizonte e região.
Já as linhas intermunicipais e interestaduais que seguem sentido Rio de Janeiro/Conselheiro Lafaiete, será proposta uma pista de desaceleração na lateral da BR-040, para que os ônibus e veículos possam adentrar pela Rua Marechal Deodoro, a qual terá apenas sentido único de direção, sendo uma descida até o acesso ao novo terminal rodoviário. Entretanto, a saída pelo acesso Sul, deverá ser direcionado ao trevo.
Além de rodoviária, o projeto agrega um amplo centro comercial, lazer e convivência? Como seria?
Quanto a esse centro comercial, além das lojas e restaurantes já citados, pretende-se incluir na proposta bares, lanchonetes, cinema, correios, lotérica, caixas eletrônicos, entre outros. Em todos os ambientes planejados, as obrigações expostas pelo Manual de Implantação de Terminais Rodoviários de Passageiros do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem (DER, 2014) devem ser consideradas, como, por exemplo, existência de policiamento, setor administrativo, sanitários, assistência social, juizado de menores.

CORREIO- O projeto não cita financiamento? Isso seria uma concessão? Passaria a iniciativa privada a gestão da rodoviária?
Gisele- Exatamente, seria uma concessão. O projeto seria de iniciativa privada.

Projeto de revitalização do terminal rodoviário vai impulsionar comércio e requalificar área central de Lafaiete

Um projeto em curso vai mudar a cara da área central de Lafaiete, diminuir o tráfego de carros e ônibus, agregar ainda mais valor e impulsionar o comércio, principal vocação econômica da cidade. No próximo dia 1 º acontece no auditório da Faculdade de Direito uma audiência pública para discutir a concessão do terminal urbano de Lafaiete.
Através de parceria, a “Logit Transportation Engineers”, com 30 anos de mercado, especializada em soluções e planejamento de logística de transportes, referência nacional e internacional, atuando junto ao Governo Federal, na concessão de portos, ela elaborou um projeto, após a publicação pela prefeitura de um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), de viabilidade econômica e a concessão a iniciativa privada através de licitação. O estudo não teve qualquer custo a administração.
Na audiência será apresentado o estudo de caso, através de dados técnicos, da concessão do terminal rodoviário urbano e semiurbano. Pelo projeto, o equipamento será totalmente requalificado e reestruturado, oferecendo aos usuários um serviço moderno e qualificado, com estacionamento, espaços comerciais, etc.
O terminal receberá embarques e desembarques de ônibus de cidades da região, sem contudo retirar do centro o público consumidor, ao contrário, potencializar o setor comercial.
O projeto prevê um rearranjo do terreno em frente a rodoviária onde será construído um edifício comercial com amplas salas, comércios em geral, área de lazer e entretenimento, estacionamento, divididos em 4 pavimentos.

Nova rodoviária

A proposta do projeto é a construção da nova rodoviária às margens da BR 040, no Distrito Industrial, situado há 6 km do centro de Lafaiete, local onde receberá os ônibus interestaduais, com possibilidade de ampliação de linhas.
O empreendimento será erguido em uma área da prefeitura de 630 mil m² com proposta de ampliação comercial. O local foi estrategicamente estudado diante do projeto da construção da variante leste da BR 040, que partirá do viaduto da MG 383 e chegará perto do Parque de Exposições.

Concessão

Após a audiência e recebimento das sugestões pela comunidade e setores organizados, a Prefeitura prepara o edital de concessão. A proposta é que o concessionário em até anos esteja em pleno funcionamento o projeto. O investimento previsto é de R$28,5 milhões com ganhos calculados em 30 anos de quase R$180 milhões.
A receita para bancar o projeto virá das tarifas e exploração comercial e alugueis de espaços. Pelo estudo, 58% da receita do concessionário virá de locação e 32% de receitas tarifárias, dentre outros.
O edital de concessão ainda não tem data definida de publicação, mas deve ocorrer no segundo semestre.

Cine Teatro Leon está prestes a ser entregue a população totalmente restaurado

Um espaço multiuso mais confortável e funcional, com tecnologia atual, mas que terá preservadas suas características arquitetônicas, por ser um bem de grande valor para os congonhenses e se situar na área de ambiência histórica de Congonhas. Assim será o novo Cine Teatro Leon, importante patrimônio da “cidade dos Profetas”, que a Prefeitura, por meio da FUMCULT e Secretaria de Obras, e com patrocínio do BNDES, via Lei Rouanet, entrega à população, ainda este ano, totalmente restaurado e requalificado.

A obra do Cine Leon está dividida em fases. A nova cobertura já foi concluída, contempla treliças de perfis metálicos onde, sobre elas, foram instaladas telhas termoacústicas de poliuretano, que, como sugere o nome, tornam temperatura e audição mais agradáveis. Completará o sistema de absorção de som, para evitar reverberação, o revestimento das paredes internas com carpete, lâmina de vidro e madeira. Ainda para garantir o conforto no novo espaço cultural está prevista a instalação de um sistema de climatização com instalação de aparelhos de ar condicionado.

Na fase atual, já começaram a montagem da estrutura metálica que elevará em 1 metro a inclinação da platéia, em relação à antiga, para que as pessoas da fileira da frente não prejudiquem a visão de quem está nas de trás. Sobre esta plateia, será criado um novo mezanino, cujo projeto já está aprovado e começará a ser executado em breve.

Teve início também o preparo da fundação da área de entrada do Cine Teatro Leon, onde haverá um café, mesas, uma passarela elevada e um uma plataforma para seis pessoas, o que garantirá a quem se dirigir ao segundo pavimento, a devida acessibilidade, item, aliás, presente em toda a obra. Ainda na parte superior deste espaço multiuso, está previsto um memorial, uma sala de administração, outra de projeção e ainda uma varanda para a rua.

Mais uma etapa concluída é a fundação para instalação de outro elevador de acesso da coxia ao palco, para uso de profissionais e transporte de equipamentos. Dos lados do palco, haverá duas passarelas técnicas e uma sala de preparo para as apresentações. Ainda no palco será mantida a tela de cinema do Cine Teatro Leon, preservando, assim, o uso original do espaço.

 

A requalificação agregará outros benefícios aos cidadãos. Na área externa, foi construído um banheiro público, que já está na fase de acabamento.

O engenheiro civil da Marsou Engenharia, empresa responsável pela obra, o congonhense Rafael Alexandre Lobo e Silva compara a técnica utilizada para a edificação do prédio, inaugurado em 1961, e a atual. “O método executivo do prédio antigo era diferente do utilizado hoje, mas funcional. O aço daquela época tinha formato de barra lisa, sendo que utilizamos agora o nervurado, o que garante mais aderência ao concreto. Os vãos das áreas construídas eram grandes comparados aos de projetos recentes, ou seja, colocavam poucas colunas. Apesar disso, a engenharia antiga garantia muita resistência”, afirma.

Para Rafael é “um privilégio trabalhar em um local como este, onde o tio Sérgio Malena, já falecido, também trabalhou em uma reforma da década de 1990. Utilizo aqui todo o meu conhecimento adquirido durante a edificação de salas de exibição de arte pelo Brasil afora. Sempre ouvi pessoas dizendo que, quando da criação do Cine Teatro Leon, ele foi o primeiro grande espaço cultural da região. Após esta requalificação, oferecerá as condições adequadas para diversos tipos de manifestações do gênero, proporcionando lazer e entretenimento para todos”.

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