SENTENÇA! Prefeitura de Lafaiete (MG) é obrigada a promover acessibilidade em prédios, túnel, parque exposição e calçadas sob multa de R$ 5 mil ao dia

O Município de Conselheiro Lafaiete está obrigado (MG), por força de sentença, a promover acessibilidade em prédios públicos, calçadas, vias públicas, travessias de pedestres, praças públicas, parque de exposição, passagem subterrânea que liga a  Praça Getúlio Vargas à Rua Marechal Floriano Peixoto, a fazer instalações e/ou adaptação de mobiliário e/ou equipamento em banheiros públicos, telefones públicos, caixas de correios, placas e postes de iluminação, bem como fazer regular fiscalização na construção e manutenção dos passeios defronte a residência e imóveis particulares e criar ou adaptar vagas de estacionamento público reservadas a pessoas portadoras de deficiência.

A informação é da Promotora de Justiça Liliale Ferrarezi Fagundes, da 8ª Promotoria da Comarca de Conselheiro Lafaiete. Segundo ela, a sentença foi proferida nos autos 1436937-45.2008 e, a despeito do recurso do Município, o Tribunal de Justiça confirmou a sentença, transitando o acórdão em julgado em 24/08/2012.

Atualmente, o processo está em fase de cumprimento de sentença (autos 5007465-05.2022), com incidência da multa prevista de R$5 mil ao dia, visto que o Município não conseguiu comprovar o cumprimento das obrigações.

Nossa reportagem entrou em contato com a prefeitura acerca da sentença mas até o momento não recebemos as respostas aos nossos questionamentos.

Associação de Surdos reclama de falta de inclusão e acessibilidade em Lafaiete

A Associação dos Surdos de Conselheiro Lafaiete (MG), a Assular, vem marcando presença nas reuniões da Câmara, mostrando a importância da inclusão social no Legislativo e ampliando a participação popular de novos grupos, antenanda na valorização na diversidade. O Presidente da Assular, Paulo Roberto, pela primeira vez, ocupou a Tribuna Popular, para falar das dificuldades e desafios das pessoas com deficiência em diversas áreas em Lafaiete.

Paulo que é professor de Libras (Língua Brasileira de Sinais) e do ensino adaptado para os chamados surdos oralizados, na Superintendência Regional de Ensino, fez cobranças pela acessibilidade em Lafaiete e a falta do uso da língua de sinais e de intérpretes.

Ele expressou que há entraves de alunos surdos permanecerem nas escolas regulares, porque muitas instituições públicas e particulares não estão preparadas para recebê-los. Também faltam informação e orientação do poder público. “Na área da saúde, por exemplo para uma gestante, ficaria mais segura e mais clara a comunicação com um intérprete. O diagnóstico seria muito mais exato e confiável. Também na área de segurança em caso de um furto. Se houvesse um intérprete, o atendimento seria muito mais eficaz com instruções mais efetivas aos surdos. Mas isso a gente não percebe em Lafaiete. Em todas as áreas não temos acessibilidade. Vejam na rodoviária da cidade. Falta estes profissionais em diversas áreas. Somos aqui 15 surdos e somos mais de 60 em Lafaiete. E como acontece esta comunicação e como será no futuro?”, questionou Paulo.

Ele citou cidades como Florianópolis (SC) onde há intérpretes na Polícia Militar. A presença dos surdos chama a atenção aos poderes para que considerem a diversidade da população com deficiência auditiva em Lafaiete.

Há mais de um ano, a Câmara mantém em seu recinto a comunicação por Libras inclusive na transmissão das sessões, o primeiro poder a implantar a acessibilidade em Lafaiete. A Vereadora Damires Rinarlly (PV) citou que há um projeto de lei, de sua autoria, em tramitação a Câmara, que vai permitir um intérprete de libras no acompanhamento da gestante no parto.

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