Carandaí apresenta intenção de compra da vacina contra o coronavírus

O prefeito de Carandaí, Washington Luís Gravina Teixeira (PSD), enviou ao Instituto Butantan um ofício, manifestando o interesse do município em adquirir a vacina contra o coronavírus.  De acordo com o prefeito, é preciso ir atrás de todas as possibilidades.

“Em janeiro de 2021, na primeira reunião do CISALV (Consórcio Intermunicipal de Saúde Alto das Vertentes), irei sugerir a compra da vacina para todos os municípios da região através do consórcio. Por enquanto, nosso secretário de saúde está buscando o contato com os laboratórios nacionais que fizeram parcerias para o desenvolvimento dos imunizantes”, afirmou o prefeito.

O município aguarda a resposta do Instituto Butantan quanto à reserva de doses suficientes para a população carandaiense e tenta contato com a Fundação Osvaldo Cruz, que também possui um acordo para produção de uma das vacinas contra a Covid-19. O Instituto Butantan está produzindo vacina CoronaVac, da fabricante chinesa Sinovac.

Em Lafaiete

Durante entrevista coletiva à imprensa na terça-feira, 29/12, o prefeito de Conselheiro Lafaiete, Mário Marcus (DEM) foi questionado sobre a vacinação. Segundo ele, o município aguarda as decisões do Governo do Estado que irá conduzir o processo.

Vacina de Oxford tem eficácia de 100% e deve ser aprovada nesta semana

Em uma entrevista ao jornal britânico “The Sunday Times” o CEO da empresa farmacêutica AstraZeneca, Pascal Soriot, afirmou que sua vacina contra Covid-19 deve ser aprovada pelo Reino Unido “nesta semana”. Mais conhecida como a “Vacina de Oxford”, a AZD 1222 tem vantagens sobre a formulação da Pfizer/BioNTech, já em uso em vários países.

Entre elas estão o custo mais baixo, cerca de US$ 4 (R$ 20,87) por dose, e a maior facilidade no armazenamento. Enquanto a concorrente precisa ser armazenada em câmaras frias a -70 °C, a vacina de Oxford pode ser armazenado nas mesmas geladeiras usadas para vacinas comuns, com temperaturas de 2 a 8 °C.

Em novembro a AstraZeneca anunciou que a vacina de Oxford tinha eficácia de 62% em voluntários que receberam duas doses e 90% em quem recebeu meia dose, seguida de uma dose completa. Após admitir que o segundo regime de aplicação foi resultado de um “erro humano”, a farmacêutica prometeu apresentar resultados de testes extras.

Segundo Soriot, os novos resultados mostram que a vacina de Oxford tem eficácia de “100%” na prevenção de casos graves de Covid-19. Entre as vacinas já aprovadas para uso na população, a da Pfizer/BioNTech tem eficácia de 95%, enquanto a da Moderna é de 94%. Segundo a Rússia, a Sputnik V tem eficácia de 91,4%.

Idosa que reside em asilo foi a primeira vacinada na Costa Rica. Crédito: Casa Presidencial de Costa Rica

Nova mutação

Uma nova variante do vírus Sars-CoV-2 encontrada no final de outubro preocupa autoridades de saúde, pois pode ser até 70% mais contagiosa do que a cepa original. A descoberta levou mais de 40 países a proibir a entrada de pessoas vindas do Reino Unido, onde a mutação está em circulação e se espalha “com velocidade assustadora”.

Questionado sobre a eficácia da vacina de Oxford contra esta variante do vírus, Soriot afirmou: “pensamos por ora que a vacina deve continuar a ser eficaz. Mas não podemos ter certeza, então faremos alguns testes”.

O executivo garante que novas versões da vacina estão sendo preparadas caso a atual não seja eficaz em gerar uma resposta imunológica contra a mutação, mas espera que não sejam necessárias: “Você tem que estar preparado”, disse.

Fonte: Estadão

Cientistas e acadêmicos desconfiam de problema com a Coronavac

A falta de dados que comprovem a eficácia da Coronovac, vacina contra a COVID-19, tem causado preocupação entre cientistas e profissionais da saúde em todo o país. A ausência de números que demonstrem a eficácia do imunizante, durante a coletiva de imprensa realizada pelo Instituto Butantan, nesta quarta-feira (23/12), não convenceu os pesquisadores.

Além disso, os sucessivos adiamentos da apresentação que, inicialmente, estava marcada para o dia 15, passou para o dia 23 e, agora, só pra daqui há duas semanas, aumentaram ainda mais a desconfiança da comunidade científica. 

Em entrevista ao site da revista Exame, Maria Amélia Veras, epidemiologista da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e do Observatório COVID-19 BR, falou sobre a questão. “O problema é que a falta de uma explicação mais consistente sobre o motivo de tantos adiamentos começa a deixar os cientistas desconfiados de que pode ter havido algum problema com a vacina”, disse.

Na coletiva desta quarta-feira, embora não tenha apresentado números, o Instituto Butantan, informou que a Coronavac atingiu a eficácia exigida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o uso emergencial.

O presidente do Butantan, Dimas Covas, explicou que os dados do estudo foram encaminhados à Sinovac para análise final e apresentação à National Medical Products Administration (NMPA), instituição chinesa responsável pela regulação de medicamentos. A partir de hoje, a Sinovac tem até 15 dias para concluir essa análise dos números.

Fernando Reinach, biológo, PHD em biologia celular e molecular pela Cornell University e autor do livro “A Chegada do Novo Coronavírus no Brasil”, outro especialista ouvido pela Exame, refutou a possibilidade de  problema de divergência de testes com outros países onde o  imunizante vem sendo testado simultaneamente pelo laboratório. “A maior parte dos testes aconteceu no Brasil mesmo”, disse.

Agência europeia autoriza vacina da Pfizer contra covid-19

Próximo passo antes de iniciar imunização nos 27 países do bloco é o aval da Comissão Europeia, que deve ocorrer nos próximos dias

O regulador de medicamentos da Europa aprovou na segunda-feira (21) o uso da vacina contra covid-19 desenvolvida em conjunto pela empresa norte-americana Pfizer e sua parceira alemã BioNTech, colocando a Europa em curso para iniciar as vacinações em uma semana.

Países da União Europeia, incluindo Alemanha, França, Áustria e Itália, disseram que planejam iniciar a imunização a partir de 27 de dezembro, enquanto a Europa tenta alcançar os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, onde as vacinações começaram no início deste mês.

om o aval da EMA (Agência Europeia de Medicamentos), a etapa final é a aprovação pela Comissão Europeia, que é esperada nos próximos dias. A Comissão segue normalmente o conselho da EMA.

Os preparativos para o lançamento da vacina ocorrem no momento em que a identificação de uma nova cepa altamente infecciosa do coronavírus na Grã-Bretanha causou caos em toda a região, com países fechando relações de viagem com o Reino Unido e interrompendo o comércio antes do feriado de Natal.

A pandemia matou cerca de 470 mil europeus e está acelerando nos meses de inverno, destruindo as economias no processo.

Muitos governos impuseram restrições mais rígidas às famílias para tentar conter uma segunda onda de infecções e evitar sistemas de saúde sobrecarregados.

STF autoriza vacinação compulsória contra Covid-19

Decisão ocorre após parecer do relator, ministro Ricardo Lewandovski

Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o Estado pode determinar aos cidadãos que se submetam, compulsoriamente, à vacinação contra a Covid-19, prevista na Lei 13.979/2020.

De acordo com a decisão, o Estado pode impor aos cidadãos que recusem a vacinação as medidas restritivas previstas em lei (multa, impedimento de frequentar determinados lugares, fazer matrícula em escola), mas não pode fazer a imunização à força.

Também ficou definido que os estados, o Distrito Federal e os municípios têm autonomia para realizar campanhas locais de vacinação.

O entendimento foi firmado no julgamento conjunto das Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 6586 e 6587, que tratam unicamente de vacinação contra a Covid-19, e do Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 1267879, em que se discute o direito à recusa à imunização por convicções filosóficas ou religiosas.

O exame da matéria foi iniciado na sessão de ontem (16), com o voto do ministro Ricardo Lewandowski, relator das ADIs.

A vacinação compulsória

Em seu voto, apresentado na sessão de hoje, o ministro Luís Roberto Barroso, relator do ARE 1267879, destacou que, embora a Constituição Federal proteja o direito de cada cidadão de manter suas convicções filosóficas, religiosas, morais e existenciais, os direitos da sociedade devem prevalecer sobre os direitos individuais.

Com isso, o Estado pode, em situações excepcionais, proteger as pessoas, mesmo contra sua vontade – como, por exemplo, ao obrigar o uso de cinto de segurança.

Para Barroso, não são legítimas as escolhas individuais que atentem contra os direitos de terceiros. Ele lembrou que a vacinação em massa é responsável pela erradicação de uma série de doenças, mas, para isso, é necessário imunizar uma parcela significativa da população, a fim de atingir a chamada imunidade de rebanho.

Visão de outros ministros do STF

O ministro Nunes Marques, que ficou parcialmente vencido, também considera possível a instituição da obrigatoriedade da vacina contra a Covid-19 pela União ou pelos estados, desde que o Ministério da Saúde seja previamente ouvido, e apenas como última medida de combate à disseminação da doença, após campanha de vacinação voluntária e a imposição de medidas menos gravosas. Ele considera que essa obrigatoriedade pode ser implementada apenas por meios indiretos, como a imposição de multa ou outras restrições legais.

Em relação à recusa em vacinar os filhos, o ministro afirmou que a liberdade de crença filosófica e religiosa dos pais não pode ser imposta às crianças, pois o poder da família não existe como direito ilimitado para dirigir o direito dos filhos, mas sim para proteger as crianças contra riscos decorrentes da vulnerabilidade em que se encontram durante a infância e a adolescência.

Obrigatoriedade dupla

O ministro Alexandre de Moraes ressaltou que a realização de vacinação compulsória, de forma a assegurar a proteção à saúde coletiva, é uma obrigação dupla: o Estado tem o dever de fornecer a vacina, e o indivíduo tem de se vacinar. Para o ministro Edson Fachin, nenhuma autoridade ou poder público pode se esquivar de adotar medidas para permitir a vacinação de toda a população e assegurar o direito constitucional à saúde e a uma vida digna. “A imunidade coletiva é um bem público coletivo”, afirmou.

Complexo de direitos

Segundo a ministra Rosa Weber, eventuais restrições às liberdades individuais decorrentes da aplicação das medidas legais aos que recusarem a vacinação compulsória são imposições do próprio complexo constitucional de direitos, que exige medidas efetivas para a proteção à saúde e à vida. “Diante de uma grave e real ameaça à vida do povo, não há outro caminho a ser trilhado, à luz da Constituição, senão aquele que assegura o emprego dos meios necessários, adequados e proporcionais para a preservação da vida humana”, argumentou.

Solidariedade

Ao acompanhar os relatores, a ministra Cármen Lúcia defendeu a prevalência do princípio constitucional da solidariedade, pois o direito à saúde coletiva se sobrepõe aos direitos individuais. “A Constituição não garante liberdades às pessoas para que elas sejam soberanamente egoístas”, disse.

O ministro Gilmar Mendes observou que, enquanto a recusa de um adulto a determinado tratamento terapêutico representa o exercício de sua liberdade individual, ainda que isso implique sua morte, o mesmo princípio não se aplica à vacinação, pois, neste caso, a prioridade é a imunização comunitária. Também para o ministro Marco Aurélio, como está em jogo a saúde pública, um direito de todos, a obrigatoriedade da vacinação é constitucional. “Vacinar-se é um ato solidário, considerados os concidadãos em geral”, disse.

Ameaças

Em voto acompanhando integralmente os relatores, o presidente do STF, ministro Luiz Fux, ressaltou o empenho e o esforço dos ministros para que o julgamento fosse concluído ainda hoje, de forma a transmitir à sociedade segurança jurídica ao tema, frente a uma pandemia que já provocou a morte de milhares de brasileiros. Fux observou que a hesitação quanto à vacinação é considerada uma das 10 maiores ameaças à saúde global, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

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Vacinar população é mais barato que prolongar auxílio emergencial, diz presidente do BC

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), afirmou nesta terça-feira (15) que vacinar a população sai mais barato do que uma prorrogação dos programas emergenciais do governo, como o auxílio emergencial. Foram criados diversos programas para combater a crise causada pela pandemia do novo coronavírus.

De acordo com Campos Netos, não existe espaço fiscal para prorrogar e estender os gastos públicos do governo. “Há um foco nas vacinas, em quem vai conseguir antes e a logística, o mercado está focado nisso também”, afirmou Campos Neto durante evento virtual GZero LatAm Forum 2020, organizado pela Eurasia Group e transmitido pela B3.

Campos Neto opinou que os gastos do governo durante a pandemia foram necessários, mas é importante transmitir ao mercado que existe intenção de voltar à austeridade fiscal, caso contrário o perfil de dívida piorará. “A discussão agora é de como vai ser o gerenciamento dessa dívida. O efeito colateral da dívida alta é que vamos mudar o seu perfil, que começará a ser financiada no curto prazo”, disse ele.

O presidente do Banco Central também não descartou a possibilidade de dominância fiscal quando a política fiscal tem maior peso na política monetária. “Estamos em um período em que a vacina está chegando e o governo decidiu investir nisso. Se nada funcionar e voltarmos a situação de crescimento baixo e inflação ruim, a gente vai ter esse cenário de dominância fiscal”, afirmou.

De acordo com Campos Netos, não existe espaço fiscal para prorrogar e estender os gastos públicos do governo. “Há um foco nas vacinas, em quem vai conseguir antes e a logística, o mercado está focado nisso também”, afirmou Campos Neto durante evento virtual GZero LatAm Forum 2020, organizado pela Eurasia Group e transmitido pela B3.

Campos Neto opinou que os gastos do governo durante a pandemia foram necessários, mas é importante transmitir ao mercado que existe intenção de voltar à austeridade fiscal, caso contrário o perfil de dívida piorará. “A discussão agora é de como vai ser o gerenciamento dessa dívida. O efeito colateral da dívida alta é que vamos mudar o seu perfil, que começará a ser financiada no curto prazo”, disse ele.

O presidente do Banco Central também não descartou a possibilidade de dominância fiscal quando a política fiscal tem maior peso na política monetária. “Estamos em um período em que a vacina está chegando e o governo decidiu investir nisso. Se nada funcionar e voltarmos a situação de crescimento baixo e inflação ruim, a gente vai ter esse cenário de dominância fiscal”, afirmou.

Em março deste ano, para amenizar os efeitos negativos da pandemia na economia do Brasil, o governo de Jair Bolsonaro havia decidido pagar R$ 200 para trabalhadores informais. Pouco depois, o Congresso Nacional acabou subindo o valor para R$ 500, que foi fechado definitivamente em R$ 600. Esse grupo de trabalhadores teve direito ao pagamento de cinco parcelas de R$ 600. Em alguns casos, alguns trabalhadores ganharam até quatro parcelas de R$ 300 de prorrogação.

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Projeto que obriga Estado a garantir vacina da covid-19 gratuitamente é aprovado na ALMG

Embora o Estado seja obrigado a oferecer, a adesão da população à vacina não será obrigatória

A Assembleia Legislativa aprovou no fim da manhã desta sexta-feira (11), em turno único, o projeto que obriga o Governo de Minas a garantir a vacina da covid-19 gratuitamente à população. A proposta teve o apoio de 59 parlamentares contra 1.

Embora o Estado seja obrigado a oferecer, a adesão da população à vacina não será obrigatória, conforme explica o deputado André Quintão (PT), autor da proposta. 

“A questão prioritária nesse momento é garantir a vacina disponível para o cidadão e a cidadã que assim deseja. O projeto estimula, prevê campanhas de mobilização e de sensibilização. Eu tenho certeza que boa parte da população quer ser vacinado. Então, a grande questão de hoje é exatamente garantir que o Estado adquira a vacina”, afirma.

Vacina para COVID-19 são vendidas na China por até US$ 300

L i Shurui não hesitou. Confrontado com a possibilidade de colocar sua vida em espera indefinidamente ou com o risco de pegar COVID-19 ao retornar à universidade no Reino Unido, o estudante de negócios de 22 anos decidiu arregaçar as mangas e receber uma vacina experimental contra o coronavírus .

Duas injeções feitas por Beijing Kexing Biological custaram 2.000 rmb (US $ 300) no Hospital privado Taihe na capital chinesa. O tratamento ainda não passou nos testes clínicos finais (Estágio 3), mas já está sendo oferecido ao público por ordem de chegada. Qualquer um pode aparecer, pagar seu dinheiro e receber o jab. Li disse que centenas estavam na fila para serem imunizados ao mesmo tempo que ele.

“Estou um pouco preocupado com os efeitos colaterais, mas mais preocupado em pegar o vírus no exterior”, disse Li à TIME. “Mas eu não tive nenhum problema com os jabs até agora.”

Não é apenas a vacina Kexing oferecida na China. O lançamento não oficial de uma vacina está ganhando força, apesar das advertências de especialistas internacionais em saúde pública. Em setembro, a estatal SinoPharm revelou que centenas de milhares de chineses já haviam tomado suas vacinas experimentais COVID-19 como parte de uma iniciativa estatal para proteger profissionais de saúde da linha de frente e funcionários que viajam para países de alto risco. No centro de manufatura de Yiwu, esta semana, centenas de pessoas fizeram fila para receber uma dose de US $ 60 da vacina CoronaVac, fabricada pela empresa privada SinoVac.

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“Isso é uma loucura”, disse Adam Kamradt-Scott, professor associado especializado em segurança de saúde global na Universidade de Sydney, sobre o lançamento da vacina entusiasta na China. “É apenas uma prática inadequada de saúde pública. Temos exemplos anteriores de vacinas que não passaram por ensaios clínicos suficientes demonstraram reações adversas com consequências para a saúde a longo prazo.”

À medida que a pandemia de coronavírus se aproxima de seu 11º mês, com mais de 40 milhões de casos e 1,1 milhão de mortes em todo o mundo, o desejo por uma cura milagrosa se torna mais desesperador. Mas as consequências de um passo em falso com a vacina também podem ser terríveis. Em 1976, uma campanha apressada para imunizar milhões de americanos contra a gripe suína resultou posteriormente no desenvolvimento de uma pequena proporção da síndrome da fadiga crônica e ajudou a desencadear o moderno movimento antivaxxer. Distribuir uma vacina de pré-aprovação sem monitoramento suficiente da eficácia e saúde dos participantes corre o risco de alimentar a desinformação do público.

Além do mais, como os casos de COVID-19 são tão baixos na China, os testes de Estágio 3 – quando a vacina é administrada a milhares para ver quantos são infectados, em comparação com voluntários que receberam um placebo – só podem ser realizados no exterior. Também não houve nenhum teste de “desafio” em que os cientistas expuseram deliberadamente voluntários vacinados ao vírus para testar a imunidade. (Embora controversos, esses ensaios estão prestes a prosseguir no Reino Unido)

Mas não é apenas a China que está se adiantando. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, colocou uma enorme pressão pública sobre reguladores e empresas farmacêuticas para disponibilizar uma vacina a tempo para a eleição americana. Em 16 de outubro, a Pfizer revelou que pode começar a lançar sua vacina para uso emergencial nos Estados Unidos no final de novembro. Moderna tem um cronograma semelhante para uso emergencial, embora advertências que a distribuição generalizada de vacinas não aconteça até a primavera.

A diferença na China, porém, é que o vírus foi amplamente contido internamente. O país registrou apenas 14 casos na quarta-feira, todos importados. “Parece que não há necessidade de vacinar na China”, diz o estudante Li. “Afinal, a pandemia tem pouco impacto na vida na China agora; até as máscaras não são mais obrigatórias aqui. ”

A Sinovac prometeu fornecer 40 milhões de doses de CoronaVac à Indonésia até março de 2021. O governador de São Paulo, João Doria, disse que o governo federal também concordou em comprar 46 milhões de doses de CoronaVac, uma das pelo menos cinco vacinas em fase 3 de testes no país, que tem a terceira maior contagem de infecções do mundo.

“Os primeiros resultados do estudo clínico realizado no Brasil comprovam que, entre todas as vacinas testadas no país, a CoronaVac é a mais segura, aquela com os melhores e mais promissores índices”, disse Doria aos jornalistas nesta segunda-feira.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html

Claro, a China não está sozinha no desejo de benefícios de relações públicas. Em 11 de agosto, o presidente russo, Vladimir Putin, revelou o que foi ostensivamente a primeira vacina COVID-19 do mundo, que ele disse já ter sido administrada a sua filha. O nome comercial – Sputnik 5, em homenagem ao inovador satélite soviético – não deixa dúvidas quanto ao orgulho nacional envolvido em seu desenvolvimento. Mas ele foi testado em apenas 76 pessoas – 38 na Fase I e 38 na Fase II – e nem mesmo entrou na frase 3. A vacina não impediu o COVID-19 de atingir níveis recordes no país neste mês.

“Minha reação instintiva é que esta é a tentativa da China de reivindicar prestígio internacional ao ser a primeira a lançar um amplo programa de vacinação”, disse Kamradt-Scott, o especialista australiano em saúde global. “Infelizmente, só vejo política em jogo aqui, em vez de saúde pública.”

Com Informações de: time.com (REDE JORNAL CONTÁBIL)

UFMG inicia testes de vacina da Johnson na próxima semana e buscas voluntários

Interessados em participar devem ter mais de 18 anos e não precisam ser da área da saúde.

A Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) começa na próxima semana os testes com a vacina desenvolvida pelo grupo Johnson & Johnson contra a Covid-19.

Os voluntários devem ter mais de 18 anos, mas, diferentemente dos testes feitos pela universidade com a vacina desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac Biotec, os interessados não precisam ser profissionais da área da saúde.

Esse estudo faz parte da fase 3 da vacina, conhecida como Ad26.COV2.S e feita pela farmacêutica Janssen Pharmaceuticals, que pertence ao grupo Johnson & Johnson.

Ela utiliza como vetor um adenovírus humano, sem capacidade de replicação, onde se insere o material genético do SARS-CoV-2. De acordo com a Faculdade de Medicina, a vacina é “muito promissora pela potência imunogênica, já que foi estabelecido que uma única dose é suficiente”.

Vacina será aplicada no Hospital das Clínicas da UFMG — Foto: Reprodução/TV Globo

Vacina será aplicada no Hospital das Clínicas da UFMG — Foto: Reprodução/TV Globo

Voluntários

A UFMG será responsável pelo teste em até 2 mil voluntários. Para participar, é preciso preencher um formulário online de pré-triagem e responder sobre a disponibilidade de comparecer ao Hospital das Clínicas da UFMG, onde será feita a aplicação da vacina.

O candidato deve ter mais de 18 anos, mas não há limite de idade. Apesar de a ocupação profissional não ser um critério de seleção, terão prioridade os candidatos com risco de infecção pelo vírus e que reflitam, o máximo possível, a diversidade de um cenário real da população de acordo com a faixa etária, questões sociais, étnicas e de gênero.

Os voluntários serão divididos de acordo com as etapas da pesquisa. Inicialmente, a vacina será testada em pessoas sem doenças prévias, em grupos com menos ou mais de 60 anos.

Na segunda etapa, a divisão etária permanecerá, mas com pessoas com alguma comorbidade.

Também haverá um grupo comparador, ou seja, os participantes serão divididos por sorteio entre aqueles que recebem placebo e os que recebem a vacina.

Todos os voluntários serão acompanhados por 24 meses e, após a confirmação da eficácia da vacina, os voluntários que receberam o placebo serão prioritários na distribuição da vacina.

G1

Solução à base de nióbio desativa o novo coronavírus

Pesquisadores da UFMG desenvolvem produto que protege superfícies por 24 horas, pode ser aplicado como gel ou líquido e não agride as pessoas e o meio ambiente

Pesquisadores da UFMG criaram solução à base de nióbio capaz de proteger diferentes tipos de superfície do novo coronavírus, por até 24 horas. Aplicada na forma de gel ou líquido spray, a solução tem ação prolongada para limpeza e desinfecção das mãos e não causa reações adversas, como sensação de ressecamento da pele. O produto também se mostrou ativo na proteção de superfícies em ambiente doméstico e equipamentos e utensílios nos ambientes médico e odontológico.

A eficiência da invenção – registrada pela startup Nanonib®, criada pelo grupo da Universidade em parceria com investidores privados – foi comprovada em laboratório de nível de biossegurança NB-3, ambiente no qual se trabalha com microrganismos causadores de doenças humanas graves (devido ao risco e para comprovar a eficácia direta contra o coronavírus), e caminha para estar disponível em breve para a sociedade.

Segundo o professor Luiz Carlos Oliveira, do Departamento de Química do ICEx, o composto de nióbio produzido para a desativação do coronavírus, que será chamado comercialmente de INNIB-41®, está relacionado a uma família de compostos relatados na literatura, os polioxoniobatos. “Sintetizamos uma forma nova de polioxoniobato com capacidade de gerar espécies de oxigênio que desativam de forma eficiente uma elevada carga do coronavírus. Essas espécies de oxigênio são liberadas no meio ao se deparar com uma bactéria ou um vírus”, diz Oliveira.

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Luiz Carlos Oliveira: ação contra vírus, fungos e bactériasArquivo pessoal

Líder do grupo de pesquisa, o professor explica que a Nanonib® produz, de forma única no mundo, compostos de nióbio na forma gel, sem utilizar solventes orgânicos ou polímeros e, por isso, sem comprometer a saúde nem o meio ambiente. “Vamos criar soluções contendo moléculas inovadoras de nióbio, de baixo custo de produção e versáteis, já que também poderão ser inseridas em produtos de limpeza e cosméticos disponíveis no mercado.” Ele acrescenta que as potencialidades da descoberta desses materiais avançados de nióbio extrapolam o uso no combate ao novo coronavírus. “Em testes preliminares, eles apresentaram excelentes propriedades e ações fungicida, bactericida e virucida.”

Ativo protegido
A invenção foi protegida pela UFMG, por meio da Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT), e está em processo de análise pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI).

Com sede no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), a Nanonib® foi fundada em 2019 com foco na produção de materiais avançados e novos produtos contendo o nióbio para aplicações diversas nas áreas de saúde e cosméticos. Os sócios pesquisadores são professores da UFMG e protagonizaram vários casos recentes de licenciamento e transferência de tecnologia da Universidade. “A parceria com investidores de risco foi fundamental para o sucesso da parceria até aqui. Aproximar a academia do setor produtivo é fundamental para que mais iniciativas como a da Nanonib® surjam e beneficiem a sociedade”, afirma Luiz Carlos Oliveira.

Segundo o professor, a expertise da equipe é focada em ciência pura e aplicada nas áreas de síntese de novos materiais, catálise, química computacional e cálculos teóricos. Os pesquisadores atuam em diferentes linhas, com destaque para a síntese e aplicação de compostos contendo nióbio.

“As tecnologias desenvolvidas com o nióbio têm alto grau de ineditismo e grande potencial de geração de valor e podem ser de interesse estratégico e econômico para Minas Gerais, que tem a maior produção de nióbio no mundo”, diz Oliveira. Ele comenta que a Nanonib® é a primeira spin-off no mundo a criar produtos à base de nióbio para aplicações nas áreas de saúde e cosméticos. A plataforma de nióbio deverá incorporar outras tecnologias e materiais nobres desenvolvidos no Departamento de Química da UFMG e nos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs).(UFMG)

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