Minas Gerais intensifica ações para enfrentamento da dengue e outras arboviroses

Saúde confirma repasses para prefeituras, dia D de conscientização e funcionamento 24 horas da unidade de hidratação em BH

Governo de Minas apresentou as ações de enfrentamento às arboviroses (dengue, zika e chikungunya) nesta sexta-feira (16/2). 

Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) contabilizou a destinação de mais de R$ 150 milhões a todos os municípios do estado no enfrentamento às doenças provocadas pelo mosquito Aedes aegypti, além de promover um Dia D contra arboviroses, a capacitação de equipes de saúde e a implementação da abertura por 24 horas da sala de hidratação do Hospital Júlia kubitschek (HJK), em Belo Horizonte.

Cenário atual

Diante da situação de emergência, declarada em janeiro, a expectativa de que Minas Gerais vivencie o ano com maior número de casos de dengue da série histórica em 2024, em comparação com anos epidêmicos anteriores.

De acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses, foram notificados 194.801 casos prováveis de dengue em Minas Gerais até 16/2, dos quais 67.592 estão confirmados. Há 105 óbitos em investigação e 18 confirmados. Em relação à chikungunya, até o momento, foram notificados 23.628 casos prováveis, sendo 15.727 confirmados para a doença. Há 16 óbitos em investigação e um óbito confirmado.

O secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, analisou o cenário atualizado das arboviroses urbanas no estado. “Nossa previsão é de uma curva ascendente. Ainda não temos os dados desta última semana epidemiológica, mas nunca vivenciamos uma inclinação tão forte de dengue na nossa história. Já ultrapassamos o pico da previsão e não temos dúvidas que este vai ser o pior ano da nossa história de dengue”, apontou o secretário.

Ele demonstrou preocupação com a situação epidemiológica da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). “Neste momento, a capital mineira e a região metropolitana vivem o momento mais crítico em número de atendimentos e a expectativa é que isso dure mais algumas semanas. Vamos continuar tendo muitos casos, mas esse pico de atendimento tende a começar a diminuir em meados de março. Temos alguns municípios que começaram a ter casos antes de Belo Horizonte e agora a demanda nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) está menor que há duas semanas, e esse é o comportamento comum da dengue”, informou Fábio.

Secretário explica cenário em Minas (Fabio Marchetto / SES-MG)

Para o secretário, o aumento de incidência do sorotipo denv2 e o retorno da circulação do sorotipo denv3 são motivos de preocupação, uma vez que a maioria das pessoas está sem imunidade para esses sorotipos, logo uma infecção pode gerar casos mais graves. “Nossos esforços devem ser concentrados no atendimento qualificado, pois o óbito por dengue é evitável. Na maior parte dos casos, o tratamento é feito com hidratação no tempo certo e por isso estamos investindo cada vez mais na capacitação dos profissionais de saúde para que o tempo de identificação dos casos graves seja agilizado”, reforçou.

“Geralmente, o paciente procura atendimento quando está com febre alta, dor no corpo na fase mais aguda, e não é esse o ponto que mais nos preocupa. A conversão do paciente para a dengue hemorrágica acontece a partir do quinto dia dos sintomas, quando a febre cede. Nesse momento, pode ocorrer o choque, com queda de pressão, momento em que é necessário o tratamento com soro na veia e medicamento para aumentar a pressão arterial. É importante garantir que o paciente retorne ao atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) após o quinto dia dos sintomas, para que a equipe observe como está sendo a recuperação, garantindo que não haja piora ou sinais de agravamento da dengue”, pontuou o secretário de Saúde de Minas.

Sala de hidratação

Para ampliar o atendimento e apoiar a assistência à população, a SES-MG informou que, por meio da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), passa a manter aberta por 24 horas a unidade de hidratação (reposição volêmica) no HJK, na região do Barreiro. O local, aberto em 2/2, conta com 21 poltronas para atendimento a pacientes que precisam receber hidratação venosa e 30 cadeiras para hidratação oral.

A unidade de hidratação possui sala de triagem, dois consultórios médicos, duas salas de reposição venosa e espaço para hidratação oral e a capacidade de atendimento pode chegar a até 300 pessoas por dia. A maternidade do HJK também passou a ser referência municipal no atendimento a gestantes com dengue, chikungunya ou zika. 

A abertura da unidade de hidratação integra ações previstas no Plano de Contingência da Fhemig para doenças causadas pelo Aedes aegypti, que prevê a ativação progressiva dos serviços, conforme a demanda do município de Belo Horizonte (gestor pleno da saúde) e a situação epidemiológica.

Dia D 

A SES-MG também coordenará o Dia D de conscientização e combate à arboviroses em todo o estado, por meio das 28 Unidades Regionais de Saúde (URS). A ideia é promover o movimento Minas Unida no Combate ao Mosquito no dia 24/2. O movimento, ao qual já aderiram 160 municípios mineiros de todas as regiões, realizará mutirões comunitários para eliminar os focos de Aedes aegypti.

Estão planejadas ações de mobilização para orientar e conscientizar a população que a responsabilidade diária de manter ambientes dentro das casas é também do cidadão. “Esse é um momento para sensibilizar toda a população e precisamos que todos nos ajudem a disseminar a importância de não deixar entulhos e água parada. É preciso destacar o papel de cada cidadão nesse processo, para que consigamos diminuir os números dessa doença que está nos afligindo muito em 2024”, alertou o secretário Fábio Baccheretti, que lembrou que as prefeituras que ainda não fazem parte do movimento podem procurar sua respectiva URS para isso.

Para prevenir a proliferação do mosquito causador da dengue e chikungunya, é fundamental a adoção de ações de proteção coletiva, como remoção de locais onde há acúmulo de água e eliminação de criadouros de mosquitos, além do tamponamento de caixas d’água e realização da limpeza das calhas.

Para a proteção individual contra a picada do mosquito, recomenda-se o uso de repelente, inclusive por pessoas com sintomas ou já diagnosticada com dengue ou chikungunya, uma vez que o mosquito pode se infectar ao picá-la e transmitir a doença para outros indivíduos.

Em caso de sinais e sintomas suspeitos de dengue, chikungunya ou zika, recomenda-se buscar o atendimento médico. As UBSs são a porta de entrada para esses pacientes em todo o estado.

Atuação em Minas

A SES-MG está pagando, neste mês de fevereiro, um incremento de R$32,2 milhões aos municípios mineiros para o combate da dengue, zika e chikungunya no estado. O valor se soma aos R$80,5 milhões repassados em dezembro, enquanto outros R$32,2 milhões serão pagos no mês de julho.

A secretaria também está investindo R$ 30,5 milhões para que os municípios contratem o serviço de drones que serão utilizados na identificação, monitoramento e tratamento dos focos e criadouros do Aedes aegypti, permitindo uma atuação mais direcionada e eficaz por parte das Secretarias Municipais de Saúde. Foram repassados R$15 milhões em 2023 e o restante será pago já nos próximos meses.

Em 27/1 , o Governo de Minas havia publicado o decreto que declara a situação de emergência em Saúde Pública no Estado, em razão do cenário epidemiológico das arboviroses, autorizando a adoção de medidas administrativas que se façam necessárias, tais como a requisição de bens ou serviços e flexibilização para aquisição direta de produtos, insumos e materiais. 

A partir do decreto, foi implantado o Centro de Operação de Emergência (COE), estrutura de governança no âmbito da SES-MG pela qual se executarão as medidas de enfrentamento da situação de emergência em Saúde Pública pelas arboviroses, incluindo monitoramento e gestão da emergência.

Em novembro de 2023, a SES-MG publicou a Política Estadual para Vigilância, Prevenção e Controle das Arboviroses, que se configura como um conjunto de ações com a finalidade de prevenir e controlar a ocorrência dessas endemias na população e garantir o acesso a serviços de saúde, de forma oportuna, resolutiva, equânime, integral e humanizada, no âmbito do Sistema Único de Saúde em Minas Gerais (SUS-MG). Em paralelo, foi publicado o Plano Estadual de Contingência para Enfrentamento das Arboviroses com vistas a organizar as ações de enfrentamento em caso de surtos ou epidemia no estado de Minas Gerais. 

A SES-MG também dá suporte na elaboração e acompanhamento dos Planos Municipais de Contingência (PMC). 

Além do monitoramento constante dos casos, incluindo os casos graves, incidência e óbitos, a SES-MG também direciona as ações de controle pelo Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LirAa/LIA), realizado trimestralmente e que aponta, entre outros, o Índice de Infestação Predial pelo Aedes (IIP).

Também são promovidas reuniões periódicas do Comitê Estadual de Enfrentamento das Arboviroses para deliberar sobre o cenário epidemiológico no estado e as ações a serem realizadas por cada eixo que o compõe, além de encontros regulares com os Comitês Regionais de Enfrentamento das Arboviroses, visando o planejamento de ações e o repasse de orientações, e com as Unidades Regionais de Saúde para alinhamento estratégico. A SES-MG distribui ainda inseticidas e equipamentos para viabilizar as atividades de controle vetorial nos municípios.

FONTE AGÊNCIA MINAS

Minas Gerais tem 70% dos casos prováveis de chikungunya registrados no Brasil; estado tem maior incidência da doença

Dos 31 mil casos prováveis no país, 23 mil estão em Minas Gerais. Segundo o governo de Minas Gerais, uma morte pela doença foi confirmada e outras 16 estão sob investigação.

Minas Gerais tem 70% dos casos prováveis de chikungunya do Brasil. Dos 31.237 registros investigados no país, 23.628 estão no estado.

O último boletim epidemiológico sobre arbovirores urbanas divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) apontou que, até esta quinta-feira (15), Minas Gerais havia confirmado 15.727 casos.

Ainda segundo a SES, uma morte foi confirmada e outras 16 estão sob investigação. Minas Gerais tem a maior incidência do doença. O coeficiente está em 110, quase cinco vezes mais que o Mato Grosso do Sul, estado que aparece na segunda posição com 23.

Veja abaixo os estados com maior incidência de chikungunya no Brasil

  1. Minas Gerais: 110
  2. Mato Grosso do Sul: 23
  3. Mato Grosso: 22,6
  4. Goiás: 20,2
  5. Espírito Santo: 19,3

Febre chikungunya

A chikungunya é uma doença causada por um vírus, com um conjunto de sintomas similares ao da dengue. A transmissão da doença ocorre por meio da picada do mosquito Aedes aegypti. O início dos sintomas pode levar de dois a dez dias.

Os principais sintomas da chikungunya são: febre acima de 38,5 graus, de início repentino; dores intensas nas articulações de pés e mãos – dedos, tornozelos e pulsos; dor de cabeça; dores nos músculos e manchas vermelhas na pele.

Diagnóstico

Segundo o Ministério da Saúde, o diagnóstico da chikungunya é clínico e feito por um médico. Todos os exames estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Em caso de confirmação da doença a notificação deve ser feita ao Ministério da Saúde em até 24 horas.

Tratamento

O tratamento da chikungunya é feito de acordo com os sintomas. Até o momento, não há tratamento antiviral específico para chikungunya, ainda de acordo com o Ministério da Saúde.

A terapia utilizada é analgesia e suporte. É necessário estimular a hidratação oral dos pacientes e a escolha dos medicamentos devem ser realizadas após a avaliação do paciente, com aplicação de escalas de dor apropriadas para cada idade e fase da doença.

Dengue

Com relação à dengue, há 181.645 casos prováveis (casos notificados, exceto os descartados).

Desse total, 62.872 foram confirmados, além de 18 mortesCem estão sendo investigadas.

Zika

Quanto ao vírus zika, foram registrados 22 casos prováveis e um foi confirmado.

Não há mortes confirmadas ou em investigação no estado.

FONTE G1

Urgência no Combate à Dengue em Lafaiete (MG)

Erivelton Jayme, vereador comprometido com as necessidades locais, alerta para o aumento dos casos de dengue em nossa cidade. Em recente artigo, além de expressar sua preocupação, destaca a necessidade imediata de ações para conter o avanço do mosquito Aedes aegypti e proteger a saúde da população.

No dia 25 de janeiro, protocolou requerimento na Câmara Municipal o Requerimento 43/2024, buscando detalhes sobre as estratégias do executivo para controlar o mosquito transmissor da dengue. Agindo proativamente, o vereador destaca a eficácia do caminhão Fumacê, uma ferramenta comprovada em outras regiões afetadas pela doença.

Em suas redes sociais e site convoca a população a adotar medidas preventivas, Erivelton destaca a importância da conscientização individual. Sua mensagem, acessível e inspiradora, reflete sua proximidade com a comunidade. Erivelton Jayme é parte integrante da nossa realidade, compartilhando as mesmas inquietações e responsabilidades.

Neste chamado à ação, Erivelton ressalta que, juntos, podemos enfrentar esse desafio. Suas palavras não são apenas um alerta, mas um convite à união pela saúde de todos.

Casos de dengue em Minas mais que dobram em apenas uma semana

A adoção da emergência em saúde pública permite, por exemplo, que o governo mineiro acelere os trâmites para a aquisição de insumos e materiais ligados ao tratamento médico

Três dias após Minas Gerais decretar situação de emergência devido ao aumento de casos de dengue e chikungunya, subiu para 35 o número de mortes em investigação por dengue em Minas Gerais.

Em apenas uma semana, os casos confirmados da doença em todo o estado mais que dobraram. De acordo com o Boletim Epidemiológico de Monitoramento, os casos confirmados saltaram de 11.490 para 23.389. Os números foram divulgados nessa segunda-feira (29).

Até agora, uma pessoa morreu pela doença, mas os números de mortes em investigação subiu de 14 para 35. Os casos de chikungunya também tiveram aumento de mais de 100% dos casos confirmados. Em sete dias o total passou de 3.067 para 6.206. Uma morte foi confirmada pela doença e outras duas estão em investigação em todo o estado.

Já os casos de Zika, o primeiro paciente foi confirmado. Ao todo, oito estão sendo investigados e não há mortes sobre investigação por Zika em Minas Gerais.

Diante da alta procura por atendimento de casos suspeitos de dengue, chikungunya e zika no fim de semana, a Prefeitura de Belo Horizonte avalia o cenário epidemiológico da capital para definir se há a necessidade de abertura de postos de saúde nos próximos sábado e domingo.

Segundo o município, no último sábado (27) e domingo (28), foram 759 atendimentos nas unidades do Barreiro, Leste, Norte, Oeste e Venda Nova. Segundo o balanço mais recente da Secretaria Municipal de Saúde, BH possui 665 casos confirmados da doença.

Governo de Minas decreta emergência em saúde pública por causa de dengue e chikungunya

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), decretou situação de emergência em saúde pública no estado por causa do aumento no número de casos de dengue e chikungunya. A determinação consta na edição deste sábado (27) do Diário Oficial do Estado.

Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) apontam que, até o último dia 22, Minas já havia registrado 11.490 casos confirmados de dengue em 2024. No mesmo período, foram detectados, ainda, 3.067 pacientes com chikungunya.

A adoção da emergência em saúde pública permite, por exemplo, que o governo mineiro acelere os trâmites para a aquisição de insumos e materiais ligados ao tratamento médico. Há, inclusive, a possibilidade de dispensa de licitação. Uma pessoa morreu por causa da dengue em Minas neste ano.

Centro de Emergência será instituído

Ainda de acordo com o decreto de Zema, a Secretaria de Saúde vai instituir o Centro de Operações de Emergências de Arboviroses (COE Minas Arboviroses). O comitê será responsável por monitorar o avanço da dengue e da chikungunya nas cidades do estado.

Durante a semana, Bacchereti projetou um ano epidêmico em relação à dengue em 2024. O pico de casos deve acontecer entre fevereiro e março.

“No ano passado, foram registrados 400 mil casos. Neste ano será, certamente, muito mais do que isso”, projetou.

FONTE ITATIAIA

Dengue, zika e chikungunya: Minas registra mais de mil casos por dia

A primeira morte por dengue em Minas foi confirmada em 22 de janeiro. Estado aguarda chegada de vacinas

Minas Gerais tem registrado quase mil casos de dengue, zika e chikungunya por dia. Segundo os dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), até o momento o estado contabilizou 23.389 casos confirmados de dengue, 5.867 de chikungunya e uma de zika, um total de 29.257, o que dá, em média, cerca de 1.008 ocorrências por dia.

Apesar do número, apenas uma pessoa morreu por dengue e uma por chikungunya em Minas neste ano. A morte provocada pela dengue foi confirmada em 22 de janeiro, sendo a vítima uma mulher idosa de Monte Belo, no Sul do estado. Um segundo óbito havia sido confirmado na sexta-feira (26), mas o caso voltou para análise, e o cenário segue com apenas uma situação confirmada em 2024.

Os casos de dengue estão aumentando rapidamente. Na data da confirmação da primeira morte, o estado tinha 11.490 casos confirmados, mas atualmente os números estão em 23 mil. Além disso, a SES-MG está investigando outros 64.724 casos da doença e 34 óbitos.

Combate à doença

O Ministério da Saúde divulgou, na sexta-feira (26), as 22 cidades mineiras que vão receber a dose da vacina contra a dengue. O secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, explicou que o ministério vai encaminhar as doses para os estados que apresentem números elevados de casos, incluindo Minas Gerais, e que o imunizante será destinado, a princípio, ao público com idade entre 10 e 14 anos.

“Minas vai receber, em breve, as doses para distribuir aos municípios que estejam com incidência alta de casos. Assim que as doses estiverem disponíveis, vamos pactuar o cronograma de vacinação e definir o público-alvo. Provavelmente, a partir de fevereiro, vamos iniciar a vacinação do público prioritário no estado”, pontuou o secretário.


Além do mais, a SES-MG informa que trabalha de forma contínua para monitorar e controlar a infestação do mosquito Aedes aegypti e para impedir o avanço da dengue, zika, chikungunya e ainda da febre amarela. Dentre as ações realizadas durante todo o ano, destacam o monitoramento constante dos casos, incluindo os casos graves, incidência e óbitos, com atualização do Painel Arboviroses.

“Também estão sendo investidos R$ 30,5 milhões para que os municípios contratem o serviço de drones que serão utilizados na identificação, monitoramento e tratamento dos focos e criadouros do Aedes aegypti, permitindo uma atuação mais direcionada e eficaz por parte das Secretarias Municipais de Saúde”, termina.

FONTE ESTADO DE MINAS

Casos de arboviroses sobem 754% em um ano, e MG confirma primeira morte de 2024

Óbito por chikungunya foi na cidade de Sete Lagoas

Os casos de arboviroses — que englobam dengue, chikungunya e zika vírus — dispararam em Minas Gerais no começo deste ano. Conforme dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), o aumento de diagnósticos positivos é de 754% na primeira quinzena de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior. A pasta, inclusive, confirmou a primeira morte causada por arbobviróses. Trata-se de um paciente de Sete Lagoas, que teve a morte confirmada para chikungunya.

O cenário é tão preocupante que, recentemente, a Prefeitura de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, pediu o espaço de uma igreja para instalar um hospital de campanha. A solicitação aconteceu devido a uma projeção, feita pelo município, que aponta aumento nos casos de dengue e chikungunya na região do bairro Nacional neste ano.

Em reunião nessa quinta-feira (18 de janeiro) com prefeitos, secretários municipais de saúde e referências de outras secretarias municipais de todo o Estado, o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi, apontou que o momento atual requer muita atenção às arboviroses e o apoio e participação dos municípios é fundamental para o enfrentamento do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela. “Estamos no período sazonal das doenças, que ocorre entre os meses de outubro e maio, e é esta a época em que mais precisamos dos gestores para redobrar os cuidados, a mobilização e o enfrentamento das arboviroses nos territórios”, disse.

Para o enfrentamento às arboviroses, o Estado lançou um Plano de Contingência, além de fornecer inúmeros treinamentos dos profissionais de saúde, como o curso de manejo clínico adequado dos casos e, ainda, temos repassado importantes recursos para o apoio aos municípios nas conduções das ações. 

Número de casos 

Até 15 de janeiro deste ano, foram notificados, em Minas Gerais, 13.384 casos prováveis de arboviroses (dengue, chikungunya e zika). Deste total, foram confirmados 3.983 casos de dengue e três mortes estão em investigação. 

Já para chikungunya, são 1.223 casos confirmados e um óbito. Não há notificações de zika neste ano. Na primeira quinzena de 2023, foram 583 casos confirmados de dengue, com uma morte em investigação, além de 26 diagnósticos de chikungunya.

Cenário preocupante 

A infectologista Luana Araújo considera que o cenário para 2024 é “extremamente preocupante” para arboviroses. “Dengue, principalmente porque 2023, já foi um ano trágico, pior ano da história em relação à dengue, em número de casos e número absoluto de óbitos. Tivemos aproximadamente 1,6 milhão de casos no ano passado e, embora a mortalidade tenha sido menor, o número de casos foi maior, houve esse aumento de óbitos também, crescemento de 5% em relação a 2022. Então, ano passado, já foi um no difícil. Entretanto, em 2024 as previsões são ainda piores porque estamos em um momento climático extremamente favorável para a proliferação do mosquito, que é o calor intenso e muita chuva, é tudo o que o mosquito precisa”, explica. 

Segundo a especialista, os tipos 1 e 2 da dengue, responsáveis pelo aumento dos números em 2023, seguem circulando neste ano, com o agravante dos sorotipos 3 e 4 já detectados. “Temos a tempestade perfeita para que a dengue exploda em número de casos. As previsões variam entre 1,7 a 6 milhões de casos de dengue para 2024, com uma média de 3 milhões. É praticamente o dobro do que vimos em 2023, daí a importância da gente usar todas as ferramentas para coibir tanto a proliferação do mosquito quanto diminuir a gravidade da doença”, diz. 

Já sobre a chikungunya, Luana Araújo detalhou que o início do ano passado também foi de aumento, mas a doença terminou com números mais baixos. Isso porque um Aedes aegypti não costuma ter mais de um vírus a ser propagado. Há, também, a dificuldade de se diagnosticar quadros de chikungunya e zika, já que os sintomas das doenças se sobrepõem à dengue. 

Entenda os cuidados

Com relação aos cuidados, a infectologista indica que a prevenção de cada pessoa é a mais importante. “O melhor que temos a fazer é impedir que as pessoas adoeçam. O mais importante é diminuir a presença do mosquito. Isso a gente faz entendendo o ciclo do mosquito. Ele voa baixo e voa curto. Se eu tenho alguém em uma casa que temos casos de dengue, pode ter certeza que há o foco ali. Ele não vem de quatro quarteirões, ele vem dali. Então, mais de 70% dos focos do mosquito estão nos domicílios, então é importante que as pessoas cuidem das suas casas. Fiquem de olho em pratinhos de plantas, degelo de geladeira, fonte em quintal, depósitos, coisas ao ar livre, tudo isso pode coletar água”, alerta.

FONTE O TEMPO

Dengue, zika e chikungunya: não dá pra contar com a sorte

Os casos estão aumentando, principalmente pelas chuvas, mas hábitos simples podem prevenir as doenças.

Minas Gerais está novamente sob ameaça de epidemia de doenças provocados pelo mosquito Aedes aegypti. De 2022 até novembro de 2023, aumentaram em 430% os casos prováveis de dengue no Estado. Os registros de ocorrências para chikungunya subiram 700% e para zika, em 260%, conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde.

O inseto, principal transmissor dos vírus que provocam essas doenças foi encontrado em 97,8% dos municípios mineiros. Com a estação de chuvas e calor, a proliferação do mosquito se acelera, ampliando os riscos de contaminação e óbitos.

Hábitos simples podem evitar a reprodução do mosquito: 


  • evitar água parada em pneus, pratinhos de vasos de plantas, piscinas sem uso, garrafas ou qualquer objeto que possa servir para o acúmulo de líquido
  • manter fechadas e limpas caixas d´água e lixeiras
  • evitar acúmulo de lixo e entulhos
  • conservar vazios e secos reservatórios de água de ar-condicionado, geladeira e umidificador
  • colocar baldes e garrafas de cabeça para baixo

O cidadão deve ainda buscar ajuda médica, imediatamente, caso sinta algum dos principais sintomas:

  • febre alta
  • dores nas articulações
  • fraqueza
  • manchas vermelhas pelo corpo

Campanha orienta o cidadão

Preocupada com a situação do Estado, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza campanha de utilidade pública para orientar o cidadão sobre os perigos e os cuidados necessários para evitar as doenças, assim como feito em 2019 e 2023. A campanha começa a circular nesta terça-feira (16/1/24).

A finalidade é alertar a população sobre a importância de atitudes individuais para reduzir os focos do mosquito e para a importância de buscar atendimento médico, aos primeiros sinais.

“Todos devemos fazer a nossa parte na prevenção a essas doenças. A Assembleia entende a importância da conscientização e do acesso às informações para nos ajudar a identificar e acabar com os focos do mosquito, e adotar medidas para evitar se expor ao risco da doença.” – Dep. Tadeu Martins Leite -Presidente da ALMG

O objetivo do Parlamento mineiro é que a mensagem chegue a todos os municípios, especialmente os mais afetados, garantindo engajamento e mobilização para a causa. “O Legislativo também está nesta luta e vamos fazer o que for preciso para conter o crescimento dos casos no nosso Estado”, ressalta o presidente da ALMG, deputado Tadeu Martins Leite (MDB).

A campanha é composta por peças gráficas, que serão publicadas em mídias impressas e plataformas digitais, além de vídeo a ser veiculado em emissoras de TVs e também na internet.

Vacina contra dengue integra o Programa Nacional de Imunização

A partir de fevereiro, a vacina contra a dengue, conhecida como Qdenga, começará a ser disponibilizada pelo governo federal nos postos de vacinação. Em um primeiro momento, a vacinação vai ser direcionada ao público e às regiões prioritárias, onde a incidência da doença é maior.

A escolha foi definida porque o laboratório Takeda, que produz o imunizante, tem uma capacidade restrita de fornecimento de doses. 

O ciclo completo de imunização é atingido com as duas doses do imunizante. A eficácia geral é de 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo após 12 meses da segunda dose. A vacina também reduziu as hospitalizações em 90%. 

FONTE ALMG

Novidade: Congonhas testa aerosol para combate a dengue

A Prefeitura de Congonhas, por meio da Secretaria de Saúde, através da Diretoria de Vigilância em Saúde e Setor de Combate as Endemias, informa a população que estará realizando uma nova metodologia de combate a Dengue, Chikungunya e Zika, o Aero System .
Neste processo o Aerosol será aplicado dentro dos domicílios e em seus anexos. Sua aplicação é localizada e não gera risco aos moradores e nem aos animais silvestres.
Nesta primeira etapa serão aplicados o Aerosol nos bairros onde houve alto índice de casos positivos para Chikungunya. A secretaria informa ainda que não será aplicado o produto em terrenos baldios, praças, comércios, clubes e outros.
Amanhã, quinta-feira (25), a aplicação ocorrerá no Bairro Cristo Rei, 07h30 às 11h e de 13h às 15h30. A aplicação nos próximos bairros serão divulgadas nos canais de comunicação da Prefeitura de Congonhas um dia antes.
Como será feita a aplicação
Duas Agentes de Combate as Endemias irão chamar nas residências e orientar os moradores a aguardarem do lado de fora. Iniciarão o processo para aplicação do inseticida naquela residência. Para evitar a contaminação do ambiente serão repassadas todas as informações. Importante ressaltar que após a aplicação, o morador deve aguardar 30 minutos para retornar para sua residência.

Por Lilian Gonçalves – Foto: Divulgação Aero System

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