20 de abril de 2024 08:47

Fiscais vistoriam obra de barragem da CSN, mas população sente-se insegura

Segundo departamento, local não está em risco. Área com água surgiu ao lado do reservatório da CSN

 Fiscais do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) vistoriaram nesta segunda-feira (28) uma barragem de rejeitos de mineração em Congonhas, na Região Central de Minas Gerais. Uma área com água surgiu ao lado do reservatório.

O complexo de barragens de rejeitos de minério de ferro da CSN fica a poucos metros da área urbana. A movimentação no pé da barragem preocupa a vizinhança. A direção da empresa afirmou que são obras de manutenção.

“A parte estrutural da barragem está absolutamente íntegra e não está sendo feita intervenção nessas estruturas”, afirmou o gerente geral de meio ambiente da CSN, Newton Augusto Viguetti Filho.

Mineradora afirmou que obra é preventiva e não ocasiona riscos para a população e é acompanhada por grupos de especialistas/Reprodução

A área que deu origem à obra foi onde surgiu um ponto de umidade no solo. A mineradora está usando areia, brita e também pedras para melhorar a drenagem e, com isso, evitar a concentração de água, que é uma das maiores preocupações numa barragem.

Infiltração e excesso de água foram exatamente o que provocou o rompimento de Fundão, em Mariana, também na Região Central, em novembro de 2015. Dezenove pessoas morreram.

A barragem de Congonhas é, agora, uma das mais próximas de comunidades, no país. Um estudo encomendado pela CSN mostra que se ela se romper, pode atingir, imediatamente, 350 casas e até 1,5 mil pessoas.

“Pelo que a gente tem visto a empresa tem tomado todas as medidas necessárias e coloca a barragem numa situação mais de tranquilidade do que comparada a outras” disse o engenheiro do DNPM Wagner Nascimento.

Os técnicos garantiram que não há risco de rompimento. Mesmo assim, os moradores dizem que não conseguem dormir direito.

“Uns falam que não tem perigo. Outros falam que tem perigo. Que ela tá rachada. Que vai acontecer igual aconteceu lá em Bento Rodrigues. A nossa preocupação é essa”, disse a aposentada Márcia Siqueira.

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