28 de março de 2024 14:38

FNEC – 2019 está aproximando talentos universitários e o mundo corporativo

Equipe Robocap foi 3º lugar na categoria Simulação de Futebol 2D no Winter Challenge 2018. / DIVULGAÇÃO

Alunos da equipe Robocap, formada por alunos da Universidade Federal de São João Del Rei – Campus Alto Paraopeba (CAP), e a Sotreq, empresa que oferece soluções tecnológicas e especializadas para outras empresas do ramo de construção, mineração, energia e petróleo, dão um grande exemplo do potencial do ecossistema de inovação de Congonhas para unir os meios acadêmico e corporativo. Durante o Fórum de Negócios de Congonhas – FNEC 2019, que se encerra nesta quarta-feira, 27 de Setembro, no estacionamento coberto do Supermercado BH, na Praia, alguns dos 36 membros de desta equipe deixaram seu estante e foram até o da empresa para propor uma parceria, que está em franca evolução.

Estudante de Engenharia Mecatrônica da UFJS Campus Alto Paraopeba, Wellington Lourenço Oliva de Paula, capitão da Robocap, explica que a busca de parcerias é um dos objetivos da equipe no Fórum e que a principal é mostrar que a universidade está trabalhando para contribuir com o desenvolvimento da sociedade. Depois sim, outra missão durante o FNEC – 2019, é firmar esta parceria para construir robôs, levá-los para competições, representar bem Congonhas, Ouro Branco e região e mostrar o valor da UFSJ.

Participam destas competições robôs de até 27 kg. “Este robô de 1.36 kg é o maior que conseguimos fazer, devido ao custo mais baixo, em torno de R$ 3 mil. Temos dois projetos na categoria de 454 gramas, que seguem no papel por falta de dinheiro ainda. Existe também o seguidor de linha, de nível bem compatível à nossa realidade financeira. Para desenvolvê-lo, nos baseamos em projetos de outras equipes, aperfeiçoando-os em alguns aspectos após conversar com nossos professores. Fomos atrás de teorias de controle e microprocessadores mais novos e o robô ficou orçado em R4 1.071,00. Por meio de

editais, a UFSJ nos forneceu Kits Lego, nos quais já foram investidos R$ 5.550,00. Esta é uma categoria muito competitiva e fácil de montar. Todo ano levamos um robô desses às competições. Nossa categoria carro-chefe no quesito desenvolvimento é o Futebol Simulação 2D, em que programamos um time e colocamos para jogar contra equipe de outra unidade de Robótica. Em 2018, conseguimos três troféus de 3º lugar no na Winter Challenge, em São Paulo; no Instituto Anatel, em Santa Rita do Sapucaí; e na Competição Latino Americana de Robótica, em João Pessoa-PB. Em 2014, levamos este time para o Mundial de Simulação 2D e ficamos em 8º lugar, sendo a primeira equipe brasileira de Robótica a ficar entre os 10 primeiros lugares”, conta.

Alguns dos alunos da UFSJ foram ao estante da Sotreq juntamente com a professora Rina Dutra, co-fundadora da equipe e uma de nossas orientadoras, e mostramos nosso primeiro plano de patrocínio.  Para o estudante, o que chamou atenção da Sotreq nos projetos que sua equipe apresentou foi o fato de, em algumas categorias como a Treking, o robô tem de ser capaz de detectar e contornar obstáculo e alcançar o objetivo, como se fosse um caminhão fora de estrada, que atua, por exemplo, na área da mineração. “Então eles devem ter visto na gente um potencial para colaborar nesta e em outras áreas da empresa”, considera.

Para Wellington, “o Fórum de Negócios de Congonhas aproxima o meio acadêmico do mercado. Então estamos sendo bastante beneficiados. Vale à pena investir em fóruns como este. Como vale à pena para estudantes de todas as idades, novos e antigos empreendedores e grandes empresas virem e participar. Todos os cursos do CAP contemplam esta área de inovação [química, bioprocessos, telecomunicações, engenharia civil] e apresentam estas inovações para a sociedade”.

FOTO DIVULGAÇÃO

Sérgio Paranhos, consultor técnico da Sotreq, diz que a equipe Robocap mostrou para a empresa que desenvolve o mesmo tipo de tecnologia com que esta a empresa esta completamente envolvida. “Vimos a capacidade deles ao analisar cada projeto. Então, consideramos interessante receber o currículo desses jovens para oferta de estágio. Algo de novo que eles possam trazer pode agregar e muito ao nosso produto. A Sotreq trabalha com sistema de rádio, topografia 3D e automação de implementos de máquinas. Isso vai ao encontro do que nos foi oferecido pelos estudantes. Analisaremos os currículos para, possivelmente, abrir uma parceria com a universidade e com eles e oferecer-lhes o mundo de tecnologia com a qual já trabalhamos”, adianta.

O consultor técnico da Sotreq diz que um dos principais produtos da empresa surgir da ideia de um conjunto de soluções, criado para o processo de descaracterização de barragens [retirada do rejeito, sem a necessidade de pessoas envolvidas diretamente no processo estar na área de risco potencial]. “Possuímos vários conjuntos tecnológicos e percebemos a necessidade de trazer jovens para aperfeiçoar ainda mais produto como este e seguirmos em pleno desenvolvimento”, finaliza.

“Fico feliz de ver essa interação acontecendo. Esse é um dos objetivos do nosso trabalho. Gerar oportunidades novas a toda uma geração que está nas instituições de ensino e que precisa ter uma cultura empreendedora para enfrentar os desafios da economia atual”, comenta o secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Tecnologia da Prefeitura de Congonhas, Christian Souza Costa.

Mais Notícias

Receba notícias em seu celular

Publicidade