29 de março de 2024 03:00

Garimpando – Meu colégio abençoado 11

                                                        Avelina Maria Noronha de Almeida

                                                      [email protected]

Abençoado e querido Nazaré!

Continuando a série de artigos sobre as minhas lembranças do tempo em que o Colégio Nazaré, por 40 anos, foi meu segundo lar, como estudante ou professora, dando destaque aos acontecimentos ocorridos no PERÍODO LUMINOSO DA DIREÇÃO DE IRMÃ MARIA CAMILA MARQUES, prossigo falando sobre o Hino do Expedicionário, que foi o ponto alto da festa de inauguração do Grêmio Cultural do Nazaré, na década de oitenta:

Imagem da Internet

ESTRIBILHO

Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse “V” que simboliza
A vitória que virá:
Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.

Imagens da Internet

Eu venho da minha terra,
Da casa branca da serra
E do luar do meu sertão;
Venho da minha Maria
Cujo nome principia
Na palma da minha mão,
Braços mornos de Moema,
Lábios de mel de Iracema
Estendidos para mim.
Ó minha terra querida
Da Senhora Aparecida
E do Senhor do Bonfim!

ESTRIBILHO

Imagens da Internet

Você sabe de onde eu venho?
E de uma Pátria que eu tenho
No bôjo do meu violão;
Que de viver em meu peito
Foi até tomando jeito
De um enorme coração.
Deixei lá atrás meu terreiro,
Meu limão, meu limoeiro,
Meu pé de jacaranda,
Minha casa pequenina
Lá no alto da colina,
Onde canta o sabiá.

ESTRIBILHO

Imagens da Internet

Venho do além desse monte
Que ainda azula o horizonte,
Onde o nosso amor nasceu;
Do rancho que tinha ao lado
Um coqueiro que, coitado,
De saudade já morreu.
Venho do verde mais belo,
Do mais dourado amarelo,
Do azul mais cheio de luz,
Cheio de estrelas prateadas
Que se ajoelham deslumbradas,
Fazendo o sinal da Cruz.

       ESTRIBILHO

Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse “V” que simboliza
A vitória que virá:
Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.

Como se pode ver, nossa Pátria está emocionantemente viva na Canção dos Expedicionários e, por isso mesmo, aqueles homens, longe da pátria, com a saudade de quem foi para longe sem saber se voltaria, ficavam com lágrimas nos olhos, emocionando-se de tal forma que o Estado Maior das Forças Armadas Brasileira, receoso de que isso fosse negativo naquela situação bélica, por meio do Aviso 1530, publicado no Diário Oficial de 2 de março de 1945, substituiu aquela canção por outra, menos impactante. Mas não adiantou. Não se popularizou a nova canção, porque a obra de Guilherme e Spartaco Rossi e Guilherme de Almeida já estava para sempre gravada no coração do soldado brasileiro. E continuou a vibrar nos campos da Itália.

                                                                                                          (Continua)

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