28 de março de 2024 10:09

Garimpando – Uma Rua Encantada Muito Especial

GARIMPANDO NO ARQUIVO JAIR NORONHA

  Avelina Maria Noronha de Almeida

                                                      [email protected]

 

UMA RUA ENCANTADA MUITO ESPECIAL

De início apresento a foto de uma pintura da grande artista lafaietense

Marília Batista Albuquerque, que tem reconhecimento

 Além dos limites de nossa cidade devido à excelência de sua arte.

indio-e-a-do-sr-francisco
Acervo Avelina Noronha/Reprodução

Não vou colocar o nome desta rua por enquanto. Primeiro vou falar um pouco sobre o que a torna tão especial: nela viveu o último remanescente da tribo dos Carijós em nossa cidade.

De início apresento a foto de uma pintura da grande artista lafaietense Marília Batista Albuquerque, que tem reconhecimento além dos limites de nossa cidade devido à excelência de sua arte. Um índio carijó, que está ali retratado pelo pincel de Marília, é o representante da raça indígena que deu início ao Campo Alegre dos Carijós, depois Queluz e, agora Conselheiro Lafaiete.

O morador da rua encantada que vou focalizar a partir de hoje, e que representa a ilustre tribo dos Carijós, é o Sr. Francisco Carneiro da Conceição.

Acervo da família do Senhor Francisco Carneiro/Reprodução
Acervo da família do Senhor Francisco Carneiro/Reprodução

Ainda existe muita gente que o conheceu, pois, nascido em 1889, faleceu no ano de 1971.  O Sr. Francisco era ferroviário, mas o que mais o projetou no panorama passado de nossa cidade foi por sua atividade no Congado. Por muitas coisas, mas especialmente pelo congado, ele era muito estimado e conhecido.

Agora vou falar o nome da Rua Encantada: Rua Coronel Albuquerque, que é ligada a uma rua mais extensa, cujo nome é Rua Carijós, nome justamente em homenagem ao Sr. Francisco. Sobre a rua será escrito em próximo artigo. Hoje ficamos mesmo na pessoa importante que ali residia.

Na Rua Coronel Albuquerque, ficava a residência do nosso índio carijó. Na parte da frente de sua casa havia o Salão do Congado e também salão de baile, que tinha o sugestivo nome de “Taba dos Carijós”. Nos fundos havia o terreno onde ele plantava chás, como assa-peixe, com que benzia.

Uma tradicional festividade que promovia era a Folia dos Reis, indo de casa em casa, no princípio do ano, lembrando a visita que os três “Reis Magos”. Melchior, Baltasar e Gaspar foram fazer ao recém-nascido Menino Jesus. A tradição dos Reis Magos chegou ao Brasil trazida pelos portugueses na época da colonização. Chico Carneiro e seus companheiros iam nas casas cantando e dançando. Após momentos de muita confraternização e alegria, saíam agradecendo.

Mas havia uma coisa muito importante que saía das mãos do abençoado Sr. Francisco Carneiro. Porém só vou contar no “próximo capítulo”, perdão, artigo.

                                               (Continua)

 

Mais Notícias

Receba notícias em seu celular

Publicidade