19 de abril de 2024 12:59

Justiça interdita lar de idosos após maus-tratos contra 27 abrigados

Vigilância Sanitária apontou que as condições sanitárias do espaço estavam precárias; instituição tem até cinco dias para transferir idosos para outro abrigo

A Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) Recanto das Bromélias, localizada em Juiz de Fora, na Zona da Mata, foi interditada pela Justiça após a constatação de maus-tratos. A decisão foi comunicada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) nesta quinta-feira (24/6).

Uma tutela antecipada de urgência, em Ação Civil Pública (ACP), foi obtida pelo MPMG após a instituição descumprir determinações de interdição da Vigilância Sanitária.

“A última inspeção realizada no local, em 9 de junho, constatou a presença de 27 idosos, de ambos os sexos e de diferentes graus de dependência, em condições sanitárias precárias. Não foram apresentadas escalas de funcionários e nem a relação de idosos”, explica o MPMG. Conforme destaca a ACP proposta pela 20ª Promotoria de Justiça da Comarca de Juiz de Fora, a responsável pela ILPI “mesmo ciente de sua conduta criminosa em face dos idosos, optou por ignorá-la e continuou a oferecer aos moradores um atendimento conflitante com o que prevê a legislação vigente”.

Risco à saúde

 Para a promotoria, a negligência da gestão da instituição colocou “dolosamente os usuários em situação de risco” ao oferecer um “tratamento prejudicial à integridade e saúde, física e psíquica, já que os privou de alimentação, higiene e lazer adequados, submetendo-os a condições indignas, quando obrigada a fazê-lo”.

Ainda conforme o MPMG, o estabelecimento deverá procurar a Vigilância Sanitária do município e a Secretaria de Assistência Social para, no prazo de cinco dias, providenciar a transferência de todos os idosos para outro abrigo da cidade. O descumprimento da interdição implica em multa diária de R$ 1 mil, além do impedimento para abrigar novos idosos. O Estado de Minas tentou contato por telefone com o Recanto das Bromélias para comentar o caso, mas até o fechamento desta reportagem não obteve sucesso.

FONTE ESTADO DE MINAS

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