29 de março de 2024 12:21

Lamim: Festa do Divino expressa a religiosidade, a tradição e a cultura de um povo

20Começou ontem, dia 31, os festejos e comemorações da Festa do Divino Espírito Santo, padroeiro de Lamim. Cercada de fé, o evento representa o ponto mais alto da religiosidade do povo laminense que há mais de 300 anos mantém viva a tradição de uma das festas mais importantes de Minas Gerais. Até o dia 9 de junho, Lamim vai contar com novenas, missas, carreata, cavalgada e shows para marcar a Festa do Divino Espírito Santo.

Hoje (1), acontece ás 10:00 horas, a Missa do Trabalhador e às 11:30 tem cavalgada e às 13:00 horas ocorre o almoço de confraternização. às 22:00 horas, tem show de Thiago Henrique. Amanhã acontece o show de Giovanna Rezende. A figura do Imperador, também conhecida como festeiro, será Nivaldo, junto a Daniela.  Até dia 9, diversas apresentações musicais abrilhnatam a Festa do Divino Espírito Santo.

Devoção

O ponto mais alto da festa acontece no domingo (9) quando Lamim recebe milhares de romeiros e devotos do Divino Espírito Santo. A cidade amanhece com um colorido e casas enfeitadas. Em meio a fé e a emoção, a procissão segue pelas ruas com os cantos carregados de simbolismo das folias de reis e do congado evocando as raízes de uma cultura tricentenária. Vestido a caráter como um rei, o Imperador, cercado de amigos, familiares, e devotos, desfila pelas ruelas e chega ao Igreja matriz para o desfecho com a Santa Missa. Reza a cultura que o imperador representa uma história preservada ao longo dos séculos na liturgia católica e uma devoção portuguesa. “Também no Arquipélago dos Açores (parte do Império português, formado por nove ilhas, no Oceano Atlântico) – donde vieram os fundadores de Lamim – o Divino Espírito Santo foi cultuado como um protetor contra as calamidades por se tratarem de ilhas vulcânicas sujeitas a várias intempéries”, relata o pesquisador laminense, Ângelo Maurício Sousa Reis sobre a origem da festa do Divino.

A lenda do feijão

Quem visita Lamim não deixa de conhecer a história do feijão milagroso. Por volta de 1800, os primeiros grãos “pintados” com a imagem de uma pomba – símbolo do Divino Espírito Santo, padroeiro da cidade. De lá para cá, o “feijão milagroso”, foi passando de geração em geração e, hoje, serve de souvenir na tradicional Festa do Divino Espírito Santo.

Feijão Milagroso estampa imagem do padroeiro de Lamim, a pomba, símbolo do Divino Espírito Santo/Divugação

 Conta a tradição, que em 1801, como de costume, houve um sorteio para escolher quem faria a festa do padroeiro de Lamim. Só que o sorteado, um humilde agricultor, não tinha dinheiro para pagar as despesas. Alvo de críticas, prometeu que se sua plantação de feijão vingasse, pagaria a festa com o dinheiro da colheita. A colheita foi farta e alguns grãos estampavam a imagem do divino.

Algumas sementes foram guardadas pelos pais do agricultor. A tradição é passada de geração em geração.

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