16 de abril de 2024 16:38

Mário Marcus assume compromisso de melhorar postos de saúde, define conclusão da Alfredo Elias para este ano, critica erros da creche do Bela Vista, não descarta saída do Casip e ressalta que não há milagres

Em meio as reclamações, cobranças e elogios, o prefeito Mário Marcus (DEM)esteve ontem a noite, dia 17, no Solar Barão do Suassuí, na reunião mensal da Federação das Associações Comunitárias de Lafaiete (Famocol). Antes de iniciar sua fala, que durou quase 2 horas ininterruptas, ele ouviu das lideranças inúmeras demandas e uma série de questionamento na área de saneamento básico, mobilidade urbana, saúde, iluminação pública, habitação e administração. “Temos que elogiar a presença do prefeito nesta reunião, pela coragem em estar aqui, e enfrentar cara a cara as lideranças. Não é tarefa fácil e pela primeira vez em várias administrações um prefeito se propõe a vir a uma reunião nossa para discutir de perto os problemas de Lafaiete”, resumiu o vice presidente da Famocol, José César de Paula.

No início de seu discurso, Mário Marcus voltou a enumerar a parceria, a participação e união como fatores para enfrentar os desafios de administrar a cidade. “Muito trabalho tem sido feito nestes 6 meses. O prefeito não quer somente elogios. Mas pode dizer que a grande maioria das demandas são ainda de quando eu era secretário de obras. Quero dizer que não há milagre, as demandas cresceram e o orçamento não cresceu na mesma proporção’, salientou.

Durante quase duas horas prefeito foi sabatinado por lideranças comunitárias sobre obras e projetos/CORREIO DE MINAS

Limpeza

Mário salientou que a prefeitura fiscaliza e acompanha a programação das limpezas e capinas nos bairros feitas pela Localix. “Muitas das vezes eu mesmo vou aos bairros ver o resultado do serviço e nós cobramos e fiscalizamos o que antes não acontecia. Temos o controle de todas as demandas encaminhadas e vamos priorizando. Eu mesmo cobro dos secretários as soluções”, afirmou. A capina foi o principal elogios das lideranças comunitárias dirigidas a administração.

Saneamento

O prefeito disse que o município tem seu plano de saneamento e enviará para a aprovação a Câmara. Ele afirmou que mantém contato constante com a Copasa para cobrança da contrapartida pela renovação do contrato em que o município aguarda a mais de 4 anos a liberação de recursos. “Todas as obras foram acertadas e o que falta mesmo é chegarmos a um acordo do valor já que precisa ser atualizado”, disse. O valor estaria perto da casa dos R$14 milhões.

Alfredo Elias e Larmena

Cobrado pela conclusão da avenida Alfredo Elias Mafuz, Mário não deixou de alfinetar a gestão anterior classificou “eleitoreira” tentativa de conclusão da obra da Alfredo Elias. “Antes da eleição colocaram lá alguns trabalhadores e depois sumiram”, cutucou. O prefeito falou em adequações e erros do projeto original com uma escada para águas pluviais que cairiam em terrenos particulares. Ele adiantou que a ação judicial movida pelo empreiteiro foi retirada após acordo e negociação, o convênio foi renovado e houve modificações para qualidade de resultado do projeto. “Aguardamos apenas a liberação do projeto de Brasília e acreditamos que isso ocorra em 30 dias e a obra vai durar 4 meses. Até final de 2017, ela estará pronta”, frisou. Segundo ele, haverá redes coletoras de águas pluviais desde o Bando da Lua até o final da avenida.

Sobre a cratera da Mário Zebral, no Larmena, ele explicou que já está em fase final de seleção da empresa vencedora da licitação. “Oito empresas participaram da licitação e na semana que vem vamos escolher a de melhor preço. Assim já vamos assinar o contrato para dar início as obras em agosto”.

Convênio para asfalto e Marechal

Cobrado por infra estrutura nos bairros, Mário Marcus comunicou que 3 convênios de asfaltamento estão em fase de licitação e vai beneficiar inúmeras ruas. Sobre a conclusão da avenida Marechal Floriano, o prefeito disse que está em contato com a MRS para avançar na abertura da rua ao lado da linha férrea próximo travessia no Queluz. “Com isso vamos economizar em desapropriações”, disse. Também afirmou que está elaborando o projeto para a construção de uma travessia sob a BR 040, no Paulo VI.

Cohab  e regularização

Mário adiantou que hoje o município já registrou em nome do município uma área de 640 mil m² no Paulo VI em que a COHAB havia acionado a Justiça cobrando a reversão do terreno ao Estado. Ele disse que a CODEMIG fará um projeto de expansão do novo distrito industrial cedendo os terrenos para empresas. “No contrato com a COHAB ampliação a destinação da área tanto industriais como para o comércio e serviços”, antecipou. Ele comunicou que o projeto de regularização fundiária e que em seu governo beneficiar inúmeras famílias com o título de propriedade.

Saúde

Ampla participação das lideranças comunitárias evidenciou importância na discussão dos problemas locais/CORREIO DE MINAS

Citando a saúde como sua maior preocupação, grande parte de seu discurso foi tomado pelo setor. “Assumo aqui o compromisso com todos vocês que dentro de 90 dias os postos de saúde dos bairros estarão em plenas condições de uso”, disse ao ser cobrando sobre as más estruturas físicas das unidades nos bairros. Mário disse que a farmácia central será transferida e busca recursos para reforma da policlínica.

Mário falou da intenção de levar os dois PSF’s para dentro do São João, hoje afastados, dificultando o acesso, como também do Santa Matilde. No

Bellavinha, a prefeitura estuda levar um PSF para atender a comunidade do Manoel Correa.  Também disse que a prefeitura vai terceirizar os serviços de limpeza dos PSF’ e postos para que os agentes de saúde cuidem exclusivamente de suas funções.

Sobre a UBS do Rochedo aguarda a renovação do contrato com a empresa para retomar a obra e espera em 60 dias continuar a creche do Arcádia.

Mário fez duras críticas a falta de projeto e a execução da creche do Bela Vista. “Não sei se vou conseguir inaugurá-la em meu governo dada a

complexidade de erros cometidos na obra. Não entendo o que fizeram na creche, coisas absurdas. Estamos com uma auditoria para avaliar e tomar as

providências”, disse.

CASIP

Em relação ao Consórcio Público de Iluminação (CASIP) cujo contrato está suspenso para análise e adequações de valores pagos, Mário Marcus disse que a prefeitura paga um preço alto diante de seu parque de iluminação e está cuidando de um novo processo licitatório. “Houve uma demora do consórcio em nos responder e neste período ficamos sem a cobertura dos serviços. Estamos em negociações dentro um preço justo”, adiantou.

Ao final, quando já eram mais de 11:00, o presidente da Famocol, Wilanderlan Júnior, afirmou que as próximas reuniões serão dedicadas a temática regularização fundiária.

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