19 de abril de 2024 19:11

Museu de Congonhas recebeu mais de oito mil visitantes no primeiro mês

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Inaugurado no dia 15 de dezembro, o Museu de Congonhas, um dos mais importantes projetos de preservação da memória do País, recebeu no primeiro mês de funcionamento mais de oito mil visitantes entre congonhenses e turistas, que se impressionam com exposições, como a permanente, cuja curadoria é assinada pelos museólogos Letícia Julião e Rene Lommez, que trata das manifestações da fé no passado e no presente; acervos, como a coleção Márcia de Moura Castro, com 342 peças de arte sacra e objetos de religiosidade popular, com destaque para ex-votos e santos de devoção, adquiridas pelo Iphan em 2011; além das cópias fieis dos profetas de Aleijadinho. Novas exposições e apresentações culturais estão na agenda de 2016. O público pode ainda adquirir souvenirs e publicações no receptivo.

O Museu de Congonhas foi financiado com recursos captados pela Lei Rouanet e recursos próprios da Prefeitura de Congonhas (MG). Sua construção só foi possível graças aos patrocinadores BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Santander, Vale e Gerdau.

O Museu de Congonhas, como os demais da cidade, é gerido pela Fundação Municipal de Cultura, Lazer e Turismo (FUMCULT). A coordenadora administrativa do Museu, Greiciane Moreira, diz que as pessoas da cidade se emocionam ao visitá-lo, porque fazem uma retrospectiva recheada de fé e emoção, principalmente quando passam pela sala Novo Olhar. “Os congonhenses que já vieram aqui dizem que o Município agora possui uma representação consistente do nosso museu a céu aberto, que é o Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. O morador de Congonhas está abraçando esta instituição e se identificando com ela. E os turistas já chegam por indicação de outros com quem se encontram em Ouro Preto e Tiradentes, por exemplo”. Em nome do diretor-presidente da FUMCULT, Greiciane adianta que há perspectivas para novas exposições e shows que serão apresentados no anfiteatro a partir de março.

Rômulo de Freitas Neves, professor de história, é de Belo Horizonte e desde que começou um trabalho acadêmico sobre o Barroco Mineiro e a religiosidade, em 2012, sempre vem a Congonhas. “É a primeira vez que visito a cidade com o Museu pronto. Defendo a retirada dos profetas originais do adro da Basílica (e a acomodação deles no Museu), mas aqui, vi que as réplicas em 3D seguiram fielmente aos originais, até com os traços de vandalismo”, opina. Para o professor, “há uma diferença entre este e o da Imagem e Memória. Ele é informatizado e atrativo para os jovens, o que é positivo. Os museus da atualidade estão seguindo essa tendência”, finaliza.

Sinara Pinto, de Contagem, vendedora, diz que “é tudo lindo. A arquitetura é maravilhosa. Conheço a história de Congonhas, minha família é daqui. Gostei muito da parte que fala dos santos”.

Danila Cardoso Lobo, técnico de segurança e moradora do Joaquim Murtinho, também visitou o Museu de Congonhas pela primeira vez nessa quarta-feira, 20. “Ficou perfeito! Achei de primeiro mundo, bem original. Estou encantada com as ferramentas e com os profetas em 3D, que são todos detalhados, com as marcas de vandalismo também. Aqui, vi coisas que não lembrava sobre a história da cidade”, diz.

Mônica Oliveira, moradora da Matriz, é natural de Cataguases e se mudou para a Cidade dos Profetas há um ano. “Vi coisas que já tinha ouvido falar ou visto na cidade. Achei muito interessante os painéis, que mostram como Congonhas já foi um dia”, comenta.

Serviços

O projeto Ofícios da Fé está ligado ao desenvolvimento de um dos eixos temáticos do Museu de Congonhas, que é o aspecto devocional do sítio histórico. A tradição de exaltação à Santa Cruz é um deles e remete ao artesanato local. No receptivo do Museu, é comercializado o artesanato da Santa Cruz e do Terço de Contas de Lágrimas. Mas também o CD Cidade dos Profetas, com músicas do período colonial mineiro, e algumas publicações relacionadas ao Barroco Mineiro.

Uma equipe de mediadores começou a atuar no Museu, para orientar e atender as expectativas do público visitante. Afinal, os museus são espaços de provocação, de troca de informações, de entretenimento e também um espaço didático.

O Museu de Congonhas se localiza à Alameda Cidade de Matosinhos de Portugal (Alameda das Palmeiras), s/n, Congonhas.

A instituição fica aberta ao público, de terça a domingo, das 9h às 17h, com ingresso no valor de R$ 10,00. Às quartas, o funcionamento é das 13h às 21h, com entrada franca. Em breve, haverá visitas mediadas oferecidas a grupos espontâneos.

Telefone para agendamento de grupos: (31) 3731-4285. Telefone da recepção: 3731-3979.

Fotos:divulgação

 

 

 

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