23 de abril de 2024 22:21

Operação Belerofonte: trio lafaietense preso usava fisiculturismo para esconder venda de anabolizantes

Suspeitos comercializavam as substâncias por meio do Facebook e do WhatsApp e enviavam medicamento para todas as partes do Estado; dos 8 encaminhados a depoimentos, 3 estão presos

Operação anabolizantes (8)
A Polícia Civil acredita que o anabolizante vendido era fruto de medicamentos medicinais adulterados nas próprias casas dos suspeitos


O
 envolvimento com o fisiculturismo pode ter sido um álibi para que três moradores de Conselheiro Lafaiete conseguissem encobrir a venda de anabolizantes em municípios mineiros. O trio, que negociava as substancias pelo Facebook e pelo WhatsApp, foi preso em flagrante na manhã desta quinta-feira, durante a Operação Belerofonte.

As investigações tiveram início há quatro meses, quando a Polícia Civil de Ouro Preto recebeu uma informação sobre a possível venda de anabolizantes. Durante este período, foi descoberto que o trio mantinha vários grupos online nas redes sociais, onde comercializavam o produto de uso proibido.

Nesta quinta, durante cumprimento de mandado de 18 mandados de busca e apreensão nas cidades de Ouro Preto, Mariana, Conselheiro Lafaiete, Juiz de Fora e Três Corações, foram flagrados os três com as substâncias e eles foram presos em flagrantes em Lafaiete.

Operação anabolizantes (14)
Operação prendeu 3 envolvidos na venda e consumo de produtos contrabandeados

Todos os três detidos, que não tiveram o nome revelado, participavam de campeonatos de fisiculturismo. Entre eles, estão instrutores de academia e comerciante de suplementos alimentares. “Na loja dele de suplementos, todo o material que estava sendo vendido estava regularizado. O local também contava com alvará de funcionamento, mas tudo isso escondia a venda das substâncias”, lembrou o delegado Rodrigo Bustamante que presidiu as investigações.

A Polícia Civil acredita que o anabolizante vendido era fruto de medicamentos medicinais adulterados nas próprias casas dos suspeitos. “A adulteração era feita, em alguns casos, com substâncias que eram trazidas de fora do país de forma até contrabandeada, uma vez que não é permitida a entrada desses produtos”, afirmou Bustamante, sem dar detalhes de quais substâncias seriam essas.

Os alvos dos suspeitos eram os alunos de academias dessas cidades. Cada caixa do anabolizante chegava a ser vendida por R$ 400. “Procuravam por esse produto aquelas pessoas que esperavam um resultado imediato. O medicamento adulterado era enviado pelos Correios ou entregue diretamente”, relatou o delegado.

Os suspeitos foram ouvidos e encaminhados para o presídio de Conselheiro Lafaiete, onde permanecem a disposição da Justiça. As investigações continuam para tentar identificar outros envolvidos.

Fonte: O Tempo

Fotos:CORREIO DE MINAS

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