O Presidente da Câmara de Lafaiete, o vereador Sandro José (PSDB), nomeou a Comissão de Educação para investigar e apurar a veracidade de duas denúncias anônimas que chegaram a Casa. Ontem à noite, dia 9, durante a sessão, elas foram lidas em plenário. “Nosso papel é apurar”, resumiu Sandro.
As acusações movimentaram e monopolizaram os debates. Uma delas se refere a uma suposta servidora pública da secretaria da educação que estaria descumprindo a carga horária exigida pelo seu cargo e que as suas faltas não são descontadas em seu salário.
A segunda envolveria uma suposta prática de nepotismo. Segundo o denunciante, a prefeitura teria contratado uma sobrinha do vereador Divino Pereira para trabalhar na Escola Municipal Nilce Moreira, no Morro da Mina. A denúncia surpreendeu Divino que se defendeu afirmando desconhecer o fato. “Eu sequer sabia que ela trabalha na prefeitura. Estou sabendo disso neste momento. Mas o que é errado é errado e temos que apurar. Ela é minha parenta em 2º grau”, frisou. Sandro José tranquilizou seu colega afirmando que a contratação não configuraria nepotismo já que ela tem parentesco em 4º grau, conforme entendimento jurídico, sendo que a legislação municipal não permite em 3º grau.
O líder do prefeito na Câmara, o vereador João Paulo Pé Quente (DEM) criticou o anonimato das denúncias mas defendeu investigação do caso. Ele discordou que a leitura da denúncia se fizesse necessária expondo funcionários, sem a devida apuração dos fatos. “Isso expõe as pessoas. Defendo que as pessoas assumam as denúncias”, assinalou. O vereador Chico Paulo cobrou apuração dos fatos. “Muitas das vezes as pessoas fazem as denúncias anônimas com medo de perseguição e nosso papel é apurar”, afirmou.
Para a maioria dos vereadores as denúncias são vazias de provas.
