28 de março de 2024 21:05

Secretária de esporte rebate críticas de vereadores e culpa falta de recursos

Rosângela Alves adiantou que ginásio poliesportivo será reformado e PCML estuda parceria público privada par ao estádio municipal

 

Publico presente/Foto:Correio de Minas
Público presente/Foto:Correio de Minas

“Estamos nos desdobrando na secretaria e fazendo tudo o que podemos”. Assim a Secretária Municipal de Esportes, Rosângela Alves, rebateu as supostas críticas de falta de ação e projetos da pasta durante sabatina, na noite do dia 15, na Câmara Municipal. O que chamou a atenção dos vereadores foi que no dia anterior a prefeitura definiu a participação no JEMG. Nas últimas semanas a demora da prefeitura em aderir aos jogos foi alvo de críticas contundentes na Casa.

Vereadores questionaram secretária/Foto:Correio de Minas
Vereadores questionaram secretária/Foto:Correio de Minas

Durante mais de uma hora ela foi sabatinada pelos vereadores. Sua convocação foi aprovada pela Casa legislativa a partir de requerimento apresentado pelo vereador Antônio Severino (PT).

E foi ele quem iniciou a série de perguntas direcionadas a gestora da pasta de esportes cobrando os motivos pela queda do orçamento e a falta de investimentos na área. Segundo ele, entre 20145 e 2016 a pasta perdeu quase R$1 milhão no orçamento. Ele cobrou investimento no esporte especializado. “Lafaiete sempre foi campeã em diversas modalidades no JIMI e ultimamente não vemos mais isso. Acredito que falta mais incentivo aos nossos atletas e muitas das vezes eles não treinam por falta de espaço”, disse.

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Obra do Estádio Municipal dura mais de 10 anos/Foto:Arquivo

O ginásio poliesportivo também foi alvo de críticas. Toninho leu uma denúncia encaminhada ao Ministério Público, por um cidadão, em que relata a falta de espaços para as práticas esportivas, principalmente a interdição do ginásio poliesportivo. O vereador João Paulo Pé Quente (PSB) também engrossou o coro de críticas ao ginásio poliesportivo  fechado há mais de 3 anos. “O local está infestado de pombos e sujeira”, denunciou. Pé Quente questionou a falta de repasse a Liga de Desportos. “O futebol amador está acabando”, frisou, cobrando redução no quadro de funcionários da secretaria. “A pasta gasta mais com funcionário do que com o esporte”, pontuou. Já o vereador Pedro Loureiro (DEM) pediu informações sobre o estádio municipal e pontuação do ICMS esportivo

A fala da secretária

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Secretária Rosangela Alves /Foto:Correio de Minas

Bem nervosa, Rosangela Alves, fez um relato breve das ações desenvolvidas pela secretaria e lamentou o contingenciamento de verba da pasta, justificando a crise por que passam as prefeituras. “Tudo o que é possível estamos fazendo”, afirmou. Ela adiantou que foram cortados diversos cargos na pasta reduzindo o custo com pessoal. “Estamos trabalhando como mínimo de profissionais para atender a realidade financeira do município”, informou. Ela frisou que graças a parcerias que foi possível a participação de Lafaiete nos jogos escolares. Sobre o JIMI, Rosângela disse que Lafaiete já fez sua inscrição. “O problema não é só com Lafaiete, mas no Estado e também com todos nós”, lamentou discorrendo sobre a falta de recursos, frisando que o município vem priorizando a folha de pagamento, educação e saúde.

A secretária enumerou diversos projetos desenvolvidos e cobrou parcerias com a iniciativa privada em Lafaiete. “Estamos trabalhando em todas as áreas”, resumiu. Sobre o ICMS esportivo, ela disse que a prefeitura aguarda um recurso para pontuar e receber verbas estaduais. Como outras cidades, Toninho do PT lamentou que Lafaiete não tenha empresas parceiras para investir no esporte. “Fico triste quando vejo que Congonhas ganha de Lafaiete em diversas modalidades. Já fomos campões no basquete e no handebol”, cutucou.

Poliesportivo e estádio

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Poliesportivo Agostinho Campos Neto/Foto:Arquivo

A secretária informou que está em fase de licitação para contratação de projeto para a reforma do poliesportivo. Em sua fala, ela disse que ele será reformado, mas sem precisar data. Ela criticou as gestões anteriores no caso do estádio municipal, o que segundo ela, foi construído em parte em área particular. Ela adiantou que a prefeitura está regularizando a situação para em seguida buscar uma parceria público privada para utilização do equipamento público cuja obra foi iniciada há mais de 15 anos e ainda está inacabado. “Com o ginásio fechado perdemos diverso eventos que poderiam atrair visitantes a Lafaiete e incrementar o turismo”, lamentou o vereador Sandro José (PRTB).

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