19 de abril de 2024 09:03

Secretário diz que há carência de médicos e culpa o baixo salário para fuga de profissionais em Lafaiete; agenda obrigará profissionais a atender 40 horas semanais

Secretário municipal de saúde, Alessandro Gláucio/CORREIO DE MINAS

Resolver o problema da atenção básica com o pleno funcionamento dos mais 30 PSF’s com médicos e estruturas que ofereçam qualidade ao atendimento. Este é o grande desafio do gestor de saúde em Lafaiete. Neste cenário, a procura pela policlínica cairia significativamente.  Porém, na falta de profissionais a realidade é inversa,  superlotando a pronto socorro.

Ao responder uma reclamação de uma liderança comunitária durante a reunião do Conselho Municipal de Saúde, ocorrida a noite de terça feira, dia 9, o Secretário Municipal de Saúde, Alessandro Gláucio, reconheceu que faltam médicos nos PSF’s, citando a Vila Resede e recentemente o Museu.

Ele culpou o baixo salário oferecido pela prefeitura, o menor da região, como o principal entrave pela manutenção do profissional nas unidades de saúde. “Enquanto a média na região é de R$9,8 mil, Lafaiete paga R$7,2 mil bruto a um médico”, afirmou.

Ele citou que Itaverava paga quase R$13 mil e Piranga em torno de R$ 14 mil a um profissional médico.

Pressionado pelo Ministério Público e pelo Conselho, a secretaria vai implantar a agenda da saúde na qual os profissionais médicos serão obrigados a cumprir a carga horária de 40 horas semanais.

Os atendimentos começariam às 7:00 horas e término ás 12:00 horas. No turno da tarde, o início seria às 14:00 horas e término às 17:00 horas, de segunda a sexta feira. O novo fluxo previa um atendimento de 24 pacientes ao dia através de consultadas agendadas, espontâneas e retorno. O atendimento seria por ordem de chagada. Dentro do horário de atendimento dos médico está as visitas domiciliares e atendimento a grupos de diabéticos, gestantes e hipertensos

Alessandro, apesar de defender a agenda, observou que a área da saúde corre o risco de ficar desassistida pela falta de médicos. “Nós vamos exigir o cumprimento das 40 horas em todos os postos e PSF’s. Esta é uma realidade, mas corremos o risco de ficar sem profissionais”, assinalou.

Alessandro adiantou que nos próximos dias a prefeitura vai lançar um edital de processo seletivo para a contratação de médicos, mas mostrou-se reticente no preenchimento de vagas, como em anteriores.

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