Adicional de 25% na Aposentadoria. Quem tem direito?

De acordo com o artigo 45 da Lei número 8.213 de 1991 a famosa Lei de Benefícios da Previdência Social, prevê que o segurado do INSS que recebe a aposentadoria por invalidez terá direito ao acréscimo de 25% no valor da aposentadoria, caso o mesmo necessite de assistência permanente de terceiros para realizar as atividades habituais.

Com o acréscimo de 25% o segurado do INSS inclusive poderá receber valor maior que o teto da aposentadoria.

Por outro lado, atualmente se discute a possibilidade de conceder o adicional aos titulares de outras aposentadorias (por idade, especial ou por tempo de contribuição), desde que comprovem a necessidade de acompanhamento permanente.

A legislação prevê o acréscimo apenas aos titulares de aposentadoria por invalidez, porém, advogados previdenciaristas defendem a tese de que, em respeito ao princípio da igualdade nos benefícios da previdência, o adicional seria devido a qualquer aposentado que comprove a necessidade de acompanhamento diário.

A Turma Nacional de Uniformização, órgão recursal dos Juizados Especiais Federais, firmou entendimento de que qualquer aposentadoria daria direito ao adicional caso o aposentado necessitasse de acompanhamento. Os juízes federais alegaram que o objetivo da norma é dar assistência aos que precisam de acompanhamento, independente da espécie de aposentadoria que recebem. Também existem decisões do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que admitem a concessão do adicional às demais aposentadorias, e por fim, o Superior Tribunal de Justiça deu parecer favorável aos aposentados no julgamento do Tema 982 da Corte.

Como o tema ainda é bastante divergente, o Supremo Tribunal de Federal determinou a suspensão dos processos que discutem tal possibilidade até o julgamento de Recurso Extraordinário junto à Corte, que será apreciada pelo órgão plenário, sendo que a decisão proferida deverá ser aplicada em todos os processos sobre o Tema.

Se a tese dos advogados se confirmar no STF, quem se aposentou por idade, Aposentadoria Especial ou por Tempo de Contribuição, e necessite de acompanhamento permanente, também poderá requerer o adicional.

No momento, o INSS indefere imediatamente pedidos de adicional de 25% para outras aposentadorias senão a por invalidez. Nestes casos, o aposentado poderá ingressar com ação judicial e o processo provavelmente ficará suspenso aguardando a decisão do Supremo Tribunal Federal.

Para quem recebe Aposentadoria por Invalidez e necessita de acompanhamento, basta agendar perícia médica junto ao INSS para comprovar a necessidade de acompanhamento.

Os peritos costumam analisar se o aposentado necessita de terceiros para realizar as atividades da vida diária, como higiene básica, alimentação, locomoção, etc. A Instrução Normativa do INSS (norma interna que orienta os servidores da previdência) ainda exemplifica casos em que deverá ser concedido o adicional:

  • I – cegueira total;
  • II – perda de nove dedos das mãos ou superior a esta;
  • III – paralisia dos dois membros superiores ou inferiores;
  • IV – perda dos membros inferiores, acima dos pés, quando a prótese for impossível;
  • V – perda de uma das mãos e de dois pés, ainda que a prótese seja possível;
  • VI – perda de um membro superior e outro inferior, quando a prótese for impossível;
  • VII – alteração das faculdades mentais com grave perturbação da vida orgânica e social;
  • VIII – doença que exija permanência contínua no leito; e
  • IX – incapacidade permanente para as atividades da vida diária.

Lembrando que a lista é exemplificativa, portanto, o perito deverá analisar caso a caso.

INSS

Quem tem direito à Aposentadoria por Invalidez?

A Aposentadoria por Invalidez é paga aos segurados do INSS que, em virtude de algum acidente ou doença (relacionados ao trabalho ou não), ficam incapacitados de forma total e permanente para o trabalho.

Isso significa que o segurado incapacitado não pode ser reabilitado em outra função. Ele não consegue exercer nenhum tipo de atividade.

Vamos dar o exemplo clássico de uma pessoa que trabalha como eletricista.

Ele estava consertando um poste de luz alto, até que se desequilibrou da escada e caiu de costas, ficando paraplégico. 

No caso, ele não consegue mais trabalhar em virtude desse acidente, nem mesmo em outra função.

Requisitos da aposentadoria por invalidez

Para ter direito a essa aposentadoria, é necessário cumprir os seguintes requisitos:

  • cumprir uma carência mínima de 12 meses;
  • estar trabalhando (contribuindo) para o INSS, estar em período de graça ou estar recebendo algum benefício previdenciário (exceto Auxílio-Acidente) na hora da incapacidade;
  • estar incapaz de forma total e permanente para o trabalho, conforme comentei antes, em virtude de alguma doença ou acidente (relacionado ao trabalho ou não) sofrido.

Importante: você não precisa cumprir a carência de 12 meses caso sua incapacidade tenha sido decorrente de acidente (de trabalho ou não).

Além disso, caso sua doença seja considerada grave, segundo o Ministério da Saúde e do Trabalho e da Previdência, você também não precisa comprovar essa carência.

Exemplos de doenças graves:

  • cegueira;
  • AIDS;
  • doença de Parkinson;
  • tuberculose. (Jornal Contábil)

Adicional de 25% pode se tornar direito de todo aposentado; Entenda!

Atualmente apenas aposentados por invalidez tem direito ao benefício. PL propõe ampliar o acréscimo para toda categoria que depende de cuidador diariamente.

adicional de 25% na aposentadoria poderá ser estendido para mais aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O Supremo Tribunal Federal analisa um Projeto de Lei que propõe o acréscimo no pagamento dos aposentados do INSS que dependem de ajuda permanente de terceiros.

Hoje, apenas aposentados por invalidez têm direito ao benefício. Mas se o projeto for aprovado, o adicional de 25% será para toda categoria, contanto que seja provado o vínculo com o cuidador sob necessidade diária.

Por envolver um número elevado de segurados, o ministro Luiz Fux, relator do projeto na corte, informou que a proposta deve seguir o rito da repercussão geral. Dessa forma, tudo o que for definido pelos ministros do STF será aplicado em todas as ações judiciais sobre o tema.

Projeto de lei

A discussão sobre o adicional de 25% para aposentados que dependem de cuidador permanente vem desde o ano passado. A primeira turma do STF já havia suspendido o andamento das ações que propõem o acréscimo. A justificativa dada pelos ministros é que o projeto causaria um rombo de R$ 7,15 bilhões anuais nas contas públicas.

Esse ano a extensão do adicional voltou a ser discutida, mas agora pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que aprovou o projeto. O STJ defendeu a iniciativa, alegando que o adicional nas aposentadoria tem caráter assistencial.

Entretanto, o INSS afirmou que a decisão do STJ fere os princípios da isonomia, já que o aposentado por invalidez se depara com a incapacidade no período de trabalho, e nos demais casos não. A data para o novo julgamento do STF segue indefinida. (Edital Concursos)

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