Reflexão: Respeito à mobilidade reduzida: nome de Aleijadinho é Antônio Francisco Lisboa

A reparação histórica engloba um conjunto de ações destinadas a reduzir as injustiças ocorridas no passado contra determinadas pessoas ou grupos sociais, visando promover a igualdade e combater a discriminação. Observa-se a assinatura e o nome do grande mestre do barroco mineiro: Antônio como ele preferia ser chamado.
Rotular alguém como “Aleijadinho” é extremamente desrespeitoso e ofensivo, pois esse termo é pejorativo e discriminatório, referindo-se depreciativamente a uma pessoa com alguma deficiência física ou mobilidade reduzida. É essencial tratar todas as pessoas com respeito, empatia e dignidade, independentemente de suas condições físicas ou quaisquer outras características. O uso de linguagem depreciativa ou ofensiva pode causar danos emocionais e perpetuar estigmas prejudiciais.
O legado do grande mestre do barroco, Antônio Francisco Lisboa, merece respeito. Reconhecido como um dos mais importantes artistas desse movimento no Brasil, ele deixou sua marca por meio de esculturas e trabalhos arquitetônicos na rica região de Minas Gerais. Nascido em 1737, na Vila Rica, e falecido em 18 de novembro de 1814, sua vida foi permeada por eventos marcantes desde a infância até a juventude.
1. Origens e Herança Artística: Antônio nasceu em uma família de artistas. Seu pai, Manuel Francisco Lisboa, era mestre de obras e escultor, e sua mãe, Isabel da Costa Lisboa, também tinha habilidades artísticas. Essa herança artística influenciou profundamente seu futuro.
2. Formação Artística: Ainda jovem, recebeu treinamento em escultura e arquitetura, seguindo os passos de seu pai e de outros mestres locais.
3. Trabalhos na Região de Minas Gerais: Ao longo de sua carreira, trabalhou principalmente na região mineira, especialmente nas cidades de Ouro Preto e Congonhas do Campo. Ele é mais conhecido por seu trabalho nas igrejas de São Francisco de Assis em Ouro Preto e no Santuário do Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas, onde esculpiu os famosos profetas de pedra-sabão.
4. Contribuição ao Barroco Brasileiro: Antônio Francisco Lisboa desempenhou um papel fundamental na definição e desenvolvimento do estilo barroco no Brasil. Suas esculturas e elementos arquitetônicos são considerados obras-primas deste período artístico.
Devido às condições físicas, Antônio Francisco Lisboa passou a ser conhecido como “Aleijadinho”, uma forma pejorativa de se referir a alguém com deficiências físicas. No entanto, ao longo do tempo, o apelido é usado para “refletir e homenagear sua notável habilidade artística”, apesar das dificuldades físicas que enfrentava.
Antônio Francisco Lisboa, como deveria ser chamado, é celebrado por suas esculturas e contribuições para a arquitetura barroca no Brasil colonial, incluindo o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas do Campo, um Patrimônio Mundial da UNESCO.
Domingos T Costa
Foto: Escultura do rosto de Antonio Francisco Lisboa, modelada em argila, por  Luciomar Sebastião de Jesus.

Congonhas assina convênio de R$11 milhões para confecção de réplicas dos 12 profetas de Aleijadinho

Congonhas é exemplo para o Brasil na área de preservação e restauração de seu rico patrimônio histórico. Desde 2014, quando em São João del Rei, foi assinado com o Governo Federal o Programa de Aceleração do Crescimento, o chamado PAC das Cidades Históricas, a Cidade dos Profetas recebeu investimento de mais de R$53 milhões em 12 projetos, isso sem contar a restauração das igrejas de Nossa Senhora da D’Ajuda (Alto Maranhão), recursos de mais de R$ 1 milhão, como também a reforma da igreja de Lobo Leite. Estas duas obras foram executadas com verba própria da prefeitura.

Os 12 profetas de Aleijadinho ganharão réplicas para a perpetuação e preservação das esculturas/REPRODUÇÃO

Cópias dos profetas

Ontem (18), a prefeitura de Congonhas assinou o contrato com o BNDES ( Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no valor de R$11  milhões para a execução das obras artísticas da cópia dos 12 profetas Aleijadinho que ficarão expostas a visitação. As réplicas serão feitas em pedras sabão e serão fixadas em uma galeria anexa no Museu de Congonhas para a perpetuação das obras.

Para a confecção das réplicas houve um cuidado com a atualização de tecnologia 3D e softwares capazes de garantir máxima precisão das imagens esculpidas entre entre 1794 a 1804 pelo artistas Antônio Francisco Lisboa, conhecido como Aleijadinho.

O próximo passo agora é a contratação da empresa para executar a obra.

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