GARIMPANDO NOTÍCIAS 57

GARIMPANDO NO ARQUIVO JAIR NORONHA

Avelina Maria Noronha de Almeida

avelinaconselheirolafaiete@gmail.com

BARÃO DE QUELUZ

A  doação do CHAFARIZ  ficou como marca do espírito cívico

e do amor à cidade do  Barão de Queluz, e merecidamente a praça

onde fica o chafariz,  em frente ao solar do

Barão, recebeu o seu nome.

    Imagem da Internet     Barão de Queluz

JOAQUIM LOURENÇO BAETA NEVES, o BARÃO DE QUELUZ II,  título que recebeu por Carta Imperial em 23 de maio de 1873, nasceu em Queluz, a 25 de julho de 1834, tendo sido batizado na ermida de São José, da fazenda do “Alto da Varginha”, a 5 de agosto de 1834.

POR  QUE  BARÃO DE QUELUZ II? Pelo seguinte motivo: porque, de acordo com a fonte “Página:Archivo nobiliarchico brasileiro.djvu/379 – Wikisource” houve antes um outro nobre com este título: JOÃO TAVARES MACIEL DA COSTA, 1° Barão de Queluz e 2° Visconde de Queluz com grandeza. Foi Barão pelo decreto de 18 de Outubro de 1829 e Visconde com grandeza pelo decreto de 30 de Junho de 1847. Faleceu em 9 de Dezembro de 1870, na cidade de Vassouras, na Província do Rio de Janeiro.

O BARÃO DE  QUELUZ I era filho do JOÃO SEVERIANO MACIEL DA COSTA, MARQUEZ e depois VISCONDE DE Queluz, nascido em 1769 em Mariana MG e falecido em  1833. Desembargador. Senador do Império pela Paraíba em 1826 a 1633. Ministro de Estado e Presidente da província da Bahia.

Imagem da Internet        
João Severiano Maciel da Costa

Não vamos estudar mais detalhadamente os dois nobres citados acima, pai e filho, que trazem no título nobiliárquico o nome de Queluz, porque não têm ligação especial com nossa cidade. Coloquei estas explicações porque são detalhes que esclarecem qualquer dúvida sobre um assunto não muito conhecido.

            VOLTANDO A JOAQUIM  LOURENÇO BAETA NEVES (o filho), segundo BARÃO DE QUELUZ: seus pais eram  Joaquim Lourenço Baêta Neves, nascido na Vila de Santa Maria de Góes, distrito de Coimbra, comarca de Arganil, no Reino de Portugal, em 1800, e de Ana Manuela, do Corteredor.

O Barão casou-se, em 26 de agosto de 1861, com sua prima Maria da Conceição Baêta Neves. Faleceu a 11 de agosto de 1880, com 46 anos.

Foi Tenente-coronel da Guarda Nacional e deputado provincial em Minas Gerais de 1870 a 1873, 18ª e 19ª legislaturas, Presidente da Câmara de Queluz e um dos responsáveis pelo abastecimento de água da cidade, juntamente com o Barão de Suassui e Joaquim Afonso Baêta Neves, utilizando uma nascente do Morro da Mina.

Doou um artístico chafariz para o Largo da Matriz, inaugurado em 1881, no ano seguinte a seu falecimento. Como ele ficaria feliz se pudesse assistir a essa inauguração! O CHAFARIZ  ficou como marca do espírito cívico e do amor à cidade do  Barão de Queluz, e merecidamente a praça onde fica o chafariz, em frente ao solar do Barão, recebeu o seu nome.

O CHAFARIZ DA PRAÇA BARÃO DE QUELUZ é uma  belíssima obra de arte da fundição do século XIX, pelo seu estilo um dos mais belos do interior de Minas. Tem a data de 1881 e foi feito em comemoração à reconstrução dos encanamentos de água.

            Para se aquilatar o cuidado com a bela execução da  obra, o autor chamado para fazer  o   projeto do Chafariz foi de grande gabarito,  EDGAR NASCENTES COELHO,  desenhista e arquiteto, diplomado pela Escola Nacional de Belas-Artes do Rio de Janeiro. Ele utilizava diversos estilos arquitetônicos e ornamentais da tradição neoclássica européia. Trabalhou como desenhista na seção de arquitetura da Comissão Construtora da Nova Capital, participando, assim, da construção de Belo Horizonte, elaborando e executando plantas e projetos de vários edifícios públicos, em estilo eclético de orientação neoclássica como da Igreja de São José, em estilo neomanuelino possuindo vários elementos do gótico; a Igreja do Sagrado Coração de Jesus; o Palácio da Justiça; a fachada do primeiro hospital; fachada na Praça da Liberdade; Colégio Loyola, faixa do Grande Hotel; antiga estação Central de Minas, planta; colégio Arnaldo, capela Santa Cruz, Colégio Isabela Hendrix, Instituto da Educação, entre outros locais, inclusive de casas de moradia de grande beleza e a construção  do projeto foi encomendada  à Fundidora M.J. Medeiros Cia, em 1878, junto com o projeto de mais quatro chafarizes pequenos para serem colocados em outros pontos da cidade.

FIZ TODA  ESTA DIGRESSÃO PARAQUE SEJA BEM RECONHECIDO A IMPORTÂNCIA E O VALOR ARTÍSTICO DA  DOAÇÃO FEITA PELO BARÃO  E DEDIQUEMOS MUITO  CARINHO E ADMIRAÇÃO A ESSE MONUMENTO.

       Vejam como é bonita a parte superior do chafariz!

No passado, o chafariz  tinha acréscimos, como podemos ver no texto que transcrevi das seguintes fontes: http://conselheirolafaiete.mg.gov.br/portal/pontos-turisticos/monumentos/. Acesso em: jan. 2017.  http://migre.me/vWDSh. Acesso em: jan. 2017.

“O grande Chafariz, instalado na Praça Barão de Queluz, foi colocado sobre um pedestal formado por quatro degraus de granito (os mesmos que outrora serviram ao pelourinho, erigido a 19 de setembro de 1790), medindo aproximadamente três metros de altura, por um metro e meio de circunferência. Possuía quatro bicas de bronze, pelas quais jorrava água. Abaixo das bicas, havia quatro mesas ou banquetas, redondas, trabalhadas em ferro, para apoio de latas e vasilhas usadas no carregamento de água. Entre as mesas e as bicas havia um ornamento com folhas de fumo, em bronze. Na parte superior uma grinalda de flores , que ainda se conserva, em cima de um lado, por uma placa com a data 1881, e do lado oposto outra com a frase “Assíduo vir propositi tenax omnia vincit”. No capitel, uma fruteira contendo diversos tipos de flores e frutas, tendo ao alto um abacaxi, símbolo da realeza.

Com a instalação da luz elétrica na cidade, em 1971, foram afixados, no capitel do chafariz, quatro braços de ferro com luminárias. Com a implantação da Companhia Energética de Minas Gerais S. A. (Cemig), as luminárias foram retiradas. O monumento Chafariz é tombado pelo Município.”

TRADUÇÃO DO DÍSTICO NO CHAFARIZ   “ASSIDUO  VI R PROPOSITI  TENAX OMNIA V9NCIT.   (Pela perseverança o homem de propósito firme tudo vence.)    

 

(Continua sobre Joaquim Lourenço Baêta Neves no NÚMERO 58)

GARIMPANDO NOTÍCIAS 56

GARIMPANDO NO ARQUIVO JAIR NORONHA

Avelina Maria Noronha de Almeida

avelinaconselheirolafaiete@gmail.com

O BARÃO DE RIFAINA – VICENTE DE PAULA VIEIRA

“É notória, também, a luta do Barão pela obtenção de novos acessos rodoviários e fluviais em outras regiões, reivindicando estradas e pontes. Através dele, foram abertos inúmeros portos no rio Grande, visando ao intercâmbio comercial com outras regiões.”

           O BARÃO DE RIFAINA – VICENTE DE PAULA VIEIRA, importante figura no Triângulo Mineiro, era filho de Pacífico Augusto Vieira. Pacífico doou o terreno para a construção do Grupo Escolar Pacífico Vieira, em tempos de Queluz, situado na rua Wenceslau Braz, no Bairro São Sebastião.

  ESCOLA ESTADUAL “PACÍFICO Vieira”

VICENTE DE PAULA VIEIRA recebeu o título de BARÃO por decreto imperial de 11 de setembro 1888.

Para localizar os laços de parentesco em nossa cidade, vejam a genealogia do avô do Barão de Rifaina, que tem ligação com várias famílias de nossa cidade. Além da família Vieira, o Barão tem primos nas famílias Leão, Dias de Souza, Albino Cyrino, Noronha, entre outras.  Achei estes dados no testamento de SEVERINO JOSÉ VIEIRA, da Fazenda do Pequeri, escrito em 1862. Ele era casado com MARIA ANTÔNIA DE LIMA. Filhos do casal:

1.      Candida Carolina de Jesus, casada com Florentino Moreira de Souza.

2.        José Augusto Vieira (genealogia da localidade dos Violeiros).

3.      Pacífico Augusto Vieira, casado com Antônia Francisca de Sales, pais do Barão de Rifaina.

4.      Maria Cândida.

5.      Laurindo Henriques Vieira.

6.      Benjamim Augusto Vieira.

7.      Antônia, casada com Antônio Ferreira Aleixo.

         O Barão de Rifaina era casado com Maria José da Conceição, filha de Manuel Joaquim de Sant’Ana e de Maria José da Conceição. Tiveram nove filhos. Foi PRESIDENTE DA CÂMARA E AGENTE DO EXECUTIVO 1887 a 1890. Barão da Rifaina era natural de Queluz de Minas, chegou ao Desemboque como professor. Mais tarde, em Sacramento, como comerciante, tornou-se grande proprietário de terras, além de um dos prestigiosos chefes políticos, como representante do Partido Conservador. Nessa época, foi agente do Executivo, presidente da Câmara Municipal e deputado na Assembléia Legislativa da Província de Minas Gerais, onde chegou a tomar parte da Mesa Administrativa, no cargo de primeiro secretário. Graças ao seu esforço político, em dia 27 de abril de 1891, instalou-se festivamente a ‘Comarca de Sacramento.”

         Uma informação da Internet:

          “É notória, também, a luta do Barão pela obtenção de novos acessos rodoviários e fluviais em outra regiões, reivindicando estradas e pontes. Através dele, foram abertos inúmeros portos no rio Grande, visando ao intercâmbio comercial com outras regiões.”

Foi deputado na Assembleia Legislativa da província de Minas Gerais e residiu quase sempre no município de Sacramento em Minas Gerais..

         Mais informações no site www.angelfire.com › biz2 › castilho › familiaFAMÍLIAS RODRIGUES DA CUNHA MATTOS, MARTINS … ::

RIFAINA/Imagem da Internet

                                   

“A cidade de Rifaina (SP), antigo Arraial do Cervo, surgiu da povoação de Santo Antonio da Rifaina. Em 13 de maio de 1865, José Francisco de Paula Silveira e família fizeram a doação dos terrenos que constituíram, hoje, o patrimônio da cidade. Foi elevada a município no dia 21 de dezembro de 1921. O nome Rifaina, de origem tupi-guarani, significa “Caminho do Porto Rico. […] A vila de Sacramento, recebeu a partir de 1876, a designação de cidade, pela Lei Provincial 2216, de 03 de junho do mesmo ano; e Vicente de Paula Vieira teve grande atuação no processo da sua emancipação política, contribuindo inclusive, para a conclusão do Paço Municipal e a construção da cadeia pública. Foi presidente da Câmara Municipal; e nessa condição, como vereador mais votado, exerceu também, cumulativamente, a função executiva; pois não havia então, a figura do prefeito.”, que só passou a existir em 1930.

VICENTE DE PAULA VIEIRA, O BARÃO DE RIFÂNIA, SOUBE HONRAR O NOME DE SUA CIDADE NATAL, A NOSSA QUERIDA QUELUZ!

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