Auxílio emergencial de R$ 600 para pessoas de baixa renda agora é lei

Lei 13.982/2020 concede o benefício à trabalhadores informais e de baixa renda. Mas com a redução do valor das parcelas, ‘novo auxílio’ se torna uma Medida Provisória.

Muito se fala sobre o auxílio emergencial: valor das parcelas, quem tem direito, por quanto tempo tem que ser pago, entre outros questionamentos. Mas afinal, o benefício é uma lei? Sim, entenda! A lei 13.982/2020, que entrou em vigor em abril deste ano, concede direito a trabalhadores informais e de baixa renda a receber o auxílio emergencial no valor de R$ 600 durante o estado de calamidade pública, decorrente da pandemia do novo coronavírus.

O documento previa o pagamento do benefício por apenas três meses, podendo ser prorrogado se necessário. Em julho, o governo federal aprovou a extensão do auxílio por mais dois meses com parcelas de igual valor, e por isso não foi necessário uma nova votação no Congresso Nacional.

Contudo, com a redução do valor das parcelas para R$ 300, a proposta do ‘novo’ auxílio emergencial passa a ser uma Medida Provisória, e por isso terá que ser aprovada por deputados e senadores antes de virar lei. Além da mudança da quantia a ser paga, a MP também traz novos critérios para a concessão do benefício. Confira.

Auxílio Emergencial

O auxílio de R$ 600 foi criado para ajudar trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados durante a pandemia do novo coronavírus. Para ter direito ao benefício, a lei 13.982/2020 estabeleceu alguns requisitos:

  • Ser maior de 18 anos de idade (exceto mães adolescentes);
  • Não ter emprego formal ativo;
  • Não ser titular de benefício previdenciário, assistencial, beneficiário do seguro de desemprego ou de programa de transferência de renda federal, exceto se for o bolsa família;
  • Ter renda familiar mensal per capita de no máximo meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total seja até 3 salários mínimos (R$ 3.135);
  • Não ter recebido, no ano de 2018, rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 ( vinte e oito mil, quinhentos e cinquenta e nove reais e setenta centavos).

O documento ainda previa que o benefício seria limitado até dois membros de uma mesma família, e que mulher provedora de família receberia duas cotas do auxílio, que equivale a R$1.200.

Novas regras

A principal mudança que a Medida Provisória, apresentada pelo Governo Federal na última terça, 1, traz é alteração do valor do benefício. De acordo com o texto, os beneficiários receberão parcelas de R$ 300 até dezembro deste ano, caso a proposta seja aprovada no Congresso.

Além disso, a medida estabelece novos critérios para a concessão do benefício. Quem recebeu Imposto de Renda no valor de R$ 28.559,70 em 2019 ou foi incluído como dependente de alguém na declaração do IRPF de 2020, não terá direito ao auxílio.

Além disso, as mulheres chefes de família irão receber apenas R$ 600, já que agora as parcelas são de R$ 300. Os outros requisitos, como idade mínima, permaneceram iguais.

Vale destacar que embora seja uma nova medida, não é mais possível se cadastrar para receber o auxílio emergencial. Só terá direito as parcelas de R$ 300 pessoas que se inscreveram no programa até o dia 2 de julho.

Deputados federais querem que o auxílio continue no valor de R$ 600

Segundo informou Leonardo Sakamoto, colunista do UOL, os parlamentares da oposição e centrais sindicais estão trabalhando contra a proposta de R$300 do governo.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou a prorrogação do Auxílio Emergencial no valor de R$ 300 até dezembro. Por conta da mudança no valor, o programa do governo deverá ser votado novamente no Congresso Nacional.

Segundo informou Leonardo Sakamoto, colunista do UOL, os parlamentares da oposição e centrais sindicais estão trabalhando contra a proposta. De acordo com os líderes, o trabalho a partir de agora é derrubar a ideia de Jair Bolsonaro e permanecer com parcelas com o valor original de R$ 600. Para as mães chefes de família o valor é em dobro (R$ 1,2 mil por parcela).

“Bolsonaro surfou na produção da oposição e do Congresso Nacional e ganhou popularidade. Mas, agora, se revela através da proposta dos R$ 300, que não resolve o problema das famílias e nem ajuda a mudar a realidade da economia em retração”, disse Rogério Carvalho, líder do PT no Senado.

Para o senador, os parlamentares tentarão manter o auxílio a R$ 600 até o fim de estado de calamidade no Brasil. “O povo precisa entender que Bolsonaro não tem apreço pela vida e nem compromisso em evitar a miséria no Brasil”, disse Carvalho.

Prorrogação do Auxílio Emergencial 

No dia 1° de setembro, o presidente Jair Bolsonaro confirmou a prorrogação do auxílio emergencial por mais quatro (4) meses, porém no valor de R$ 300.

A prorrogação do benefício foi anunciada após reunião com ministros e parlamentares aliados no Palácio da Alvorada.

“Agora resolvemos prorrogá-lo [o auxílio] por medida provisória até o final do ano. O valor definido agora há pouco é um pouco superior a 50% do Bolsa Família. R$ 300 reais”, disse o presidente.

O auxílio emergencial foi criado com o intuito de ajudar os brasileiros que tiveram suas rendas parcialmente ou totalmente comprometidas com o advento do novo coronavírus (covid-19). No primeiro momento, seria pago em três parcelas de R$ 600, e iria até julho.

Após diversos debates, o governo federal resolveu estender o benefício por mais dois meses no valor de R$ 600.(BRASIL 123)

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