Viaduto no Pires: uma novela de mais de 10 anos perto de um capítulo final; reunião vai definir a construção

Moradores cobram também término de passarela sobre a linha férrea/ SANDOVAL SOUSA

O Ministério Público (MP), através do Promotor Vinícius Alcântara Galvão, convocou para a próxima segunda-feira (3), uma reunião conclusiva para a construção do viaduto sobre a linha férrea na comunidade do Pires. A proposta do MP é que as tratativas acordadas ancorem a assinatura do Termo de Ajustamento de Condutas (TAC) entre a MRS e a Prefeitura.
Segundo a MRS, já foi elaborado projeto conceitual do viaduto. No entanto, a obrigação de a MRS construir o viaduto ficou suspensa em razão da necessidade de desapropriação de 5 áreas pelo Município de Congonhas para possibilitar a sua construção. Essa questão foi resolvida foi em 2019.
O que ainda trava o acordo final, é que a Associação de Moradores do bairro Pires, em outubro de 2019, pediu que seja construído o viaduto sem o fechamento das passagens de níveis existentes.

As normas para a construção do elevado seguirá as orientação da ABNT e demais legislações pertinentes, para a conclusão técnica final. A MRS se comprometeu a construir viaduto em Termo de Ajustamento de Conduta firmado entre Ministério Público do Estado de Minas Gerais, MRS, Município de Congonhas.

A história

Na semana passada caminhão foi arrastado pelo trem / DIVULGAÇÃO

Depois da conclusão da passarela do Pires, sobre a BR 040, uma outra obra se tornou uma novela sem capítulo final. A construção do viaduto sobre a linha férrea é objeto de dois inquéritos civis e dois processos na justiça, todos versando sobre a segurança daquele trecho.
A falta de um viaduto já provocou mortes e inúmeros acidentes. No sábado passado (25), um caminhão foi arrastado pela composição da MRS ao através a linha. Por sorte o motoristas teve apenas ferimentos leves.

Mãe chora perda do filho na linha

A aposentada Dona Terezinha, de 83 anos, perdeu a vida em 2018; Victor Emídio Matos Gomes foi vítima de um acidente com um trem /Divulgação

Em 2015,  um trem vitimou o jovem Victor Emídio Matos Gomes, então com 17 anos, e trouxe de volta a discussão sobre a falta de segurança nos trilhos que cruzam o bairro Pires, em Congonhas. Era por volta das 23:00 horas, quando o rapaz voltava da escola com mais dois colegas, e pelo que se comenta, escorregou e caiu nos trilhos, sendo atingido pelas locomotivas.
Desde então a família da auxiliar de serviços, Maria Aparecida Gomes, se transformou por completo desencadeando um trauma. hoje ela toma remédios para conter a depressão. “Não consigo mais dormir e a vida da minha família mudou. As lembranças fazem a gente sofrer”, relatou a nossa reportagem. A família acionou a MRS por descaso e omissão e cobra indenização. A ação tramita na Justiça.

O Promotor Vinicius Alcântara Galvão / Reprodução

O Bairro

O bairro Pires existe há mais de cem anos. Na década de 90, a ferrovia o dividiu ao meio. A lei determina, na prática, que quem chegou depois – no caso a MRS, responsável pela ferrovia, assuma os encargos pela construção e manutenção das obras e instalações necessárias ao cruzamento, bem como pela segurança da circulação no local, por força do decreto 1.832,que aprova o regulamento dos transportes ferroviários.

Leia mais

about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.