Projeto de Cerâmica Saramenha leva patrimônio imaterial de Ouro Branco ao ambiente escolar

Ação apoiada pela Gerdau promove vivências artísticas da técnica com o objetivo de aguçar o interesse de jovens e crianças pela arte

A Cerâmica Saramenha, considerada patrimônio imaterial de Ouro Branco, realiza vivências artísticas desde 2013 na cidade, incluindo escolas da região, e proporcionando que cerca de cinco mil pessoas, entre alunos dos ensinos fundamental e médio e professores de escolas da rede pública da localidade, especialmente da zona rural, conheçam o trabalho do mestre Leonardo Ricart. O objetivo é despertar o interesse nos alunos e encontrar, entre eles, talentos que possam dar continuidade à Cerâmica Saramenha.

Os anos de 2022 e 2023 contaram com o patrocínio da Gerdau, maior empresa brasileira produtora de aço, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, e realização da Agência de Desenvolvimento Econômico e Social dos Inconfidentes e Alto Paraopeba (Adesiap) e o Governo de Minas Gerais

A nobre arte, trazida de Portugal para o Brasil por volta do início dos anos 1800, se desenvolveu na região da antiga Vila Rica e hoje tem a cidade de Ouro Branco como sua casa. É lá que vive Leonardo Ricart dos Santos Barros, considerado um dos últimos detentores da técnica de produção da cerâmica, discípulo de Mestre Bitinho (Silvestre Guardiano Salgueiro, 1918-1998), que dá nome à Casa do Artesão Mestre Bitinho, na cidade de Ouro Branco, considerada a única unidade restante a desenvolver a técnica.

As vivências escolares são parte importante do projeto, em todas as suas fases, pois levam a arte em cerâmica.

ARTE NA ESCOLA

Em 2023, foram realizadas mais de 25 vivências em escolas na cidade de Ouro Branco. Um dos espaços escolares que recebeu o projeto foi a Escola Estadual Iracema de Almeida. No pátio da escola, mestre Leonardo demonstrou como a argila é moldada. “Eu sou filho desta escola, me formei no ensino fundamental e no ensino médio aqui, e hoje volto para falar um pouco do meu trabalho, que é a Cerâmica Saramenha, um ofício que está praticamente extinto”, relatou o mestre.

Yasmin Natali, estudante da 1ª série do ensino médio da escola, pôde viver a experiência de moldar uma peça: “foi uma experiência muito boa, eu aprendi bastante e descobri que não é força, mas sim jeito, e foi muito bom. Espero que as pessoas tenham interesse em descobrir mais sobre a Cerâmica Saramenha, porque faz parte da nossa história”, afirma a estudante.

O projeto conta, ainda, com um site e redes sociais, além da produção de um livro que trará informações diversas sobre a história, a técnica, as medidas de proteção e valorização, assim como, fotografias e documentos históricos.

Outras informações podem ser obtidas pelo site www.ceramicasaramenha.art.br

Mestre Ceramista apresenta aula de técnica secular

Mestre Leonardo Ricart teve a honra de apresentar aos alunos do curso de arquitetura da Unifasar, em Conselheiro Lafaiete, a tradição e a técnica secular da Cerâmica Saramenha.

Leonardo contou toda a história e demonstrou de forma prática essa arte que hoje é considerada patrimônio imaterial.

O Projeto Saramenha é realizado com o patrocínio da Gerdau, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. Com gestão da Adesiap e apoio da Prefeitura Municipal de Ouro Branco, ao longo da execução serão realizadas vivências escolares na rede municipal, visitas guiadas à Oficina Cerâmica Saramenha, palestras presenciais voltadas a cursos especializados e técnicos da região de Ouro Branco e palestra online voltada para outras regiões de Minas Gerais.

https://www.youtube.com/watch?v=mzCP0u5KRRg&t=10s

Artista lafaitense leva arte ceramista ao Salão Internacional de artes plásticas; conheça um pouco da Arte Saramenha, oriunda de Portugal

O Brasil e mundo se preparam para conhecer ainda mais e mergulhar na arte do ceramista lafaietense, o Mestre Rosemir Hermenegídio. Nos últimos anos, ele tem intensificado participações em mostras e salões em Minas e no Brasil e agora se prepara para uma nova empreitada de sucesso garantido.

O Sindicato Nacional dos Artistas Plásticos e Comitê Nacional da Associação Internacional de Artes Plásticas – SINAP-ESP/AIAP em parceria com a Cia Arte Cultura tornaram o regulamento do XIII Salão Internacional de Arte Visuais SINAP/AIAP que se realizará no Hall de Entrada da Câmara Municipal de São Paulo.

O evento acontece já no dia 6 e vai até dia 16 quando será uma oportunidade única de conhecer de perto a Cerâmica Saramenha a exibição das peças e sua arte em âmbito internacional ganhando destaque no Salão, um dos mais expressivos do Brasil.

“Será uma oportunidade de representar Lafaiete e Minas Gerais neste evento de grandeza nacional mundial reunindo as mais variadas artes nos mais variados segmentos. Estarei apresentando nossa arte com dezenas de peças por mim fabricadas ao longo dos últimos anos.

O discípulo

Rosemir mantém sua oficina e ateliê no Bairro Rochedo em Lafaiete (MG, onde fabrica, expõe e comercializa suas obras de artes. A tradição e gosto pela antiguidade foram herdadas de seu pai que é possuiu um antiquário, na Vila Resende, em Lafaiete, expondo em uma feira especializada em Belo Horizonte, como também de seu irmão, restaurador de móveis antigos.

Desde cedo, aos 22 anos, ele tomou gosto pela arte, mas foi através de Silvestre Guardiano Salgueiro, mais conhecido como Mestre Bitinho, que ele iniciou o aprendizado das técnicas e produção da Cêramica Saramenha.

Durante os anos de 1985 e 1986, o pai de Rosemir investiu no filho quando este se dirigia a diariamente a Ouro Branco para aprender diretamente com o Mestre. Ele foi um o primeiro discípulo mais atuantes de Bitinho. “Ele não gostava de ensinar as técnicas da produção, mas com muita insistência quebramos esta barreira e pude estudar com ele”, contou Rosemir. Bitinho morreu em 1998. Neste período, o artista lafaietense mantinha seu ateliê, mas trabalhava em empreiteiras para se manter quando no ano de 1995 ingressou na carreira militar em 2019 se aposentou como 2º Sargento.

u. É de produtos da natureza, como a argila, e metais como cobre, minério de ferro, sílica e a terra tabatinga e pedra moída que ele faz sua arte. “É uma alquimia”, sintetizou Rosemir. Após a preparação da argila, ele confecciona a peça no torno de ceramica e leva ao forno por duas vezes para cozinhar e esmaltar quando nascem suas peças em diferentes estilos, cores e uma acabamento final que ilustra sua criatividade. Ele usa o torno elétrico que ele mesmo desenvolveu e criou para a fabricação da Cerâmica. Rosemir produz suas próprias ferramentas.

O processo de produção inclui elementos e práticas antigas como pilão, forno a lenha, dentre outras. Em Cristiano Otoni, ele mantém um forno de lenha para fabricação final de suas peças

Em 2018, Rosemir conseguiu, em uma exposição no Palácio das Artes, seu título de mestre na Cerâmica Saramenha, que guarda com orgulho, satisfação e mérito próprio sua dedicação em manter viva esta cultura e tradição.

A tradição

A Cerâmica Saramenha, oriunda de Portugal, em Alentejo, foi introduzida no Brasil pelo Padre Viegas de Menezes, no final do século XVII, quando ele descobriu o Barro na região de Ouro Preto. O nome veio da 1ª fábrica de louças implantada no país, situada na fazenda do Barão de Saramenha, em subúrbio de Vila Rica hoje atual Ouro Preto.

A fábrica abasteceu de louças inúmeras cidades ao longo da Estrada Real e as peças eram adquiridas pela camada mais pobre da população.
A produção das peças, usadas como utensílios domésticos, se espalhou por diversas cidades da região como Barbacena, Ouro Branco, Congonhas, Caeté, Diamantina. Ao longo dos anos, a fabricação dos artefatos foi proibida pela Coroa Portuguesa, pelo não pagamento de tributos. Foram os oleiros que mantiveram a produção clandestina não deixando a tradição ser extinta.

Novos talentos

Para perpetuar a arte saramenha às futuras gerações, Mestre Rosemir vem ministrando aulas no curso de iniciação a cerâmica Saramenha em Lafaiete ministrado na Casa de Cultura Gabriela Mendonça. As aulas fazem parte do Projeto “Faço Arte”, da Secretaria Municipal de Cultura lançado no ano passado por meio de edital. São diversos cursos que acontecem totalmente gratuitos. O curso terá duração de 6 meses onde os alunos vão aprender moldar peças e centralizar o barro.

Curso gratuito de cerâmica Saramenha em Lafaiete

O Projeto Faço Arte, da Secretaria Municipal de Cultura de Conselheiro Lafaiete, oferece mais de 30 oficinas de artes gratuitas, ministradas na Casa de Cultura, Casa do Teatro, Solar Barão do Suassuí, Casa de Artesanato, e na sede da Banda Santa Matilde. Um dos destaques é a cerâmica Saramenha, que tem como oficineiro Rosemir Hermenegídio, com 37 anos de experiência nesta arte. Ele conta com 2 tornos elétricos e 2 tocados para ensinar o ofício às atuais 8 alunas, na Casa de Cultura Gabriela Mendonça. Elas iniciaram aprendendo a modelar a argila no torno, para a confecção das peças em cerâmica. Ao término do curso, que teve início em 7 de fevereiro, previsto para ser concluído em julho, as aprendizes receberão o certificado assinado pelo Mestre Rosemir Hermenegídio. Ele, que é 2º Sargento da Polícia Militar na condição de reserva, conta que desde criança se interessou pelos trabalhos com argila, tendo iniciado na arte ainda na adolescência, em 1985, com Silvestre Guardiano Salgueiro, conhecido como Mestre Bitinho, sendo este o último detentor deste conhecimento vindo de Portugal. Os filhos de Mestre Bitinho não demonstraram vocação para a cerâmica Saramenha, e o artista decidiu passar os ensinamentos a Rosemir, devido à sua grande amizade com seu pai, o antiquário Jovercy Hermenegídio, que comprava sua peças.

Rosemir, que participou do evento Pincel Mágico, realizado recentemente em Lafaiete e Congonhas, fazendo um trabalho com as crianças na parte de escultura, conta que o IEPHA – Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerai – está fazendo um histórico da cerâmica Saramenha, sendo que esta deverá ser patrimônio imaterial de Conselheiro Lafaiete.

Voltando a falar sobre o curso, oferecido no Projeto Faço Arte, Rosemir informa que em julho novas turmas serão abertas, para pessoas de todas as idades, à partir dos 15 anos. Quem se interessar, procurara secretaria da cultura de Conselheiro Lafaiete.

Sônia Santos – Jornalista

FONTE: MINAS INFORMA

Mestre Rosemir ministra curso de iniciação a cerâmica Saramenha

Inicia nesta tarde (7) o curso de iniciação a cerâmica Saramenha em Lafaiete ministrado pelo Mestre Rosemir na Casa de Cultura Gabriela Mendonça. As aulas fazem parte do Projeto “Faço Arte”, da Secretaria Municipal de Cultura lançado no ano passado por meio de edital. São diversos cursos que acontecem totalmente gratuitos. O curso terá duração de 6 meses onde os alunos vão aprender moldar peças e centralizar o barro.

 Desde cedo, aos 22 anos, ele tomou gosto pela arte, mas foi através de Silvestre Guardiano Salgueiro, mais conhecido como Mestre Bitinho, que ele iniciou o aprendizado das técnicas e produção da Cêramica Saramenha.

A tradição e gosto pela antiguidade foram herdadas de seu pai que é possuiu um antiquário, na Vila Resende, em Lafaiete, expondo em uma feira especializada em Belo Horizonte, como também de seu irmão, restaurador de móveis antigos.
É de produtos da natureza, como a argila, e metais como cobre, minério de ferro, sílica e a terra tabatinga e pedra moída que ele faz sua arte. “É uma alquimia”, sintetizou Rosemir.
O processo de produção inclui elementos e práticas antigas como pilão, forno a lenha, dentre outras. Em Cristiano Otoni, ele mantém um forno de lenha para fabricação final de suas peças. Seu ateliê funciona no Bairro Rochedo em Lafaiete (MG).

Artista lafaietense se encontra com tataraneto do precursor da Cerâmica Saramenha no Brasil

A história se perpetua quase 2 séculos depois. Ontem (19), o artista lafaietense, Rosemir Hermegídio, se encontrou com o tataraneto de Carlos Gabriel de Andrade, primeiro e único barão de Saramenha, (Ouro Preto, 6 de Julho de 1846 — Belo Horizonte, 13 de setembro de 1921). Thomas de Freitas Ribeiro mora no Texas (EUA) e está de passagem por Belo Horizonte onde reside sua família.
Foi em meados de início do século 18, que na chácara do Barão, em Ouro Preto, foi implantada a primeira fábrica de Cerâmica Saramenha no Brasil, oriunda originalmente em Alentejo, Portugal.
Foi através da divulgação de seu trabalho na internet é que o descendente do Barão conheceu a arte do lafaietense. Thomas visitou recentemente em Ouro Preto a residência onde morava seu bisavô local hoje que funciona um museu e restaurante, Palácio do Ouro, no qual há peças históricas de originais da arte secular.
“No encontro atualizamos a história e a arte da cerâmica Saramenha. Foi emocionante”, comentou a nossa reportagem Rosemir.
Na ocasião Thomas adquiriu peças da autêntica Cerâmica Saramenha que ele levará para os Estados Unidos e presenteará, Ana Maria de Lourdes Andrade de Freitas, bisneta do Barão de Saramenha, residente na Capital Mineira.


Um pouco da história
Barão de Saramenha foi um negociante, industrial e político brasileiro, tendo sido eleito para o cargo de vereador em Ouro Preto. Chegou à patente de coronel da Guarda Nacional. Filho de Tristão Francisco Pereira de Andrade, casou-se com Francisca Lídia de Queiroga, filha de Anacleto Teixeira de Queiroga e de Jerônima Maria de Menezes. Era oficial da Imperial Ordem da Rosa.


Rosemir
Desde cedo, aos 16 anos, o artista Rosemir tomou gosto pela arte, mas foi através de Silvestre Guardiano Salgueiro, mais conhecido como Mestre Bitinho, em Ouro Branco, que ele iniciou o aprendizado das técnicas e produção da Cêramica Saramenha.
Durante os anos de 1985 e 1986, o pai de Rosemir investiu no filho quando este se dirigia a diariamente a Ouro Branco para aprender diretamente com o Mestre. Ele foi um o primeiro discípulo mais atuante de Bitinho. “Ele não gostava de ensinar as técnicas da produção, mas com muita insistência quebramos esta barreira e pude estudar com ele”, contou Rosemir. Bitinho morreu em 1998.
A tradição e gosto pela antiguidade foram herdadas de seu pai que é possuiu um antiquário, na Vila Resende, em Lafaiete, expondo em uma feira especializada em Belo Horizonte, como também de seu irmão, restaurador de móveis antigos.
É de produtos da natureza, como a argila, e metais como cobre, minério de ferro, sílica e a terra tabatinga e pedra moída que ele faz sua arte. “É uma alquimia”, sintetizou Rosemir.
O processo de produção inclui elementos e práticas antigas como pilão, forno a lenha, dentre outras. Em Cristiano Otoni, ele mantém um forno de lenha para fabricação final de suas peças. Seu ateliê funciona no Bairro Rochedo em Lafaiete (MG).


Exposições
Mestre Rosemir participa de diversas mostras em Minas e no Brasil e recentemente esteve na Exposição “Capa de Discos” cuja curadoria é do estilista e artista plástico, Honegério. Rosemir escolheu a capa do lendário disco do conjunto americano GUNS N´ ROSES, devido ser fã do grupo e identificar-se com armas de fogo. “Sou militar reformado e gosto das armas, o formato e suas funções (proteção da vida em legítima defesa). Gosto das plantas, flores e das rosas, onde aplico em minhas obras. E ao ver a capa do disco retratei com o máximo de perfeição e riquezas de detalhes para a confecção da obra.


Bem tombado
Segundo Rosemir, a exemplo da Violas de Queluz, a arte da Cerâmica Saramenha está em processo de tombamento como bem imaterial.

Artista ceramista expõe suas obras no Clube Dom Pedro

Depois de participar nos últimos anos de diversos salões e exposições pelo Brasil, o premiado artista ceramamista, o Mestre Rosemir Hermenedigio estará no Clube Dom Pedro, entre 14 de julho a 14 de agosto, com a Exposição  “O Barro Nas Mão do Oleiro e suas Diversidades”, quando os lafaietenses poderão conhecer as obras do artista.


A história


Desde cedo, aos 22 anos, ele tomou gosto pela arte, mas foi através de Silvestre Guardiano Salgueiro, mais conhecido como Mestre Bitinho, que ele iniciou o aprendizado das técnicas e produção da Cêramica Saramenha.
Durante os anos de 1985 e 1986, o pai de Rosemir investiu no filho quando este se dirigia a diariamente a Ouro Branco para aprender diretamente com o Mestre. Ele foi um o primeiro discípulo mais atuante de Bitinho. “Ele não gostava de ensinar as técnicas da produção, mas com muita insistência quebramos esta barreira e pude estudar com ele”, contou Rosemir. Bitinho morreu em 1998.

A tradição e gosto pela antiguidade foram herdadas de seu pai que é possuiu um antiquário, na Vila Resende, em Lafaiete, expondo em uma feira especializada em Belo Horizonte, como também de seu irmão, restaurador de móveis antigos.

É de produtos da natureza, como a argila, e metais como cobre, minério de ferro, sílica e a terra tabatinga e pedra moída que ele faz sua arte. “É uma alquimia”, sintetizou Rosemir.
O processo de produção inclui elementos e práticas antigas como pilão, forno a lenha, dentre outras. Em Cristiano Otoni, ele mantém um forno de lenha para fabricação final de suas peças. Seu ateliê funciona no Bairro Rochedo em Lafaiete (MG).

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