Debaixo d’água: 5 túneis subaquáticos que estão redefinindo as fronteiras do mundo

Explore as maravilhas da engenharia que ligam territórios.

Nas profundezas das águas, escondem-se verdadeiras maravilhas da engenharia moderna: os túneis subaquáticos. Essas estruturas representam inovação, superando desafios geográficos e conectando regiões separadas por vastos corpos d’água.

Vamos mergulhar nas histórias de cinco desses feitos extraordinários, revelando detalhes sobre suas localizações, dimensões e as técnicas construtivas que os tornam únicos.

Eurotúnel

Localizado entre Folkestone, no sul da Inglaterra, e Coquelles, no norte da França, o Eurotúnel ou Tunel do Canal atravessa o Canal da Mancha. Com 50,5 km de extensão, dos quais 37,9 km estão sob o mar, é considerado a mais longa passagem submersa do mundo.

Este túnel é composto por três seções paralelas, oferecendo vias para trens de passageiros e carga, além de um túnel de serviço. Com uma média de profundidade de 40m, tem o seu ponto mais baixo a 75m do nível do mar. As escavações começaram em 1878, e a primeira viagem oficial só ocorreu 116 anos depois do início das obras, em 1994.

Fehmarnbelt

Iniciadas em 2020, as obras deste projeto estão previstas para ser concluídas em 2029. Em contraste com o Eurotúnel, que foi criado através de escavação, este novo empreendimento emprega tecnologias avançadas. Será composto por 89 segmentos de concreto interconectados, com dimensões impressionantes: cada segmento terá 217 metros de comprimento, 42 metros de largura e 9 metros de altura.

Essa estrutura monumental conferirá ao Fehmarbelt o título de mais longo túnel rodoviário e ferroviário submerso já construído. Com essa inovação, a obra promete uma significativa redução no tempo de viagem entre os dois países, cortando quase pela metade a duração atual.

Santa Fé

Conectando as províncias argentinas de Entre Ríos e Santa Fé, este túnel subfluvial cruza o caudaloso Rio Paraná e se destaca por ser o primeiro túnel submerso da América Latina. Suas obras iniciaram-se em 1962, sendo inaugurado em 1969.

O túnel tem cerca de 2400m metros de comprimento cobertos pela água. As duas pistas de concreto são espaçosas, tendo quase sete metros e meio de largura, e o teto tem quase quatro metros e meio de altura. O sistema de ventilação permite a renovação total do ar dentro do túnel a cada três ou quatro minutos.

Sua construção foi uma resposta às necessidades de mobilidade e comércio na região, representando um marco na engenharia sul-americana.

Santos-Guarujá

O futuro túnel Santos-Guarujá, no Brasil, projetado há um século, finalmente deve começar a ser construído em 2025 com previsão de término para 2028. Com 860 metros de comprimento submersos e profundidade média de aproximadamente 21 metros, será o primeiro do tipo na América Latina que incluirá vias para carros, VLT, ciclistas e pedestres.

Ligando as cidades de Santos e Guarujá, reduzirá o tempo para travessia, que era de 20 minutos a 2 horas de balsa ou 1h de carro, para não mais do que 2 minutos de carro.

Itajaí-Navegantes

O túnel Itajaí-Navegantes, em Santa Catarina, Brasil, Em uma curva do rio, entre as ruas Antônio José da Veiga, em Itajaí, e Manuel Leopoldo Rocha, em Navegantes, serão 300 metros de estrutura submersa. O túnel terá espaço para pedestres e ciclistas e três pistas em cada sentido, uma delas exclusiva para o BRT. As faixas de cada sentido ficarão em células diferentes. Em ambas, a ideia é ter música ambiente e uma pintura atrativa

Com a construção prevista para ser realizada em módulos submersos, o túnel representa um avanço significativo na infraestrutura da região. O túnel ficará a cerca de 23 metros de profundidade e passará por baixo do canal de acesso aos portos, por onde transitam os navios cargueiros. Ainda se data certa para começar, a obra tem previsão de 5 anos para sua conclusão.

FONTE ESCOLA EDUCAÇÃO

Como conectar seu celular a qualquer rede WIFI sem pedir senha?

Descubra métodos inovadores para conectar seu smartphone a redes Wi-Fi sem a necessidade de senha, além de dicas para recarregar seu dispositivo e enviar mensagens ocultas no WhatsApp. Este artigo oferece um guia passo a passo para aproveitar ao máximo seu telefone Android ou iOS.

Navegar pelas múltiplas redes Wi-Fi disponíveis em ambientes domésticos ou corporativos pode ser um desafio, especialmente quando enfrentamos falhas de conexão inesperadas. A solução? Um método simples para acessar redes Wi-Fi protegidas sem a necessidade de senha pode ser a chave para manter seu celular sempre online.

Método Exclusivo para Usuários de Android 10

A técnica descrita é exclusiva para dispositivos que operam com Android 10, oferecendo uma forma de se conectar a redes Wi-Fi próximas sem a inserção de senhas. Este método, além de eficaz, respeita a legalidade e a privacidade alheia. Veja também os 5 locais públicos onde carregar seu celular é um risco enorme!

Passos para Conexão Simplificada

Para utilizar este recurso, siga estas etapas:

  1. Acesse as configurações do seu smartphone Android e selecione a opção Wi-Fi.
  2. Clique no nome da rede Wi-Fi à qual você está conectado. Você encontrará uma opção chamada “Wifi QR Code”.
  3. Retorne às configurações, selecione Wi-Fi novamente e toque na caixa no canto superior. Escaneie o código QR e pronto! Você terá acesso à rede Wi-Fi desejada.

Observação: Para iPhones e tablets iOS, uma senha escrita ainda é necessária para a conexão.

Internet Sem Limites: Como Obter Acesso Gratuito

Se você estiver com seus dados móveis esgotados, há uma solução:

  1. Entre em “Configurações” e vá para “Redes ou Conexões Móveis”.
  2. Ative o recurso “Zona Wi-Fi pessoal” ou “Tethering de rede”.
  3. Outros dispositivos podem então se conectar à rede Wi-Fi criada, usando a senha exibida.

Recarregando seu Celular Android sem Cabos

Para recarregar seu celular Android sem a necessidade de um carregador tradicional, siga estes passos:

  1. Garanta que o dispositivo que fornecerá a energia esteja completamente carregado.
  2. Na tela inicial do seu celular Android, ative a opção “Wireless PowerShare”.

Lembre-se: a recarga sem fio pode ser mais lenta do que o método convencional, mas é uma alternativa eficaz em situações de emergência.

Como Enviar Mensagens Invisíveis no WhatsApp

Surpreenda seus contatos no WhatsApp com mensagens invisíveis:

  1. Entre no WhatsApp e selecione o contato desejado.
  2. Acesse o site Unicode e escolha o caractere U+2800 ou U+2063.
  3. Copie e cole o texto invisível no WhatsApp. Para maior impacto, adicione emoticons ou uma breve explicação.

Estas dicas abrangem desde a conexão sem esforço a redes Wi-Fi até métodos criativos para manter seu smartphone funcionando em plena capacidade e interagindo de maneiras únicas no WhatsApp. Com estes truques, você pode maximizar o potencial do seu dispositivo móvel com facilidade e eficiência. Mostraremos 8 dicas de como melhorar o sinal do Wi-Fi

FONTE O PETRÓLEO

Avanço das TVs conectadas à internet reduz drasticamente a audiência da Globo

No último fim de semana, a emissora registrou apenas dez pontos no Ibope, seu ponto mais baixo

A Rede Globo está enfrentando um período de forte queda de audiência, com a ascensão das TVs conectadas à internet, de acordo com informações do Notícias da TV, reportadas pelo Metrópoles. No último sábado, dia 2 de dezembro, a emissora registrou um amargo recorde, com uma média de apenas 9,6 pontos no Ibope, marcando o ponto mais baixo do ano em termos de audiência. O cenário sombrio se repetiu no domingo, com uma média de 10,4 pontos, tornando-se a pior marca para um domingo ao longo do ano.

Comparando esses números com o primeiro sábado de 2023, que foi em 7 de janeiro, houve uma queda significativa de 33,3% na audiência. Já em relação ao primeiro domingo do ano, em 1º de janeiro, a queda foi de 22,1%.

Esses números alarmantes apontam diretamente para o impacto do avanço das TVs conectadas à internet no comportamento de consumo de mídia. A disponibilidade de uma ampla variedade de opções de entretenimento online, como streaming de vídeo, redes sociais e sites de conteúdo, tem competido diretamente com a programação tradicional da Globo.

Em outubro, durante um evento voltado ao mercado publicitário, a emissora reconheceu o desafio que enfrenta, revelando uma perda de 24% de audiência em comparação com períodos anteriores. Esses números englobam a audiência de todos os setores do Grupo Globo, incluindo o serviço de streaming Globoplay, canais pagos e sites.

Se considerarmos apenas a grade da TV aberta, a situação se agrava, com a perda de 70 milhões de telespectadores/usuários. A batalha pela atenção do público agora é intensificada pela proliferação de TVs conectadas à internet, que estão presentes em aproximadamente 60% dos lares brasileiros, proporcionando uma ampla gama de opções de entretenimento sob demanda.

FONTE BRASIL 247

“A internet vai parar”, diz vice-presidente institucional da Claro

Fábio Andrade é um dos líderes do movimento contrário à construção de uma usina na Praia do Futuro que ameaça a internet no Brasil

A construção de uma usina de dessalinização na Praia do Futuro, em Fortaleza, no Ceará, continua gerando polêmicas. Empresas que atuam no setor de internet alegam que a obra pode derrubar a conexão no Brasil. Um dos líderes do movimento contrário ao projeto, Fábio Andrade, vice-presidente institucional da Claro, é categórico: “A internet do país vai parar”.

Impactos para a conexão de internet

Em entrevista à Folha de São Paulo, Fábio Andrade lembrou que a própria Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já se manifestou e determinou que os dutos da usina fiquem a, no mínimo, 500 metros dos cabos submarinos. Antes, o projeto estabelecia apenas cinco metros.

Com a vibração da água, Andrade afirma que pode haver rompimento dos cabos, derrubando a internet.

Mas segundo ele, o problema vai além. Mesmo que a instalação ocorra a no mínimo 500 metros, a conexão pode ser afetada no futuro. Isso porque o vice-presidente institucional da Claro destaca que o número de cabos deve dobrar em três anos, com o aumento da demanda por internet no país. Nesse sentido, a instalação deveria ser feito em uma distância de, no mínimo, mil metros.

“Quase toda a conexão internacional do país com EUA, Europa e África chega na Praia do Futuro, em Fortaleza (CE). Um reparo leva, no mínimo, 50 dias. Isso afetaria a segurança pública, saúde, hospital, a população.” Fábio Andrade, vice-presidente institucional da Claro

Andrade ainda explica que um novo projeto executivo é aguardado e que os próximos capítulos dessa história serão conhecidos em algumas semanas.

Ele afirma que, caso a construção da usina ocorra no local indicado originalmente, a solução será instalar novos os cabos de internet em outra praia da região. O problema é que isso gerara um enorme custo, além da necessidade de garantir a conexão em terra entre esses dois terminais de cabos.

Relembre a polêmica

  • Na praia do Futuro, existem 17 cabos submarinos de internet;
  • Segundo empresas do setor, a construção da usina no mesmo local pode trazer riscos à conexão no Brasil, pois os cabos trazem 99% dos dados, conforme o Ministério das Comunicações;
  • Os responsáveis pela PPP, por sua vez, garantem não haver risco, alegando que os dutos ficarão a mais de 500 metros dos cabos de internet, com zero chances de acertá-los.

FONTE OLHAR DIGITAL

“A internet vai parar”, diz vice-presidente institucional da Claro

Fábio Andrade é um dos líderes do movimento contrário à construção de uma usina na Praia do Futuro que ameaça a internet no Brasil

A construção de uma usina de dessalinização na Praia do Futuro, em Fortaleza, no Ceará, continua gerando polêmicas. Empresas que atuam no setor de internet alegam que a obra pode derrubar a conexão no Brasil. Um dos líderes do movimento contrário ao projeto, Fábio Andrade, vice-presidente institucional da Claro, é categórico: “A internet do país vai parar”.

Impactos para a conexão de internet

Em entrevista à Folha de São Paulo, Fábio Andrade lembrou que a própria Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já se manifestou e determinou que os dutos da usina fiquem a, no mínimo, 500 metros dos cabos submarinos. Antes, o projeto estabelecia apenas cinco metros.

Com a vibração da água, Andrade afirma que pode haver rompimento dos cabos, derrubando a internet.

Mas segundo ele, o problema vai além. Mesmo que a instalação ocorra a no mínimo 500 metros, a conexão pode ser afetada no futuro. Isso porque o vice-presidente institucional da Claro destaca que o número de cabos deve dobrar em três anos, com o aumento da demanda por internet no país. Nesse sentido, a instalação deveria ser feito em uma distância de, no mínimo, mil metros.

“Quase toda a conexão internacional do país com EUA, Europa e África chega na Praia do Futuro, em Fortaleza (CE). Um reparo leva, no mínimo, 50 dias. Isso afetaria a segurança pública, saúde, hospital, a população.” Fábio Andrade, vice-presidente institucional da Claro

Andrade ainda explica que um novo projeto executivo é aguardado e que os próximos capítulos dessa história serão conhecidos em algumas semanas.

Ele afirma que, caso a construção da usina ocorra no local indicado originalmente, a solução será instalar novos os cabos de internet em outra praia da região. O problema é que isso gerara um enorme custo, além da necessidade de garantir a conexão em terra entre esses dois terminais de cabos.

Relembre a polêmica

  • Na praia do Futuro, existem 17 cabos submarinos de internet;
  • Segundo empresas do setor, a construção da usina no mesmo local pode trazer riscos à conexão no Brasil, pois os cabos trazem 99% dos dados, conforme o Ministério das Comunicações;
  • Os responsáveis pela PPP, por sua vez, garantem não haver risco, alegando que os dutos ficarão a mais de 500 metros dos cabos de internet, com zero chances de acertá-los.

FONTE OLHAR DIGITAL

Prefeito reivindica retorno da conexão férrea Ouro Preto-Mariana: ‘Esperamos que a Vale devolva o trem’

O prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo, reivindicou o retor do trem turístico que liga a cidade à Mariana. Em um evento que anunciou a restauração da estação de Chrockatt de Sá, ele cobrou a Vale pela reforma, que acontece desde 2020. O chefe do executivo da Cidade Patrimônio Mundial afirmou que a linha pode gerar mais empregos e mais turismo para as duas cidades.

Ele enfatizou a importância dessa restauração não apenas para o turismo na região, mas também para melhorar o transporte na área. Além disso, mencionou um projeto que visa reativar um trecho da linha férrea que ligava Cataguases a Campos dos Goytacazes, no estado do Rio de Janeiro.

“Sobre a restauração do trecho Ouro Preto-Mariana, é importante que possamos retomar toda essa linha como um trem turístico, facilitando também o transporte na região. Em 2006, quando eu era prefeito, o então presidente Lula inaugurou o trecho de 17 km entre Ouro Preto e Mariana, que hoje está em processo de reforma pela Vale. Nós esperamos que a Vale devolva logo a nossa conexão Ouro Preto-Mariana, pois o trem turístico é de extrema importância para as duas cidades, que são as duas primeiras cidades e capitais de Minas Gerais”disse o prefeito à Antônio Isidoro.

O prefeito de Ouro Preto também mencionou que existem várias tentativas de reativar trechos ferroviários em Minas Gerais, devido ao seu grande potencial turístico, citando exemplos como São João del-Rei, Tiradentes, Belo Horizonte e Brumadinho.

No entanto, o prefeito observou que, embora haja muitos projetos e intenções de reativação de linhas ferroviárias, a concretização desses planos tem sido desafiadora devido aos recursos financeiros necessários e à multa bilionária que a Vale enfrenta devido à extinção de algumas linhas ferroviárias. Ele também mencionou que o governo de Minas Gerais não conseguiu direcionar esses recursos em benefício do estado.

“Não há nada concreto porque esses são projetos caríssimos que demandam muitos recursos. A Vale está enfrentando uma multa vultosa bilionária nos tribunais federais devido à extinção de algumas linhas ferroviárias. No entanto, o governo de Minas Gerais não conseguiu garantir que esses recursos fossem direcionados em prol das ferrovias em Minas. Existe essa possibilidade, e o deputado João Leite desempenhou um papel importante na Assembleia nesse sentido. Houve audiências públicas em Ouro Preto nas quais participei, discutindo a possibilidade de trazer de volta o trem turístico. No entanto, devido à falta de sensibilização por parte do atual governo de Minas Gerais, não avançamos nesse assunto até o momento.”destacou Angelo.

Angelo destacou que a falta de sensibilização do governo de Minas Gerais e a falta de progresso nesse sentido têm sido obstáculos significativos para avançar com esses planos ferroviários. Para ele, a errovia pode ser uma alternativa para as rodovias, evitando acidentes provenientes do trânsito viário convencional.

A HISTÓRIA DO TREM TURÍSTICO DE OURO PRETO-MARIANA

Prefeito reivindica retorno da conexão férrea Ouro Preto-Mariana "Esperamos que a Vale devolva o trem"
Estação Ferroviária de Mariana em reforma (2022). Foto: Rebeca Oliveira da Silva

A história da estação remonta a 1914, quando foi inaugurada para conectar as cidades de Ouro Preto e Rio de Janeiro. Inicialmente, o trem era uma parte fundamental da economia local, transportando carga e passageiros.

Com o tempo, as mudanças nas preferências de transporte levaram ao declínio das ferrovias, e a estação foi abandonada nas décadas de 1980. Em 2006, a Vale concluiu a restauração de um trecho de 18 km da ferrovia entre Mariana e Ouro Preto, inaugurando novamente a rota de trem turístico. A empresa também introduziu o Programa de Educação Patrimonial Trem da Vale, que tinha como objetivo preservar a memória e a história das cidades por meio de atividades culturais e educacionais.

No entanto, críticos argumentam que o programa foi mais voltado para a promoção da empresa do que para a preservação do patrimônio histórico e cultural. A Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) também se envolveu com o programa, mas sua eficácia na promoção da cultura e da história local foi questionada.

De acordo com uma reportagem publicada pelo Jornal Lamparina, Em 2015, o Programa de Educação Patrimonial Trem da Vale foi encerrado, devido à crise financeira enfrentada pela Vale. Os passeios turísticos de trem foram mantidos, mas a estação ainda não foi totalmente restaurada. A falta de progresso nas obras de restauração tem gerado frustração entre os moradores de Mariana, que sentem falta das atividades culturais e turísticas que a estação oferecia.

Atualmente, as obras de revitalização e restauração da estação estão em andamento, mas não há uma data definitiva para a conclusão. Para os moradores locais, a estação representa mais do que apenas um local histórico – ela é uma parte importante de sua identidade cultural e memória. Portanto, eles esperam que as obras sejam finalizadas em breve, para que possam retomar as atividades culturais e turísticas que tanto valorizam.

OBRA EMBARGADA POR DANOS Á RUA EM PASSAGEM DE MARIANA

Prefeito reivindica retorno da conexão férrea Ouro Preto-Mariana "Esperamos que a Vale devolva o trem"
Transtorno dos moradores da Rua João Batista. Foto: Igor Varejano

No dia 29 de junho, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, por meio da Guarda Ambiental Municipal, emitiu um embargo a uma obra da Vale na malha ferroviária do Trem Turístico próximo de Passagem de Mariana. A população do distrito havia relatado danos na estrutura das vias e impactos ambientais desde o início das intervenções. A empresa contratada pela Vale para a obra, Tecnosonda, não possuía a licença adequada, violando a legislação ambiental em vigor.

O embargo foi mantido após análises envolvendo várias secretarias municipais, devido aos danos e transtornos socioambientais causados pela obra. Os moradores da Rua João Batista, afetados pelos caminhões da obra, enfrentaram problemas como afundamento do asfalto e solicitaram a implementação de medidas mais rigorosas de controle de tráfego e obras abrangentes. A comunidade espera que uma reunião futura entre a Vale, o Poder Executivo e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) leve a melhorias e à responsabilização da Vale pelos problemas causados.

FONTE JORNAL GALILÉ

Prefeito reivindica retorno da conexão férrea Ouro Preto-Mariana: ‘Esperamos que a Vale devolva o trem’

O prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo, reivindicou o retor do trem turístico que liga a cidade à Mariana. Em um evento que anunciou a restauração da estação de Chrockatt de Sá, ele cobrou a Vale pela reforma, que acontece desde 2020. O chefe do executivo da Cidade Patrimônio Mundial afirmou que a linha pode gerar mais empregos e mais turismo para as duas cidades.

Ele enfatizou a importância dessa restauração não apenas para o turismo na região, mas também para melhorar o transporte na área. Além disso, mencionou um projeto que visa reativar um trecho da linha férrea que ligava Cataguases a Campos dos Goytacazes, no estado do Rio de Janeiro.

“Sobre a restauração do trecho Ouro Preto-Mariana, é importante que possamos retomar toda essa linha como um trem turístico, facilitando também o transporte na região. Em 2006, quando eu era prefeito, o então presidente Lula inaugurou o trecho de 17 km entre Ouro Preto e Mariana, que hoje está em processo de reforma pela Vale. Nós esperamos que a Vale devolva logo a nossa conexão Ouro Preto-Mariana, pois o trem turístico é de extrema importância para as duas cidades, que são as duas primeiras cidades e capitais de Minas Gerais”disse o prefeito à Antônio Isidoro.

O prefeito de Ouro Preto também mencionou que existem várias tentativas de reativar trechos ferroviários em Minas Gerais, devido ao seu grande potencial turístico, citando exemplos como São João del-Rei, Tiradentes, Belo Horizonte e Brumadinho.

No entanto, o prefeito observou que, embora haja muitos projetos e intenções de reativação de linhas ferroviárias, a concretização desses planos tem sido desafiadora devido aos recursos financeiros necessários e à multa bilionária que a Vale enfrenta devido à extinção de algumas linhas ferroviárias. Ele também mencionou que o governo de Minas Gerais não conseguiu direcionar esses recursos em benefício do estado.

“Não há nada concreto porque esses são projetos caríssimos que demandam muitos recursos. A Vale está enfrentando uma multa vultosa bilionária nos tribunais federais devido à extinção de algumas linhas ferroviárias. No entanto, o governo de Minas Gerais não conseguiu garantir que esses recursos fossem direcionados em prol das ferrovias em Minas. Existe essa possibilidade, e o deputado João Leite desempenhou um papel importante na Assembleia nesse sentido. Houve audiências públicas em Ouro Preto nas quais participei, discutindo a possibilidade de trazer de volta o trem turístico. No entanto, devido à falta de sensibilização por parte do atual governo de Minas Gerais, não avançamos nesse assunto até o momento.”destacou Angelo.

Angelo destacou que a falta de sensibilização do governo de Minas Gerais e a falta de progresso nesse sentido têm sido obstáculos significativos para avançar com esses planos ferroviários. Para ele, a errovia pode ser uma alternativa para as rodovias, evitando acidentes provenientes do trânsito viário convencional.

A HISTÓRIA DO TREM TURÍSTICO DE OURO PRETO-MARIANA

Prefeito reivindica retorno da conexão férrea Ouro Preto-Mariana "Esperamos que a Vale devolva o trem"
Estação Ferroviária de Mariana em reforma (2022). Foto: Rebeca Oliveira da Silva

A história da estação remonta a 1914, quando foi inaugurada para conectar as cidades de Ouro Preto e Rio de Janeiro. Inicialmente, o trem era uma parte fundamental da economia local, transportando carga e passageiros.

Com o tempo, as mudanças nas preferências de transporte levaram ao declínio das ferrovias, e a estação foi abandonada nas décadas de 1980. Em 2006, a Vale concluiu a restauração de um trecho de 18 km da ferrovia entre Mariana e Ouro Preto, inaugurando novamente a rota de trem turístico. A empresa também introduziu o Programa de Educação Patrimonial Trem da Vale, que tinha como objetivo preservar a memória e a história das cidades por meio de atividades culturais e educacionais.

No entanto, críticos argumentam que o programa foi mais voltado para a promoção da empresa do que para a preservação do patrimônio histórico e cultural. A Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) também se envolveu com o programa, mas sua eficácia na promoção da cultura e da história local foi questionada.

De acordo com uma reportagem publicada pelo Jornal Lamparina, Em 2015, o Programa de Educação Patrimonial Trem da Vale foi encerrado, devido à crise financeira enfrentada pela Vale. Os passeios turísticos de trem foram mantidos, mas a estação ainda não foi totalmente restaurada. A falta de progresso nas obras de restauração tem gerado frustração entre os moradores de Mariana, que sentem falta das atividades culturais e turísticas que a estação oferecia.

Atualmente, as obras de revitalização e restauração da estação estão em andamento, mas não há uma data definitiva para a conclusão. Para os moradores locais, a estação representa mais do que apenas um local histórico – ela é uma parte importante de sua identidade cultural e memória. Portanto, eles esperam que as obras sejam finalizadas em breve, para que possam retomar as atividades culturais e turísticas que tanto valorizam.

OBRA EMBARGADA POR DANOS Á RUA EM PASSAGEM DE MARIANA

Prefeito reivindica retorno da conexão férrea Ouro Preto-Mariana "Esperamos que a Vale devolva o trem"
Transtorno dos moradores da Rua João Batista. Foto: Igor Varejano

No dia 29 de junho, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, por meio da Guarda Ambiental Municipal, emitiu um embargo a uma obra da Vale na malha ferroviária do Trem Turístico próximo de Passagem de Mariana. A população do distrito havia relatado danos na estrutura das vias e impactos ambientais desde o início das intervenções. A empresa contratada pela Vale para a obra, Tecnosonda, não possuía a licença adequada, violando a legislação ambiental em vigor.

O embargo foi mantido após análises envolvendo várias secretarias municipais, devido aos danos e transtornos socioambientais causados pela obra. Os moradores da Rua João Batista, afetados pelos caminhões da obra, enfrentaram problemas como afundamento do asfalto e solicitaram a implementação de medidas mais rigorosas de controle de tráfego e obras abrangentes. A comunidade espera que uma reunião futura entre a Vale, o Poder Executivo e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) leve a melhorias e à responsabilização da Vale pelos problemas causados.

FONTE JORNAL GALILÉ

Mutirão Cultural: prepare-se para uma experiência cultural inesquecível que transcende limites e conecta corações

↗️ O Mutirão Cultural de Entre Rios de Minas (MG) está chegando para incendiar a criatividade, inspirar mentes e unir apaixonados pela arte. Junte-se a nós nessa jornada de descobertas e celebre mais um florescer desse evento que promete transformar o seu mundo.

?Esteja pronto para se encantar, se emocionar e FLORESCER. Confira a programação.

E se minha cidade natal fosse inglesa?

Ou: uma imprevisível conexão entre duas pequenas cidades de Minas Gerais e do Reino Unido

As vezes não resisto a estabelecer alguns paralelos, por mais absurdos que sejam. Trago aqui algumas comparações entre o estado em que nasci, Minas Gerais, e a Inglaterra. A premissa parece meio desbaratinada se apresentada assim, mas espero que aos poucos ela vá fazendo algum sentido.

Em termos estéticos, essa comparação não é lá tão descabida. Caetano Veloso já falou sobre isso, se não me engano na época dos textos da sua “obra em progresso”: ele identificou no canto de Thom Yorke e nos climas das músicas do Radiohead algo semelhante ao Clube da Esquina. Vocais agudos, que parecem querer ultrapassar as montanhas de sua topografia, tristezas dos acordes de sétima aumentada, experimentalismo… Enfim, se fossemos analisar aqui esse único paralelo (a música britânica e a mineira), teríamos que escrever todo um outro artigo (talvez um livro), então me perdoem por falar disso assim, de maneira tão breve e rasa. Mas essa citação serve aqui para que eu explore um outro tópico dessa comparação.

Mapa de Minas Gerais. Fonte: Flickr.

Parece estranho comparar um estado brasileiro com um país — e, por sinal, um dos maiores países europeus em termos de PIB, de tradições culturais, de influência, etc. Mas os números mostram que a comparação é possível em algum nível. O território inteiro da Inglaterra é de 130.279km², enquanto que o de Minas Gerais é 586.52⁸², ou seja, cabem umas 3 ou 4 inglaterras no território mineiro. No aspecto demográfico, a disparidade favorece os ingleses: a população deles é de 55,98 milhões (dados de 2018), enquanto que a mineira é de 20,87 milhões (menos da metade, porém os dados de Minas são de 2015).

Nesse exercício de comparação, se não formos tão rigorosos, conseguimos traçar paralelos bem concretos: a Abadia de Westminster seria a nossa Praça da Liberdade? O Rio Tâmisa seria a nossa Lagoa da Pampulha? O Palácio de Buckingham seria a nossa Cidade Administrativa (ok, fui bem irônico nessa aqui).

Rio Tâmisa, Londres. Fonte: Flickr.

Como eu disse antes, cada um desses paralelos, com toda a sua carga de absurdidade e de aparente “forçação” de barra, mereceriam todo um estudo mais aprofundado, com potencial de se explorar questões sociais, culturais, políticas, geográficas, etc. Deixo isso aqui como provocação, mas também para preparar o paralelo que eu realmente quero analisar nesse texto: falar da minha cidade natal, Congonhas, e de sua correlata inglesa (vou adiar a informação para manter um certo ar de mistério).

Congonhas fica localizada a 75km da capital de Minas, Belo Horizonte, tem uma população de 55.836 habitantes, e é conhecida por ter o maior acervo barroco a céu aberto do mundo. Sua principal igreja é o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, com seu imponente adro composto pelos doze profetas esculpidos em pedra-sabão por Aleijadinho e seus assistentes.

Basílica do Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG. Fonte: Flickr.

O Santuário (declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO) foi inspirado em outras igrejas portuguesas, como o Santuário do Bom Jesus do Monte, em Braga, e o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, em Lamego. É o principal centro devocional da devoção ao Senhor Bom Jesus, e um dos maiores centros devocionais brasileiros. Recebe milhares de peregrinos anualmente, sejam nos dias correntes do ano, feriados, ou, principalmente, na época do Jubileu (entre 08 e 14 de setembro).

Canterbury, Inglaterra. Fonte: Flickr.

Pois bem, descobri uma cidade correlata na Inglaterra. E ela é Canterbury. Vejam só os paralelos em relação aos aspectos que descrevi acima sobre Congonhas: Canterbury fica localizada a 87km da capital inglesa, Londres. Tem uma população de 55.240 habitantes, e, devido a grande quantidade de catedrais históricas, é considerada como uma “cidade catedral” (todas tombadas pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade). A principal delas é a Catedral de Canterbury, onde está situado o túmulo de Saint Thomas Becket. A importância dessa Catedral é enorme do ponto de vista devocional, e, há séculos, a circulação de peregrinos para a cidade chega a ultrapassar numericamente cidades ainda mais antigas que Canterbury no quesito de peregrinações devocionais, como Frideswide, Cuthbert ou Wulfstan.

Catedral de Canterbury, Inglaterra. Fonte: Flickr.

Cabe aqui ainda uma curiosidade: Uma das mais importantes obras literárias medievais é baseada nesse circuito de peregrinação: Contos da Cantuária (Canterbury Tales)livro escrito por Geoffrey Chaucer entre 1387 e 1400. O enredo desse livro apresenta um grupo de peregrinos que saem da pousada Tabbard Inn (localizada em Southwark, distrito de Londres que fica ao sul do Rio Tâmisa) rumo à Catedral de Canterbury. A obra de Chaucer reúne vários contos escritos em verso e em prosa narrados por cada um desses peregrinos.

(e qual seria a versão brasileira dos Contos da Cantuária? Sugiro O Grande Mentecaptode Fernando Sabino, que é composto de capítulos meio interdependentes, e, em um deles, temos uma peregrinação à Congonhas).

O fato é que, entre Congonhas e Canterbury, a quantidade de coincidências é considerável: distância similar da capital, população similar, papel histórico de centro devocional e peregrinação, etc. Mas talvez os paralelos se encerrem aí, e vem a parte triste da história — para nós, brasileiros, no caso.

Canterbury. Fonte: Pexels.

Enquanto a economia de Canterbury é baseada no turismo (sendo uma das cidades mais visitadas de todo o Reino Unido), Congonhas passou muitos anos sendo ignorada dos roteiros turísticos das cidades históricas mineiras (apesar de seu impressionante acervo barroco). Sua economia até hoje ainda é fortemente baseada na extração mineral e na indústria metalúrgica.

Nos últimos anos, houve algum investimento para impulsionar o turismo em Congonhas, e o ponto alto desse esforço foi claramente a construção do Museu de Congonhas, em 15 de dezembro de 2015. Na época, a então presidenta do Brasil Dilma Rousseff e o então Ministro da Cultura Juca Ferreira, além do presidente da UNESCO Lucien Muñoz, estiveram pessoalmente na cidade para inaugurar essa importante obra. Apesar disso, o fluxo de turistas na cidade ainda é inferior ao de cidades mineiras como Ouro Preto ou Tiradentes.

Ainda no tópico do turismo, o acesso à Canterbury apresenta várias opções interessantes, como os trens (a cidade tem duas estações ferroviárias, uma sendo uma delas a primeira ferrovia regular de passageiros do mundo), e acesso por três diferentes rodovias. Caso se escolha ir de carro, o turista pode, no meio da estrada, fazer paradas para visitar o Leeds Castle, ou as falésias brancas de Dover, e ainda a simpática cidadezinha de Rye.

Já Congonhas aposentou a sua ferrovia (bem, mais ou menos. Ela ainda existe, mas é exclusiva das mineradoras. Pelo menos a antiga estação de Congonhas foi convertida em um espaço cultural). A cidade dos profetas só tem um acesso por rodovia, através da BR-040 (que liga Brasília ao Rio de Janeiro). O trecho mais perigoso da rodovia se situa justamente nos arredores de Congonhas, e a falta de um canteiro central, aliado ao elevado número de caminhões, gera constantes acidentes graves no local. Mas nem tudo são problemas. Nesse trecho da estrada, um destino turístico em especial atrai os viajantes que trafegam pelo circuito das cidades históricas mineiras: o Instituto Inhotim, localizado na cidade de Brumadinho, considerado o maior museu a céu aberto do mundo, com um impressionante acervo de arte contemporânea.

A grande questão é que a atividade mineradora, que tanto eclipsa o acervo histórico, impacta também todo esse potencial turístico. A mesma cidade de Brumadinho onde fica Inhotim é mais lembrada por um fato lamentável: o rompimento de uma barragem de minério ocorrido em janeiro de 2019, que é considerado o maior acidente de trabalho no Brasil em perdas humanas e o segundo maior desastre ambiental do século (perdendo apenas para o rompimento de barragem em Mariana, ocorrido a apenas 86 km de distância um do outro).

Rompimento de barragem em Mariana, Minas Gerais. Fonte: Wikimedia Commons.

Nesse sentido, vale mencionar que Congonhas tem uma barragem classificada como sendo de alto risco — a barragem Casa de Pedra, localizada no alto da cidade. Seu tamanho monumental (é a maior localizada em território urbano na América Latina) e sua localização faz com que a quantidade de pessoas e de áreas atingidas em caso de rompimento teria um impacto catastrófico, com implicações possivelmente maiores que as já lamentáveis tragédias de Mariana e Brumadinho.

E no aspecto educacional? A cidade de Canterbury apresenta alto fluxo de estudantes (31 mil, a maior proporção de estudantes/residentes em todo o Reino Unido), por conta da presença da Universidade de Kent, além das Canterbury Christ Church University, University of Creative Arts e a Girne American University Canterbury Campus. Além disso, a Kings School (a mais antiga do Reino Unido) é uma das dez melhores escolas públicas do Reino Unido. Já Congonhas não sedia nenhum campus universitário federal ou estadual. O consolo é saber que a cidade tem um campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, que conta com duas licenciaturas, dois bacharelados e uma pós graduação lato sensu.

Kings School, Canterbury, Inglaterra. Fonte: Wikimedia Commons.

Quis propositalmente interromper aqui o fluxo de comparações depreciativas em relação à Congonhas, porque trata-se de uma cidade pela qual tenho muito afeto. Seria muito injusto situar a cidade inglesa como impecável e Congonhas como um lugar sem nenhum aspecto digno de nota. Canterbury, por exemplo, apesar de lançar nos anos 1970 um dos movimentos mais interessantes da música nas últimas décadas, chamado de “Canterbury Scene”; deixou esse legado meio de lado, ao ponto de muitos dos artistas associados a essa cena (como Hugh Hopper ou Richard Sinclair) reclamarem bastante da falta de lugares adequados na cidade para apresentações musicais.

Banda Wilde Flowers (1964–1967), cujos ex-integrantes formariam as principais bandas da Canterbury Scene, como Soft Machine e Caravan. Fonte: Wikimedia Commons.

Meu objetivo com essa comparação de dados é tentar esclarecer a diferença entre um país que consolidou sua economia na mera exportação de matéria prima (Brasil), e um país que entendeu que não é salutar essa história de ancorar a produção econômica de toda uma nação em cima de uma única (e predatória) atividade. Para além da necessidade de diversificação de meios econômicos, o exemplo de Canterbury mostra também o compromisso da Inglaterra com suas tradições, seu patrimônio, não apenas no sentido de preservação estanque, mas de transformar esse acervo em circulação financeira, através do turismo (com seus inúmeros cafés, museus, espaços culturais, etc.), dos centros de ensino de excelência, e muito mais.

Congonhas tem um potencial turístico completamente desperdiçado, além de sítios arqueológicos abandonados, espaços culturais precários e completamente apartados da tradição cultural da cidade, e isso sem contar o desperdício também no potencial de se tornar uma cidade estudantil: ao comparar com cidades próximas como Ouro Preto ou São João del Rei, boa parte da circulação econômica nesses lugares se ampara no alto fluxo de seus estudantes residentes.

Congonhas, Minas Gerais. Fonte: Wikimedia Commons.

O exemplo de Canterbury mostra o que Congonhas poderia se tornar — e, em certa medida, esse exercício de comparação mostra bem o que o Brasil como um todo poderia ser — caso tivéssemos representantes políticos que não usassem de seus cargos para autorizar atividades econômicas desvencilhadas de qualquer compromisso ético com as populações de seus respectivos países.

FONTE RAFAEL SENRA

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