Laudos que atestam segurança na Barragem Casa de Pedra só serão conferidos após chuvas

Três meses e meio depois de o Estado de Minas revelar a preocupação de moradores de Congonhas e autoridades com a estabilidade da Barragem Casa de Pedra, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), no município histórico da Região Central de Minas Gerais, muito pouco foi feito para garantir a tranquilidade da comunidade – especialmente de quem mora a poucas centenas de metros do maciço que se ergue a cerca de 80 metros e contém quase 10 milhões de metros cúbicos de rejeito de minério. E a situação pouco deve avançar antes do fim da temporada de chuvas, considerada de maior apreensão com esse tipo de estrutura.

Os laudos e as documentações da empresa que atestaram à população e à administração pública municipal a segurança da represa de rejeitos ainda não foram avaliados e validados tecnicamente, o que só deve ocorrer no mês de março, fim da estação chuvosa. Até ontem, a providência de maior repercussão ligada ao caso foi a transferência do oficial bombeiro que admitiu estar apreensivo com a estabilidade da estrutura.

Barragem Casa da Pedra / Reprodução

De acordo com o promotor que celebrou o termo de ajustamento de conduta (TAC) com a mineradora CSN, Vinícius Alcântara Galvão, o laudo emitido em dezembro último sobre a segurança da estrutura foi um atestado preliminar, baseado essencialmente nas informações fornecidas pela empresa. A conferência desses dados está em curso e deve ser entregue somente no próximo mês, afirmou.

Enquanto isso, o Plano de Ação de Emergência (PAE) de barragens, que contempla as providências para que moradores sejam salvos em caso de rompimento, está longe de tranquilizar a comunidade dos bairros ameaçados, uma população de cerca de 4.800 pessoas. O plano contou com um exercício simulado, há três meses, em 26 de novembro do ano passado. A iniciativa foi considerada insuficiente e frustrada por lideranças comunitárias, reduzido a um teste de sirenes que não deu certo – o volume do alerta foi classificado como muito baixo.

REMOÇÃO 

Um próximo teste é aguardado, mas nem sequer tem data definida. De ação concreta, por enquanto, figura apenas a transferência do capitão Ronaldo Rosa Lima, do Corpo de Bombeiros, que declarou ao Estado de Minas, em 10 de novembro, sua preocupação com a segurança da barragem. A declaração quebrou o silêncio institucional de uma força-tarefa montada pelo estado para tratar da situação crítica, em paralelo à CSN, visando a evitar  tragédias como a da mineradora Samarco, em Mariana, ocorrida em novembro de 2015. A corporação não confirma, mas fontes que acompanham o caso dão conta de que a motivação para o oficial ter sido transferido para Poços de Caldas, no Sul de Minas, foi o seu posicionamento em relação à situação da represa de rejeitos.

“A sociedade precisava de uma resposta, de uma tranquilidade devido à situação preocupante em que a estrutura da barragem se encontrava, com percolações (infiltrações) no Dique de Sela (parte do barramento). Por isso, pedi uma análise preliminar, para ter essa segurança”, afirma o promotor Vinícius Alcântara, salientando que os documentos apresentados pela CSN, relativos ao TAC firmado entre as duas partes, têm mais de 2 mil páginas.

De acordo com o representante do Ministério Público, até março o laudo definitivo estará pronto e poderá, conclusivamente, esclarecer pontos críticos. Entre eles, por exemplo, se o fator de segurança da ombreira esquerda do Dique de Sela está com o mínimo de segurança de 1,5, como apontado pelo laudo preliminar, ou se realmente atingiu 1,87 (acima do limite de segurança), sustentado pela CSN.

No que diz respeito à efetividade do Plano de Ação de Emergência destinado a proteger a comunidade, o promotor Vinícius Alcântara afirma ser necessário avaliar primeiramente os laudos que serão concluídos sobre a estabilidade da barragem. “Preciso ter argumentos técnicos para me fundamentar sobre os aspectos de segurança da barragem, o alteamento da estrutura e o plano de segurança”, disse o representante do MP.

FRAGILIDADE 

Várias críticas têm sido tecidas por moradores sobre o plano. Uma delas tem relação com os Pontos de Encontro, locais que moradores que estiverem tentando escapar de eventual rompimento devem procurar para tentar se salvar. Vários desses locais foram criticados por lideranças da comunidade. Um deles, no Bairro Lucas Monteiro, projetado para cerca de 2 mil pessoas, não passa de um lote vago cheio de lixo e entulho, como pedaços de telhas quebradas, vidro, latas enferrujadas, restos podres de alimento, vergalhões pontiagudos, restos de eletrodomésticos e mato alto. “Isso daqui é um descaso com a comunidade. Imagine trazer centenas de pessoas desesperadas para esse lugar, com crianças, idosos, pessoas com deficiência. No mínimo, uma falta de decência”, considera o líder comunitário Rodrigo Ferreira da Silva.

Diretor da União das Associações Comunitárias de Congonhas (Unaccon), Sandoval de Souza considera que as medidas já adotadas foram insuficientes e que falta diálogo para esclarecer os procedimentos de segurança. “Na próxima quinta-feira (dia 1º) teremos uma reunião com os órgãos de Defesa Civil. Mas, até agora, temos a definição de locais não funcionais para receber os refugiados em caso de uma tragédia”, disse. Várias das placas que encaminham aos chamados locais de autossalvamento acabam sendo confusas e levando a pontos baixos, próximos ao Rio Maranhão, um dos caminhos naturais que a onda de rejeitos tende a seguir em caso de desastre, de acordo com Souza.

De acordo com a CSN – e ao contrário do que havia sido informado pela empresa em novembro –, as noções de evacuação são de obrigação da Defesa Civil. A mineradora afirma também que todos os locais de encontro estão definidos e demarcados, dentro dos prazos, como foi definido pelo TAC firmado com o MP e pela legislação vigente. A companhia informa que testes adicionais foram feitos e comprovaram o funcionamento a contento das sirenes que falharam no primeiro exercício.

Parceria Prefeitura, CSN e FIEMG apresenta primeiros resultados na qualificação profissional

A Prefeitura de Congonhas, por intermédio da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (SDS) e sua Diretoria de Trabalho e Renda, a Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) e a CSN acabam de formar 40 alunos, divididos em duas turmas, no curso profissionalizante gratuito de Montador de Drywall (gesseiro). As aulas foram ministradas pela Escola Móvel SESI/SENAI. Foram 80 horas de aprendizagem que contribuirão para inserir jovens e adultos no mercado de trabalho.  Os alunos que chegaram primeiro e se inscreveram tiveram o aproveitamento esperado e saíram satisfeitos.

Há diversas modalidades de construção e o gesso vem substituindo a alvenaria tradicional. Ele é muito usado na separação dos ambientes e no acabamento. Uma de suas vantagens é o tempo menor de execução da obra, em comparação com o gasto utilizando-se a alvenaria. São diversas oportunidades geradas a partir de um curso como este, ministrado pelo SESI/SENAI.

Os primeiros resultados positivos deste curso foram notados já no ato da inscrição. Cada aluno que tivesse de pagar pelas 80 horas/aula teria de desembolsar, no mínimo, R$ 1.600,00, o que não foi preciso graças a essa parceria estabelecida entre Prefeitura, FIEMG e CSN. O aproveitamento dos trabalhadores, de agora em diante, vai depender do interesse de cada um. Para o diretor de Trabalho e Renda da Prefeitura, Edson Raimundo da Silva, “se essas duas primeiras turmas se empenharem e aprimorarem as técnicas aprendidas, poderão fazer sucesso no mercado de trabalho. Já que esta técnica, que é muito aplicada nos Estados Unidos, está ganhando o mercado da construção civil também no Brasil”.

Durante os 20 dias de aulas na Romaria, os alunos tiveram acesso à iniciação da aprendizagem e aperfeiçoamento da instalação de drywall, fazendo paredes, rebaixamento com sanca, pintura, textura, um serviço completo. Da aula prática resultou um cômodo com algumas divisórias para demonstrar as ligações das paredes, o rebaixamento, o uso das ferramentas e a necessidade de se cuidar da segurança. Segundo o instrutor de formação profissional, Júlio César da Cunha, “os alunos de Congonhas se mostraram interessados pelo curso, que é caro. Para viabilizá-lo, houve um trabalho muito intenso da Prefeitura e da CSN para trazê-lo para cá”.

Eliane Pureza Augusta Silva, do Alvorada, trabalha em uma padaria do Centro da cidade, mas como ficou sabendo do curso no CRAS Alvorada, resolveu se inscrever para ter mais de uma carta na manga. “Eu nem sabia do que se tratava. Achei o curso ótimo, porque dá oportunidade para a gente aprender um novo caminho profissional. Já vi muitas casas com o teto rebaixado com gesso. Fazer o curso em Congonhas e de graça nos ajudou muito. Topo fazer outros que aparecerem”, garante.

Lorena Letícia Gomes Guedes, de 17 anos, moradora da Vila São Vicente, ficou sabendo da oportunidade diretamente pela Diretoria de Trabalho e Renda. “Achei que eu tinha um pouco de jeito para atuar com o drywall. Pretendo investir nesta profissão, se o mercado me propiciar isto. Esta é uma ótima oportunidade de aprendermos e, como a Prefeitura, o SENAI e a CSN trouxeram de graça pra gente, foi muito melhor”, comemora.

Aderbal Pereira dos Anjos é autônomo e ministro religioso. Segundo ele, esta é uma experiência nova e uma oportunidade de trabalho para um futuro bem próximo, porque “atualmente o trabalho com gesso, para construção e decoração é muito pedido no mercado. Entendemos bem como funciona o processo, o professor é muito dedicado, ensina a gente muito bem e agora é colocar em prática o aprendizado”.

O secretário municipal de Desenvolvimento Sustentável, Christian Souza Costa, explicar que a iniciativa de oferecer cursos como este, no ramo de atividade em que muitas pessoas já atuam e que outras querem se inserir, acaba diversificando a demanda de mão de obra não ligada à indústria de mineração: “O País está começando a sair da crise, a própria mineração não recuperou o fôlego completo de suas atividades, então não há tantas vagas disponibilizadas na indústria da mineração. Então é preciso que haja uma massa de trabalhadores que se diversifique para alcançar outras oportunidades de trabalho neste período. O fundamental é proporcionar a esses trabalhadores uma nova qualificação para que possam se tornar empreendedores. A pessoa não precisa estar registrada formalmente em uma empresa. Ela mesma pode fornecer este serviço à comunidade, ganhando assim um novo horizonte para buscar sua renda mensal”.

Christian afirma ainda que a CSN tem se mostrado parceira do Município. Como a CSN faz parte do Sistema FIEMG, a qual estão ligados o SESI e o SENAI, ela foi importante para a retomada deste curso em Congonhas. “A CSN Está entendendo a responsabilidade social que possui junto à comunidade e mostra o interesse em ajudar a população de Congonhas em um momento em que ela não consegue, através de seu ramo produtivo, oferecer emprego para todo mundo. Com esta ação, a empresa ajuda a Prefeitura a encontrar outras alternativas para estes trabalhadores”, contextualiza.

Também presente na última aula prática do curso de Drywall, a Relações Institucionais da CSN, Camila Fernandes ratificou as palavras do secretário ao dizer que, “para a CSN é importante, não só acreditar no potencial da cidade e de seus moradores, mas perceber que é preciso diversificar. Não é possível ter tudo concentrado na mineração. É necessário desenvolver ao máximo novas habilidades e oportunidades para quem está ou quer entrar no mercado de trabalho. E este é o momento de se capacitar. Quando a economia está ruim e, como consequência, a taxa de desemprego alta, as pessoas tendem a se desanimarem, mas este é o momento em que elas devem se preparar, porque a economia é cíclica e já já vem o tempo da bonanza. Aí vai se aproveitar aquele que estiver pronto para isso. A CSN tem diversas outras parcerias com o SESI/SENAI e já realizou ainda este ano cursos lá na área dela. É bom ver que estamos estendendo isso para a comunidade, potencializando esta iniciativa”, completou Camila, que se disse maravilhada ao ver o resultado da habilidade dos alunos, desenvolvidas a ponto de construírem um modelo de edificação em gesso.

Mais qualificação

A Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, por meio da Diretoria de Trabalho e Renda, trabalha para viabilizar a contratação de novos cursos para o início de 2018. “Esta é uma solicitação do prefeito Zelinho, que está sempre muito interessado que consigamos ajudar essas pessoas que precisam de nova qualificação, para conseguirem entrar ou retornar no mercado de trabalho”, adianta Christian. O diretor de Trabalho e Renda, Edson Raimundo Silva complementa: “Esta jornada de cursos está só começando. Fizemos uma pesquisa com jovens que buscam o primeiro emprego e com quem quer retornar ao mercado de trabalho. Então no primeiro semestre de 2018 deveremos disponibilizar cursos de cuidador infantil, de pedreiro de acabamento e de alvenaria, entre outros”.

 

Luta das cidades mineradoras tem final feliz: Temer sanciona a MP que eleva valor da Cfem

Presidente Temer sanciona medida provisória que aumenta Cfem/Divulgação

O presidente Michel Temer sancionou, no início da noite dessa segunda-feira, 18, a MP 789 que eleva o valor alíquota da Cfem, que é o royalty do minério, de 2% sobre a produção bruta de minério de ferro para 3.5% da produção bruta. A medida havia sido aprovada na Câmara dos Deputados nos primeiros minutos da histórica quarta-feira, 22, e no Senado  na noite do mesmo dia.

“Nosso muito obrigado principalmente ao deputado federal e relator da medida provisória na Câmara, Marcus Pestana, pelos esforços empreendidos para que esta conquista se tornasse possível; ao deputado federal mineiro e 1º vice-presidente da Câmara dos Deputados, Fábio Ramalho, que presidiu a sessão história que aprovou a MP naquela casa; a toda bancada federal mineira e do Pará, que deram corpo a esta batalhar que agora faz justiça às cidade mineradoras. Valeu a pena a luta dos prefeitos associados à Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais (AMIG), como o atual presidente Vitor Penido, durante mais de 10 anos”, diz o prefeito Zelinho e presidente da entidade entre 2015 e 2016 e um dos líderes do movimento vitorioso.

Congonhas recebe em média, por mês, R$ 3,5 milhões da Cfem. O valor arrecadado por Congonhas com esta compensação aumentará em torno de 80%. Em meio a uma grande crise financeira que vive o País, haverá mais tranquilidade para cuidarmos bem da saúde, educação, assistência social, da infraestrutura urbana, enfim, dos serviços prestados pelo Município.

Notificada por órgãos ambientais, siderúrgica da CSN deve paralisar atividades

Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) tem até o próximo dia 10 para paralisar suas atividades na Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda, RJ. Segundo a Secretaria Estadual do Ambiente, a companhia foi notificada na sexta-feira (1º) de maneira conjunta por representantes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a Comissão Estadual de Controle Ambiental (Ceca).

De acordo com o documento, a CSN não cumpriu todas as exigências previstas em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em abril do ano passado. O documento estabelecia uma série de medidas para reduzir a emissão de poluentes na cidade.

CSN vai recorrer da decisão em torno da emissão de poluentes

A autorização de funcionamento da usina termina no dia 10 de dezembro e de acordo com a notificação, por não colocar em prática ações previstas no TAC, a unidade não terá nenhum documento vigente que autorize o seu funcionamento.

Em fevereiro do ano passado, a empresa tinha sido multada em R$ 13 milhões por não cumprir o que estava previsto no acordo.A assessoria de imprensa da CSN informou que recorrerá na próxima segunda-feira (4) e espera anular a decisão.

CSN entrega laudo que atesta estabilidade da barragem Casa de Pedra ao Ministério Público

A CSN Mineração, protocolou hoje (30/11) no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o laudo atualizado com o diagnóstico atestando a segurança da barragem Casa de Pedra. O documento é assinado por uma empresa externa, a Dam Engenharia, e garante a condição de estabilidade de toda a estrutura da barragem, além de informar sobre a obra no dique de sela, respondendo todos os questionamentos feitos pelo órgão. O documento também será protocolado no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM), Ministério Público Federal (MPF) e Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

 A empresa destaca que a obra no dique de sela está em fase final de implantação. Com isso os fatores de segurança subiram para 1.6 e 1.8, em cada lado das ombreiras do dique de sela. Portanto, acima dos níveis exigidos pela legislação dos órgãos responsáveis, como o DNPM. A partir de agora serão feitas as atividades de revegetação do local.

A Companhia reafirma o compromisso com a segurança de seus empreendimentos, com o cumprimento da legislação vigente e com a tranquilidade de seus vizinhos e colaboradores. Nos colocamos à disposição para quaisquer esclarecimentos que forem necessários sobre nossos projetos.

A CSN Mineração enfatiza que o diálogo que tem acontecido entre empresa, órgãos e comunidade tem sido fundamental para pensarmos juntos as ações que garantam um Plano de Emergência cada vez mais eficaz. Prova disso, é o seminário que será realizado com as partes envolvidas para que todos apresentem, durante as oficinas, propostas que contribuam com soluções para a melhoria do Plano de Emergência da Barragem Casa de Pedra.

Por fim, lembramos que as ações iniciadas com os moradores dos bairros próximos à barragem, no último de 26 de novembro, continuam. As datas dos próximos simulados e do seminário serão divulgadas em breve.

Plenária popular será realizada hoje para discutir sobre a barragem da CSN

O Sindicado Metabase Inconfidentes convida todos a participarem da Plenária popular pela vida de Congonhas, que acontecerá no próximo dia 28/11, às 18h, no Salão Paroquial Nossa Senhora da Conceição (em frente à Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição).

A plenária é chamada para discutir o tema da Barragem da CSN e está sendo organizada pela Paróquia Nossa Senhora da Conceição, pelo Sindicato Metabase Inconfidentes, pelo NASCON (Núcleo de Assistentes Sociais de Congonhas e região), pelo SINDICON, pelo SINASEFE IFMG e por Partidos Políticos comprometidos com a causa.

Fonte: Indicador Congonhas

CSN testa sirenes, mas siderúrgica fará adequações para aperfeiçoar plano de contingência

A CSN Mineração e a Defesa Civil realizaram neste domingo (26/11) o primeiro simulado de emergência da Barragem Casa de Pedra, com acionamento de sirenes. Participaram da ação o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Defesa Civil Estadual, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Ministério do Trabalho, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Secretaria de Trânsito, líder comunitário do bairro Residencial, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) e o Núcleo de Emergência Ambiental (NEA).

Todas as atividades planejadas foram executadas. Ou seja, acionamento de sirenes, medição de deslocamento entre a área de impacto e o ponto de encontro mais próximo e verificação da sinalização com placas indicando as rotas de fuga.

No total, são oito pontos de encontro localizados nos seguintes endereços: lote vago no Bairro Lucas Monteiro (Rua Raimundo Mota); Praça do Bairro Dom Oscar; em frente à Escola Pingo de Gente; Romaria; em frente a portaria do Clube Recanto da Serra (Rua Wili de Morais, Nr 241); lote vago no Bairro Eldorado, (Rua 9, próximo da esquina Rua 8); em frente a portaria do Clube Astra (Rua Chacrinha) e terreno ao lado da sirene de emergência (Bairro Antigo Plataforma).

O teste de hoje foi muito importante, pois foi possível identificar os pontos de aperfeiçoamento. Por se tratar de um plano dinâmico, a empresa fará adequações constantemente. Durante a execução do exercício, 50 colaboradores da CSN, que foram capacitados para participar desse momento, estavam nas ruas analisando alguns itens como o volume das sirenes e colhendo a opinião de moradores.

 O próximo passo será a avaliação desses dados e de outras variáveis – como o trânsito e ruídos que influenciaram no alcance da mensagem. Isso será feito pelo grupo técnico composto por representantes da Companhia, Defesa Civil, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Secretaria de Gestão Urbana, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e liderança comunitária. A reunião está marcada para terça-feira (28/11).

 A empresa destaca que a participação da comunidade foi fundamental para o sucesso da ação. O retorno dos moradores durante a atividade nos ajudará a deixar o plano de emergência ainda mais eficiente. Lembramos ainda que no posto de comando estava organizada a estrutura composta por médicos, enfermeiros, bombeiros e ambulâncias para prestar atendimento médico de emergência. Tudo ocorreu de forma tranquila e ordenada, sem incidentes.

 Sobre os próximos simulados

A CSN Mineração reforça que, assim como no exercício de hoje, as datas dos próximos simulados serão previamente divulgadas para os moradores, por meio de folhetos, carros de som e nas estações de rádios locais.

Defesa Civil e CSN promovem testes com moradores perto da barragem

A CSN Mineração e a Defesa Civil Municipal, continuando as ações programadas previstas no Plano de Emergência da Barragem Casa de Pedra, colocarão em prática neste domingo (26 de novembro) o simulado com o acionamento das sirenes, verificação do tempo de resposta usando as sinalizações de rotas de fuga estabelecidas e demais fatores que influenciam na boa performance do plano.

É importante destacar que neste primeiro momento, os bairros envolvidos no simulado serão o Residencial e o Cristo Rei. Após o simulado, a empresa se reunirá com a Defesa Civil e demais envolvidos para verificar eventuais ajustes nas ações executadas para aprimorar o planejamento que será usado com a participação da população em data a ser definida.

No âmbito de preparar a estrutura para os treinamentos que acontecerão a partir deste mês, a CSN finalizou no dia 8 de novembro, junto com a Defesa Civil, o recadastramento dos moradores, incluindo pessoas com dificuldades motoras, idosos e gestantes. Além disso, durante a atividade, as pessoas contempladas no processo já foram treinadas sobre noções básicas de abandono de área.

A CSN reforça que o Plano de Emergência passou por algumas atualizações para deixá-lo ainda mais eficaz, seguindo as novas normas estabelecidas pelos órgãos competentes e autoridades do setor. Desde 2014 a CSN realiza simulados do tipo bancada. Ou seja, exercícios com os líderes comunitários e demais autoridades como Defesa Civil, Polícia Militar, Secretaria de Meio Ambiente, entre outros.

Tudo estará concluído conforme o cronograma estabelecido e dentro dos prazos da portaria 70389 do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) que regulamenta barragens de rejeito. Quanto à sinalização das rotas de fuga, a Companhia instalou pouco mais de 400 placas nas ruas da zona de auto salvamento.

 Por fim a empresa destaca que que todas as ações estão dentro do prazo previsto, conforme a portaria do DNPM e preza pela informação clara e consistente repassada pela imprensa no intuito de evitar o pânico desnecessário junto aos moradores de Congonhas.

CSN e Vale fazem acordo para melhor abastecimento e captação de água na comunidade de Barnabé

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A partir desta visita, foi formado um grupo de trabalho formado em parceria com as empresas para que algumas medidas fossem tomadas com objetivo de garantir este abastecimento/Divulgação

A comunidade do Barnabé, Vale e CSN  se reuniram na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável na sexta-feira, 16. Deste encontro surgiu um acordo para que as duas empresas mineradoras se responsabilizem por melhorias no curso d’água que abastece o Barnabé a partir de uma captação no córrego do Meio, que atravessa as propriedades das duas mineradoras. A Prefeitura também participa do acordo com a doação de canos para substituir parte da rede antiga e que já está danificada. As empresas se comprometeram a iniciarem, até o fim deste mês, os trabalhos que vão melhorar o fluxo e a turvidez da água que chega até o Barnabé. A expectativa é de que este abastecimento na comunidade, que já é centenário, seja totalmente normalizado a partir de janeiro.

A Vale anunciou que, até o fim de dezembro, encerrará as obras de um dique de contenção de sedimentos que foi construído no córrego do Meio, acima do ponto de captação da água do Barnabé. A CSN informou que recentemente houve uma mudança na equipe que faz a manutenção e limpeza na estrada e no viaduto. Esta via possui grande fluxo de caminhões de minério e passa sobre o córrego do Meio.

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Há alguns meses, os moradores do Barnabé procuraram a Prefeitura alegando falta de água constante e excesso de barro na água que chega até a comunidade/Divulgação

“Este é mais um passo que estamos dando para que os direitos adquiridos dos moradores do Barnabé sejam garantidos com relação à qualidade e quantidade desse recurso hídrico tão importante. Vamos continuar acompanhando essa situação até que tudo esteja normalizado”, afirma o secretário de Desenvolvimento Sustentável Christian Souza Costa.

Paralelamente, o prefeito Zelinho negociou com a Copasa soluções para o problema de abastecimento em alguns pontos do Município. Com relação ao Barnabé, ficou definido que, em um futuro próximo, a concessionária irá ligar a rede daquele bairro à do Residencial Santa Rosa, que já é atendido por ela. Assim, os moradores do Barnabé poderão utilizar a água do córrego do Meio para outros fins e ainda haverá maior oferta do recurso hídrico para outros bairros e sitiantes da sequência daquele curso d’água.

Entenda o caso

Há alguns meses, os moradores do Barnabé procuraram a Prefeitura alegando falta de água constante e excesso de barro na água que chega até a comunidade. Baseado neste relato, recentemente, o Governo Municipal, através da Secretarias de Desenvolvimento Sustentável e da Secretaria de Obras, realizou uma visita técnica ao ponto de captação do córrego do Meio, para entender se a obra do dique da Vale e a estrada da CSN que corta este curso d’água estavam prejudicando o abastecimento da comunidade. A partir desta visita, foi formado um grupo de trabalho formado em parceria com as empresas para que algumas medidas fossem tomadas com objetivo de garantir este abastecimento.

Pires

A Secretaria de Desenvolvimento Sustentável também fará em breve uma visita técnica às nascentes que abastecem o Pires, para verificar a situação no local e, caso necessário, propor igualmente medidas para garantir a preservação e manutenção dos recursos hídricos fundamentais para a comunidade.

CSN notificará Vale por vazamento que atingiu barragem da siderúrgica em Congonhas

de bueiros no sistema de drenagem de uma das minas da Vale, a mina de Fábrica, em Congonhas, na semana passada. O incidente fez com que houvesse vazamento de água barrenta, que atingiu uma barragem de contenção da CSN na região.

A siderúrgica preparava ontem uma notificação para enviar à mineradora pedindo que a Vale tomasse “providências técnicas imediatas”. Após o acidente com a barragem de rejeitos da Samarco, em Mariana (MG), em novembro de 2015, as empresas buscam se precaver e ter a certeza de quem são os responsáveis em caso de eventuais irregularidades.

O vazamento da lama vinda da mina de Fábrica foi alvo de denúncias anônimas ao Sindicato Metabase Inconfidentes no último dia 14. Segundo os relatos, água da barragem de rejeitos da mina teria transbordado, o que a Vale nega. A empresa disse em nota que “a ocorrência não está relacionada a nenhuma estrutura de barragem, já foi sanada e não resultou em prejuízos para a Vale ou para terceiros”. O rompimento do bueiro ocorreu na quarta-feira passada e voltou a acontecer no sábado.

A CSN tem uma unidade de mineração em Pires (MG) que tem uma barragem de rejeitos, a chamada barragem do Vigia. Essa barragem tem duas estruturas de contenção. Uma delas foi atingida pela lama vinda da mina da Vale. Segundo a CSN, “não há qualquer risco ou dano à barragem de rejeitos”.

O acidente em Mariana foi o maior do Brasil envolvendo uma barragem de rejeitos. Além do mar de lama que invadiu o Rio Doce, provocando graves danos ambientais, o acidente resultou em 19 mortes. No caso da barragem da CSN, como não há comunidade próxima à estrutura, um eventual problema na barragem provocaria apenas danos ambientais.

Fonte: O Globo

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