Estudante de Ouro Preto é acusado de desviar meio milhão da República onde morava

Depois da estudante de medicina da USP, de São Paulo, Alícia Dudy Muller, ter desviado R$ 937 mil da própria Comissão de Formatura, agora é a vez de um estudante do curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop).  Assim, como Alícia, ele também tem 25 anos e é acusado de ter desviado dinheiro da conta da qual era o administrador

A diferença é que a quantia envolvida é menor – R$ 500 mil – e a conta pertencia à República Partenon, do qual era morador. Uma notícia-crime foi enviada para o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e para a Universidade Federal de Ouro Preto a respeito do tema. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

Conforme o documento apresentado ao MPMG e a UFOP, os denunciantes pedem para que o estudante seja investigado pelos crimes de furto qualificado por abuso de confiança ou mediante fraude, e por lavagem de dinheiro. 

O relatório indica que o recurso desviado por ele foi acumulado pela república ao longo dos últimos 27 anos e tinha como objetivo a aquisição de uma sede própria. A quantia, conforme o documento, foi arrecadada por meio de eventos organizados pelos moradores da república, como a tradicional festa de Carnaval. Os associados já haviam, inclusive, dado início ao processo de aquisição do imóvel, avaliado em R$ 390 mil, em 2022.

Exatamente por ser um dos moradores mais antigos da república, o estudante foi escolhido como o responsável por gerenciar a conta bancária da associação, em dezembro de 2021. “Era um dos associados mais velhos que moravam na República e que, por isso, tinha o respeito e a confiança dos demais moradores”, indica o documento.

Na página da República no Instagram, um post informa que os atuais moradores só tomaram conhecimento dos fatos quando foram procurados pelo advogado do estudante em março de 2023. “A república estudantil, que estava em processo de aquisição de uma casa própria, agora lutará para pagar as dívidas adquiridas com as despesas na organização do último carnaval (segurança, alimentação, etc), que giram em torno de R$ 70 mil. Ressalta-se, ainda, que duas outras pessoas também foram vítimas do estudante. Alertamos a todos para que, caso alguém mais tenha sido prejudicado, procure a Polícia Civil”, diz a nota.

A Partenon foi fundada em 1996 com objetivo de proporcionar moradia de qualidade e de baixo custo aos estudantes universitários da UFOP. Todos os novos moradores recebem a casa mobiliada, com estrutura completa (internet, computador, área de estudo e lazer). Alguns calouros de baixa renda recebem ainda suporte financeiro da república e de ex-alunos para se estabilizarem, até conseguirem um emprego ou bolsa.

MP denuncia Aécio Neves por crimes na construção da Cidade Administrativa

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Belo Horizonte (17 ª Promotoria de Justiça) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – Gaeco, ofereceu, nesta sexta-feira, 18 de dezembro, denúncia em desfavor de ex-governador do Estado de Minas Gerais (2003 a 2010) e de outras 15 pessoas pelos crimes de peculato, corrupção e lavagem de dinheiro, relacionados com a licitação e as obras de construção da Cidade Administrativa de Minas Gerais.

Conforme apurado, os fatos criminosos se deram entre os anos de 2007 a 2010, mas apenas em dezembro de 2016, por meio de colaboração premiada celebrada no âmbito da Operação Lava Jato, os crimes praticados na licitação e durante a execução das obras de construção da “Cidade Administrativa” foram, pela primeira vez, noticiados.

Senador Aecio Neves conversa com o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, durante o processo de votação da divida dos Estados. Brasília, 17-05-2017. Foto: Sérgio Lima/Poder360.

Após as colaborações celebradas no âmbito da Força-Tarefa da Lava Jato, as investigações foram aprofundadas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que celebrou colaborações com outros três executivos de duas das nove empresas conluiadas, os quais corroboraram, integralmente, os primeiros atos de colaboração.

Restou demonstrado que, a convite do então governador de Minas Gerais, nove empresas de engenharia se reuniram e entraram em conluio para fraudar a licitação e repartir ilicitamente os contratos para a execução das obras da Cidade Administrativa. Os valores contratados, em razão da absoluta inexistência de competição na licitação, foram superiores aos valores orçados e superiores aos valores de mercado. Além do sobrepreço do valor do contrato e da fraude à licitação, a porcentagem de 3% dos valores pagos às empresas contratadas foi entregue ao então governador, por meio do diretor da CODEMIG, como propina.

As investigações apontaram que parte da propina foi paga por meio de contratos fictícios e, ainda, por valores em dinheiro entregues a terceiros, em evidente conduta de ocultação e lavagem de dinheiro.

Segundo apurado no Inquérito Policial conduzido pela Polícia Federal, os prejuízos sofridos pelo Estado de Minas Gerais superam o valor de R$50 milhões.

Fonte: MPMG

about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.