ESTES 3 hábitos podem acelerar o seu envelhecimento; cuide-se

Identifique quais comportamentos podem estar acelerando o processo de envelhecimento e aprenda estratégias para evitá-los.

Já se indagou sobre o motivo pelo qual algumas pessoas mantêm uma aparência mais jovem que a própria idade, enquanto outras parecem envelhecer mais rapidamente? A resposta pode residir em hábitos diários.

Neste texto, destacamos três práticas cotidianas que contribuem para o envelhecimento precoce. Vamos desvendar tais mistérios e fornecer dicas para preservar sua juventude e vitalidade. Confira agora!

1. Deficiência de vegetais na alimentação

Incorporar legumes e verduras à dieta é fundamental para uma vida saudável, proporcionando fibras, vitaminas, minerais e fitonutrientes que combatem inflamações e promovem a saúde.

Uma dieta à base de plantas não só apoia a saúde cardiovascular e regula a insulina, mas também reduz o risco de certos tipos de câncer. Por isso, não negligencie tais ingredientes se busca uma aparência jovial.

2. Excesso de refeições em restaurantes

Apesar de ser uma experiência deliciosa, jantar frequentemente em restaurantes pode resultar em consumo excessivo de sódio, componente prejudicial a longo prazo. A elevada ingestão de sódio está associada a doenças crônicas como hipertensão e problemas cardíacos.

Cozinhar em casa e monitorar a quantidade de sal nos alimentos pode ser o melhor para uma dieta mais equilibrada e saudável.

3. Vida sedentária

O sedentarismo vai além da falta de exercício — é um estilo de vida que pode acelerar o envelhecimento. Além da prática regular de atividades físicas, nossas tarefas diárias também exercem impacto significativo na saúde.

O simples ato de ficar sentado por períodos prolongados aumenta o risco de diversas doenças, e pequenas ações, como levantar e caminhar por alguns minutos a cada hora, podem fazer a diferença.

Detalhes que contam

envelhecimento é um processo multifacetado, influenciado por diversos fatores, muitos dos quais estão sob nosso controle.

Ajustar hábitos diários pode resultar em inúmeros benefícios para a qualidade de vida e saúde ao longo do envelhecimento. Conscientizar-se de tais fatores permite tomar medidas para promover um envelhecimento saudável e gratificante.

FONTE MULTIVERSO NOTÍCIAS

Censo 2022: número de pessoas com 65 anos ou mais de idade cresceu 57,4% em 12 anos

Em 2022, o total de pessoas com 65 anos ou mais de idade no país (22.169.101) chegou a 10,9% da população, com alta de 57,4% frente a 2010, quando esse contingente era de 14.081.477, ou 7,4% da população. Já a população idosa de 60 anos ou mais é de 32.113.490 (15,6%), um aumento de 56,0% em relação a 2010, quando era de 20.590.597 (10,8%). É o que revelam os resultados do universo da população do Brasil desagregada por idade e sexo, do Censo Demográfico 2022. Esta segunda apuração do Censo mostra uma população de 203.080.756 habitantes, com 18.244 pessoas a mais do que na primeira apuração.

“Após a divulgação dos primeiros resultados foi necessário realizar, pontualmente, alguns procedimentos de revisão, que acarretaram nessa diferença ínfima em termos percentuais”, explica o gerente técnico do Censo, Luciano Duarte. Em relação aos resultados do Censo 2022 divulgados anteriormente, 566 municípios sofreram alteração de população.

“O Estatuto do Idoso define como idoso a pessoa de 60 anos ou mais. O corte de 65 anos ou mais foi utilizado nesta análise para manter comparabilidade internacional e com outras pesquisas que utilizam essa faixa etária, como de mercado de trabalho”, justifica Izabel Marri, gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE. O aumento da população de 65 anos ou mais em conjunto com a diminuição da parcela da população de até 14 anos no mesmo período, que passou de 24,1% para 19,8%, evidenciam o franco envelhecimento da população brasileira.

“Ao longo do tempo a base da pirâmide etária foi se estreitando devido à redução da fecundidade e dos nascimentos que ocorrem no Brasil. Essa mudança no formato da pirâmide etária passa a ser visível a partir dos anos 1990 e a pirâmide etária do Brasil perde, claramente, seu formato piramidal a partir de 2000. O que se observa ao longo dos anos, é redução da população jovem, com aumento da população em idade adulta e também do topo da pirâmide até 2022”, analisa a gerente.

Em 1980, o Brasil tinha 4,0% da população com 65 anos ou mais de idade. Os 10,9% alcançados em 2022 por essa parcela da população representa o maior percentual encontrado nos Censos Demográficos. No outro extremo da pirâmide etária, o percentual de crianças de até 14 anos de idade, que era de 38,2% em 1980, passou a 19,8% em 2022. “Quando falamos de envelhecimento populacional, é exatamente a redução da proporção da população mais jovem em detrimento do aumento da população mais velha”, destaca.

Ainda avaliando as proporções desses grupos etários específicos, agora para grandes regiões, a região Norte é a mais jovem do país, com 25,2% de sua população com até 14 anos, seguida pelo Nordeste, com 21,1%. As regiões Sudeste e Sul apresentam estruturas mais envelhecidas, com 18% e 18,2% de jovens de 0 a 14 anos, e as maiores proporções de pessoas com 65 anos e mais (12,2% e 12,1%, respectivamente). O Centro-Oeste possui uma estrutura intermediária, com distribuição etária próxima da média do país.

“Podemos perceber que a queda da fecundidade ocorreu primeiramente no Sudeste e no Sul do Brasil, o que as faz as regiões mais envelhecidas, com menor proporção de jovens. A região Norte, embora também tenha registrado uma redução da fecundidade ao longo dos últimos anos em todos os estratos socioeconômicos, ainda se mantém a região proporcionalmente mais jovem. Também é na região Norte que observamos a menor proporção de pessoas adultas e idosas em relação às outras regiões”, pontua a gerente.

Idade mediana da população aumentou 6 anos entre os Censos e atingiu os 35 anos

A idade mediana é um indicador que divide uma população entre os 50% mais jovens e os 50% mais velhos. No Brasil, de 2010 para 2022, a idade mediana subiu de 29 anos para 35 anos, evidenciando o envelhecimento da população. No mesmo período, esse indicador aumentou nas cinco grandes regiões: Norte, de 24 para 29 anos; Nordeste, de 27 para 33 anos; Sudeste, de 31 para 37 anos; Sul, de 31 para 36 anos e Centro-Oeste, de 28 para 33 anos.

“Quando olhamos para as unidades da federação, não só a queda da fecundidade irá alterar essa idade mediana, mas podemos ter um efeito também de migração, com o recebimento de pessoas de um determinado grupo etário em certos estados, principalmente dos jovens adultos, assim como naqueles estados de onde os migrantes saem. Esses fatores também impactam e ajudam a entender a idade mediana observada nas UFs e nos municípios”, explica Izabel.

De 2010 a 2022, índice de envelhecimento sobe de 30,7 para 55,2

O índice de envelhecimento é calculado pela razão entre o grupo de pessoas de 65 anos ou mais de idade em relação à população de 0 a 14 anos. Portanto, quanto maior o valor do indicador, mais envelhecida é a população. No Brasil, esse índice chegou a 55,2 em 2022, indicando que há 55,2 pessoas com 65 anos ou mais de idade para cada 100 crianças de 0 a 14 anos. Em 2010, o índice de envelhecimento era menor, correspondendo a 30,7.

Municípios menos populosos, com até 5.000 habitantes, tinham, em média, os maiores índices de envelhecimento, compondo uma proporção de 76,2 pessoas com 65 anos ou mais para cada 100 pessoas de 0 a 14 anos de idade. Os municípios mais populosos, com mais de 500.000 habitantes, apresentam o segundo maior valor do índice, com 63,9 pessoas de 65 anos ou mais de idade para cada 100 indivíduos da faixa etária de 0 a 14 anos.

Há redução gradual do índice de envelhecimento entre os municípios de até 5.000 habitantes até os com 50.001 a 100.000 habitantes. A partir desse ponto, valores crescem gradualmente à medida que aumenta o porte populacional. “Uma possível explicação para esse fenômeno é o deslocamento de pessoas em idade economicamente ativa para as maiores cidades em busca de emprego, educação e serviços. Esse deslocamento de pessoas adultas com seus filhos é predominantemente de pessoas em idade reprodutiva, o que também resultará em um menor número de crianças e nascimentos nas cidades menores, de origem”, esclarece a pesquisadora do IBGE.

Número de idosos de 60 anos ou mais ultrapassa o de crianças de 0 a 14 no RS e no RJ

Considerando a população de idosos de 60 anos ou mais, do total de 32.113.490 pessoas residentes no Brasil, 17.887.737 (55,7%) eram mulheres e 14.225.753 (44,3%) eram homens. O índice de envelhecimento nesse parâmetro chegou a 80,0 em 2022, indicando que há 80 pessoas idosas para cada 100 crianças de 0 a 14 anos. Em 2010, o índice de envelhecimento correspondia a 44,8.

Todas as unidades da federação do Norte e Centro-Oeste apresentam indicadores menores que 70, sendo Roraima a com menor índice (27,1). No Nordeste, seis dos nove estados têm índice de envelhecimento maior que 70, ao passo que todos no Sul e o Sudeste já apresentam razões acima desse patamar, com destaque para o Rio Grande do Sul, que registrou 115 idosos para cada 100 crianças, e Rio de janeiro, com 105,9.

Brasil tem 6,0 milhões de mulheres a mais do que homens

Do total da população residente no país, 51,5% (104.548.325) eram mulheres e 48,5% (98.532.431) eram homens, ou seja, havia cerca de 6,0 milhões de mulheres a mais do que homens em 2022.

A razão de sexo, número de homens em relação ao grupo de 100 mulheres, foi de 94,2. Isso mostra que a tendência histórica de predominância feminina na composição por sexo da população se acentuou: em 1980, eram 98,7 homens para cada 100 mulheres; em 2010, 96,0.

“Isso está relacionado com a maior mortalidade dos homens em todos os grupos etários: desde bebê até as idades mais longevas, a mortalidade dos homens é maior. Além disso, nas idades adultas, a sobremortalidade masculina é mais intensa. E, com o envelhecimento populacional, a redução da população de 0 a 14 anos e o inchaço da população de pessoas com 65 anos ou mais de idade há um aumento da proporção de mulheres, já que elas sobrevivem mais em relação aos homens”.

Esse comportamento de aumento na proporção de mulheres se repete em todas as grandes regiões. Desde 2000, a região Sudeste tem a menor proporção de homens, com uma razão de sexo de 92,9 em 2022. A maior razão de sexo está na região Norte (99,7), sendo a primeira vez na série que essa região se mostrou com maior número de mulheres do que homens.

As unidades da federação com menores razões de sexo são Rio de Janeiro (89,4), Distrito Federal (91,1) e Pernambuco (91,2). Já Mato Grosso (101,3), Roraima (101,3) e Tocantins (100,4) tem mais homens do que mulheres. “Além do envelhecimento populacional, também os efeitos da migração influenciam as razões de sexo de cada local”, explica Marri.

Homens são maioria na população até os 19 anos

A razão de sexo por grupos etários no Brasil e nas grandes regiões mostra uma maior proporção de homens na população com até 19 anos de idade, partindo de 103,5 homens para cada 100 mulheres na faixa de 0 a 4 anos.

A partir do grupo etário 25 a 29 anos, a população feminina se torna majoritária em todas as regiões, sendo que no Nordeste isso acontece já no grupo de 20 a 24 anos. No grupo de 90 a 94 anos, há praticamente o dobro de mulheres, com uma razão de sexo de 50,4. Já no grupo etário mais elevado, de 100 anos ou mais, esse indicador ficou em 38,8.

“A maior incidência de homens nas primeiras idades é uma consequência do maior nascimento de crianças do sexo masculino em relação àquelas do sexo feminino. O maior contingente de homens diminui com a idade devido à sobre mortalidade masculina, mais intensa na juventude devido às mortes por causas externas”, explica Marri.

Municípios mais populosos têm menor proporção de homens

A razão sexo também é menor em municípios mais populosos, ou seja, em municípios de maior porte populacional há uma proporção menor de homens em relação às mulheres. Esses valores partem de 102,3 homens por mulher, nos municípios com até 5.000 habitantes, até 88,9 para os municípios com mais de 500.000 habitantes. Destaca-se que é a partir da faixa de 20.001 a 50.000 habitantes que as razões de sexo assumem valores abaixo de 100, refletindo uma maior participação das mulheres na composição populacional.

Mais sobre a pesquisa

O Censo Demográfico é a principal fonte de referência sobre as condições de vida da população em todos os municípios do país e em seus recortes territoriais internos. Os resultados do universo da população por idade e sexo do Censo Demográfico 2022 apresentam a distribuição da população residente no país segundo grupos etários e sexo, além de alguns indicadores derivados dessas informações, como a idade mediana, o índice de envelhecimento e a razão de sexo, para Brasil, grandes regiões, unidades da federação, concentrações urbanas e municípios. Acesse os principais resultados, gráficos e mapas no hotsite Panorama do Censo 2022, na Plataforma Geográfica Interativa e no Sidra.

FONTE AGÊNCIA NOTÍCIAS DO IBGE

Censo 2022: número de pessoas com 65 anos ou mais de idade cresceu 57,4% em 12 anos

Em 2022, o total de pessoas com 65 anos ou mais de idade no país (22.169.101) chegou a 10,9% da população, com alta de 57,4% frente a 2010, quando esse contingente era de 14.081.477, ou 7,4% da população. Já a população idosa de 60 anos ou mais é de 32.113.490 (15,6%), um aumento de 56,0% em relação a 2010, quando era de 20.590.597 (10,8%). É o que revelam os resultados do universo da população do Brasil desagregada por idade e sexo, do Censo Demográfico 2022. Esta segunda apuração do Censo mostra uma população de 203.080.756 habitantes, com 18.244 pessoas a mais do que na primeira apuração.

“Após a divulgação dos primeiros resultados foi necessário realizar, pontualmente, alguns procedimentos de revisão, que acarretaram nessa diferença ínfima em termos percentuais”, explica o gerente técnico do Censo, Luciano Duarte. Em relação aos resultados do Censo 2022 divulgados anteriormente, 566 municípios sofreram alteração de população.

“O Estatuto do Idoso define como idoso a pessoa de 60 anos ou mais. O corte de 65 anos ou mais foi utilizado nesta análise para manter comparabilidade internacional e com outras pesquisas que utilizam essa faixa etária, como de mercado de trabalho”, justifica Izabel Marri, gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE. O aumento da população de 65 anos ou mais em conjunto com a diminuição da parcela da população de até 14 anos no mesmo período, que passou de 24,1% para 19,8%, evidenciam o franco envelhecimento da população brasileira.

“Ao longo do tempo a base da pirâmide etária foi se estreitando devido à redução da fecundidade e dos nascimentos que ocorrem no Brasil. Essa mudança no formato da pirâmide etária passa a ser visível a partir dos anos 1990 e a pirâmide etária do Brasil perde, claramente, seu formato piramidal a partir de 2000. O que se observa ao longo dos anos, é redução da população jovem, com aumento da população em idade adulta e também do topo da pirâmide até 2022”, analisa a gerente.

Em 1980, o Brasil tinha 4,0% da população com 65 anos ou mais de idade. Os 10,9% alcançados em 2022 por essa parcela da população representa o maior percentual encontrado nos Censos Demográficos. No outro extremo da pirâmide etária, o percentual de crianças de até 14 anos de idade, que era de 38,2% em 1980, passou a 19,8% em 2022. “Quando falamos de envelhecimento populacional, é exatamente a redução da proporção da população mais jovem em detrimento do aumento da população mais velha”, destaca.

Ainda avaliando as proporções desses grupos etários específicos, agora para grandes regiões, a região Norte é a mais jovem do país, com 25,2% de sua população com até 14 anos, seguida pelo Nordeste, com 21,1%. As regiões Sudeste e Sul apresentam estruturas mais envelhecidas, com 18% e 18,2% de jovens de 0 a 14 anos, e as maiores proporções de pessoas com 65 anos e mais (12,2% e 12,1%, respectivamente). O Centro-Oeste possui uma estrutura intermediária, com distribuição etária próxima da média do país.

“Podemos perceber que a queda da fecundidade ocorreu primeiramente no Sudeste e no Sul do Brasil, o que as faz as regiões mais envelhecidas, com menor proporção de jovens. A região Norte, embora também tenha registrado uma redução da fecundidade ao longo dos últimos anos em todos os estratos socioeconômicos, ainda se mantém a região proporcionalmente mais jovem. Também é na região Norte que observamos a menor proporção de pessoas adultas e idosas em relação às outras regiões”, pontua a gerente.

Idade mediana da população aumentou 6 anos entre os Censos e atingiu os 35 anos

A idade mediana é um indicador que divide uma população entre os 50% mais jovens e os 50% mais velhos. No Brasil, de 2010 para 2022, a idade mediana subiu de 29 anos para 35 anos, evidenciando o envelhecimento da população. No mesmo período, esse indicador aumentou nas cinco grandes regiões: Norte, de 24 para 29 anos; Nordeste, de 27 para 33 anos; Sudeste, de 31 para 37 anos; Sul, de 31 para 36 anos e Centro-Oeste, de 28 para 33 anos.

“Quando olhamos para as unidades da federação, não só a queda da fecundidade irá alterar essa idade mediana, mas podemos ter um efeito também de migração, com o recebimento de pessoas de um determinado grupo etário em certos estados, principalmente dos jovens adultos, assim como naqueles estados de onde os migrantes saem. Esses fatores também impactam e ajudam a entender a idade mediana observada nas UFs e nos municípios”, explica Izabel.

De 2010 a 2022, índice de envelhecimento sobe de 30,7 para 55,2

O índice de envelhecimento é calculado pela razão entre o grupo de pessoas de 65 anos ou mais de idade em relação à população de 0 a 14 anos. Portanto, quanto maior o valor do indicador, mais envelhecida é a população. No Brasil, esse índice chegou a 55,2 em 2022, indicando que há 55,2 pessoas com 65 anos ou mais de idade para cada 100 crianças de 0 a 14 anos. Em 2010, o índice de envelhecimento era menor, correspondendo a 30,7.

Municípios menos populosos, com até 5.000 habitantes, tinham, em média, os maiores índices de envelhecimento, compondo uma proporção de 76,2 pessoas com 65 anos ou mais para cada 100 pessoas de 0 a 14 anos de idade. Os municípios mais populosos, com mais de 500.000 habitantes, apresentam o segundo maior valor do índice, com 63,9 pessoas de 65 anos ou mais de idade para cada 100 indivíduos da faixa etária de 0 a 14 anos.

Há redução gradual do índice de envelhecimento entre os municípios de até 5.000 habitantes até os com 50.001 a 100.000 habitantes. A partir desse ponto, valores crescem gradualmente à medida que aumenta o porte populacional. “Uma possível explicação para esse fenômeno é o deslocamento de pessoas em idade economicamente ativa para as maiores cidades em busca de emprego, educação e serviços. Esse deslocamento de pessoas adultas com seus filhos é predominantemente de pessoas em idade reprodutiva, o que também resultará em um menor número de crianças e nascimentos nas cidades menores, de origem”, esclarece a pesquisadora do IBGE.

Número de idosos de 60 anos ou mais ultrapassa o de crianças de 0 a 14 no RS e no RJ

Considerando a população de idosos de 60 anos ou mais, do total de 32.113.490 pessoas residentes no Brasil, 17.887.737 (55,7%) eram mulheres e 14.225.753 (44,3%) eram homens. O índice de envelhecimento nesse parâmetro chegou a 80,0 em 2022, indicando que há 80 pessoas idosas para cada 100 crianças de 0 a 14 anos. Em 2010, o índice de envelhecimento correspondia a 44,8.

Todas as unidades da federação do Norte e Centro-Oeste apresentam indicadores menores que 70, sendo Roraima a com menor índice (27,1). No Nordeste, seis dos nove estados têm índice de envelhecimento maior que 70, ao passo que todos no Sul e o Sudeste já apresentam razões acima desse patamar, com destaque para o Rio Grande do Sul, que registrou 115 idosos para cada 100 crianças, e Rio de janeiro, com 105,9.

Brasil tem 6,0 milhões de mulheres a mais do que homens

Do total da população residente no país, 51,5% (104.548.325) eram mulheres e 48,5% (98.532.431) eram homens, ou seja, havia cerca de 6,0 milhões de mulheres a mais do que homens em 2022.

A razão de sexo, número de homens em relação ao grupo de 100 mulheres, foi de 94,2. Isso mostra que a tendência histórica de predominância feminina na composição por sexo da população se acentuou: em 1980, eram 98,7 homens para cada 100 mulheres; em 2010, 96,0.

“Isso está relacionado com a maior mortalidade dos homens em todos os grupos etários: desde bebê até as idades mais longevas, a mortalidade dos homens é maior. Além disso, nas idades adultas, a sobremortalidade masculina é mais intensa. E, com o envelhecimento populacional, a redução da população de 0 a 14 anos e o inchaço da população de pessoas com 65 anos ou mais de idade há um aumento da proporção de mulheres, já que elas sobrevivem mais em relação aos homens”.

Esse comportamento de aumento na proporção de mulheres se repete em todas as grandes regiões. Desde 2000, a região Sudeste tem a menor proporção de homens, com uma razão de sexo de 92,9 em 2022. A maior razão de sexo está na região Norte (99,7), sendo a primeira vez na série que essa região se mostrou com maior número de mulheres do que homens.

As unidades da federação com menores razões de sexo são Rio de Janeiro (89,4), Distrito Federal (91,1) e Pernambuco (91,2). Já Mato Grosso (101,3), Roraima (101,3) e Tocantins (100,4) tem mais homens do que mulheres. “Além do envelhecimento populacional, também os efeitos da migração influenciam as razões de sexo de cada local”, explica Marri.

Homens são maioria na população até os 19 anos

A razão de sexo por grupos etários no Brasil e nas grandes regiões mostra uma maior proporção de homens na população com até 19 anos de idade, partindo de 103,5 homens para cada 100 mulheres na faixa de 0 a 4 anos.

A partir do grupo etário 25 a 29 anos, a população feminina se torna majoritária em todas as regiões, sendo que no Nordeste isso acontece já no grupo de 20 a 24 anos. No grupo de 90 a 94 anos, há praticamente o dobro de mulheres, com uma razão de sexo de 50,4. Já no grupo etário mais elevado, de 100 anos ou mais, esse indicador ficou em 38,8.

“A maior incidência de homens nas primeiras idades é uma consequência do maior nascimento de crianças do sexo masculino em relação àquelas do sexo feminino. O maior contingente de homens diminui com a idade devido à sobre mortalidade masculina, mais intensa na juventude devido às mortes por causas externas”, explica Marri.

Municípios mais populosos têm menor proporção de homens

A razão sexo também é menor em municípios mais populosos, ou seja, em municípios de maior porte populacional há uma proporção menor de homens em relação às mulheres. Esses valores partem de 102,3 homens por mulher, nos municípios com até 5.000 habitantes, até 88,9 para os municípios com mais de 500.000 habitantes. Destaca-se que é a partir da faixa de 20.001 a 50.000 habitantes que as razões de sexo assumem valores abaixo de 100, refletindo uma maior participação das mulheres na composição populacional.

Mais sobre a pesquisa

O Censo Demográfico é a principal fonte de referência sobre as condições de vida da população em todos os municípios do país e em seus recortes territoriais internos. Os resultados do universo da população por idade e sexo do Censo Demográfico 2022 apresentam a distribuição da população residente no país segundo grupos etários e sexo, além de alguns indicadores derivados dessas informações, como a idade mediana, o índice de envelhecimento e a razão de sexo, para Brasil, grandes regiões, unidades da federação, concentrações urbanas e municípios. Acesse os principais resultados, gráficos e mapas no hotsite Panorama do Censo 2022, na Plataforma Geográfica Interativa e no Sidra.

FONTE AGÊNCIA NOTÍCIAS DO IBGE

O profundo e acelerado envelhecimento populacional do Brasil

Além de ficar mais idoso, o Brasil está ficando mais feminino e isto pode ser um trunfo para alavancar o desenvolvimento nacional

O IBGE divulgou as informações da população brasileira para todos os municípios do país, detalhando os dados por sexo e idade, apurados pelo censo demográfico de 2022. O censo demográfico é a única pesquisa planejada para visitar todos os domicílios brasileiros, possibilitando traçar um panorama detalhado das características sociodemográficas e espaciais de todo o território nacional. Estes dados são fundamentais para a formulação das políticas públicas e para as decisões de investimento da iniciativa privada.

Como já era sabido e esperado, os dados do censo demográfico de 2022 mostraram que a estrutura etária brasileira está em rápida transformação, com a diminuição do número de crianças, adolescentes e jovens, uma desaceleração do crescimento da população adulta em idade considerada ativa (15-59 anos) e uma aceleração do aumento da população idosa de 60 anos e mais de idade.

A população brasileira total era de 93,1 milhões de habitantes em 1970 e passou para 203,08 milhões em 2022, aumentando 2,2 vezes no período. A população de crianças e adolescentes, de 0 a 14 anos, passou de 39,1 milhões em 1970 para 40,1 milhões em 2022, ficando praticamente do mesmo tamanho. Mas a população idosa deu um salto.

O gráfico abaixo mostra que a população idosa (60 anos e +) no Brasil era de 4,8 milhões de pessoas em 1970, passou de 10 milhões em 1991, ultrapassou 20 milhões em 2010 e chegou a 32,1 milhões de pessoas em 2022. Houve um aumento de 6,6 vezes entre 1970 e 2022. Portanto, o Brasil está envelhecendo e envelhecendo de forma inexorável e em ritmo acelerado.

número de pessoas com 60 anos ou mais no brasil

O gráfico abaixo mostra o número de idosos brasileiros de 80 anos e mais de idade, que era de 451 mil indivíduos, passou para 2,9 milhões em 2010 e chegou a 4,6 milhões de indivíduos em 2022, decuplicando entre 1970 e 2022. O crescimento mais rápido do topo da pirâmide etária mostra que o Brasil não só está envelhecendo, como está tendo um processo de envelhecimento do envelhecimento, como mostrei no artigo “O envelhecimento do envelhecimento no Brasil e no mundo” (Alves, 30/08/2022).

número de pessoas com 80 anos ou mais no brasil

O gráfico abaixo mostra a percentagem da população brasileira a partir de 3 grupos: jovens (0-14 anos), adultos (15-59 anos) e idosos (60 anos e mais de idade), com base nos dados dos censos demográficos do IBGE. Nota-se que o percentual de jovens diminui aproximadamente pela metade, passando de 42% em 1970 para 19,8% em 2022. O grupo considerado em idade produtiva (15-59 anos) aumentou de 52,7% em 1970 para 65,1% em 2010 e diminuiu para 64,4% em 2022. Já o grupo de idosos (60 anos e +) passou de 5,1% em 1970 para 15,8% em 2022. Portanto, os idosos foram o único grupo que aumentou sua participação na população total no último período intercensitário.

percentagem da população brasileira por grandes grupos etários

A redução relativa do grupo etário 15 a 59 anos nos últimos 12 anos, indica que o 1º bônus demográfico já ultrapassou o auge do momento mais favorável da transição demográfica e que a janela de oportunidade já começou a se fechar e a proporção de “produtores efetivos” deve diminuir em relação aos “consumidores efetivos”. Mas o fim do 1º bônus demográfico não é o fim do mundo.

Evidentemente, é preciso estar atento para a possibilidade de o Brasil envelhecer antes de enriquecer e ficar eternamente preso na armadilha da renda média. Sem dúvida, o país precisa dobrar a renda per capita e galgar melhores posições no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

De fato, o envelhecimento populacional traz desafios, mas também traz oportunidades. O Brasil ainda pode contar com o 2º bônus demográfico (bônus da produtividade), uma vez que a redução do volume de trabalhadores pode ser compensada por trabalhadores mais produtivos se houver investimentos adequados na saúde, educação, infraestrutura, comunicação, ciência e tecnologia, etc.

O Brasil pode contar ainda com o 3º bônus demográfico (bônus da longevidade). O aumento do volume e da proporção de idosos pode ter efeitos benéficos para a economia se o país contar com o envelhecimento saudável e ativo, uma vez que o grande contingente de pessoas da terceira idade deve ser encarado como um ativo e não com um passivo, como mostrei no artigo “O 3o bônus demográfico e o direito ao trabalho da população idosa” (Alves, 25/07/2023).

Os países ricos e com elevado IDH possuem uma estrutura etária envelhecida, como mostrei no artigo “Como os países podem enriquecer e envelhecer ao mesmo tempo” (Alves, 18/10/2023). Maturidade econômica e demográfica andam juntas. Os países que apresentaram avanço do IDH fizeram isto juntamente ao avanço da transição demográfica e, conjuntamente, ao processo de envelhecimento populacional.

Além de ficar mais idoso, o Brasil está ficando mais feminino e isto pode ser um trunfo para alavancar o desenvolvimento nacional. O Brasil teve maioria de homens na população durante a maior parte de sua história. O gráfico abaixo mostra que havia 317,3 mil homens a mais que mulheres no primeiro censo realizado em 1872. Este superávit permaneceu nas décadas seguintes e era de 252 mil homens em 1920. Em 1930 não houve censo. Em 1940 houve virtualmente um empate.

Mas partir de 1950 o superávit feminino aumentou e ultrapassou 6 milhões de pessoas em 2022. As mulheres possuem maiores níveis de escolaridade em relação aos homens e foram fundamentais para o bônus demográfico, que é fundamentalmente feminino no Brasil.

superavit de homens e mulheres no brasil

O Brasil está ficando mais idoso e mais feminino. Não cabe demonizar a dinâmica demográfica brasileira. O Brasil ficou cerca de 500 anos com uma estrutura etária jovem. Nos anos 2000, a história será diferente, pois serão “outros quinhentos”.

O Brasil vai continuar envelhecendo no século XXI e continuará envelhecido nos séculos seguintes. O que precisa mudar é a mentalidade daquelas pessoas que enxergam os idosos como um óbice ao invés de reconhecer as potencialidades da população da terceira idade.

José Eustáquio Diniz Alves
Doutor em demografia, link do CV Lattes:
http://lattes.cnpq.br/2003298427606382

Referências:

ALVES, JED. O envelhecimento do envelhecimento no Brasil e no mundo, Portal do Envelhecimento, 30/08/2022 https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/o-envelhecimento-do-envelhecimento-no-brasil-e-no-mundo/

ALVES, JED. O 3o bônus demográfico e o direito ao trabalho da população idosa, Portal do Envelhecimento, 25/07/2023 https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/o-3o-bonus-demografico-e-o-direito-ao-trabalho-da-populacao-idosa/

ALVES, JED. Como os países podem enriquecer e envelhecer ao mesmo tempo, Portal do Envelhecimento, 18/10/2023 https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/como-os-paises-podem-enriquecer-e-envelhecer-ao-mesmo-tempo/

FONTE ECO DEBATE

O profundo e acelerado envelhecimento populacional do Brasil

Além de ficar mais idoso, o Brasil está ficando mais feminino e isto pode ser um trunfo para alavancar o desenvolvimento nacional

O IBGE divulgou as informações da população brasileira para todos os municípios do país, detalhando os dados por sexo e idade, apurados pelo censo demográfico de 2022. O censo demográfico é a única pesquisa planejada para visitar todos os domicílios brasileiros, possibilitando traçar um panorama detalhado das características sociodemográficas e espaciais de todo o território nacional. Estes dados são fundamentais para a formulação das políticas públicas e para as decisões de investimento da iniciativa privada.

Como já era sabido e esperado, os dados do censo demográfico de 2022 mostraram que a estrutura etária brasileira está em rápida transformação, com a diminuição do número de crianças, adolescentes e jovens, uma desaceleração do crescimento da população adulta em idade considerada ativa (15-59 anos) e uma aceleração do aumento da população idosa de 60 anos e mais de idade.

A população brasileira total era de 93,1 milhões de habitantes em 1970 e passou para 203,08 milhões em 2022, aumentando 2,2 vezes no período. A população de crianças e adolescentes, de 0 a 14 anos, passou de 39,1 milhões em 1970 para 40,1 milhões em 2022, ficando praticamente do mesmo tamanho. Mas a população idosa deu um salto.

O gráfico abaixo mostra que a população idosa (60 anos e +) no Brasil era de 4,8 milhões de pessoas em 1970, passou de 10 milhões em 1991, ultrapassou 20 milhões em 2010 e chegou a 32,1 milhões de pessoas em 2022. Houve um aumento de 6,6 vezes entre 1970 e 2022. Portanto, o Brasil está envelhecendo e envelhecendo de forma inexorável e em ritmo acelerado.

número de pessoas com 60 anos ou mais no brasil

O gráfico abaixo mostra o número de idosos brasileiros de 80 anos e mais de idade, que era de 451 mil indivíduos, passou para 2,9 milhões em 2010 e chegou a 4,6 milhões de indivíduos em 2022, decuplicando entre 1970 e 2022. O crescimento mais rápido do topo da pirâmide etária mostra que o Brasil não só está envelhecendo, como está tendo um processo de envelhecimento do envelhecimento, como mostrei no artigo “O envelhecimento do envelhecimento no Brasil e no mundo” (Alves, 30/08/2022).

número de pessoas com 80 anos ou mais no brasil

O gráfico abaixo mostra a percentagem da população brasileira a partir de 3 grupos: jovens (0-14 anos), adultos (15-59 anos) e idosos (60 anos e mais de idade), com base nos dados dos censos demográficos do IBGE. Nota-se que o percentual de jovens diminui aproximadamente pela metade, passando de 42% em 1970 para 19,8% em 2022. O grupo considerado em idade produtiva (15-59 anos) aumentou de 52,7% em 1970 para 65,1% em 2010 e diminuiu para 64,4% em 2022. Já o grupo de idosos (60 anos e +) passou de 5,1% em 1970 para 15,8% em 2022. Portanto, os idosos foram o único grupo que aumentou sua participação na população total no último período intercensitário.

percentagem da população brasileira por grandes grupos etários

A redução relativa do grupo etário 15 a 59 anos nos últimos 12 anos, indica que o 1º bônus demográfico já ultrapassou o auge do momento mais favorável da transição demográfica e que a janela de oportunidade já começou a se fechar e a proporção de “produtores efetivos” deve diminuir em relação aos “consumidores efetivos”. Mas o fim do 1º bônus demográfico não é o fim do mundo.

Evidentemente, é preciso estar atento para a possibilidade de o Brasil envelhecer antes de enriquecer e ficar eternamente preso na armadilha da renda média. Sem dúvida, o país precisa dobrar a renda per capita e galgar melhores posições no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

De fato, o envelhecimento populacional traz desafios, mas também traz oportunidades. O Brasil ainda pode contar com o 2º bônus demográfico (bônus da produtividade), uma vez que a redução do volume de trabalhadores pode ser compensada por trabalhadores mais produtivos se houver investimentos adequados na saúde, educação, infraestrutura, comunicação, ciência e tecnologia, etc.

O Brasil pode contar ainda com o 3º bônus demográfico (bônus da longevidade). O aumento do volume e da proporção de idosos pode ter efeitos benéficos para a economia se o país contar com o envelhecimento saudável e ativo, uma vez que o grande contingente de pessoas da terceira idade deve ser encarado como um ativo e não com um passivo, como mostrei no artigo “O 3o bônus demográfico e o direito ao trabalho da população idosa” (Alves, 25/07/2023).

Os países ricos e com elevado IDH possuem uma estrutura etária envelhecida, como mostrei no artigo “Como os países podem enriquecer e envelhecer ao mesmo tempo” (Alves, 18/10/2023). Maturidade econômica e demográfica andam juntas. Os países que apresentaram avanço do IDH fizeram isto juntamente ao avanço da transição demográfica e, conjuntamente, ao processo de envelhecimento populacional.

Além de ficar mais idoso, o Brasil está ficando mais feminino e isto pode ser um trunfo para alavancar o desenvolvimento nacional. O Brasil teve maioria de homens na população durante a maior parte de sua história. O gráfico abaixo mostra que havia 317,3 mil homens a mais que mulheres no primeiro censo realizado em 1872. Este superávit permaneceu nas décadas seguintes e era de 252 mil homens em 1920. Em 1930 não houve censo. Em 1940 houve virtualmente um empate.

Mas partir de 1950 o superávit feminino aumentou e ultrapassou 6 milhões de pessoas em 2022. As mulheres possuem maiores níveis de escolaridade em relação aos homens e foram fundamentais para o bônus demográfico, que é fundamentalmente feminino no Brasil.

superavit de homens e mulheres no brasil

O Brasil está ficando mais idoso e mais feminino. Não cabe demonizar a dinâmica demográfica brasileira. O Brasil ficou cerca de 500 anos com uma estrutura etária jovem. Nos anos 2000, a história será diferente, pois serão “outros quinhentos”.

O Brasil vai continuar envelhecendo no século XXI e continuará envelhecido nos séculos seguintes. O que precisa mudar é a mentalidade daquelas pessoas que enxergam os idosos como um óbice ao invés de reconhecer as potencialidades da população da terceira idade.

José Eustáquio Diniz Alves
Doutor em demografia, link do CV Lattes:
http://lattes.cnpq.br/2003298427606382

Referências:

ALVES, JED. O envelhecimento do envelhecimento no Brasil e no mundo, Portal do Envelhecimento, 30/08/2022 https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/o-envelhecimento-do-envelhecimento-no-brasil-e-no-mundo/

ALVES, JED. O 3o bônus demográfico e o direito ao trabalho da população idosa, Portal do Envelhecimento, 25/07/2023 https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/o-3o-bonus-demografico-e-o-direito-ao-trabalho-da-populacao-idosa/

ALVES, JED. Como os países podem enriquecer e envelhecer ao mesmo tempo, Portal do Envelhecimento, 18/10/2023 https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/como-os-paises-podem-enriquecer-e-envelhecer-ao-mesmo-tempo/

FONTE ECO DEBATE

Veja as cidades com maior índice de envelhecimento, segundo Censo 2022

Cidades do Rio Grande do Sul dominam o ranking

Cidades do interior do Rio Grande do Sul dominam o ranking de cidades com os maiores índices de envelhecimento do Brasil, de acordo com o Censo Demográfico 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em Coqueiro Baixo, a primeira da lista, são 277 idosos para cada 100 crianças, em média.

índice de envelhecimento corresponde ao número de pessoas de 65 anos ou mais de idade para cada 100 pessoas com idades até 14 anos.

Esse dado serve para acompanhar o ritmo de envelhecimento dos moradores daquele município.

Veja as cidades brasileiras com maior índice de envelhecimento:

  1. Coqueiro Baixo (RS) — 277,14
  2. Santa Tereza (RS) — 264,05
  3. Três Arroios (RS) — 245,98
  4. União da Serra (RS) — 243,28
  5. Coronel Pilar (RS) — 230,29
  6. Relvado (RS) — 228,57
  7. Floriano Peixoto (RS) — 225,54
  8. Monte Belo do Sul (RS) — 214,65
  9. Ivorá (RS) — 209,83
  10. Turmalina (SP) — 205,38
  11. Guabiju (RS) — 204,92
  12. Travesseiro (RS) — 201,14
  13. Barra do Rio Azul (RS) — 199,52
  14. Porto Lucena (RS) — 193,02
  15. Vespasiano Corrêa (RS) — 191,18
  16. Forquetinha (RS) — 189,47
  17. Águas de São Pedro (SP) — 189,07
  18. Canudos do Vale (RS) — 182,59
  19. Doutor Ricardo (RS) — 182,01
  20. Montauri (RS) — 180,54

Veja as cidades brasileiras com menor índice de envelhecimento:

  1. Uiramutã (RR) — 5,4
  2. Jordão (AC) — 6,55
  3. Santa Rosa do Purus (AC) — 7,68
  4. Normandia (RR) — 8,23
  5. Bagre (PA) — 8,67
  6. Japurá (AM) — 8,93
  7. Melgaço (PA) — 9,25
  8. Maraã (AM) — 9,3
  9. Jacareacanga (PA) — 9,47
  10. Jutaí (AM) — 9,52
  11. Pacaraima (RR) — 9,52
  12. Ipixuna (AM) — 9,79
  13. Porto Walter (AC) — 9,98
  14. Marechal Thaumaturgo (AC) — 10,13
  15. Sapezal (MT) — 10,31
  16. Pedra Branca do Amapari (AP) — 10,68
  17. Itamarati (AM) — 10,81
  18. Atalaia do Norte (AM) — 10,91
  19. Oiapoque (AP) — 10,97
  20. São Paulo de Olivença (AM) — 11,12

FONTE ECONÔMICO VALOR

Veja as cidades com maior índice de envelhecimento, segundo Censo 2022

Cidades do Rio Grande do Sul dominam o ranking

Cidades do interior do Rio Grande do Sul dominam o ranking de cidades com os maiores índices de envelhecimento do Brasil, de acordo com o Censo Demográfico 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em Coqueiro Baixo, a primeira da lista, são 277 idosos para cada 100 crianças, em média.

índice de envelhecimento corresponde ao número de pessoas de 65 anos ou mais de idade para cada 100 pessoas com idades até 14 anos.

Esse dado serve para acompanhar o ritmo de envelhecimento dos moradores daquele município.

Veja as cidades brasileiras com maior índice de envelhecimento:

  1. Coqueiro Baixo (RS) — 277,14
  2. Santa Tereza (RS) — 264,05
  3. Três Arroios (RS) — 245,98
  4. União da Serra (RS) — 243,28
  5. Coronel Pilar (RS) — 230,29
  6. Relvado (RS) — 228,57
  7. Floriano Peixoto (RS) — 225,54
  8. Monte Belo do Sul (RS) — 214,65
  9. Ivorá (RS) — 209,83
  10. Turmalina (SP) — 205,38
  11. Guabiju (RS) — 204,92
  12. Travesseiro (RS) — 201,14
  13. Barra do Rio Azul (RS) — 199,52
  14. Porto Lucena (RS) — 193,02
  15. Vespasiano Corrêa (RS) — 191,18
  16. Forquetinha (RS) — 189,47
  17. Águas de São Pedro (SP) — 189,07
  18. Canudos do Vale (RS) — 182,59
  19. Doutor Ricardo (RS) — 182,01
  20. Montauri (RS) — 180,54

Veja as cidades brasileiras com menor índice de envelhecimento:

  1. Uiramutã (RR) — 5,4
  2. Jordão (AC) — 6,55
  3. Santa Rosa do Purus (AC) — 7,68
  4. Normandia (RR) — 8,23
  5. Bagre (PA) — 8,67
  6. Japurá (AM) — 8,93
  7. Melgaço (PA) — 9,25
  8. Maraã (AM) — 9,3
  9. Jacareacanga (PA) — 9,47
  10. Jutaí (AM) — 9,52
  11. Pacaraima (RR) — 9,52
  12. Ipixuna (AM) — 9,79
  13. Porto Walter (AC) — 9,98
  14. Marechal Thaumaturgo (AC) — 10,13
  15. Sapezal (MT) — 10,31
  16. Pedra Branca do Amapari (AP) — 10,68
  17. Itamarati (AM) — 10,81
  18. Atalaia do Norte (AM) — 10,91
  19. Oiapoque (AP) — 10,97
  20. São Paulo de Olivença (AM) — 11,12

FONTE ECONÔMICO VALOR

Cientistas fizeram transplantes de testículos de macacos em humanos para retardar envelhecimento

Um cientista australiano chamado Henry Leighton-Jones ficou conhecido na história da Medicina por realizar procedimentos que visavam alcançar algo que, até hoje, ainda é tão sonhado: o rejuvenescimento humano. Para isso, ele fez uso de um experimento considerado totalmente antiético e sem nenhuma eficácia comprovada: o enxerto de testículos de macacos em homens.

Enxerto de testículos de macacos em humanos com o objetivo de obter rejuvenescimento era um método antiético e ineficaz usado por um cientista australiano, inspirado em um médico russo. Imagem: Nikasur7 – Shutterstock

Leighton-Jones inspirava-se no trabalho de Serge Voronoff, um excêntrico médico russo que acreditava que o envelhecimento poderia ser causado por uma desaceleração na secreção de hormônios. 

Sob essa premissa, ele achava que a transferência do tecido das glândulas responsáveis ​​pela secreção desses hormônios para os humanos poderia ser um bom tratamento. Então, começou a fazer experiências em si mesmo, injetando extratos de testículos de cachorro e de porquinhos-da-Índia sob sua própria pele.

Como os testículos são glândulas que secretam, entre outros hormônios, a testosterona, Voronoff achou que poderia ser útil para o rejuvenescimento. No entanto, ele não obteve nenhum resultado. Isso o levou a pensar que seria melhor transferir a glândula inteira, em vez de recorrer a injeções. Assim, passou a realizar cirurgias de transplante de testículos de criminosos executados em homens milionários.https://s.dynad.net/stack/928W5r5IndTfocT3VdUV-AB8UVlc0JbnGWyFZsei5gU.html

Com isso, Voronoff se tornou muito famoso. Tanto que chegou um momento em que não havia crime suficiente para lhe fornecer órgãos, então, ele mudou para testículos de macacos. E foi esse novo procedimento que chamou a atenção de Leighton-Jones. 

Henry Leighton-Jones ficou conhecido como Dr. Monkey Jones. Imagem: The Sidney Morning Herald

Monkey Jones fez mais de 30 cirurgias em uma década

O australiano, na época farmacêutico, aprendeu francês só para ler os livros de Voronoff – que, apesar de ter origem russa, desenvolveu todo seu trabalho científico na França. 

Totalmente fascinado pela técnica, Leighton-Jones decidiu, em 1929, se colocar nas mãos de seu mestre e fazer um enxerto de tecido de testículos de macaco para prevenir o envelhecimento. 

Além disso, após aquele primeiro encontro, foi contratado como assistente pelo cientista, para que pudesse conhecer de perto como eram feitas as intervenções. Finalmente, depois de considerar que estava suficientemente preparado, e também depois de se casar com a secretária de Voronoff, ele voltou para a Austrália.

De volta ao país de origem, ele precisava de matéria-prima para os experimentos, ou seja, alguns exemplares de macacos rhesus, espécie amplamente utilizada em pesquisas.

No entanto, a obtenção desses animais pode parecer complicada para um simples farmacêutico. E realmente foi. Leighton-Jones, então, após uma viagem a Singapura, tornou-se amigo do sultão de Johore e foi ele quem colocou os primatas à sua disposição. Sem dúvida, a facilidade de networking do australiano estava valendo a pena.

Não demorou muito para que ele passasse a ser conhecido como Dr. Monkey Jones, com sua fama tendo crescido a tal ponto que ele realizou cerca de 30 enxertos de testículos de macacos entre 1931 e 1941. 

Os pacientes que desejavam prevenir ou reverter o envelhecimento tinham as mais variadas idades, de 24 a 72 anos. E não se limitavam apenas aos homens: ele também fez seis enxertos de ovário, um deles de tecidos de uma macaca grávida. 

Voronoff teve sua carreira interrompida quando outros cientistas expressaram forte rejeição aos seus métodos, gerando dúvidas em seus possíveis pacientes. As críticas, que duraram longos anos, o levaram a ser vinculado à transmissão do vírus HIV dos macacos para os humanos. Mas, isso nunca ficou provado.

Já no caso de Monkey Jones, tudo foi muito diferente. Ele tinha cada vez mais pacientes e chegou a ser convidado a apresentar seu trabalho a outros cientistas em uma conferência de graduação em um hospital de Newcastle, no Reino Unido. No entanto, sua morte resultante de um ataque cardíaco aos 75 anos o impediu.

Uso de testículos de macaco como enxerto em humanos contribuiu para a ciência

Interessados ​​no que seria o conteúdo da palestra, diversos cientistas tentaram acessar os registros do australiano. Eles perceberam que eram impecáveis: além de muito detalhados, prestavam todas as informações necessárias aos pacientes, mantendo-os sempre a par de tudo. De qualquer maneira, a eficácia dos tratamentos nunca foi comprovada – sem contar o quão antiéticas eram suas práticas.

Apesar disso, pode-se dizer que o método teve sua importância para a ciência. Ele e Voronoff são considerados os precursores dos procedimentos de enxerto de glândula e transplante que são realizados atualmente em humanos. 

Os registros que deixaram nos protocolos a serem seguidos foram úteis para os cientistas que, ao longo dos anos, vieram a fazer essas intervenções. Claro, entre os humanos e com outros objetivos que não a prevenção do envelhecimento.

Além disso, há quem considere que Monkey Jones foi o verdadeiro descobridor do  fator rhesus, mais conhecido como fator rh, que se refere a uma proteína que se encontra integrada nas células vermelhas do sangue de alguns animais, incluindo humanos. Mas, não em todos os indivíduos. Portanto, sua presença ou falta é indicada no grupo sanguíneo com os símbolos + e -. 

Oficialmente, considera-se que os descobridores desse fator foram os cientistas Karl Landsteiner e Alexander Solomon Wiener, que popularizaram seu uso. No entanto, Monkey Jones já o havia mencionado em relatórios de seus transplantes de testículo de macaco. 

Com essa história, podemos ver que, na ciência, às vezes, até o mais absurdo pode lançar as bases de algo útil. 

FONTE OLHAR DIGITAL

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