Fotógrafo registra passagem do “Cometa do Diabo” pelo céu do Brasil; veja

Gabriel Zaparolli montou uma composição com cerca de 180 fotografias do cometa feitas em Torres (RS)

Desde o domingo (21), o cometa 12/Pons-Brooks está ainda mais visível no céu do Brasil. Por estar em seu ponto mais próximo do Sol, observadores na Terra com boas condições climáticas podem ter uma visão privilegiada do corpo celeste que ganhou o apelido de “Cometa do Diabo” pela estrutura em forma de chifres que aparenta ter.

No último sábado (20), o fotógrafo especializado em imagens astronômicas Gabriel Zaparolli conseguiu fazer um registro da passagem do cometa no céu de Torres (RS).

Na imagem, uma composição feita com cerca de 180 fotografias, o cometa surge sobre o morro da Guarita, atração turística da cidade litorânea.

“No inicio da noite fui até o morro das Furnas pela parte sul, que fica na praia da Guarita em Torres, para realizar uma composição entre os dois morros da Guarita juntamente com o cometa 12P/Pons-Brooks na mesma imagem”, conta Zaparolli à CNN.

“Montei o tripé e preparei a câmera, uma Sony A7s2 com uma lente Sony Fe 50mm f/1.8. Após tudo preparado, comecei a registrar cerca de 180 imagens para fazer empilhamento e obter resultados da cauda do cometa e melhor nitidez da foto”, diz o astrofotógrafo que também é um caçador de tempestades.

“Assim saiu esse registro incrível do cometa e a Guarita. Uma imagem que eu buscava há muito tempo, praticamente um sonho realizado”, conta.

Veja imagens do “Cometa do Diabo”

Profissionais do Observatório de Astronomia da Unesp (Universidade Estadual Paulista) também conseguiram fazer registros do cometa em uma localização a cerca de 50 km de Bauru (SP), na área rural da cidade de Paulistânia (SP). As fotos foram feitas em 19 de abril.

Fotografia do “Cometa do Diabo” feita na área rual de Paulistânea (SP) (crédito: Rodolfo Langhi e Patricia Langhi/Unesp)

Entusiastas de astronomia ainda têm alguns dias para ver o cometa em seu período de maior brilho. O Brilho máximo deve ser atingido no dia 23 de abril.

Onde e quando ver o “Cometo do Diabo”?

Para tentar avistar o Cometa do Diabo, os observadores devem olhar na direção oeste, próximo ao horizonte, pouco após o pôr do Sol, momento no qual o cometa deve estar mais visível.

Em abril, o Cometa do Diabo estará abaixo da constelação de Touro e, em maio, abaixo da constelação de Órion.

O horário em que o corpo celeste se tornará visível varia conforme a região do Brasil por conta da diferença da hora em que o Sol se põe.

Na região Norte, o cometa deve permanecer visível até por volta das 19h50 no Acre, porque o estado está localizado no extremo oeste do país. Já no litoral Nordeste, estremo leste do país, o cometa deve ficar visível entre 17h45 e 18h20.

Por estarem mais próximos da Linha do Equador, Norte e Nordeste terão a chance de observar o corpo celeste a uma altura melhor do que o restante do Brasil, já que o cometa deve aparecer bem próximo à linha do horizonte.

App mostra onde está o cometa em tempo real

Se você quiser poupar o tempo de procurar pelo corpo celeste, ou garantir que está mesmo vendo o cometa, também é possível achá-lo com a ajuda do aplicativo de astronomia Sky Tonight – Mapa de Estrelas.

  • Baixe o aplicativo Sky Tonight – Mapa de Estrelas;
  • Inicie o aplicativo e permita que ele use sua localização;
  • Toque no ícone da lupa no canto inferior esquerdo da tela e busque por “12P/Pons-Brooks” na barra de pesquisa;
  • Toque no alvo à direita do resultado desejado e o aplicativo mostrará a localização do cometa no mapa do céu;
  • Toque no botão da bússola no canto direito ou siga a direção da seta branca até ver o cometa na tela;
  • Então basta procurar o cometa no céu naquela direção.

(Com informações de Fernanda Pinotti e do Estadão Conteúdo)

 

Exemplo de voluntário: fotógrafo faz limpeza no monumento de Tiradentes e na tricentenária gameleira da Varginha

O fotógrafo Célio dos Santos transita quase que diariamente entre Lafaiete a comunidade de Carreiras, em Ouro Branco, onde reside com sua família. Em suas andanças pelo trajeto, ele percebeu que sítio da Varginha, situado às margens da MG 129, em Lafaiete, onde estão expostas partes do corpo do mártir Tiradentes e  tricentenária árvore gameleira estavam tomadas pelo mato e abandonado.

O fotógrafo Célio dos Santos/REPRODUÇÃO

Como defensor do patrimônio histórico, Célio deu o exemplo de cidadania e, com foice e enxada, ele próprio faz a limpeza do local. “Se cada um fizer um pouco pelo coletivo, pela nossa natureza e pelos nossos bens históricos podemos transformar nossa cidade”, comentou o voluntário.

Um pouco da história

As ruínas do Sítio da Varginha do Lourenço estão localizadas às margens da via conhecida no período colonial como Caminho Novo e são tombadas pelo IEPHA (Instituto do Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico), desde 21/4/1989. O conjunto constitui-se das ruínas da antiga edificação denominada Estalagem da Varginha, uma gameleira centenária e outras instalações. A Estalagem, em 1788 foi palco de encontros de alguns dos inconfidentes que planejavam a independência do Brasil, o que justificou a exposição – embaixo de uma gameleira – de parte do corpo do único inconfidente condenado a morte – Joaquim José da Silva Xavier – o Tiradentes, em 1792.

Em 1950, a Estalagem foi demolida, restando apenas ruínas. Em 1989, foi erguido o monumento em pedra sabão em homenagem ao Bicentenário da Inconfidência Mineira, quando a Açominas encomendou a obrado artista plástico Raul Amarante Santiago.

O Monumento a Tiradentes é  também conhecido popularmente como “perna do Tiradentes”. No local, há placa com o seguinte texto: “Esta Gameleira, em 1792, cobriu, com sua sombra amiga, parte do corpo esquaterjado de Tiradentes. Seu ideal de construir aqui uma fábrica de ferro está sendo realizado , hoje, pela Açominas, que incorporou à usina esta área, só Sítio da Varginha, por onde passava a Estrada Real, para sua preservação.”
As ruínas eram hospedaria famosa, onde Tiradentes pernoitou com os inconfidentes, tendo ali feito reuniões secretas. Foi propriedade do senhor João da Costa Rodrigues, casado, com dez filhos, morador da Varginha do Ouro Branco, Freguesia de Carijós, Comarca de Villa Rica, a oito léguas da mesma, e vivia do rendimento de uma taberna e de ter um rancho para recolher passageiro.
Sob a frondosa sombra da Gameleira, que conta mais de 300 anos, foi depositada uma parte esquartejada do corpo de Tiradentes em 1792. Há pouco tempo foi danificada por um raio, mas brotou vigorosamente e está se tornando novamente viçosa..

 

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