Greve de tanqueiros em Minas Gerais segue por tempo indeterminado, diz sindicato

Em Lafaiete, motoristas lotam postos com medo de desabastecimento

A greve dos tanqueiros em Minas Gerais seguirá por tempo indeterminado até os governo Estadual e Federal atenderem às reivindicações da categoria.

De acordo com o sindicato, as principais reivindicações são a diminuição do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o ICMS, que incide sobre o preço do diesel, e a criação de uma política de preços para os tanqueiros compatível com a realizada no país.

O Sinditanque-MG afirma que a adesão à greve é alta e que apenas caminhões que levam combustível para aeroportos e hospitais têm saído das refinarias. A Polícia Militar informou que tem escoltado caminhoneiros que desejam fazer o transporte do combustível.

Reflexos

A greve dos tanqueiros entra em seu segundo dia nesta sexta-feira (22). A paralisação foi anunciada na madrugada de quinta (21), com risco de desabastecimento em Lafaiete. Nos postos há um corrida por produtos com filas.

Proposta

O governo federal propôs auxílio diesel de R$ 400 aos caminhoneiros autônomos nessa quinta-feira (21). A medida seria para tentar evitar uma possível greve geral dos caminhoneiros, marcada para 1º de novembro.

Mas, em resposta, o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, mais conhecido como Chorão, afirmou que os R$ 400 não atendem as demandas dos caminhoneiros, que o valor é insuficiente frente ao diesel custando, em média, R$ 4,80, e que, portanto, a greve programada para o dia 1º de novembro está mantida.

Caminhoneiros ameaçam greve no dia 1°; tanqueiros de Minas confirmam adesão

Grupos de caminhoneiros, incluindo transportadores de combustível de Minas Gerais, prometem nova paralisação a partir de 1° de novembro. 

O movimento exige que o governo baixe o preço do combustível, além do  cumprimento do frete mínimo. Outra reivindicação é o retorno da aposentadoria especial após 25 anos de contribuição ao INSS. 
O estado de greve de 15 dias foi definido após uma assembleia de motoristas conduzida por sindicatos do Rio de Janeiro, com participação de lideranças da greve de 2018. 
A Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, presidida pelo deputado federal Nereu Crispim (PSL-RS), se propôs intermediar as negociações com o Planalto. 

O presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG), Irani Gomes, confirmou à reportagem que a entidade pretende aderir à greve. 

É uma luta só. Esse movimento é mais horizontal, não tem uma liderança nacional. Mas a gente aqui apoia sim. Precisamos da redução de ao menos 40% no preço do diesel, senão, não dá pra trabalhar”, afirmou o dirigente. 
Em 2021, o diesel e o gás de cozinha já acumulam alta de 38%. A gasolina subiu 51% no mesmo período. O último reajuste, de 8,9%, foi anunciado pela Petrobrás em 28 de setembro. 
A estatal justificou o aumento como reflexo da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo e da taxa de câmbio. 
Em 9 de setembro, caminhoneiros de todo Brasil articularam protestos por todo o Brasil . Os  motoristas chegaram a bloquear estradas de 15 estados, incluindo Minas Gerais, por aproximadamente 24 horas.  (EM)

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